Jão comprova conexão com fãs em show ambicioso, mas prejudicado por estrutura do The Town


Cantor levou dragão gigante, drone com bandeira do orgulho bi e coroou o dia do pop brasileiro que se leva a sério. Mas dificuldade de chegar ao show de Bruno Mars provocou debandada precoce

Por Rodrigo Ortega
Atualização:

Em um recorte de cantores pop atuais, Jão é o nome que consegue a conexão mais intensa com a massa de fãs do Brasil hoje. Só dá para comparar se a gente for para o sertanejo e outros gêneros superpopulares. Mas em um festival como o The Town não tem concorrência.

Fãs esgoelam as letras inteiras, choram e se abraçam como se fossem eles mesmos no palco. Isso ficou comprovado na noite deste domingo. Pena que a produção ambiciosa dele foi prejudicada pela estrutura do festival. A partir do meio do show, o público começou a sair em massa, em direção ao funil de pessoas que levava ao palco principal, com muita lentidão e dificuldade, onde Bruno Mars tocaria. Mas os fiéis ficaram, encantados até o fim.

O dragão gigante que Jão levou ao palco foi o maior símbolo de um dia que deixou escancarado o sucesso de uma geração do pop brasileiro que não tem medo de se levar a sério. O cantor que lota shows pelo Brasil há anos mostra cada vez mais poder sobre o público a cada grande festival. Foi surpresa no Lollapalooza, fez malabarismo no Rock in Rio e agora, impressionou no The Town, apesar do contratempo.

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O coro de “Jão tesão, bonito e gostosão” marca a atual fase do cantor, do quarto álbum, Super, com letras um pouco mais picantes (mas ainda sofridas). Drones no céu, outro elemento de superprodução, formavam a bandeira de orgulho bissexual, durante a música Meninos e Meninas.

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“Eu me sinto muito perdido sem vocês”, ele disse. “Espero que hoje vocês se sintam respeitados e amados por quem vocês realmente são, e que aqui seja um lugar seguro para vocês”. Jão está ainda mais seguro e, ao mesmo tempo, solto no palco, algo que se nota na interpretação de Santo, por exemplo, e na resposta intensa do público.

A conversa é que ele levou seis carretas de material cênico e credenciou cem pessoas de sua equipe para o festival. Coroou um dia de grandes produções de Iza, Pabllo Vittar e Gloria Groove, sem contar Ludmilla e Luísa Sonza, nos dias anteriores. Nenhum deles tem pudor de ser pretensioso e empilhar referências, trilhas dramáticas, vídeos pomposos, coreografias elaboradas etc.

O dragão não era um ícone aleatório de poder: ele remete ao fogo, elemento que Jão aponta como principal em seu álbum recém-lançado, Super, o quarto da carreira - os anteriores são Lobos (2018), do elemento terra, Anti-Herói (2019), do ar, e Pirata (2021), da água. Existe toda uma semiótica e um universo expandido do trabalho de Jão. Se isso não é se levar a sério, difícil dizer o que é.

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Jão no The Town Foto: Taba Benedicto/Estadão

No final do show, outro sinal de sua ambição. Mesmo em um momento de aclamação, ele reclama de críticas.

“A gente sonhou por muito tempo com isso. E é muito doido como nos momentos mais alegres da minha vida também são os momentos em que mais pessoas aparecem para atacar de todos os lados. E muitas pessoas à minha volta me perguntam, falam, você precisa se defender, precisa falar alguma coisa. Prefiro responder com meu trabalho, com os shows, com os estádios esgotados e com a nossa conexão.” Não é uma resposta sobre limitações melódicas e líricas que se nota nos álbuns (mais do que nos shows), mas realmente a conexão está lá.

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Jão no The Town Foto: Taba Benedicto/Estadão

Em um recorte de cantores pop atuais, Jão é o nome que consegue a conexão mais intensa com a massa de fãs do Brasil hoje. Só dá para comparar se a gente for para o sertanejo e outros gêneros superpopulares. Mas em um festival como o The Town não tem concorrência.

Fãs esgoelam as letras inteiras, choram e se abraçam como se fossem eles mesmos no palco. Isso ficou comprovado na noite deste domingo. Pena que a produção ambiciosa dele foi prejudicada pela estrutura do festival. A partir do meio do show, o público começou a sair em massa, em direção ao funil de pessoas que levava ao palco principal, com muita lentidão e dificuldade, onde Bruno Mars tocaria. Mas os fiéis ficaram, encantados até o fim.

O dragão gigante que Jão levou ao palco foi o maior símbolo de um dia que deixou escancarado o sucesso de uma geração do pop brasileiro que não tem medo de se levar a sério. O cantor que lota shows pelo Brasil há anos mostra cada vez mais poder sobre o público a cada grande festival. Foi surpresa no Lollapalooza, fez malabarismo no Rock in Rio e agora, impressionou no The Town, apesar do contratempo.

O coro de “Jão tesão, bonito e gostosão” marca a atual fase do cantor, do quarto álbum, Super, com letras um pouco mais picantes (mas ainda sofridas). Drones no céu, outro elemento de superprodução, formavam a bandeira de orgulho bissexual, durante a música Meninos e Meninas.

“Eu me sinto muito perdido sem vocês”, ele disse. “Espero que hoje vocês se sintam respeitados e amados por quem vocês realmente são, e que aqui seja um lugar seguro para vocês”. Jão está ainda mais seguro e, ao mesmo tempo, solto no palco, algo que se nota na interpretação de Santo, por exemplo, e na resposta intensa do público.

A conversa é que ele levou seis carretas de material cênico e credenciou cem pessoas de sua equipe para o festival. Coroou um dia de grandes produções de Iza, Pabllo Vittar e Gloria Groove, sem contar Ludmilla e Luísa Sonza, nos dias anteriores. Nenhum deles tem pudor de ser pretensioso e empilhar referências, trilhas dramáticas, vídeos pomposos, coreografias elaboradas etc.

O dragão não era um ícone aleatório de poder: ele remete ao fogo, elemento que Jão aponta como principal em seu álbum recém-lançado, Super, o quarto da carreira - os anteriores são Lobos (2018), do elemento terra, Anti-Herói (2019), do ar, e Pirata (2021), da água. Existe toda uma semiótica e um universo expandido do trabalho de Jão. Se isso não é se levar a sério, difícil dizer o que é.

Jão no The Town Foto: Taba Benedicto/Estadão

No final do show, outro sinal de sua ambição. Mesmo em um momento de aclamação, ele reclama de críticas.

“A gente sonhou por muito tempo com isso. E é muito doido como nos momentos mais alegres da minha vida também são os momentos em que mais pessoas aparecem para atacar de todos os lados. E muitas pessoas à minha volta me perguntam, falam, você precisa se defender, precisa falar alguma coisa. Prefiro responder com meu trabalho, com os shows, com os estádios esgotados e com a nossa conexão.” Não é uma resposta sobre limitações melódicas e líricas que se nota nos álbuns (mais do que nos shows), mas realmente a conexão está lá.

Jão no The Town Foto: Taba Benedicto/Estadão

Em um recorte de cantores pop atuais, Jão é o nome que consegue a conexão mais intensa com a massa de fãs do Brasil hoje. Só dá para comparar se a gente for para o sertanejo e outros gêneros superpopulares. Mas em um festival como o The Town não tem concorrência.

Fãs esgoelam as letras inteiras, choram e se abraçam como se fossem eles mesmos no palco. Isso ficou comprovado na noite deste domingo. Pena que a produção ambiciosa dele foi prejudicada pela estrutura do festival. A partir do meio do show, o público começou a sair em massa, em direção ao funil de pessoas que levava ao palco principal, com muita lentidão e dificuldade, onde Bruno Mars tocaria. Mas os fiéis ficaram, encantados até o fim.

O dragão gigante que Jão levou ao palco foi o maior símbolo de um dia que deixou escancarado o sucesso de uma geração do pop brasileiro que não tem medo de se levar a sério. O cantor que lota shows pelo Brasil há anos mostra cada vez mais poder sobre o público a cada grande festival. Foi surpresa no Lollapalooza, fez malabarismo no Rock in Rio e agora, impressionou no The Town, apesar do contratempo.

O coro de “Jão tesão, bonito e gostosão” marca a atual fase do cantor, do quarto álbum, Super, com letras um pouco mais picantes (mas ainda sofridas). Drones no céu, outro elemento de superprodução, formavam a bandeira de orgulho bissexual, durante a música Meninos e Meninas.

“Eu me sinto muito perdido sem vocês”, ele disse. “Espero que hoje vocês se sintam respeitados e amados por quem vocês realmente são, e que aqui seja um lugar seguro para vocês”. Jão está ainda mais seguro e, ao mesmo tempo, solto no palco, algo que se nota na interpretação de Santo, por exemplo, e na resposta intensa do público.

A conversa é que ele levou seis carretas de material cênico e credenciou cem pessoas de sua equipe para o festival. Coroou um dia de grandes produções de Iza, Pabllo Vittar e Gloria Groove, sem contar Ludmilla e Luísa Sonza, nos dias anteriores. Nenhum deles tem pudor de ser pretensioso e empilhar referências, trilhas dramáticas, vídeos pomposos, coreografias elaboradas etc.

O dragão não era um ícone aleatório de poder: ele remete ao fogo, elemento que Jão aponta como principal em seu álbum recém-lançado, Super, o quarto da carreira - os anteriores são Lobos (2018), do elemento terra, Anti-Herói (2019), do ar, e Pirata (2021), da água. Existe toda uma semiótica e um universo expandido do trabalho de Jão. Se isso não é se levar a sério, difícil dizer o que é.

Jão no The Town Foto: Taba Benedicto/Estadão

No final do show, outro sinal de sua ambição. Mesmo em um momento de aclamação, ele reclama de críticas.

“A gente sonhou por muito tempo com isso. E é muito doido como nos momentos mais alegres da minha vida também são os momentos em que mais pessoas aparecem para atacar de todos os lados. E muitas pessoas à minha volta me perguntam, falam, você precisa se defender, precisa falar alguma coisa. Prefiro responder com meu trabalho, com os shows, com os estádios esgotados e com a nossa conexão.” Não é uma resposta sobre limitações melódicas e líricas que se nota nos álbuns (mais do que nos shows), mas realmente a conexão está lá.

Jão no The Town Foto: Taba Benedicto/Estadão

Em um recorte de cantores pop atuais, Jão é o nome que consegue a conexão mais intensa com a massa de fãs do Brasil hoje. Só dá para comparar se a gente for para o sertanejo e outros gêneros superpopulares. Mas em um festival como o The Town não tem concorrência.

Fãs esgoelam as letras inteiras, choram e se abraçam como se fossem eles mesmos no palco. Isso ficou comprovado na noite deste domingo. Pena que a produção ambiciosa dele foi prejudicada pela estrutura do festival. A partir do meio do show, o público começou a sair em massa, em direção ao funil de pessoas que levava ao palco principal, com muita lentidão e dificuldade, onde Bruno Mars tocaria. Mas os fiéis ficaram, encantados até o fim.

O dragão gigante que Jão levou ao palco foi o maior símbolo de um dia que deixou escancarado o sucesso de uma geração do pop brasileiro que não tem medo de se levar a sério. O cantor que lota shows pelo Brasil há anos mostra cada vez mais poder sobre o público a cada grande festival. Foi surpresa no Lollapalooza, fez malabarismo no Rock in Rio e agora, impressionou no The Town, apesar do contratempo.

O coro de “Jão tesão, bonito e gostosão” marca a atual fase do cantor, do quarto álbum, Super, com letras um pouco mais picantes (mas ainda sofridas). Drones no céu, outro elemento de superprodução, formavam a bandeira de orgulho bissexual, durante a música Meninos e Meninas.

“Eu me sinto muito perdido sem vocês”, ele disse. “Espero que hoje vocês se sintam respeitados e amados por quem vocês realmente são, e que aqui seja um lugar seguro para vocês”. Jão está ainda mais seguro e, ao mesmo tempo, solto no palco, algo que se nota na interpretação de Santo, por exemplo, e na resposta intensa do público.

A conversa é que ele levou seis carretas de material cênico e credenciou cem pessoas de sua equipe para o festival. Coroou um dia de grandes produções de Iza, Pabllo Vittar e Gloria Groove, sem contar Ludmilla e Luísa Sonza, nos dias anteriores. Nenhum deles tem pudor de ser pretensioso e empilhar referências, trilhas dramáticas, vídeos pomposos, coreografias elaboradas etc.

O dragão não era um ícone aleatório de poder: ele remete ao fogo, elemento que Jão aponta como principal em seu álbum recém-lançado, Super, o quarto da carreira - os anteriores são Lobos (2018), do elemento terra, Anti-Herói (2019), do ar, e Pirata (2021), da água. Existe toda uma semiótica e um universo expandido do trabalho de Jão. Se isso não é se levar a sério, difícil dizer o que é.

Jão no The Town Foto: Taba Benedicto/Estadão

No final do show, outro sinal de sua ambição. Mesmo em um momento de aclamação, ele reclama de críticas.

“A gente sonhou por muito tempo com isso. E é muito doido como nos momentos mais alegres da minha vida também são os momentos em que mais pessoas aparecem para atacar de todos os lados. E muitas pessoas à minha volta me perguntam, falam, você precisa se defender, precisa falar alguma coisa. Prefiro responder com meu trabalho, com os shows, com os estádios esgotados e com a nossa conexão.” Não é uma resposta sobre limitações melódicas e líricas que se nota nos álbuns (mais do que nos shows), mas realmente a conexão está lá.

Jão no The Town Foto: Taba Benedicto/Estadão

Em um recorte de cantores pop atuais, Jão é o nome que consegue a conexão mais intensa com a massa de fãs do Brasil hoje. Só dá para comparar se a gente for para o sertanejo e outros gêneros superpopulares. Mas em um festival como o The Town não tem concorrência.

Fãs esgoelam as letras inteiras, choram e se abraçam como se fossem eles mesmos no palco. Isso ficou comprovado na noite deste domingo. Pena que a produção ambiciosa dele foi prejudicada pela estrutura do festival. A partir do meio do show, o público começou a sair em massa, em direção ao funil de pessoas que levava ao palco principal, com muita lentidão e dificuldade, onde Bruno Mars tocaria. Mas os fiéis ficaram, encantados até o fim.

O dragão gigante que Jão levou ao palco foi o maior símbolo de um dia que deixou escancarado o sucesso de uma geração do pop brasileiro que não tem medo de se levar a sério. O cantor que lota shows pelo Brasil há anos mostra cada vez mais poder sobre o público a cada grande festival. Foi surpresa no Lollapalooza, fez malabarismo no Rock in Rio e agora, impressionou no The Town, apesar do contratempo.

O coro de “Jão tesão, bonito e gostosão” marca a atual fase do cantor, do quarto álbum, Super, com letras um pouco mais picantes (mas ainda sofridas). Drones no céu, outro elemento de superprodução, formavam a bandeira de orgulho bissexual, durante a música Meninos e Meninas.

“Eu me sinto muito perdido sem vocês”, ele disse. “Espero que hoje vocês se sintam respeitados e amados por quem vocês realmente são, e que aqui seja um lugar seguro para vocês”. Jão está ainda mais seguro e, ao mesmo tempo, solto no palco, algo que se nota na interpretação de Santo, por exemplo, e na resposta intensa do público.

A conversa é que ele levou seis carretas de material cênico e credenciou cem pessoas de sua equipe para o festival. Coroou um dia de grandes produções de Iza, Pabllo Vittar e Gloria Groove, sem contar Ludmilla e Luísa Sonza, nos dias anteriores. Nenhum deles tem pudor de ser pretensioso e empilhar referências, trilhas dramáticas, vídeos pomposos, coreografias elaboradas etc.

O dragão não era um ícone aleatório de poder: ele remete ao fogo, elemento que Jão aponta como principal em seu álbum recém-lançado, Super, o quarto da carreira - os anteriores são Lobos (2018), do elemento terra, Anti-Herói (2019), do ar, e Pirata (2021), da água. Existe toda uma semiótica e um universo expandido do trabalho de Jão. Se isso não é se levar a sério, difícil dizer o que é.

Jão no The Town Foto: Taba Benedicto/Estadão

No final do show, outro sinal de sua ambição. Mesmo em um momento de aclamação, ele reclama de críticas.

“A gente sonhou por muito tempo com isso. E é muito doido como nos momentos mais alegres da minha vida também são os momentos em que mais pessoas aparecem para atacar de todos os lados. E muitas pessoas à minha volta me perguntam, falam, você precisa se defender, precisa falar alguma coisa. Prefiro responder com meu trabalho, com os shows, com os estádios esgotados e com a nossa conexão.” Não é uma resposta sobre limitações melódicas e líricas que se nota nos álbuns (mais do que nos shows), mas realmente a conexão está lá.

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