Jorge Takla assina nova produção de ópera de Mozart


Diretor traz ‘O Rapto do Serralho’, que é ambientada no Império Otomano no original, para a Paris dos dias atuais

Por João Luiz Sampaio
Atualização:

Duas jovens europeias são sequestradas e vendidas a um paxá. E seus noivos partem para resgatá-las, arquitetando um plano para retirá-las do harém onde estão sendo mantidas. A história se passa no Império Otomano, mas, a partir de sexta, 14, sobe ao palco do Teatro São Pedro, em uma leitura que leva o enredo para a Paris de nossos tempos.

Cena da peça 'O Rapto do Serralho', de Mozart Foto: Heloisa Bortz

A direção cênica é de Jorge Takla, que volta ao São Pedro e à parceria com o maestro Claudio Cruz – os dois foram responsáveis em 2008 pela premiada produção de Sonho de uma Noite de Verão, ópera de Benjamin Britten baseada na peça de Shakespeare.

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Nascido no Líbano, Takla conta que se preocupou com o retrato que a ópera faz dos árabes. “Por mais deslumbrante que a ópera seja, e é, sou árabe e quis evitar a possibilidade de cair na caricatura, no retrato arabizante pautado pelo ridículo”, ele diz, explicando que o contato com a obra lhe ofereceu outros temas a serem explorados.

Segundo o diretor, pareceu mais interessante que a montagem abordasse questões como o machismo, o assédio e as configurações sociais que alimentam essa dinâmica. “Isso me ofereceu, como diretor, possibilidades muito mais interessantes do que um foco na Turquia imaginária criada por Mozart, feita de ridículos paxás”, afirma.

Isso não significa, porém, que o diretor tenha renunciado à comédia. “A ópera oferece a chance de debater temas mais duros, mas isso não precisa ser feito abrindo mão de uma narrativa leve, divertida”, argumenta. “O Rapto é uma ópera corajosa, encantadora, singela, com momentos de grande interesse, mas nunca pretensiosa.”

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EM VIENA. O Rapto do Serralho estreou em 1782, um ano depois da chegada de Mozart a Viena, para onde ele partiu em busca de novos caminhos profissionais. Naquele momento, o repertório italiano dominava os teatros e o imperador José II resolveu criar uma companhia dedicada a apresentar óperas em alemão.

A obra tem o formato de um singspiel – ou seja, intercala diálogos falados e trechos musicais. “Não faria sentido manter os diálogos em alemão, então eles foram traduzidos para o português por Irineu Franco Perpétuo”, explica o diretor.

Takla contou com a parceria de Ronaldo Zero na direção; a cenografia é de Nicolás Boni, a iluminação, de Ney Bonfante e o figurino, de Fabio Namatame. No elenco estão as sopranos Ludmila Bauerfeldt (Konstanze), Raquel Paulin e Ana Carolina Coutinho (Blonde), Daniel Umbelino (Belmonte), Jean William (Pedrilho), Luiz-Ottavio Faria (Osmin) e Fred Silveira (Paxá).

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O Rapto do Serralho / Teatro São Pedro / Rua Barra Funda, 161. 4ª e 6ª, 20h. Dom., 17h. R$ 30/ R$ 100. Dias 14, 16, 19, 21, 23, 26, 28 e 30 de abril

Duas jovens europeias são sequestradas e vendidas a um paxá. E seus noivos partem para resgatá-las, arquitetando um plano para retirá-las do harém onde estão sendo mantidas. A história se passa no Império Otomano, mas, a partir de sexta, 14, sobe ao palco do Teatro São Pedro, em uma leitura que leva o enredo para a Paris de nossos tempos.

Cena da peça 'O Rapto do Serralho', de Mozart Foto: Heloisa Bortz

A direção cênica é de Jorge Takla, que volta ao São Pedro e à parceria com o maestro Claudio Cruz – os dois foram responsáveis em 2008 pela premiada produção de Sonho de uma Noite de Verão, ópera de Benjamin Britten baseada na peça de Shakespeare.

Nascido no Líbano, Takla conta que se preocupou com o retrato que a ópera faz dos árabes. “Por mais deslumbrante que a ópera seja, e é, sou árabe e quis evitar a possibilidade de cair na caricatura, no retrato arabizante pautado pelo ridículo”, ele diz, explicando que o contato com a obra lhe ofereceu outros temas a serem explorados.

Segundo o diretor, pareceu mais interessante que a montagem abordasse questões como o machismo, o assédio e as configurações sociais que alimentam essa dinâmica. “Isso me ofereceu, como diretor, possibilidades muito mais interessantes do que um foco na Turquia imaginária criada por Mozart, feita de ridículos paxás”, afirma.

Isso não significa, porém, que o diretor tenha renunciado à comédia. “A ópera oferece a chance de debater temas mais duros, mas isso não precisa ser feito abrindo mão de uma narrativa leve, divertida”, argumenta. “O Rapto é uma ópera corajosa, encantadora, singela, com momentos de grande interesse, mas nunca pretensiosa.”

EM VIENA. O Rapto do Serralho estreou em 1782, um ano depois da chegada de Mozart a Viena, para onde ele partiu em busca de novos caminhos profissionais. Naquele momento, o repertório italiano dominava os teatros e o imperador José II resolveu criar uma companhia dedicada a apresentar óperas em alemão.

A obra tem o formato de um singspiel – ou seja, intercala diálogos falados e trechos musicais. “Não faria sentido manter os diálogos em alemão, então eles foram traduzidos para o português por Irineu Franco Perpétuo”, explica o diretor.

Takla contou com a parceria de Ronaldo Zero na direção; a cenografia é de Nicolás Boni, a iluminação, de Ney Bonfante e o figurino, de Fabio Namatame. No elenco estão as sopranos Ludmila Bauerfeldt (Konstanze), Raquel Paulin e Ana Carolina Coutinho (Blonde), Daniel Umbelino (Belmonte), Jean William (Pedrilho), Luiz-Ottavio Faria (Osmin) e Fred Silveira (Paxá).

O Rapto do Serralho / Teatro São Pedro / Rua Barra Funda, 161. 4ª e 6ª, 20h. Dom., 17h. R$ 30/ R$ 100. Dias 14, 16, 19, 21, 23, 26, 28 e 30 de abril

Duas jovens europeias são sequestradas e vendidas a um paxá. E seus noivos partem para resgatá-las, arquitetando um plano para retirá-las do harém onde estão sendo mantidas. A história se passa no Império Otomano, mas, a partir de sexta, 14, sobe ao palco do Teatro São Pedro, em uma leitura que leva o enredo para a Paris de nossos tempos.

Cena da peça 'O Rapto do Serralho', de Mozart Foto: Heloisa Bortz

A direção cênica é de Jorge Takla, que volta ao São Pedro e à parceria com o maestro Claudio Cruz – os dois foram responsáveis em 2008 pela premiada produção de Sonho de uma Noite de Verão, ópera de Benjamin Britten baseada na peça de Shakespeare.

Nascido no Líbano, Takla conta que se preocupou com o retrato que a ópera faz dos árabes. “Por mais deslumbrante que a ópera seja, e é, sou árabe e quis evitar a possibilidade de cair na caricatura, no retrato arabizante pautado pelo ridículo”, ele diz, explicando que o contato com a obra lhe ofereceu outros temas a serem explorados.

Segundo o diretor, pareceu mais interessante que a montagem abordasse questões como o machismo, o assédio e as configurações sociais que alimentam essa dinâmica. “Isso me ofereceu, como diretor, possibilidades muito mais interessantes do que um foco na Turquia imaginária criada por Mozart, feita de ridículos paxás”, afirma.

Isso não significa, porém, que o diretor tenha renunciado à comédia. “A ópera oferece a chance de debater temas mais duros, mas isso não precisa ser feito abrindo mão de uma narrativa leve, divertida”, argumenta. “O Rapto é uma ópera corajosa, encantadora, singela, com momentos de grande interesse, mas nunca pretensiosa.”

EM VIENA. O Rapto do Serralho estreou em 1782, um ano depois da chegada de Mozart a Viena, para onde ele partiu em busca de novos caminhos profissionais. Naquele momento, o repertório italiano dominava os teatros e o imperador José II resolveu criar uma companhia dedicada a apresentar óperas em alemão.

A obra tem o formato de um singspiel – ou seja, intercala diálogos falados e trechos musicais. “Não faria sentido manter os diálogos em alemão, então eles foram traduzidos para o português por Irineu Franco Perpétuo”, explica o diretor.

Takla contou com a parceria de Ronaldo Zero na direção; a cenografia é de Nicolás Boni, a iluminação, de Ney Bonfante e o figurino, de Fabio Namatame. No elenco estão as sopranos Ludmila Bauerfeldt (Konstanze), Raquel Paulin e Ana Carolina Coutinho (Blonde), Daniel Umbelino (Belmonte), Jean William (Pedrilho), Luiz-Ottavio Faria (Osmin) e Fred Silveira (Paxá).

O Rapto do Serralho / Teatro São Pedro / Rua Barra Funda, 161. 4ª e 6ª, 20h. Dom., 17h. R$ 30/ R$ 100. Dias 14, 16, 19, 21, 23, 26, 28 e 30 de abril

Duas jovens europeias são sequestradas e vendidas a um paxá. E seus noivos partem para resgatá-las, arquitetando um plano para retirá-las do harém onde estão sendo mantidas. A história se passa no Império Otomano, mas, a partir de sexta, 14, sobe ao palco do Teatro São Pedro, em uma leitura que leva o enredo para a Paris de nossos tempos.

Cena da peça 'O Rapto do Serralho', de Mozart Foto: Heloisa Bortz

A direção cênica é de Jorge Takla, que volta ao São Pedro e à parceria com o maestro Claudio Cruz – os dois foram responsáveis em 2008 pela premiada produção de Sonho de uma Noite de Verão, ópera de Benjamin Britten baseada na peça de Shakespeare.

Nascido no Líbano, Takla conta que se preocupou com o retrato que a ópera faz dos árabes. “Por mais deslumbrante que a ópera seja, e é, sou árabe e quis evitar a possibilidade de cair na caricatura, no retrato arabizante pautado pelo ridículo”, ele diz, explicando que o contato com a obra lhe ofereceu outros temas a serem explorados.

Segundo o diretor, pareceu mais interessante que a montagem abordasse questões como o machismo, o assédio e as configurações sociais que alimentam essa dinâmica. “Isso me ofereceu, como diretor, possibilidades muito mais interessantes do que um foco na Turquia imaginária criada por Mozart, feita de ridículos paxás”, afirma.

Isso não significa, porém, que o diretor tenha renunciado à comédia. “A ópera oferece a chance de debater temas mais duros, mas isso não precisa ser feito abrindo mão de uma narrativa leve, divertida”, argumenta. “O Rapto é uma ópera corajosa, encantadora, singela, com momentos de grande interesse, mas nunca pretensiosa.”

EM VIENA. O Rapto do Serralho estreou em 1782, um ano depois da chegada de Mozart a Viena, para onde ele partiu em busca de novos caminhos profissionais. Naquele momento, o repertório italiano dominava os teatros e o imperador José II resolveu criar uma companhia dedicada a apresentar óperas em alemão.

A obra tem o formato de um singspiel – ou seja, intercala diálogos falados e trechos musicais. “Não faria sentido manter os diálogos em alemão, então eles foram traduzidos para o português por Irineu Franco Perpétuo”, explica o diretor.

Takla contou com a parceria de Ronaldo Zero na direção; a cenografia é de Nicolás Boni, a iluminação, de Ney Bonfante e o figurino, de Fabio Namatame. No elenco estão as sopranos Ludmila Bauerfeldt (Konstanze), Raquel Paulin e Ana Carolina Coutinho (Blonde), Daniel Umbelino (Belmonte), Jean William (Pedrilho), Luiz-Ottavio Faria (Osmin) e Fred Silveira (Paxá).

O Rapto do Serralho / Teatro São Pedro / Rua Barra Funda, 161. 4ª e 6ª, 20h. Dom., 17h. R$ 30/ R$ 100. Dias 14, 16, 19, 21, 23, 26, 28 e 30 de abril

Duas jovens europeias são sequestradas e vendidas a um paxá. E seus noivos partem para resgatá-las, arquitetando um plano para retirá-las do harém onde estão sendo mantidas. A história se passa no Império Otomano, mas, a partir de sexta, 14, sobe ao palco do Teatro São Pedro, em uma leitura que leva o enredo para a Paris de nossos tempos.

Cena da peça 'O Rapto do Serralho', de Mozart Foto: Heloisa Bortz

A direção cênica é de Jorge Takla, que volta ao São Pedro e à parceria com o maestro Claudio Cruz – os dois foram responsáveis em 2008 pela premiada produção de Sonho de uma Noite de Verão, ópera de Benjamin Britten baseada na peça de Shakespeare.

Nascido no Líbano, Takla conta que se preocupou com o retrato que a ópera faz dos árabes. “Por mais deslumbrante que a ópera seja, e é, sou árabe e quis evitar a possibilidade de cair na caricatura, no retrato arabizante pautado pelo ridículo”, ele diz, explicando que o contato com a obra lhe ofereceu outros temas a serem explorados.

Segundo o diretor, pareceu mais interessante que a montagem abordasse questões como o machismo, o assédio e as configurações sociais que alimentam essa dinâmica. “Isso me ofereceu, como diretor, possibilidades muito mais interessantes do que um foco na Turquia imaginária criada por Mozart, feita de ridículos paxás”, afirma.

Isso não significa, porém, que o diretor tenha renunciado à comédia. “A ópera oferece a chance de debater temas mais duros, mas isso não precisa ser feito abrindo mão de uma narrativa leve, divertida”, argumenta. “O Rapto é uma ópera corajosa, encantadora, singela, com momentos de grande interesse, mas nunca pretensiosa.”

EM VIENA. O Rapto do Serralho estreou em 1782, um ano depois da chegada de Mozart a Viena, para onde ele partiu em busca de novos caminhos profissionais. Naquele momento, o repertório italiano dominava os teatros e o imperador José II resolveu criar uma companhia dedicada a apresentar óperas em alemão.

A obra tem o formato de um singspiel – ou seja, intercala diálogos falados e trechos musicais. “Não faria sentido manter os diálogos em alemão, então eles foram traduzidos para o português por Irineu Franco Perpétuo”, explica o diretor.

Takla contou com a parceria de Ronaldo Zero na direção; a cenografia é de Nicolás Boni, a iluminação, de Ney Bonfante e o figurino, de Fabio Namatame. No elenco estão as sopranos Ludmila Bauerfeldt (Konstanze), Raquel Paulin e Ana Carolina Coutinho (Blonde), Daniel Umbelino (Belmonte), Jean William (Pedrilho), Luiz-Ottavio Faria (Osmin) e Fred Silveira (Paxá).

O Rapto do Serralho / Teatro São Pedro / Rua Barra Funda, 161. 4ª e 6ª, 20h. Dom., 17h. R$ 30/ R$ 100. Dias 14, 16, 19, 21, 23, 26, 28 e 30 de abril

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