É comum a existência de artistas mascarados no mundo da música: Daft Punk, Slipknot, Mushroomhead, Marshmello... Cada um à sua maneira, mas todos buscando ‘esconder’ a verdadeira identidade em algum momento. O método também é adotado por Claptone, que encerrou a primeira noite de shows de música eletrônica no Lollapalooza 2023 nesta sexta, 24.
Vestido todo de preto, à exceção das luvas brancas e de uma máscara dourada que parece saída diretamente do carnaval de Veneza, escondendo seu rosto, abaixo de uma charmosa cartola, o DJ alemão abriu a apresentação com Cream e embalou o público com outras músicas típicas do house, junto a potentes vozes femininas ou acordes marcantes de teclado. Também houve espaço para samples de artistas renomados como Elton John (Cold Cold Heart), Corona (Rhytm of The Night) e Stardust (Music Sounds Better With You).
Como a identidade por trás da máscara nunca foi de fato oficializada, algumas polêmicas surgiram nas redes sociais no passado, como a acusação de ‘enganar’ os fãs por se apresentar em mais de um local simultaneamente. O projeto Claptone, inclusive, já se apresentou como dupla em outras ocasiões, como no festival Coachella em 2016. No Lollapalooza 2023, apareceu sozinho.
Parece confuso. Talvez tanto quanto o fato de a dupla Thaeme e Thiago ter trocado o Thiago original por um outro cantor, chamado Guilherme, mas mantendo o nome de Thiago, ou os vários “Reinaldos” que já se apresentaram junto a Tony Garcia. Mas não o suficiente para deixar de apreciar alguns momentos de boa música, como fez quem esteve no Autódromo de Interlagos ou os espectadores do canal Bis, que transmitiu a apresentação ao vivo.