Quem é Guilherme Arantes: relembre músicas e carreira do cantor que evita TV


Recentemente, compositor chamou atenção ao postar desabafo sobre a mídia, citando ‘pergunta tóxica’ que ouviu ao participar do programa de Faustão

Por Redação
Atualização:

Guilherme Arantes, cantor e compositor, que fez sucesso com letras de músicas como Cheia de Charme, Amanhã, Planeta Água e Um Dia, Um Adeus, recentemente chamou atenção ao fazer um desabafo sobre sua relação com programas de TV, relembrando uma “pergunta tóxica” que ouviu no Faustão na Band.

Guilherme Arantes em foto de agosto de 2017 Foto: J.F. Diorio/Estadão

“Me perguntam por que evito fazer televisão. É que tenho percebido que minha imagem pode trazer danos à audiência da TV, pode trazer danos a mim. Ficou bem complicado agora, com interatividade e o voyeurismo invasivo, científico, dos talks shows. E sei que os programas de TVs vivem na corda-bamba, lutando desesperadamente por audiência”, afirmou.

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Segundo Guilherme Arantes, a pergunta que lhe incomodou foi feita em abril de 2022, quando a apresentadora Anne Lottermann questionou se “sentia saudades da cabeleira e da juventude”, o que considerou como uma “pergunta inocente e burrinha”. Arantes respondeu fazendo menção ao seu conteúdo cerebral (a partir de 37m01s no vídeo abaixo).

Guilherme Arantes, o ‘outsider assumido’

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Nos anos 1980, mesmo estando em gravadoras consolidadas e tendo suas composições reconhecidas, tinha certa insegurança: “Outsider assumido, eu sempre percebi que era frágil o sucesso, em especial o meu, não alinhado com movimentos e patotas, não-carioca da zona sul, não guitarrista, não roqueiro, ou, como dizia Belchior, sem parentes importantes e vindo do interior.”

“O meu desdém da crítica advinha, também, muito em razão do meu desdém para com a mídia. Nunca fui bom diplomata, socialmente sou meio bicho-do-mato”, continuava.

Mesmo nesse cenário, a relação de Guilherme Arantes com a TV é de longa data, sendo presença frequente desde muitas décadas atrás, desde os tempos de Chacrinha.

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“Eu era ridicularizado por meus amigos quando comecei a fazer programas de auditório, me tornei uma figura duvidosa até para minha mulher. O grande ídolo dela era o Beto Guedes. Ela tinha um pé atrás com a minha carreira”, relatava em entrevista ao Estadão.

Guilherme Arantes e o sucesso na música de hoje

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Também ao Estadão, em 2014, refletia sobre a música nos tempos atuais: “O sucesso comercial não é mais possível. Até os anos 70, tínhamos uma elite artística, urbana e universitária, fazendo um movimento que atingia todas as camadas. Hoje, as comunidades das periferias têm seus estúdios, seus rappers, o pagode e o sertanejo. Criaram as próprias linguagens. Elas não aceitam mais que a classe média alta e culta dite a moda, diga o que devem ouvir.”

“A questão é social. O Guilherme Arantes que conseguia ir ao programa Silvio Santos, que era capa da revista Contigo e que tinha pôsteres nos salões de beleza não é mais possível”, continuava.

Quem é Guilherme Arantes

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Guilherme Arantes nasceu em São Paulo, em 28 de julho de 1953, filho de pai médico-cirurgião e mãe bibliotecária e tradutora. É o ‘filho do meio’, tendo duas irmãs.

Desde pequeno, teve acesso a instrumentos musicais como cavaquinho, bandolim e piano - do qual já revelou ter sido um “péssimo aluno” quando criança.

Na infância, passou pelo que chamou de “fenômeno paranormal”, como relatou em entrevista ao Estadão em 2014: “Aos 12 anos, caí de um muro de seis metros de altura na casa da minha mãe e fiquei tetraplégico por duas horas. Depois desse tempo, levantei e saí andando.”

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Ainda na juventude, até seguir carreira na área da arquitetura, mas o talento musical falou mais alto. O primeiro LP surgiu em 1976, com Meu Mundo e Nada Mais, composta por ele em 1969, quando tinha 16 anos.

“Demorou pra tocar no rádio. Lembro que, no começo, só tocava de madrugada, na antiga rádio Excelsior. Mas era uma emoção me ouvir no radinho de pilha debaixo do travesseiro”, conta Guilherme Arantes em seu site.

“Penso mesmo que eu só fui aceito tão rápido porque as baladas do Elton John eram a bola da vez na mídia”, diz.

Sobre sua vida pessoal, ao Estadão, contou em entrevista no passado: “Se me perguntar: ‘Fumou?’. Fumei. ‘Cheirou?’. Cheirei. ‘Comeu quem?’. Pô, todo mundo sabe sobre as mulheres com quem me casei. Me separei da minha mulher quando me envolvi com Elis Regina. Mas não tive muitas aventuras de pegador.”

As músicas de Guilherme Arantes

Atualmente, Guilherme Arantes continua fazendo sucesso. No Spotify, por exemplo, são 523,6 mil ouvintes mensais. As principais músicas são Cheia de Charme (mais de 22,5 milhões de reproduções), Meu Mundo e Nada Mais (14 milhões), Um Dia, Um Adeus (5 milhões), Planeta Água (4 milhões) e Êxtase (3 milhões).

Entrevistas com Guilherme Arantes

Relembre abaixo algumas entrevistas de Guilherme Arantes ao Estadão:

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 26 de agosto de 2014.

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 26 de novembro de 2016.

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 20 de agosto de 2017.

Guilherme Arantes, cantor e compositor, que fez sucesso com letras de músicas como Cheia de Charme, Amanhã, Planeta Água e Um Dia, Um Adeus, recentemente chamou atenção ao fazer um desabafo sobre sua relação com programas de TV, relembrando uma “pergunta tóxica” que ouviu no Faustão na Band.

Guilherme Arantes em foto de agosto de 2017 Foto: J.F. Diorio/Estadão

“Me perguntam por que evito fazer televisão. É que tenho percebido que minha imagem pode trazer danos à audiência da TV, pode trazer danos a mim. Ficou bem complicado agora, com interatividade e o voyeurismo invasivo, científico, dos talks shows. E sei que os programas de TVs vivem na corda-bamba, lutando desesperadamente por audiência”, afirmou.

Segundo Guilherme Arantes, a pergunta que lhe incomodou foi feita em abril de 2022, quando a apresentadora Anne Lottermann questionou se “sentia saudades da cabeleira e da juventude”, o que considerou como uma “pergunta inocente e burrinha”. Arantes respondeu fazendo menção ao seu conteúdo cerebral (a partir de 37m01s no vídeo abaixo).

Guilherme Arantes, o ‘outsider assumido’

Nos anos 1980, mesmo estando em gravadoras consolidadas e tendo suas composições reconhecidas, tinha certa insegurança: “Outsider assumido, eu sempre percebi que era frágil o sucesso, em especial o meu, não alinhado com movimentos e patotas, não-carioca da zona sul, não guitarrista, não roqueiro, ou, como dizia Belchior, sem parentes importantes e vindo do interior.”

“O meu desdém da crítica advinha, também, muito em razão do meu desdém para com a mídia. Nunca fui bom diplomata, socialmente sou meio bicho-do-mato”, continuava.

Mesmo nesse cenário, a relação de Guilherme Arantes com a TV é de longa data, sendo presença frequente desde muitas décadas atrás, desde os tempos de Chacrinha.

“Eu era ridicularizado por meus amigos quando comecei a fazer programas de auditório, me tornei uma figura duvidosa até para minha mulher. O grande ídolo dela era o Beto Guedes. Ela tinha um pé atrás com a minha carreira”, relatava em entrevista ao Estadão.

Guilherme Arantes e o sucesso na música de hoje

Também ao Estadão, em 2014, refletia sobre a música nos tempos atuais: “O sucesso comercial não é mais possível. Até os anos 70, tínhamos uma elite artística, urbana e universitária, fazendo um movimento que atingia todas as camadas. Hoje, as comunidades das periferias têm seus estúdios, seus rappers, o pagode e o sertanejo. Criaram as próprias linguagens. Elas não aceitam mais que a classe média alta e culta dite a moda, diga o que devem ouvir.”

“A questão é social. O Guilherme Arantes que conseguia ir ao programa Silvio Santos, que era capa da revista Contigo e que tinha pôsteres nos salões de beleza não é mais possível”, continuava.

Quem é Guilherme Arantes

Guilherme Arantes nasceu em São Paulo, em 28 de julho de 1953, filho de pai médico-cirurgião e mãe bibliotecária e tradutora. É o ‘filho do meio’, tendo duas irmãs.

Desde pequeno, teve acesso a instrumentos musicais como cavaquinho, bandolim e piano - do qual já revelou ter sido um “péssimo aluno” quando criança.

Na infância, passou pelo que chamou de “fenômeno paranormal”, como relatou em entrevista ao Estadão em 2014: “Aos 12 anos, caí de um muro de seis metros de altura na casa da minha mãe e fiquei tetraplégico por duas horas. Depois desse tempo, levantei e saí andando.”

Ainda na juventude, até seguir carreira na área da arquitetura, mas o talento musical falou mais alto. O primeiro LP surgiu em 1976, com Meu Mundo e Nada Mais, composta por ele em 1969, quando tinha 16 anos.

“Demorou pra tocar no rádio. Lembro que, no começo, só tocava de madrugada, na antiga rádio Excelsior. Mas era uma emoção me ouvir no radinho de pilha debaixo do travesseiro”, conta Guilherme Arantes em seu site.

“Penso mesmo que eu só fui aceito tão rápido porque as baladas do Elton John eram a bola da vez na mídia”, diz.

Sobre sua vida pessoal, ao Estadão, contou em entrevista no passado: “Se me perguntar: ‘Fumou?’. Fumei. ‘Cheirou?’. Cheirei. ‘Comeu quem?’. Pô, todo mundo sabe sobre as mulheres com quem me casei. Me separei da minha mulher quando me envolvi com Elis Regina. Mas não tive muitas aventuras de pegador.”

As músicas de Guilherme Arantes

Atualmente, Guilherme Arantes continua fazendo sucesso. No Spotify, por exemplo, são 523,6 mil ouvintes mensais. As principais músicas são Cheia de Charme (mais de 22,5 milhões de reproduções), Meu Mundo e Nada Mais (14 milhões), Um Dia, Um Adeus (5 milhões), Planeta Água (4 milhões) e Êxtase (3 milhões).

Entrevistas com Guilherme Arantes

Relembre abaixo algumas entrevistas de Guilherme Arantes ao Estadão:

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 26 de agosto de 2014.

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 26 de novembro de 2016.

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 20 de agosto de 2017.

Guilherme Arantes, cantor e compositor, que fez sucesso com letras de músicas como Cheia de Charme, Amanhã, Planeta Água e Um Dia, Um Adeus, recentemente chamou atenção ao fazer um desabafo sobre sua relação com programas de TV, relembrando uma “pergunta tóxica” que ouviu no Faustão na Band.

Guilherme Arantes em foto de agosto de 2017 Foto: J.F. Diorio/Estadão

“Me perguntam por que evito fazer televisão. É que tenho percebido que minha imagem pode trazer danos à audiência da TV, pode trazer danos a mim. Ficou bem complicado agora, com interatividade e o voyeurismo invasivo, científico, dos talks shows. E sei que os programas de TVs vivem na corda-bamba, lutando desesperadamente por audiência”, afirmou.

Segundo Guilherme Arantes, a pergunta que lhe incomodou foi feita em abril de 2022, quando a apresentadora Anne Lottermann questionou se “sentia saudades da cabeleira e da juventude”, o que considerou como uma “pergunta inocente e burrinha”. Arantes respondeu fazendo menção ao seu conteúdo cerebral (a partir de 37m01s no vídeo abaixo).

Guilherme Arantes, o ‘outsider assumido’

Nos anos 1980, mesmo estando em gravadoras consolidadas e tendo suas composições reconhecidas, tinha certa insegurança: “Outsider assumido, eu sempre percebi que era frágil o sucesso, em especial o meu, não alinhado com movimentos e patotas, não-carioca da zona sul, não guitarrista, não roqueiro, ou, como dizia Belchior, sem parentes importantes e vindo do interior.”

“O meu desdém da crítica advinha, também, muito em razão do meu desdém para com a mídia. Nunca fui bom diplomata, socialmente sou meio bicho-do-mato”, continuava.

Mesmo nesse cenário, a relação de Guilherme Arantes com a TV é de longa data, sendo presença frequente desde muitas décadas atrás, desde os tempos de Chacrinha.

“Eu era ridicularizado por meus amigos quando comecei a fazer programas de auditório, me tornei uma figura duvidosa até para minha mulher. O grande ídolo dela era o Beto Guedes. Ela tinha um pé atrás com a minha carreira”, relatava em entrevista ao Estadão.

Guilherme Arantes e o sucesso na música de hoje

Também ao Estadão, em 2014, refletia sobre a música nos tempos atuais: “O sucesso comercial não é mais possível. Até os anos 70, tínhamos uma elite artística, urbana e universitária, fazendo um movimento que atingia todas as camadas. Hoje, as comunidades das periferias têm seus estúdios, seus rappers, o pagode e o sertanejo. Criaram as próprias linguagens. Elas não aceitam mais que a classe média alta e culta dite a moda, diga o que devem ouvir.”

“A questão é social. O Guilherme Arantes que conseguia ir ao programa Silvio Santos, que era capa da revista Contigo e que tinha pôsteres nos salões de beleza não é mais possível”, continuava.

Quem é Guilherme Arantes

Guilherme Arantes nasceu em São Paulo, em 28 de julho de 1953, filho de pai médico-cirurgião e mãe bibliotecária e tradutora. É o ‘filho do meio’, tendo duas irmãs.

Desde pequeno, teve acesso a instrumentos musicais como cavaquinho, bandolim e piano - do qual já revelou ter sido um “péssimo aluno” quando criança.

Na infância, passou pelo que chamou de “fenômeno paranormal”, como relatou em entrevista ao Estadão em 2014: “Aos 12 anos, caí de um muro de seis metros de altura na casa da minha mãe e fiquei tetraplégico por duas horas. Depois desse tempo, levantei e saí andando.”

Ainda na juventude, até seguir carreira na área da arquitetura, mas o talento musical falou mais alto. O primeiro LP surgiu em 1976, com Meu Mundo e Nada Mais, composta por ele em 1969, quando tinha 16 anos.

“Demorou pra tocar no rádio. Lembro que, no começo, só tocava de madrugada, na antiga rádio Excelsior. Mas era uma emoção me ouvir no radinho de pilha debaixo do travesseiro”, conta Guilherme Arantes em seu site.

“Penso mesmo que eu só fui aceito tão rápido porque as baladas do Elton John eram a bola da vez na mídia”, diz.

Sobre sua vida pessoal, ao Estadão, contou em entrevista no passado: “Se me perguntar: ‘Fumou?’. Fumei. ‘Cheirou?’. Cheirei. ‘Comeu quem?’. Pô, todo mundo sabe sobre as mulheres com quem me casei. Me separei da minha mulher quando me envolvi com Elis Regina. Mas não tive muitas aventuras de pegador.”

As músicas de Guilherme Arantes

Atualmente, Guilherme Arantes continua fazendo sucesso. No Spotify, por exemplo, são 523,6 mil ouvintes mensais. As principais músicas são Cheia de Charme (mais de 22,5 milhões de reproduções), Meu Mundo e Nada Mais (14 milhões), Um Dia, Um Adeus (5 milhões), Planeta Água (4 milhões) e Êxtase (3 milhões).

Entrevistas com Guilherme Arantes

Relembre abaixo algumas entrevistas de Guilherme Arantes ao Estadão:

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 26 de agosto de 2014.

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 26 de novembro de 2016.

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 20 de agosto de 2017.

Guilherme Arantes, cantor e compositor, que fez sucesso com letras de músicas como Cheia de Charme, Amanhã, Planeta Água e Um Dia, Um Adeus, recentemente chamou atenção ao fazer um desabafo sobre sua relação com programas de TV, relembrando uma “pergunta tóxica” que ouviu no Faustão na Band.

Guilherme Arantes em foto de agosto de 2017 Foto: J.F. Diorio/Estadão

“Me perguntam por que evito fazer televisão. É que tenho percebido que minha imagem pode trazer danos à audiência da TV, pode trazer danos a mim. Ficou bem complicado agora, com interatividade e o voyeurismo invasivo, científico, dos talks shows. E sei que os programas de TVs vivem na corda-bamba, lutando desesperadamente por audiência”, afirmou.

Segundo Guilherme Arantes, a pergunta que lhe incomodou foi feita em abril de 2022, quando a apresentadora Anne Lottermann questionou se “sentia saudades da cabeleira e da juventude”, o que considerou como uma “pergunta inocente e burrinha”. Arantes respondeu fazendo menção ao seu conteúdo cerebral (a partir de 37m01s no vídeo abaixo).

Guilherme Arantes, o ‘outsider assumido’

Nos anos 1980, mesmo estando em gravadoras consolidadas e tendo suas composições reconhecidas, tinha certa insegurança: “Outsider assumido, eu sempre percebi que era frágil o sucesso, em especial o meu, não alinhado com movimentos e patotas, não-carioca da zona sul, não guitarrista, não roqueiro, ou, como dizia Belchior, sem parentes importantes e vindo do interior.”

“O meu desdém da crítica advinha, também, muito em razão do meu desdém para com a mídia. Nunca fui bom diplomata, socialmente sou meio bicho-do-mato”, continuava.

Mesmo nesse cenário, a relação de Guilherme Arantes com a TV é de longa data, sendo presença frequente desde muitas décadas atrás, desde os tempos de Chacrinha.

“Eu era ridicularizado por meus amigos quando comecei a fazer programas de auditório, me tornei uma figura duvidosa até para minha mulher. O grande ídolo dela era o Beto Guedes. Ela tinha um pé atrás com a minha carreira”, relatava em entrevista ao Estadão.

Guilherme Arantes e o sucesso na música de hoje

Também ao Estadão, em 2014, refletia sobre a música nos tempos atuais: “O sucesso comercial não é mais possível. Até os anos 70, tínhamos uma elite artística, urbana e universitária, fazendo um movimento que atingia todas as camadas. Hoje, as comunidades das periferias têm seus estúdios, seus rappers, o pagode e o sertanejo. Criaram as próprias linguagens. Elas não aceitam mais que a classe média alta e culta dite a moda, diga o que devem ouvir.”

“A questão é social. O Guilherme Arantes que conseguia ir ao programa Silvio Santos, que era capa da revista Contigo e que tinha pôsteres nos salões de beleza não é mais possível”, continuava.

Quem é Guilherme Arantes

Guilherme Arantes nasceu em São Paulo, em 28 de julho de 1953, filho de pai médico-cirurgião e mãe bibliotecária e tradutora. É o ‘filho do meio’, tendo duas irmãs.

Desde pequeno, teve acesso a instrumentos musicais como cavaquinho, bandolim e piano - do qual já revelou ter sido um “péssimo aluno” quando criança.

Na infância, passou pelo que chamou de “fenômeno paranormal”, como relatou em entrevista ao Estadão em 2014: “Aos 12 anos, caí de um muro de seis metros de altura na casa da minha mãe e fiquei tetraplégico por duas horas. Depois desse tempo, levantei e saí andando.”

Ainda na juventude, até seguir carreira na área da arquitetura, mas o talento musical falou mais alto. O primeiro LP surgiu em 1976, com Meu Mundo e Nada Mais, composta por ele em 1969, quando tinha 16 anos.

“Demorou pra tocar no rádio. Lembro que, no começo, só tocava de madrugada, na antiga rádio Excelsior. Mas era uma emoção me ouvir no radinho de pilha debaixo do travesseiro”, conta Guilherme Arantes em seu site.

“Penso mesmo que eu só fui aceito tão rápido porque as baladas do Elton John eram a bola da vez na mídia”, diz.

Sobre sua vida pessoal, ao Estadão, contou em entrevista no passado: “Se me perguntar: ‘Fumou?’. Fumei. ‘Cheirou?’. Cheirei. ‘Comeu quem?’. Pô, todo mundo sabe sobre as mulheres com quem me casei. Me separei da minha mulher quando me envolvi com Elis Regina. Mas não tive muitas aventuras de pegador.”

As músicas de Guilherme Arantes

Atualmente, Guilherme Arantes continua fazendo sucesso. No Spotify, por exemplo, são 523,6 mil ouvintes mensais. As principais músicas são Cheia de Charme (mais de 22,5 milhões de reproduções), Meu Mundo e Nada Mais (14 milhões), Um Dia, Um Adeus (5 milhões), Planeta Água (4 milhões) e Êxtase (3 milhões).

Entrevistas com Guilherme Arantes

Relembre abaixo algumas entrevistas de Guilherme Arantes ao Estadão:

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 26 de agosto de 2014.

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 26 de novembro de 2016.

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 20 de agosto de 2017.

Guilherme Arantes, cantor e compositor, que fez sucesso com letras de músicas como Cheia de Charme, Amanhã, Planeta Água e Um Dia, Um Adeus, recentemente chamou atenção ao fazer um desabafo sobre sua relação com programas de TV, relembrando uma “pergunta tóxica” que ouviu no Faustão na Band.

Guilherme Arantes em foto de agosto de 2017 Foto: J.F. Diorio/Estadão

“Me perguntam por que evito fazer televisão. É que tenho percebido que minha imagem pode trazer danos à audiência da TV, pode trazer danos a mim. Ficou bem complicado agora, com interatividade e o voyeurismo invasivo, científico, dos talks shows. E sei que os programas de TVs vivem na corda-bamba, lutando desesperadamente por audiência”, afirmou.

Segundo Guilherme Arantes, a pergunta que lhe incomodou foi feita em abril de 2022, quando a apresentadora Anne Lottermann questionou se “sentia saudades da cabeleira e da juventude”, o que considerou como uma “pergunta inocente e burrinha”. Arantes respondeu fazendo menção ao seu conteúdo cerebral (a partir de 37m01s no vídeo abaixo).

Guilherme Arantes, o ‘outsider assumido’

Nos anos 1980, mesmo estando em gravadoras consolidadas e tendo suas composições reconhecidas, tinha certa insegurança: “Outsider assumido, eu sempre percebi que era frágil o sucesso, em especial o meu, não alinhado com movimentos e patotas, não-carioca da zona sul, não guitarrista, não roqueiro, ou, como dizia Belchior, sem parentes importantes e vindo do interior.”

“O meu desdém da crítica advinha, também, muito em razão do meu desdém para com a mídia. Nunca fui bom diplomata, socialmente sou meio bicho-do-mato”, continuava.

Mesmo nesse cenário, a relação de Guilherme Arantes com a TV é de longa data, sendo presença frequente desde muitas décadas atrás, desde os tempos de Chacrinha.

“Eu era ridicularizado por meus amigos quando comecei a fazer programas de auditório, me tornei uma figura duvidosa até para minha mulher. O grande ídolo dela era o Beto Guedes. Ela tinha um pé atrás com a minha carreira”, relatava em entrevista ao Estadão.

Guilherme Arantes e o sucesso na música de hoje

Também ao Estadão, em 2014, refletia sobre a música nos tempos atuais: “O sucesso comercial não é mais possível. Até os anos 70, tínhamos uma elite artística, urbana e universitária, fazendo um movimento que atingia todas as camadas. Hoje, as comunidades das periferias têm seus estúdios, seus rappers, o pagode e o sertanejo. Criaram as próprias linguagens. Elas não aceitam mais que a classe média alta e culta dite a moda, diga o que devem ouvir.”

“A questão é social. O Guilherme Arantes que conseguia ir ao programa Silvio Santos, que era capa da revista Contigo e que tinha pôsteres nos salões de beleza não é mais possível”, continuava.

Quem é Guilherme Arantes

Guilherme Arantes nasceu em São Paulo, em 28 de julho de 1953, filho de pai médico-cirurgião e mãe bibliotecária e tradutora. É o ‘filho do meio’, tendo duas irmãs.

Desde pequeno, teve acesso a instrumentos musicais como cavaquinho, bandolim e piano - do qual já revelou ter sido um “péssimo aluno” quando criança.

Na infância, passou pelo que chamou de “fenômeno paranormal”, como relatou em entrevista ao Estadão em 2014: “Aos 12 anos, caí de um muro de seis metros de altura na casa da minha mãe e fiquei tetraplégico por duas horas. Depois desse tempo, levantei e saí andando.”

Ainda na juventude, até seguir carreira na área da arquitetura, mas o talento musical falou mais alto. O primeiro LP surgiu em 1976, com Meu Mundo e Nada Mais, composta por ele em 1969, quando tinha 16 anos.

“Demorou pra tocar no rádio. Lembro que, no começo, só tocava de madrugada, na antiga rádio Excelsior. Mas era uma emoção me ouvir no radinho de pilha debaixo do travesseiro”, conta Guilherme Arantes em seu site.

“Penso mesmo que eu só fui aceito tão rápido porque as baladas do Elton John eram a bola da vez na mídia”, diz.

Sobre sua vida pessoal, ao Estadão, contou em entrevista no passado: “Se me perguntar: ‘Fumou?’. Fumei. ‘Cheirou?’. Cheirei. ‘Comeu quem?’. Pô, todo mundo sabe sobre as mulheres com quem me casei. Me separei da minha mulher quando me envolvi com Elis Regina. Mas não tive muitas aventuras de pegador.”

As músicas de Guilherme Arantes

Atualmente, Guilherme Arantes continua fazendo sucesso. No Spotify, por exemplo, são 523,6 mil ouvintes mensais. As principais músicas são Cheia de Charme (mais de 22,5 milhões de reproduções), Meu Mundo e Nada Mais (14 milhões), Um Dia, Um Adeus (5 milhões), Planeta Água (4 milhões) e Êxtase (3 milhões).

Entrevistas com Guilherme Arantes

Relembre abaixo algumas entrevistas de Guilherme Arantes ao Estadão:

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 26 de agosto de 2014.

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 26 de novembro de 2016.

Entrevista de Guilherme Arantes ao Estadão em 20 de agosto de 2017.

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