Livro narra a história de amor e sexo nas letras da MPB


História Sexual da MPB é escrito em linguagem coloquial e bem-humorada

Por Agencia Estado

Há bons motivos para considerar que o livro História Sexual da MPB - A Evolução do Amor e do Sexo na Canção Brasileira (Editora Record, R$ 63,90), de Rodrigo Faour, tem papel desbravador. Como tiveram os transgressores Ney Matogrosso, Marina Lima, Antônio Cícero, Joyce, Rita Lee, Wando, Vanusa, Ângela Ro Ro e Tati Quebra-Barraco no desenvolvimento do tema dentro da música feita nos séculos 20 e 21 no País. Estes são apenas alguns dos retratados no espesso volume de 588 páginas (mais dois encartes de 32), que chega às livrarias no dia 7. Escrito em linguagem coloquial e bem-humorada, o volume vem recheado de dados históricos, capas de discos, depoimentos importantes de criadores bem-pensantes da música letrada e citações de versos de 1.300 canções brasileiras. Isto é fruto de um levantamento minucioso, que vai do lundu, em meados do século 19, ao funk-favela carioca dos 2000. Para facilitar a leitura, que de uma sentada só (com o perdão do trocadilho) acaba se tornando cansativa, Faour distribuiu o calhamaço em capítulos temáticos e estes, subdivididos em outras partes. Pelo grau de detalhamento e o montante de referências, o leitor deve imaginar que o autor passou a maior parte de seus 34 anos pensando só naquilo. "Estou há quatro anos com esse tema na cabeça, mas o grosso mesmo do material só produzi em 2005", conta o pesquisador e jornalista, que partiu de uma sugestão da sexóloga Regina Navarro Lins, autora de alguns dos depoimentos mais transparentes e estimulantes do livro. Pesquisa começou em 2001 "Tudo começou em 2001, quando ela me chamou para escrever na revista Muito Prazer uma coluna sobre o amor na MPB e seus diversos temas: motel, traição, separação, etc. A revista durou só dois números, mas a idéia ficou martelando na minha cabeça", conta o autor do biográfico Bastidores - Cauby Peixoto: 50 Anos da Voz e do Mito (2001) e de Revista do Rádio (2002). Depois do balanço bibliográfico, o autor - também responsável pelo recente relançamento da discografia integral de Maria Bethânia em CD - partiu para a seleção das músicas por temas. "Foi difícil começar um livro sobre sexo na MPB falando de amor mal resolvido, mas teve de ser assim, não podia falar de sexo sem falar de amor", diz, embora ressalve que os dois não têm obrigatoriamente de estar relacionados, como se sabe. Além de sexólogos, antropólogos, críticos e historiadores, Faour entrevistou principalmente os letristas e alguns intérpretes (na maioria cantoras) que foram importantes no aspecto da sensualidade dentro da canção brasileira que repercutiu na mídia. O leitor iniciado pode sentir falta de referências a obras como a de Jorge Mautner - especialmente nas letras de Encantador de Serpentes e Cidadão Cidadã, reveladoras do humor, da ambigüidade e do liberalismo na abordagem das relações gays e além delas - ou o álbum Vermelho da militante paulista Vange Leonel. Pode-se cobrar também um aprofundamento maior na música nordestina (além do forró de duplo sentido) ou do universo do hip-hop, mais forte em São Paulo do que no Rio, de onde o autor mira sua objetiva. "História Sexual" surge como uma provocativa obra de referência, mas não esgota o assunto. Nem pretendia. "O objetivo é fazer as pessoas prestarem mais atenção no que estão ouvindo. Não é um livro só de história, mas para alfinetar as pessoas", diz o autor. Os termos que aparecem na MPB Alzaquiana - A expressão se popularizou a partir de 1950, com o sucesso da marchinha de Wilson Batista e Nássara, de título inspirado no livro A Mulher de 30 Anos, de Honoré de Balzac. Tesão - A palavra apareceu pela primeira vez em gravação discográfica em Bye, Bye Brasil (?eu tenho tesão é no mar?), de Chico Buarque e Roberto Menescal, em 1980. Juca Chaves tentou dez anos antes, mas foi censurado. Black is Beatiful - Balada soul de Marcos e Paulo Sérgio Valle, gravada por Elis Regina em 1970, foi considerada ?um marco de sensualidade inter-racial? com versos como estes: ?Eu quero um homem de cor/ Um deus negro, do Congo ou daqui/ Que se integre no meu sangue europeu...? Obsceno - Foi com esse álbum de Wando que, segundo Faour, ?o zíper terminou de abrir?. Canções ?deslavadamente eróticas? marcaram a fundo seu repertório a partir daí (1988), influenciando outros autores populares e levando as fãs à loucura nos shows do cantor. Gay - É provável que a primeira menção à homossexualidade numa letra de música brasileira tenha surgido por volta de 1903, na cançoneta O Bonequinho, de autor desconhecido. A palavra gay apareceria pela primeira vez, e com sentido positivo, em 1981, na letra de Quem É Esse Rapaz? (Marina e Antônio Cícero), do álbum Certos Acordes.

Há bons motivos para considerar que o livro História Sexual da MPB - A Evolução do Amor e do Sexo na Canção Brasileira (Editora Record, R$ 63,90), de Rodrigo Faour, tem papel desbravador. Como tiveram os transgressores Ney Matogrosso, Marina Lima, Antônio Cícero, Joyce, Rita Lee, Wando, Vanusa, Ângela Ro Ro e Tati Quebra-Barraco no desenvolvimento do tema dentro da música feita nos séculos 20 e 21 no País. Estes são apenas alguns dos retratados no espesso volume de 588 páginas (mais dois encartes de 32), que chega às livrarias no dia 7. Escrito em linguagem coloquial e bem-humorada, o volume vem recheado de dados históricos, capas de discos, depoimentos importantes de criadores bem-pensantes da música letrada e citações de versos de 1.300 canções brasileiras. Isto é fruto de um levantamento minucioso, que vai do lundu, em meados do século 19, ao funk-favela carioca dos 2000. Para facilitar a leitura, que de uma sentada só (com o perdão do trocadilho) acaba se tornando cansativa, Faour distribuiu o calhamaço em capítulos temáticos e estes, subdivididos em outras partes. Pelo grau de detalhamento e o montante de referências, o leitor deve imaginar que o autor passou a maior parte de seus 34 anos pensando só naquilo. "Estou há quatro anos com esse tema na cabeça, mas o grosso mesmo do material só produzi em 2005", conta o pesquisador e jornalista, que partiu de uma sugestão da sexóloga Regina Navarro Lins, autora de alguns dos depoimentos mais transparentes e estimulantes do livro. Pesquisa começou em 2001 "Tudo começou em 2001, quando ela me chamou para escrever na revista Muito Prazer uma coluna sobre o amor na MPB e seus diversos temas: motel, traição, separação, etc. A revista durou só dois números, mas a idéia ficou martelando na minha cabeça", conta o autor do biográfico Bastidores - Cauby Peixoto: 50 Anos da Voz e do Mito (2001) e de Revista do Rádio (2002). Depois do balanço bibliográfico, o autor - também responsável pelo recente relançamento da discografia integral de Maria Bethânia em CD - partiu para a seleção das músicas por temas. "Foi difícil começar um livro sobre sexo na MPB falando de amor mal resolvido, mas teve de ser assim, não podia falar de sexo sem falar de amor", diz, embora ressalve que os dois não têm obrigatoriamente de estar relacionados, como se sabe. Além de sexólogos, antropólogos, críticos e historiadores, Faour entrevistou principalmente os letristas e alguns intérpretes (na maioria cantoras) que foram importantes no aspecto da sensualidade dentro da canção brasileira que repercutiu na mídia. O leitor iniciado pode sentir falta de referências a obras como a de Jorge Mautner - especialmente nas letras de Encantador de Serpentes e Cidadão Cidadã, reveladoras do humor, da ambigüidade e do liberalismo na abordagem das relações gays e além delas - ou o álbum Vermelho da militante paulista Vange Leonel. Pode-se cobrar também um aprofundamento maior na música nordestina (além do forró de duplo sentido) ou do universo do hip-hop, mais forte em São Paulo do que no Rio, de onde o autor mira sua objetiva. "História Sexual" surge como uma provocativa obra de referência, mas não esgota o assunto. Nem pretendia. "O objetivo é fazer as pessoas prestarem mais atenção no que estão ouvindo. Não é um livro só de história, mas para alfinetar as pessoas", diz o autor. Os termos que aparecem na MPB Alzaquiana - A expressão se popularizou a partir de 1950, com o sucesso da marchinha de Wilson Batista e Nássara, de título inspirado no livro A Mulher de 30 Anos, de Honoré de Balzac. Tesão - A palavra apareceu pela primeira vez em gravação discográfica em Bye, Bye Brasil (?eu tenho tesão é no mar?), de Chico Buarque e Roberto Menescal, em 1980. Juca Chaves tentou dez anos antes, mas foi censurado. Black is Beatiful - Balada soul de Marcos e Paulo Sérgio Valle, gravada por Elis Regina em 1970, foi considerada ?um marco de sensualidade inter-racial? com versos como estes: ?Eu quero um homem de cor/ Um deus negro, do Congo ou daqui/ Que se integre no meu sangue europeu...? Obsceno - Foi com esse álbum de Wando que, segundo Faour, ?o zíper terminou de abrir?. Canções ?deslavadamente eróticas? marcaram a fundo seu repertório a partir daí (1988), influenciando outros autores populares e levando as fãs à loucura nos shows do cantor. Gay - É provável que a primeira menção à homossexualidade numa letra de música brasileira tenha surgido por volta de 1903, na cançoneta O Bonequinho, de autor desconhecido. A palavra gay apareceria pela primeira vez, e com sentido positivo, em 1981, na letra de Quem É Esse Rapaz? (Marina e Antônio Cícero), do álbum Certos Acordes.

Há bons motivos para considerar que o livro História Sexual da MPB - A Evolução do Amor e do Sexo na Canção Brasileira (Editora Record, R$ 63,90), de Rodrigo Faour, tem papel desbravador. Como tiveram os transgressores Ney Matogrosso, Marina Lima, Antônio Cícero, Joyce, Rita Lee, Wando, Vanusa, Ângela Ro Ro e Tati Quebra-Barraco no desenvolvimento do tema dentro da música feita nos séculos 20 e 21 no País. Estes são apenas alguns dos retratados no espesso volume de 588 páginas (mais dois encartes de 32), que chega às livrarias no dia 7. Escrito em linguagem coloquial e bem-humorada, o volume vem recheado de dados históricos, capas de discos, depoimentos importantes de criadores bem-pensantes da música letrada e citações de versos de 1.300 canções brasileiras. Isto é fruto de um levantamento minucioso, que vai do lundu, em meados do século 19, ao funk-favela carioca dos 2000. Para facilitar a leitura, que de uma sentada só (com o perdão do trocadilho) acaba se tornando cansativa, Faour distribuiu o calhamaço em capítulos temáticos e estes, subdivididos em outras partes. Pelo grau de detalhamento e o montante de referências, o leitor deve imaginar que o autor passou a maior parte de seus 34 anos pensando só naquilo. "Estou há quatro anos com esse tema na cabeça, mas o grosso mesmo do material só produzi em 2005", conta o pesquisador e jornalista, que partiu de uma sugestão da sexóloga Regina Navarro Lins, autora de alguns dos depoimentos mais transparentes e estimulantes do livro. Pesquisa começou em 2001 "Tudo começou em 2001, quando ela me chamou para escrever na revista Muito Prazer uma coluna sobre o amor na MPB e seus diversos temas: motel, traição, separação, etc. A revista durou só dois números, mas a idéia ficou martelando na minha cabeça", conta o autor do biográfico Bastidores - Cauby Peixoto: 50 Anos da Voz e do Mito (2001) e de Revista do Rádio (2002). Depois do balanço bibliográfico, o autor - também responsável pelo recente relançamento da discografia integral de Maria Bethânia em CD - partiu para a seleção das músicas por temas. "Foi difícil começar um livro sobre sexo na MPB falando de amor mal resolvido, mas teve de ser assim, não podia falar de sexo sem falar de amor", diz, embora ressalve que os dois não têm obrigatoriamente de estar relacionados, como se sabe. Além de sexólogos, antropólogos, críticos e historiadores, Faour entrevistou principalmente os letristas e alguns intérpretes (na maioria cantoras) que foram importantes no aspecto da sensualidade dentro da canção brasileira que repercutiu na mídia. O leitor iniciado pode sentir falta de referências a obras como a de Jorge Mautner - especialmente nas letras de Encantador de Serpentes e Cidadão Cidadã, reveladoras do humor, da ambigüidade e do liberalismo na abordagem das relações gays e além delas - ou o álbum Vermelho da militante paulista Vange Leonel. Pode-se cobrar também um aprofundamento maior na música nordestina (além do forró de duplo sentido) ou do universo do hip-hop, mais forte em São Paulo do que no Rio, de onde o autor mira sua objetiva. "História Sexual" surge como uma provocativa obra de referência, mas não esgota o assunto. Nem pretendia. "O objetivo é fazer as pessoas prestarem mais atenção no que estão ouvindo. Não é um livro só de história, mas para alfinetar as pessoas", diz o autor. Os termos que aparecem na MPB Alzaquiana - A expressão se popularizou a partir de 1950, com o sucesso da marchinha de Wilson Batista e Nássara, de título inspirado no livro A Mulher de 30 Anos, de Honoré de Balzac. Tesão - A palavra apareceu pela primeira vez em gravação discográfica em Bye, Bye Brasil (?eu tenho tesão é no mar?), de Chico Buarque e Roberto Menescal, em 1980. Juca Chaves tentou dez anos antes, mas foi censurado. Black is Beatiful - Balada soul de Marcos e Paulo Sérgio Valle, gravada por Elis Regina em 1970, foi considerada ?um marco de sensualidade inter-racial? com versos como estes: ?Eu quero um homem de cor/ Um deus negro, do Congo ou daqui/ Que se integre no meu sangue europeu...? Obsceno - Foi com esse álbum de Wando que, segundo Faour, ?o zíper terminou de abrir?. Canções ?deslavadamente eróticas? marcaram a fundo seu repertório a partir daí (1988), influenciando outros autores populares e levando as fãs à loucura nos shows do cantor. Gay - É provável que a primeira menção à homossexualidade numa letra de música brasileira tenha surgido por volta de 1903, na cançoneta O Bonequinho, de autor desconhecido. A palavra gay apareceria pela primeira vez, e com sentido positivo, em 1981, na letra de Quem É Esse Rapaz? (Marina e Antônio Cícero), do álbum Certos Acordes.

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