Nesta terça-feira, dia 25 de abril, o Brasil assistirá o que provavelmente será a última apresentação da banda de rock americana Kiss em solo brasileiro. O show ocorrerá em Florianópolis, Santa Catarina, na casa de shows Hard Rock Live Florianópolis.
A turnê Kiss End of the Road World Tour, a que marcará a aposentadoria do Kiss dos palcos após 50 anos de atividade, foi anunciada pelo grupo em 2018, em um comunicado em seu site oficial, e pegou, à época, os fãs de surpresa.
Como é de praxe em turnês de despedidas, o adeus definitivo acabou por se estender. No caso do Kiss, pelos últimos cinco anos - e teve que ser temporariamente interrompida por conta da pandemia.
O adiamento do fim de turnê gerou dúvidas nos seguidores da banda formada pelos músicos Paul Stanley (vocais), Gene Simmons (baixo), Tommy Thayer (guitarras) e Eric Singer (bateria). Esta já é a segunda vez que a turnê Kiss End of the Road World Tour vem ao Brasil - em 2022 os roqueiros dos rostos pintados estiveram por aqui.
Entretanto, em entrevista em fevereiro de 2023, o empresário da banda, Doc McGhee, em entrevista ao podcast Rock City, confirmou que o Kiss vai parar no final de 2023. A data e o local do último show, porém, ainda não foram anunciados.
A banda Kiss esteve no Brasil pela primeira vez em 1983, quando se apresentou em estádios como o Maracanã, Morumbi e Mineirão e inaugurou, aqui no Brasil, uma nova e propícia fase para a chegada de grandes shows internacionais. Depois disso, o grupo voltou ao país em 1994, 1999, 2009, 2012 e 2022.
Nesta segunda passagem da Kiss End of the Road World Tour pelo Brasil, a banda se apresentou em Manaus (12/04), Brasília (18/04), Belo Horizonte (20/04), São Paulo (22/04),e ,nesta terça-feira, encerra sua passagem pelo país com o show em Florianópolis.
Na apresentação de Manaus, o baixista Gene Simmons, de 73 anos, passou mal durante a apresentação. Primeiro, ele pediu uma cadeira para tocar sentado no palco. O show foi interrompido por alguns minutos para que o músico pudesse ser atendido. No dia do show, fazia quase 30 graus de temperatura na cidade.
Importância para o rock e para o mercado do entretenimento
Quatro roqueiros que se apresentam com os rostos pintados, figurinos que trazem referência do metal e botas com imensas plataformas. Nada mais propício para que a banda nascida em Nova York no ano de 1973 se tornasse uma das figuras mais importantes e emblemáticas do show business internacional.
O Kiss, já em seu início, por meio de personagens que seus integrantes assumiram no palco - Paul Stanley (The Starchild), Gene Simmons (The Demon), Tommy Thayer (The Spaceman )e Eric Singer (Catman), levou para os shows mais do que apenas música - como a guitarra que soltava fumaça e depois “voava” ou Simmons cuspindo sangue pela boca, tornando-se uma novidade.
O sucesso comercial ocorreu a partir de 1975, quando a banda lançou seu terceiro álbum Dressed to Kill, no qual Rock and Roll All Nite, de Simmons e Stanley, a primeira do Kiss a subir às primeiras posições das paradas musicais.
No mesmo ano, a banda lançou Alive!, disco gravado ao vivo em quatro apresentações nos Estados Unidos. O álbum vendeu 22 milhões de cópias no mundo todo, o que fez do Kiss um sucesso mundial.
O Kiss alternou períodos de maior e menor prestígio a partir do final dos anos 1970, quando os integrantes lançaram trabalhos solo. Também teve diversas formações - e muitas brigas entre os integrantes - e até uma era em que se apresentaram sem as famosas maquiagens.
O último álbum da banda, Monster, o vigésimo da carreira, foi lançado em 2012. Gravado em estúdio, o disco produzido por Stanley trouxe referências aos primeiros anos de atividade da banda, com uma sonoridade mais simples e direta.
Em 2021, a gravadora Universal Music lançou uma edição comemorativa de 45 anos do álbum Destroyer, o primeiro do Kiss a vender 1 milhão de cópias e que traz músicas como Detroit Rock City, Shout It Out Loud e God Of Thunder. O áudio foi remasterizado com a tecnologia Dolby Atmos, a mais moderna atualmente, que dá ao som uma característica tridimensional.