Fresno comemora sucesso da banda e lança álbum ‘Vou Ter Que Me Virar’


Disco lembra fim da década passada – mas grupo quer, agora, marcar posição política

Por Leonardo Catto

A Fresno vive o seu melhor momento em 23 anos de banda. O grupo retoma com a turnê do álbum Vou Ter Que Me Virar (2021) e lota casas de shows. Essa lotação das apresentações lembra o início de carreira da banda, que agora divulga seu trabalho mais recente. Além do novo álbum, a Fresno vive um momento de marcar posição no contexto político nacional para, segundo ela, se diferenciar no cenário do rock brasileiro. A Fresno considera que vive uma espécie de auge de sua carreira, ainda que diferente de outro momento, no final da década passada, quando estava constantemente presente na TV e em outras mídias.

A banda Fresno, no destaque o vocalista Lucas Silveira, em apresentação na Audio Club, em São Paulo; Foto: Iris Alves

Em conversa com o Estadão, Lucas Silveira (guitarra e vocal) afirmou que as expectativas com a turnê e a recepção do álbum foram superadas pela banda. “É o melhor momento que a gente está vivendo. Pelo resultado que tem apresentado, pelo tamanho que a gente conquistou nos shows, pela aceitação do público geral. A gente está colhendo muitos frutos dos anos que trabalhamos”, diz ele ao se referir aos integrantes Vavo (guitarra) e Guerra (bateria), que fecham a formação atual, e aos que já passaram pelo grupo. O show Vou Ter Que Me Virar reúne músicas do último trabalho, sem dispensar os clássicos da banda, como Milonga (Redenção, 2008) e Porto Alegre (Revanche, 2010), e rememorando faixas dos primeiros discos, como Cada Poça dessa Rua Tem um Pouco de Minhas Lágrimas (Ciano, 2006). Assim, os estilos se misturam, atraindo fãs antigos e conquistando novos. “Temos alguns aspectos de uma banda com muita estrada. Discos, público acumulado. Uma banda de conforto que remete a uma época saudosista de uma galera. Ao mesmo tempo, a gente sempre se preocupou em manter relevância com o nosso som atual, com a nossa produção musical”, avalia Lucas, que completa: “Nunca fomos o número 1 do Brasil. Isso fez com que a gente nunca descansasse. Exploramos muita sonoridade”.

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Nunca fomos o número 1 do Brasil. Isso fez com que a gente nunca descansasse. Exploramos muita sonoridade

Lucas, Banda Fresno

Quando Lucas chama os fãs para cantar, o vocalista convoca parte do público dos 20 aos 30 e poucos anos a voltar aos primeiros anos de sua juventude: “bando de emo velho”. O estilo, marcado por essa sensação de estar deslocado e que dá vazão a sensibilidades, foi atribuído à banda quando ela surgiu, no começo do século, algo diferente do que ela vive hoje. “A gente que veio de uma cena hardcore, de música alternativa, o emo era só mais um estilo”, analisa. “Obviamente estigmatizou, atraiu uma tropa de gente que não gostava (do estilo). Tinha também uma camada de ranço, porque ainda existia um pensamento muito mal concebido de ligar o rock a uma macheza, que historicamente o rock, na real, nunca teve”.

Show da banda Fresno na tarde de domingo, 27, no festival Lollapalooza Brasil 2022 Foto: Taba Benedicto/Estadão
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Atualmente, a percepção é diferente, segundo Lucas, ainda que existam preconceitos ou, em menor nível, algumas implicâncias. Os avanços de mentalidade fizeram com que a própria Fresno mudasse e deixasse mais explícitos os ideais de seus integrantes. Exemplos disso são as faixas F...!!! e Eles Odeiam Gente Como Nós, ambas do último álbum e que fazem referência à onda conservadora vivida hoje no Brasil. “Começamos a achar necessário nos descolarmos desse estigma negativo de roqueiro conservador. Às vezes o público pode dizer ‘adorei essa banda, mas o que eles falam?’ Vai ter uma ou outra pessoa que não vai gostar, uma outra que vai dizer ‘parei de ouvir vocês’ – mas é uma minoria”, avisa.  “Para esse povo mais conservador, nem precisa ter nada para você ser difamado. Basta ter um pensamento um pouquinho mais progressista. Por isso que eles odeiam gente como nós. E podem continuar odiando mesmo, que tranquilão. A gente vai seguir do nosso lado aqui pelo que a gente considera o certo”, diz.

A Fresno vive o seu melhor momento em 23 anos de banda. O grupo retoma com a turnê do álbum Vou Ter Que Me Virar (2021) e lota casas de shows. Essa lotação das apresentações lembra o início de carreira da banda, que agora divulga seu trabalho mais recente. Além do novo álbum, a Fresno vive um momento de marcar posição no contexto político nacional para, segundo ela, se diferenciar no cenário do rock brasileiro. A Fresno considera que vive uma espécie de auge de sua carreira, ainda que diferente de outro momento, no final da década passada, quando estava constantemente presente na TV e em outras mídias.

A banda Fresno, no destaque o vocalista Lucas Silveira, em apresentação na Audio Club, em São Paulo; Foto: Iris Alves

Em conversa com o Estadão, Lucas Silveira (guitarra e vocal) afirmou que as expectativas com a turnê e a recepção do álbum foram superadas pela banda. “É o melhor momento que a gente está vivendo. Pelo resultado que tem apresentado, pelo tamanho que a gente conquistou nos shows, pela aceitação do público geral. A gente está colhendo muitos frutos dos anos que trabalhamos”, diz ele ao se referir aos integrantes Vavo (guitarra) e Guerra (bateria), que fecham a formação atual, e aos que já passaram pelo grupo. O show Vou Ter Que Me Virar reúne músicas do último trabalho, sem dispensar os clássicos da banda, como Milonga (Redenção, 2008) e Porto Alegre (Revanche, 2010), e rememorando faixas dos primeiros discos, como Cada Poça dessa Rua Tem um Pouco de Minhas Lágrimas (Ciano, 2006). Assim, os estilos se misturam, atraindo fãs antigos e conquistando novos. “Temos alguns aspectos de uma banda com muita estrada. Discos, público acumulado. Uma banda de conforto que remete a uma época saudosista de uma galera. Ao mesmo tempo, a gente sempre se preocupou em manter relevância com o nosso som atual, com a nossa produção musical”, avalia Lucas, que completa: “Nunca fomos o número 1 do Brasil. Isso fez com que a gente nunca descansasse. Exploramos muita sonoridade”.

Nunca fomos o número 1 do Brasil. Isso fez com que a gente nunca descansasse. Exploramos muita sonoridade

Lucas, Banda Fresno

Quando Lucas chama os fãs para cantar, o vocalista convoca parte do público dos 20 aos 30 e poucos anos a voltar aos primeiros anos de sua juventude: “bando de emo velho”. O estilo, marcado por essa sensação de estar deslocado e que dá vazão a sensibilidades, foi atribuído à banda quando ela surgiu, no começo do século, algo diferente do que ela vive hoje. “A gente que veio de uma cena hardcore, de música alternativa, o emo era só mais um estilo”, analisa. “Obviamente estigmatizou, atraiu uma tropa de gente que não gostava (do estilo). Tinha também uma camada de ranço, porque ainda existia um pensamento muito mal concebido de ligar o rock a uma macheza, que historicamente o rock, na real, nunca teve”.

Show da banda Fresno na tarde de domingo, 27, no festival Lollapalooza Brasil 2022 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Atualmente, a percepção é diferente, segundo Lucas, ainda que existam preconceitos ou, em menor nível, algumas implicâncias. Os avanços de mentalidade fizeram com que a própria Fresno mudasse e deixasse mais explícitos os ideais de seus integrantes. Exemplos disso são as faixas F...!!! e Eles Odeiam Gente Como Nós, ambas do último álbum e que fazem referência à onda conservadora vivida hoje no Brasil. “Começamos a achar necessário nos descolarmos desse estigma negativo de roqueiro conservador. Às vezes o público pode dizer ‘adorei essa banda, mas o que eles falam?’ Vai ter uma ou outra pessoa que não vai gostar, uma outra que vai dizer ‘parei de ouvir vocês’ – mas é uma minoria”, avisa.  “Para esse povo mais conservador, nem precisa ter nada para você ser difamado. Basta ter um pensamento um pouquinho mais progressista. Por isso que eles odeiam gente como nós. E podem continuar odiando mesmo, que tranquilão. A gente vai seguir do nosso lado aqui pelo que a gente considera o certo”, diz.

A Fresno vive o seu melhor momento em 23 anos de banda. O grupo retoma com a turnê do álbum Vou Ter Que Me Virar (2021) e lota casas de shows. Essa lotação das apresentações lembra o início de carreira da banda, que agora divulga seu trabalho mais recente. Além do novo álbum, a Fresno vive um momento de marcar posição no contexto político nacional para, segundo ela, se diferenciar no cenário do rock brasileiro. A Fresno considera que vive uma espécie de auge de sua carreira, ainda que diferente de outro momento, no final da década passada, quando estava constantemente presente na TV e em outras mídias.

A banda Fresno, no destaque o vocalista Lucas Silveira, em apresentação na Audio Club, em São Paulo; Foto: Iris Alves

Em conversa com o Estadão, Lucas Silveira (guitarra e vocal) afirmou que as expectativas com a turnê e a recepção do álbum foram superadas pela banda. “É o melhor momento que a gente está vivendo. Pelo resultado que tem apresentado, pelo tamanho que a gente conquistou nos shows, pela aceitação do público geral. A gente está colhendo muitos frutos dos anos que trabalhamos”, diz ele ao se referir aos integrantes Vavo (guitarra) e Guerra (bateria), que fecham a formação atual, e aos que já passaram pelo grupo. O show Vou Ter Que Me Virar reúne músicas do último trabalho, sem dispensar os clássicos da banda, como Milonga (Redenção, 2008) e Porto Alegre (Revanche, 2010), e rememorando faixas dos primeiros discos, como Cada Poça dessa Rua Tem um Pouco de Minhas Lágrimas (Ciano, 2006). Assim, os estilos se misturam, atraindo fãs antigos e conquistando novos. “Temos alguns aspectos de uma banda com muita estrada. Discos, público acumulado. Uma banda de conforto que remete a uma época saudosista de uma galera. Ao mesmo tempo, a gente sempre se preocupou em manter relevância com o nosso som atual, com a nossa produção musical”, avalia Lucas, que completa: “Nunca fomos o número 1 do Brasil. Isso fez com que a gente nunca descansasse. Exploramos muita sonoridade”.

Nunca fomos o número 1 do Brasil. Isso fez com que a gente nunca descansasse. Exploramos muita sonoridade

Lucas, Banda Fresno

Quando Lucas chama os fãs para cantar, o vocalista convoca parte do público dos 20 aos 30 e poucos anos a voltar aos primeiros anos de sua juventude: “bando de emo velho”. O estilo, marcado por essa sensação de estar deslocado e que dá vazão a sensibilidades, foi atribuído à banda quando ela surgiu, no começo do século, algo diferente do que ela vive hoje. “A gente que veio de uma cena hardcore, de música alternativa, o emo era só mais um estilo”, analisa. “Obviamente estigmatizou, atraiu uma tropa de gente que não gostava (do estilo). Tinha também uma camada de ranço, porque ainda existia um pensamento muito mal concebido de ligar o rock a uma macheza, que historicamente o rock, na real, nunca teve”.

Show da banda Fresno na tarde de domingo, 27, no festival Lollapalooza Brasil 2022 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Atualmente, a percepção é diferente, segundo Lucas, ainda que existam preconceitos ou, em menor nível, algumas implicâncias. Os avanços de mentalidade fizeram com que a própria Fresno mudasse e deixasse mais explícitos os ideais de seus integrantes. Exemplos disso são as faixas F...!!! e Eles Odeiam Gente Como Nós, ambas do último álbum e que fazem referência à onda conservadora vivida hoje no Brasil. “Começamos a achar necessário nos descolarmos desse estigma negativo de roqueiro conservador. Às vezes o público pode dizer ‘adorei essa banda, mas o que eles falam?’ Vai ter uma ou outra pessoa que não vai gostar, uma outra que vai dizer ‘parei de ouvir vocês’ – mas é uma minoria”, avisa.  “Para esse povo mais conservador, nem precisa ter nada para você ser difamado. Basta ter um pensamento um pouquinho mais progressista. Por isso que eles odeiam gente como nós. E podem continuar odiando mesmo, que tranquilão. A gente vai seguir do nosso lado aqui pelo que a gente considera o certo”, diz.

A Fresno vive o seu melhor momento em 23 anos de banda. O grupo retoma com a turnê do álbum Vou Ter Que Me Virar (2021) e lota casas de shows. Essa lotação das apresentações lembra o início de carreira da banda, que agora divulga seu trabalho mais recente. Além do novo álbum, a Fresno vive um momento de marcar posição no contexto político nacional para, segundo ela, se diferenciar no cenário do rock brasileiro. A Fresno considera que vive uma espécie de auge de sua carreira, ainda que diferente de outro momento, no final da década passada, quando estava constantemente presente na TV e em outras mídias.

A banda Fresno, no destaque o vocalista Lucas Silveira, em apresentação na Audio Club, em São Paulo; Foto: Iris Alves

Em conversa com o Estadão, Lucas Silveira (guitarra e vocal) afirmou que as expectativas com a turnê e a recepção do álbum foram superadas pela banda. “É o melhor momento que a gente está vivendo. Pelo resultado que tem apresentado, pelo tamanho que a gente conquistou nos shows, pela aceitação do público geral. A gente está colhendo muitos frutos dos anos que trabalhamos”, diz ele ao se referir aos integrantes Vavo (guitarra) e Guerra (bateria), que fecham a formação atual, e aos que já passaram pelo grupo. O show Vou Ter Que Me Virar reúne músicas do último trabalho, sem dispensar os clássicos da banda, como Milonga (Redenção, 2008) e Porto Alegre (Revanche, 2010), e rememorando faixas dos primeiros discos, como Cada Poça dessa Rua Tem um Pouco de Minhas Lágrimas (Ciano, 2006). Assim, os estilos se misturam, atraindo fãs antigos e conquistando novos. “Temos alguns aspectos de uma banda com muita estrada. Discos, público acumulado. Uma banda de conforto que remete a uma época saudosista de uma galera. Ao mesmo tempo, a gente sempre se preocupou em manter relevância com o nosso som atual, com a nossa produção musical”, avalia Lucas, que completa: “Nunca fomos o número 1 do Brasil. Isso fez com que a gente nunca descansasse. Exploramos muita sonoridade”.

Nunca fomos o número 1 do Brasil. Isso fez com que a gente nunca descansasse. Exploramos muita sonoridade

Lucas, Banda Fresno

Quando Lucas chama os fãs para cantar, o vocalista convoca parte do público dos 20 aos 30 e poucos anos a voltar aos primeiros anos de sua juventude: “bando de emo velho”. O estilo, marcado por essa sensação de estar deslocado e que dá vazão a sensibilidades, foi atribuído à banda quando ela surgiu, no começo do século, algo diferente do que ela vive hoje. “A gente que veio de uma cena hardcore, de música alternativa, o emo era só mais um estilo”, analisa. “Obviamente estigmatizou, atraiu uma tropa de gente que não gostava (do estilo). Tinha também uma camada de ranço, porque ainda existia um pensamento muito mal concebido de ligar o rock a uma macheza, que historicamente o rock, na real, nunca teve”.

Show da banda Fresno na tarde de domingo, 27, no festival Lollapalooza Brasil 2022 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Atualmente, a percepção é diferente, segundo Lucas, ainda que existam preconceitos ou, em menor nível, algumas implicâncias. Os avanços de mentalidade fizeram com que a própria Fresno mudasse e deixasse mais explícitos os ideais de seus integrantes. Exemplos disso são as faixas F...!!! e Eles Odeiam Gente Como Nós, ambas do último álbum e que fazem referência à onda conservadora vivida hoje no Brasil. “Começamos a achar necessário nos descolarmos desse estigma negativo de roqueiro conservador. Às vezes o público pode dizer ‘adorei essa banda, mas o que eles falam?’ Vai ter uma ou outra pessoa que não vai gostar, uma outra que vai dizer ‘parei de ouvir vocês’ – mas é uma minoria”, avisa.  “Para esse povo mais conservador, nem precisa ter nada para você ser difamado. Basta ter um pensamento um pouquinho mais progressista. Por isso que eles odeiam gente como nós. E podem continuar odiando mesmo, que tranquilão. A gente vai seguir do nosso lado aqui pelo que a gente considera o certo”, diz.

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