Análise|Lollapalooza: Greta Van Fleet faz rock competente, mas enfrenta anticlímax em festival já esvaziado


Público começou a deixar o evento logo após o show de Sam Smith e última atração demorou a atrair quem ainda estava no Autódromo

Por Danilo Casaletti
Atualização: Correção:

Dias antes de se apresentar no Lollapalooza Brasil, o baixista do Greta Van Fleet, Sam Kiszka, disse ao Estadão que, de uns tempos para cá, o público da banda americana, que faz um hard rock ‘setentista’ - há quem prefira o termo ‘raiz’ -, tem experimentado uma plateia multigeracional. Sobretudo, a geração Z.

Entretanto, boa parte da juventude que lotou o Lolla neste domingo, 24, deixou o Autódromo após o show de Sam Smith. Até mesmo a apresentação da excelente cantora Sza, unica heardliner mulher dessa edição, recebeu um público menor do que os headliners de sexta-feira e sábado.

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Kiszka e seus irmãos Josh, Jake, e Daniel Wagner, que completam o Greta, encerraram a programação deste ano para um festival já bastante esvaziado. Essa foi a terceira vez que a banda tocou no País. A primeira foi no próprio Lolla, em 2019.

Show do Greta Van Fleet no Lollapalooza Brasil 2024. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Diante disso, cabe a pergunta: vale à pena trazer um grupo que de lá para cá não apresentou grandes novidades, preferindo continuar apegado ao rock clássico que o consagrou? - Pois assim é Starcatcher, seu álbum de 2023 - E, sobretudo, como atração final?

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Sim, Greta Van Fleet é algo como uma boyband que faz som de garagem - os mais maldosos apelidaram a banda de boyband do Led Zeppelin. Se por um lado é alívio para jovens fãs que não curtem pop rock, por outro, é impossível dissociar a banda desse conceito. Por mais que seus integrantes se esforcem para isso.

No show apresentado no Lolla, Greta Van Fleet abriu com The Falling Sky, de Starcatcher, com Josh mostrando sua excelência vocal. Em seguida, Safari Song, um de seus primeiros sucesdos, quando o solo de guitarra de Jake arrancou gritos do público.

Seguiram com músicas como Black Smoke Rising, Meeting The Master, Heat Above e Light My Love. Tudo dentro do esperado para o Greta. Competentíssimo no que se propõe a fazer. Nada além disso. Apresentando-se para seu público em específico - por vezes, com longos solos, sem possibilidade de atrair quem foi ao Lollapalooza para ver outras atrações do dia. Sam Smith, com show repleto de referências, teve adesão mais diversificada.

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Show do Greta Van Fleet no Lollapalooza Brasil 2024. Foto: Taba Benedicto/Estadão

When The Curtain Falls, Safari Song e Highway Tune, que fizeram parte dos primeiros EPs e álbuns da banda - e que rapidamente avançaram os primeiros lugares da parada da Billboard americana - foram tocadas.

Na parte final, Highway Tune e When The Curtain Falls, músicas que avançaram nos primeiros lugares da parada da Billboard americana quando foram lançadas, entre 2017 e 2018, e garantiram a fama da então inciante banda.

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O Lollapalooza Brasil 2024, a 11.ª edição do evento, terminou com certo anticlímax. Quem resistiu a dias de tempo fechado, chuva, muita lama e fila para o transporte público merecia sair com aquela última sensação de que valeu à pena ter passado por tudo isso e a ponto de esperar o show derradeiro. Greta Van Fleet, como última atração, ofereceu ‘meia experiência’ - para usar uma expressão queridinha dos organizadores dos festivais.

Show do Greta Van Fleet no Lollapalooza Brasil 2024. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Dias antes de se apresentar no Lollapalooza Brasil, o baixista do Greta Van Fleet, Sam Kiszka, disse ao Estadão que, de uns tempos para cá, o público da banda americana, que faz um hard rock ‘setentista’ - há quem prefira o termo ‘raiz’ -, tem experimentado uma plateia multigeracional. Sobretudo, a geração Z.

Entretanto, boa parte da juventude que lotou o Lolla neste domingo, 24, deixou o Autódromo após o show de Sam Smith. Até mesmo a apresentação da excelente cantora Sza, unica heardliner mulher dessa edição, recebeu um público menor do que os headliners de sexta-feira e sábado.

Kiszka e seus irmãos Josh, Jake, e Daniel Wagner, que completam o Greta, encerraram a programação deste ano para um festival já bastante esvaziado. Essa foi a terceira vez que a banda tocou no País. A primeira foi no próprio Lolla, em 2019.

Show do Greta Van Fleet no Lollapalooza Brasil 2024. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Diante disso, cabe a pergunta: vale à pena trazer um grupo que de lá para cá não apresentou grandes novidades, preferindo continuar apegado ao rock clássico que o consagrou? - Pois assim é Starcatcher, seu álbum de 2023 - E, sobretudo, como atração final?

Sim, Greta Van Fleet é algo como uma boyband que faz som de garagem - os mais maldosos apelidaram a banda de boyband do Led Zeppelin. Se por um lado é alívio para jovens fãs que não curtem pop rock, por outro, é impossível dissociar a banda desse conceito. Por mais que seus integrantes se esforcem para isso.

No show apresentado no Lolla, Greta Van Fleet abriu com The Falling Sky, de Starcatcher, com Josh mostrando sua excelência vocal. Em seguida, Safari Song, um de seus primeiros sucesdos, quando o solo de guitarra de Jake arrancou gritos do público.

Seguiram com músicas como Black Smoke Rising, Meeting The Master, Heat Above e Light My Love. Tudo dentro do esperado para o Greta. Competentíssimo no que se propõe a fazer. Nada além disso. Apresentando-se para seu público em específico - por vezes, com longos solos, sem possibilidade de atrair quem foi ao Lollapalooza para ver outras atrações do dia. Sam Smith, com show repleto de referências, teve adesão mais diversificada.

Show do Greta Van Fleet no Lollapalooza Brasil 2024. Foto: Taba Benedicto/Estadão

When The Curtain Falls, Safari Song e Highway Tune, que fizeram parte dos primeiros EPs e álbuns da banda - e que rapidamente avançaram os primeiros lugares da parada da Billboard americana - foram tocadas.

Na parte final, Highway Tune e When The Curtain Falls, músicas que avançaram nos primeiros lugares da parada da Billboard americana quando foram lançadas, entre 2017 e 2018, e garantiram a fama da então inciante banda.

O Lollapalooza Brasil 2024, a 11.ª edição do evento, terminou com certo anticlímax. Quem resistiu a dias de tempo fechado, chuva, muita lama e fila para o transporte público merecia sair com aquela última sensação de que valeu à pena ter passado por tudo isso e a ponto de esperar o show derradeiro. Greta Van Fleet, como última atração, ofereceu ‘meia experiência’ - para usar uma expressão queridinha dos organizadores dos festivais.

Show do Greta Van Fleet no Lollapalooza Brasil 2024. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Dias antes de se apresentar no Lollapalooza Brasil, o baixista do Greta Van Fleet, Sam Kiszka, disse ao Estadão que, de uns tempos para cá, o público da banda americana, que faz um hard rock ‘setentista’ - há quem prefira o termo ‘raiz’ -, tem experimentado uma plateia multigeracional. Sobretudo, a geração Z.

Entretanto, boa parte da juventude que lotou o Lolla neste domingo, 24, deixou o Autódromo após o show de Sam Smith. Até mesmo a apresentação da excelente cantora Sza, unica heardliner mulher dessa edição, recebeu um público menor do que os headliners de sexta-feira e sábado.

Kiszka e seus irmãos Josh, Jake, e Daniel Wagner, que completam o Greta, encerraram a programação deste ano para um festival já bastante esvaziado. Essa foi a terceira vez que a banda tocou no País. A primeira foi no próprio Lolla, em 2019.

Show do Greta Van Fleet no Lollapalooza Brasil 2024. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Diante disso, cabe a pergunta: vale à pena trazer um grupo que de lá para cá não apresentou grandes novidades, preferindo continuar apegado ao rock clássico que o consagrou? - Pois assim é Starcatcher, seu álbum de 2023 - E, sobretudo, como atração final?

Sim, Greta Van Fleet é algo como uma boyband que faz som de garagem - os mais maldosos apelidaram a banda de boyband do Led Zeppelin. Se por um lado é alívio para jovens fãs que não curtem pop rock, por outro, é impossível dissociar a banda desse conceito. Por mais que seus integrantes se esforcem para isso.

No show apresentado no Lolla, Greta Van Fleet abriu com The Falling Sky, de Starcatcher, com Josh mostrando sua excelência vocal. Em seguida, Safari Song, um de seus primeiros sucesdos, quando o solo de guitarra de Jake arrancou gritos do público.

Seguiram com músicas como Black Smoke Rising, Meeting The Master, Heat Above e Light My Love. Tudo dentro do esperado para o Greta. Competentíssimo no que se propõe a fazer. Nada além disso. Apresentando-se para seu público em específico - por vezes, com longos solos, sem possibilidade de atrair quem foi ao Lollapalooza para ver outras atrações do dia. Sam Smith, com show repleto de referências, teve adesão mais diversificada.

Show do Greta Van Fleet no Lollapalooza Brasil 2024. Foto: Taba Benedicto/Estadão

When The Curtain Falls, Safari Song e Highway Tune, que fizeram parte dos primeiros EPs e álbuns da banda - e que rapidamente avançaram os primeiros lugares da parada da Billboard americana - foram tocadas.

Na parte final, Highway Tune e When The Curtain Falls, músicas que avançaram nos primeiros lugares da parada da Billboard americana quando foram lançadas, entre 2017 e 2018, e garantiram a fama da então inciante banda.

O Lollapalooza Brasil 2024, a 11.ª edição do evento, terminou com certo anticlímax. Quem resistiu a dias de tempo fechado, chuva, muita lama e fila para o transporte público merecia sair com aquela última sensação de que valeu à pena ter passado por tudo isso e a ponto de esperar o show derradeiro. Greta Van Fleet, como última atração, ofereceu ‘meia experiência’ - para usar uma expressão queridinha dos organizadores dos festivais.

Show do Greta Van Fleet no Lollapalooza Brasil 2024. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Análise por Danilo Casaletti

Repórter de Cultura do Estadão

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