Lollapalooza 2023: Billie Eilish queima na fogueira de Lil Nas X


Grandiosidade espetaculosa do rapper é daquelas que se impõe aos espíritos melodiosos e insistem em ‘perturbar’ shows alheios

Por Julio Maria
Atualização:

Era a primeira vinda ao país de Billie Eilish, 21 anos, e sua chegada foi submetida a um desafio. Lil Nas X havia feito uma revolução rapper instantes antes, conectando linguagens, impondo corpos e provocando furor com uma absurda capacidade de ser novidade. Indefinível como persona, sólido como artista e bem frágil como cantor – algo que ninguém percebe – ele será lembrado como um ponto alto da edição.

Billie Eilish no Lollapalooza Foto: EFE/ Sebastião Moreira

Minutos depois, ela surge. Billie, junto a Lil, tem a seu favor algumas das mesmas qualidades e uma das armadas de fãs mais inegociáveis do festival. Ela chegou literalmente em um pulo, levantando cada seguidor com a percussiva Bury a Friend. Entrar logo depois de Lil criou uma comparação inevitável e interessante por colocá-los em lados tão opostos com relação à construção de um espetáculo. Ao contrário de Lil, Billie e sua sonoridade são doces, soturnas, molecas, graciosas e, mesmo ao lado do irmão produtor guitarrista Finneas, solitárias em um palco que ela ocupa como se estivesse em seu quarto.

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I Didn’t Change My Number a segunda canção, a manteve na mesma temperatura, e a seguinte, NDA, também. Quando Therefore I Am veio no mesmo espectro dos tormentos das anteriores, o ritmo de uma linearidade previsível e longe da efusão lunática de Lil já estava imposto. Seu negócio era outro. Ela então parou, falou com a plateia, sorriu lindamente para o mar de gente à sua frente e veio dois graus acima com My Strange Addiction, sob as mesmas luzes monocromáticas. A balada I Don’t Wanna Be You Anymore conectada a Lovely deu ao show uma profundidade melancólica que o show anterior havia feito esquecer que existia.

Não existe comparação técnica que se sustente entre Lil Nas X e Billie Eilish – além da constatação de que ambos cantam lindamente na base do playback (ok, o estranho a partir de agora é que não usa playback) –, mas como entrar na vibe eletro down de Billie, por mais arrebatadora que ela seja, depois de sermos arrancados de nossas cascas e arremessados no horizonte por Lil? You Should See Me in a Crown consegue elevar um pouco as energias, mas Billie Bossa Nova, cantada com deferência e uma bandeira do Brasil sobre os ombros, nos devolve à placidez. Lil, danado, ainda está presente, e ainda não se desfez quando Billie começa GOLDWING.

Xanny tem mais das belezas da alma de Billie, com o vídeo em que ela aparece em muito sofrimento físico sendo mostrado ao fundo. É bonito, fala a língua de muitos que estão naquela situação, mas aí talvez já caiba uma perguntinha chata. Sendo Billie tudo, menos incendiária, Lil Nas X não deveria ter feito o último show da noite? Não seria demérito a Billie, apenas dinâmica. Vem Oxytocin, Ilomilo, I Love You... Há um longo set acústico entre os irmãos e muitos fachos de sol aparecem ali. Ocean Eyes, linda, é um deles. Getting Older é outro. When The Party’s Over é uma peça de arte. Billie e Lil atingem partes diferentes do cérebro. Muita gente deve ter saído atordoada de Interlagos.

Era a primeira vinda ao país de Billie Eilish, 21 anos, e sua chegada foi submetida a um desafio. Lil Nas X havia feito uma revolução rapper instantes antes, conectando linguagens, impondo corpos e provocando furor com uma absurda capacidade de ser novidade. Indefinível como persona, sólido como artista e bem frágil como cantor – algo que ninguém percebe – ele será lembrado como um ponto alto da edição.

Billie Eilish no Lollapalooza Foto: EFE/ Sebastião Moreira

Minutos depois, ela surge. Billie, junto a Lil, tem a seu favor algumas das mesmas qualidades e uma das armadas de fãs mais inegociáveis do festival. Ela chegou literalmente em um pulo, levantando cada seguidor com a percussiva Bury a Friend. Entrar logo depois de Lil criou uma comparação inevitável e interessante por colocá-los em lados tão opostos com relação à construção de um espetáculo. Ao contrário de Lil, Billie e sua sonoridade são doces, soturnas, molecas, graciosas e, mesmo ao lado do irmão produtor guitarrista Finneas, solitárias em um palco que ela ocupa como se estivesse em seu quarto.

I Didn’t Change My Number a segunda canção, a manteve na mesma temperatura, e a seguinte, NDA, também. Quando Therefore I Am veio no mesmo espectro dos tormentos das anteriores, o ritmo de uma linearidade previsível e longe da efusão lunática de Lil já estava imposto. Seu negócio era outro. Ela então parou, falou com a plateia, sorriu lindamente para o mar de gente à sua frente e veio dois graus acima com My Strange Addiction, sob as mesmas luzes monocromáticas. A balada I Don’t Wanna Be You Anymore conectada a Lovely deu ao show uma profundidade melancólica que o show anterior havia feito esquecer que existia.

Não existe comparação técnica que se sustente entre Lil Nas X e Billie Eilish – além da constatação de que ambos cantam lindamente na base do playback (ok, o estranho a partir de agora é que não usa playback) –, mas como entrar na vibe eletro down de Billie, por mais arrebatadora que ela seja, depois de sermos arrancados de nossas cascas e arremessados no horizonte por Lil? You Should See Me in a Crown consegue elevar um pouco as energias, mas Billie Bossa Nova, cantada com deferência e uma bandeira do Brasil sobre os ombros, nos devolve à placidez. Lil, danado, ainda está presente, e ainda não se desfez quando Billie começa GOLDWING.

Xanny tem mais das belezas da alma de Billie, com o vídeo em que ela aparece em muito sofrimento físico sendo mostrado ao fundo. É bonito, fala a língua de muitos que estão naquela situação, mas aí talvez já caiba uma perguntinha chata. Sendo Billie tudo, menos incendiária, Lil Nas X não deveria ter feito o último show da noite? Não seria demérito a Billie, apenas dinâmica. Vem Oxytocin, Ilomilo, I Love You... Há um longo set acústico entre os irmãos e muitos fachos de sol aparecem ali. Ocean Eyes, linda, é um deles. Getting Older é outro. When The Party’s Over é uma peça de arte. Billie e Lil atingem partes diferentes do cérebro. Muita gente deve ter saído atordoada de Interlagos.

Era a primeira vinda ao país de Billie Eilish, 21 anos, e sua chegada foi submetida a um desafio. Lil Nas X havia feito uma revolução rapper instantes antes, conectando linguagens, impondo corpos e provocando furor com uma absurda capacidade de ser novidade. Indefinível como persona, sólido como artista e bem frágil como cantor – algo que ninguém percebe – ele será lembrado como um ponto alto da edição.

Billie Eilish no Lollapalooza Foto: EFE/ Sebastião Moreira

Minutos depois, ela surge. Billie, junto a Lil, tem a seu favor algumas das mesmas qualidades e uma das armadas de fãs mais inegociáveis do festival. Ela chegou literalmente em um pulo, levantando cada seguidor com a percussiva Bury a Friend. Entrar logo depois de Lil criou uma comparação inevitável e interessante por colocá-los em lados tão opostos com relação à construção de um espetáculo. Ao contrário de Lil, Billie e sua sonoridade são doces, soturnas, molecas, graciosas e, mesmo ao lado do irmão produtor guitarrista Finneas, solitárias em um palco que ela ocupa como se estivesse em seu quarto.

I Didn’t Change My Number a segunda canção, a manteve na mesma temperatura, e a seguinte, NDA, também. Quando Therefore I Am veio no mesmo espectro dos tormentos das anteriores, o ritmo de uma linearidade previsível e longe da efusão lunática de Lil já estava imposto. Seu negócio era outro. Ela então parou, falou com a plateia, sorriu lindamente para o mar de gente à sua frente e veio dois graus acima com My Strange Addiction, sob as mesmas luzes monocromáticas. A balada I Don’t Wanna Be You Anymore conectada a Lovely deu ao show uma profundidade melancólica que o show anterior havia feito esquecer que existia.

Não existe comparação técnica que se sustente entre Lil Nas X e Billie Eilish – além da constatação de que ambos cantam lindamente na base do playback (ok, o estranho a partir de agora é que não usa playback) –, mas como entrar na vibe eletro down de Billie, por mais arrebatadora que ela seja, depois de sermos arrancados de nossas cascas e arremessados no horizonte por Lil? You Should See Me in a Crown consegue elevar um pouco as energias, mas Billie Bossa Nova, cantada com deferência e uma bandeira do Brasil sobre os ombros, nos devolve à placidez. Lil, danado, ainda está presente, e ainda não se desfez quando Billie começa GOLDWING.

Xanny tem mais das belezas da alma de Billie, com o vídeo em que ela aparece em muito sofrimento físico sendo mostrado ao fundo. É bonito, fala a língua de muitos que estão naquela situação, mas aí talvez já caiba uma perguntinha chata. Sendo Billie tudo, menos incendiária, Lil Nas X não deveria ter feito o último show da noite? Não seria demérito a Billie, apenas dinâmica. Vem Oxytocin, Ilomilo, I Love You... Há um longo set acústico entre os irmãos e muitos fachos de sol aparecem ali. Ocean Eyes, linda, é um deles. Getting Older é outro. When The Party’s Over é uma peça de arte. Billie e Lil atingem partes diferentes do cérebro. Muita gente deve ter saído atordoada de Interlagos.

Era a primeira vinda ao país de Billie Eilish, 21 anos, e sua chegada foi submetida a um desafio. Lil Nas X havia feito uma revolução rapper instantes antes, conectando linguagens, impondo corpos e provocando furor com uma absurda capacidade de ser novidade. Indefinível como persona, sólido como artista e bem frágil como cantor – algo que ninguém percebe – ele será lembrado como um ponto alto da edição.

Billie Eilish no Lollapalooza Foto: EFE/ Sebastião Moreira

Minutos depois, ela surge. Billie, junto a Lil, tem a seu favor algumas das mesmas qualidades e uma das armadas de fãs mais inegociáveis do festival. Ela chegou literalmente em um pulo, levantando cada seguidor com a percussiva Bury a Friend. Entrar logo depois de Lil criou uma comparação inevitável e interessante por colocá-los em lados tão opostos com relação à construção de um espetáculo. Ao contrário de Lil, Billie e sua sonoridade são doces, soturnas, molecas, graciosas e, mesmo ao lado do irmão produtor guitarrista Finneas, solitárias em um palco que ela ocupa como se estivesse em seu quarto.

I Didn’t Change My Number a segunda canção, a manteve na mesma temperatura, e a seguinte, NDA, também. Quando Therefore I Am veio no mesmo espectro dos tormentos das anteriores, o ritmo de uma linearidade previsível e longe da efusão lunática de Lil já estava imposto. Seu negócio era outro. Ela então parou, falou com a plateia, sorriu lindamente para o mar de gente à sua frente e veio dois graus acima com My Strange Addiction, sob as mesmas luzes monocromáticas. A balada I Don’t Wanna Be You Anymore conectada a Lovely deu ao show uma profundidade melancólica que o show anterior havia feito esquecer que existia.

Não existe comparação técnica que se sustente entre Lil Nas X e Billie Eilish – além da constatação de que ambos cantam lindamente na base do playback (ok, o estranho a partir de agora é que não usa playback) –, mas como entrar na vibe eletro down de Billie, por mais arrebatadora que ela seja, depois de sermos arrancados de nossas cascas e arremessados no horizonte por Lil? You Should See Me in a Crown consegue elevar um pouco as energias, mas Billie Bossa Nova, cantada com deferência e uma bandeira do Brasil sobre os ombros, nos devolve à placidez. Lil, danado, ainda está presente, e ainda não se desfez quando Billie começa GOLDWING.

Xanny tem mais das belezas da alma de Billie, com o vídeo em que ela aparece em muito sofrimento físico sendo mostrado ao fundo. É bonito, fala a língua de muitos que estão naquela situação, mas aí talvez já caiba uma perguntinha chata. Sendo Billie tudo, menos incendiária, Lil Nas X não deveria ter feito o último show da noite? Não seria demérito a Billie, apenas dinâmica. Vem Oxytocin, Ilomilo, I Love You... Há um longo set acústico entre os irmãos e muitos fachos de sol aparecem ali. Ocean Eyes, linda, é um deles. Getting Older é outro. When The Party’s Over é uma peça de arte. Billie e Lil atingem partes diferentes do cérebro. Muita gente deve ter saído atordoada de Interlagos.

Era a primeira vinda ao país de Billie Eilish, 21 anos, e sua chegada foi submetida a um desafio. Lil Nas X havia feito uma revolução rapper instantes antes, conectando linguagens, impondo corpos e provocando furor com uma absurda capacidade de ser novidade. Indefinível como persona, sólido como artista e bem frágil como cantor – algo que ninguém percebe – ele será lembrado como um ponto alto da edição.

Billie Eilish no Lollapalooza Foto: EFE/ Sebastião Moreira

Minutos depois, ela surge. Billie, junto a Lil, tem a seu favor algumas das mesmas qualidades e uma das armadas de fãs mais inegociáveis do festival. Ela chegou literalmente em um pulo, levantando cada seguidor com a percussiva Bury a Friend. Entrar logo depois de Lil criou uma comparação inevitável e interessante por colocá-los em lados tão opostos com relação à construção de um espetáculo. Ao contrário de Lil, Billie e sua sonoridade são doces, soturnas, molecas, graciosas e, mesmo ao lado do irmão produtor guitarrista Finneas, solitárias em um palco que ela ocupa como se estivesse em seu quarto.

I Didn’t Change My Number a segunda canção, a manteve na mesma temperatura, e a seguinte, NDA, também. Quando Therefore I Am veio no mesmo espectro dos tormentos das anteriores, o ritmo de uma linearidade previsível e longe da efusão lunática de Lil já estava imposto. Seu negócio era outro. Ela então parou, falou com a plateia, sorriu lindamente para o mar de gente à sua frente e veio dois graus acima com My Strange Addiction, sob as mesmas luzes monocromáticas. A balada I Don’t Wanna Be You Anymore conectada a Lovely deu ao show uma profundidade melancólica que o show anterior havia feito esquecer que existia.

Não existe comparação técnica que se sustente entre Lil Nas X e Billie Eilish – além da constatação de que ambos cantam lindamente na base do playback (ok, o estranho a partir de agora é que não usa playback) –, mas como entrar na vibe eletro down de Billie, por mais arrebatadora que ela seja, depois de sermos arrancados de nossas cascas e arremessados no horizonte por Lil? You Should See Me in a Crown consegue elevar um pouco as energias, mas Billie Bossa Nova, cantada com deferência e uma bandeira do Brasil sobre os ombros, nos devolve à placidez. Lil, danado, ainda está presente, e ainda não se desfez quando Billie começa GOLDWING.

Xanny tem mais das belezas da alma de Billie, com o vídeo em que ela aparece em muito sofrimento físico sendo mostrado ao fundo. É bonito, fala a língua de muitos que estão naquela situação, mas aí talvez já caiba uma perguntinha chata. Sendo Billie tudo, menos incendiária, Lil Nas X não deveria ter feito o último show da noite? Não seria demérito a Billie, apenas dinâmica. Vem Oxytocin, Ilomilo, I Love You... Há um longo set acústico entre os irmãos e muitos fachos de sol aparecem ali. Ocean Eyes, linda, é um deles. Getting Older é outro. When The Party’s Over é uma peça de arte. Billie e Lil atingem partes diferentes do cérebro. Muita gente deve ter saído atordoada de Interlagos.

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