Luiz Schiavon, fundador do RPM, morre aos 64 anos


Ele fundou a banda com Paulo Ricardo, foi tecladista, compositor e autor de trilhas de novelas como ‘O Rei do Gado’ e ‘Esperança’; conheça sua história

Por Redação
Atualização:

Morre Luiz Schiavon, fundador e tecladista do RPM, aos 64 anos. A informação foi confirmada pela assessoria do RPM ao Estadão. O músico tratava de uma doença autoimune havia quatro anos e, segundo sua família, teve complicações na última cirurgia a que foi submetido. Ele estava internado em um hospital de Osasco. O velório e o enterro do músico serão restritos à família.

Schiavon foi responsável por criar a sonoridade do RPM, com arranjos de pop eletrônico que tiveram enorme impacto no Brasil nos anos 1980, em hits como Olhar 43, Loura Gelada, Rotações Por Minuto e Rádio Pirata. Depois, também se destacou na produção de trilhas de novelas e como e diretor musical na TV Globo.

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“É com pesar que a família comunica o falecimento de Luiz Schiavon. Ele vinha lutando bravamente contra uma doença autoimune há 4 anos mas, infelizmente, ele teve complicações na última cirurgia de tratamento e não resistiu. Luiz era, na sua figura pública, maestro, compositor, fundador e tecladista do RPM, mas acima de tudo isso, um bom filho, sobrinho, marido, pai e amigo. Portanto, a família decidiu que a cerimônia de despedida será reservada para familiares e amigos próximos e pede, encarecidamente, que os fãs e a imprensa compreendam e respeitem essa decisão”, diz o comunicado.

A banda RPM, com Paulo Ricardo, Paulo Pagni, Fernado Deluqui e Luiz Schiavon (direita),e m 2002  Foto: Agilberto Lima/Estadão

“Esperamos que lembrem-se dele com a maestria e a energia da sua música, um legado que ele nos deixou de presente e que continuará vivo em nossos corações. Despeçam-se, ouvindo seus acordes, fazendo homenagens nas redes sociais, revistas e jornais, ou simplesmente lembrando dele com carinho, o mesmo carinho que ele sempre teve com todos aqueles que conviveram com ele”, segue o comunicado, compartilhado também pelo RMP em seu Instagram.

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Luiz Antônio Schiavon Pereira nasceu em São Paulo, no dia 5 de outubro de 1958, iniciou os estudos de piano erudito aos sete ano e se formou no Conservatório Mário de Andrade, em São Paulo em 1977. Ele conheceu Paulo Ricardo no ano seguinte, aos 16 anos, e juntos eles fundariam a banda Aura, influenciada pelo rock inglês e que durou pouco por desentendimentos dos membros, e, depois, o RPM, em 1983.

Antes disso, porém, ele tocou clássicos do rock na noite, estudou a técnica dos sintetizadores e da eletroacústica, formou um trio instrumental chamado Solaris e mergulhou na new wave inglesa. Nessa, época, com Paulo Ricardo morando em Londres, os dois trocaram correspondências ao longo de seis meses sobre sonhos e ideais de bandas. Na volta de Paulo Ricardo, começaram a compor o repertório do primeiro álbum da banda.

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Paralelamente. Schiavon trabalhou como tecladista e arranjador de artistas iniciantes. E a futura banda foi ganhando novos membros. Fernando Deluqui chegou primeiro. Paulo Pagni veio depois, para o lugar do baterista Júnior - ele deixou o grupo porque tinha apenas 16 anos e não podia tocar na noite. O convite para os dois partiu de Schiavon. O primeiro disco do RMP, Revoluções Por Minuto, foi lançado em 1985.

A banda fez um enorme sucesso no Brasil nos anos 1980, mas, em 1987, os integrantes anunciaram a primeira separação do RMP.

Pós-RPM

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Schiavon montou uma nova banda depois do fim do RPM: a Projeto S, de pop-rock, que lançou, com certo sucesso, um único álbum.

Em 1991, assinou com a gravadora Stilleto, lançou o single Alice no País do Espelho, com Patrícia Coelho e Tzaga Silos nos vocais. No ano seguinte se dedicou a um projeto de shows ao ar livre, que durou dois anos e percorreu o Brasil. No fim, ele anunciou que estava deixando os palcos. A partir daí, voltou a focar no estúdio que havia montado anos antes, em 1988. Muitas das músicas gravadas lá viraram hits.

O músico também trabalhou com publicidade, criando jingles, e, depois, em 1996, inicia sua história com trilhas de novelas.

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Trilhas de novelas da Globo

Como arranjador e compositor, Schiavon fez quatro músicas para O Rei do Gado, entre as quais estavam O Rei do Gado, com a Orquestra da Terra, Doce Mistério, com Leandro e Leonardo, e Pirilume, com João Paulo e Daniel.

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Fez ainda a trilha de Terra Nostra (1999) e de Esperança (2002), que incluiu a música Onde está o meu amor, do RPM, se estava voltando a se reunir.

A nova fase do RPM

O renascimento do RPM começou a ser idealizado por Schiavon em 2001, pouco depois de um convite que recebeu de Fernando Deluque para tocarem juntos. Não deu certo aquele reencontro, mas o músico fez um novo projeto para sua antiga banda. Em 2001, eles lançaram o single Vida Real, uma versão em português de Paulo Ricardo para a música Leef, de Han van Eijk, que foi o tema de abertura do BBB.

Gravaram o cd e dvd MTV RPM 2002, com sucessos e inéditas, e, no fim daquele ano os músicos se separaram mais uma vez - mas se reencontraram outras vezes na década seguinte, mas gravações, regravações e shows.

Em 2004, ele fundou, com Fernando Deluque, o grupo LS&D, que incluiria, também, André Lazzarotto nos vocais. Entre suas músicas estava Madrigal, tema de abertura da novela Cabocla.

Ele foi ainda, entre 2004 e 2010, diretor da banda do Domingão do Faustão. Para o programa, fez ainda, com Luciana Cardoso, mulher de Faustão, e Nil Bernardes, o jingle do quadro Videocassetadas.

Relembre alguns sucessos do RPM

Morre Luiz Schiavon, fundador e tecladista do RPM, aos 64 anos. A informação foi confirmada pela assessoria do RPM ao Estadão. O músico tratava de uma doença autoimune havia quatro anos e, segundo sua família, teve complicações na última cirurgia a que foi submetido. Ele estava internado em um hospital de Osasco. O velório e o enterro do músico serão restritos à família.

Schiavon foi responsável por criar a sonoridade do RPM, com arranjos de pop eletrônico que tiveram enorme impacto no Brasil nos anos 1980, em hits como Olhar 43, Loura Gelada, Rotações Por Minuto e Rádio Pirata. Depois, também se destacou na produção de trilhas de novelas e como e diretor musical na TV Globo.

“É com pesar que a família comunica o falecimento de Luiz Schiavon. Ele vinha lutando bravamente contra uma doença autoimune há 4 anos mas, infelizmente, ele teve complicações na última cirurgia de tratamento e não resistiu. Luiz era, na sua figura pública, maestro, compositor, fundador e tecladista do RPM, mas acima de tudo isso, um bom filho, sobrinho, marido, pai e amigo. Portanto, a família decidiu que a cerimônia de despedida será reservada para familiares e amigos próximos e pede, encarecidamente, que os fãs e a imprensa compreendam e respeitem essa decisão”, diz o comunicado.

A banda RPM, com Paulo Ricardo, Paulo Pagni, Fernado Deluqui e Luiz Schiavon (direita),e m 2002  Foto: Agilberto Lima/Estadão

“Esperamos que lembrem-se dele com a maestria e a energia da sua música, um legado que ele nos deixou de presente e que continuará vivo em nossos corações. Despeçam-se, ouvindo seus acordes, fazendo homenagens nas redes sociais, revistas e jornais, ou simplesmente lembrando dele com carinho, o mesmo carinho que ele sempre teve com todos aqueles que conviveram com ele”, segue o comunicado, compartilhado também pelo RMP em seu Instagram.

Luiz Antônio Schiavon Pereira nasceu em São Paulo, no dia 5 de outubro de 1958, iniciou os estudos de piano erudito aos sete ano e se formou no Conservatório Mário de Andrade, em São Paulo em 1977. Ele conheceu Paulo Ricardo no ano seguinte, aos 16 anos, e juntos eles fundariam a banda Aura, influenciada pelo rock inglês e que durou pouco por desentendimentos dos membros, e, depois, o RPM, em 1983.

Antes disso, porém, ele tocou clássicos do rock na noite, estudou a técnica dos sintetizadores e da eletroacústica, formou um trio instrumental chamado Solaris e mergulhou na new wave inglesa. Nessa, época, com Paulo Ricardo morando em Londres, os dois trocaram correspondências ao longo de seis meses sobre sonhos e ideais de bandas. Na volta de Paulo Ricardo, começaram a compor o repertório do primeiro álbum da banda.

Paralelamente. Schiavon trabalhou como tecladista e arranjador de artistas iniciantes. E a futura banda foi ganhando novos membros. Fernando Deluqui chegou primeiro. Paulo Pagni veio depois, para o lugar do baterista Júnior - ele deixou o grupo porque tinha apenas 16 anos e não podia tocar na noite. O convite para os dois partiu de Schiavon. O primeiro disco do RMP, Revoluções Por Minuto, foi lançado em 1985.

A banda fez um enorme sucesso no Brasil nos anos 1980, mas, em 1987, os integrantes anunciaram a primeira separação do RMP.

Pós-RPM

Schiavon montou uma nova banda depois do fim do RPM: a Projeto S, de pop-rock, que lançou, com certo sucesso, um único álbum.

Em 1991, assinou com a gravadora Stilleto, lançou o single Alice no País do Espelho, com Patrícia Coelho e Tzaga Silos nos vocais. No ano seguinte se dedicou a um projeto de shows ao ar livre, que durou dois anos e percorreu o Brasil. No fim, ele anunciou que estava deixando os palcos. A partir daí, voltou a focar no estúdio que havia montado anos antes, em 1988. Muitas das músicas gravadas lá viraram hits.

O músico também trabalhou com publicidade, criando jingles, e, depois, em 1996, inicia sua história com trilhas de novelas.

Trilhas de novelas da Globo

Como arranjador e compositor, Schiavon fez quatro músicas para O Rei do Gado, entre as quais estavam O Rei do Gado, com a Orquestra da Terra, Doce Mistério, com Leandro e Leonardo, e Pirilume, com João Paulo e Daniel.

Fez ainda a trilha de Terra Nostra (1999) e de Esperança (2002), que incluiu a música Onde está o meu amor, do RPM, se estava voltando a se reunir.

A nova fase do RPM

O renascimento do RPM começou a ser idealizado por Schiavon em 2001, pouco depois de um convite que recebeu de Fernando Deluque para tocarem juntos. Não deu certo aquele reencontro, mas o músico fez um novo projeto para sua antiga banda. Em 2001, eles lançaram o single Vida Real, uma versão em português de Paulo Ricardo para a música Leef, de Han van Eijk, que foi o tema de abertura do BBB.

Gravaram o cd e dvd MTV RPM 2002, com sucessos e inéditas, e, no fim daquele ano os músicos se separaram mais uma vez - mas se reencontraram outras vezes na década seguinte, mas gravações, regravações e shows.

Em 2004, ele fundou, com Fernando Deluque, o grupo LS&D, que incluiria, também, André Lazzarotto nos vocais. Entre suas músicas estava Madrigal, tema de abertura da novela Cabocla.

Ele foi ainda, entre 2004 e 2010, diretor da banda do Domingão do Faustão. Para o programa, fez ainda, com Luciana Cardoso, mulher de Faustão, e Nil Bernardes, o jingle do quadro Videocassetadas.

Relembre alguns sucessos do RPM

Morre Luiz Schiavon, fundador e tecladista do RPM, aos 64 anos. A informação foi confirmada pela assessoria do RPM ao Estadão. O músico tratava de uma doença autoimune havia quatro anos e, segundo sua família, teve complicações na última cirurgia a que foi submetido. Ele estava internado em um hospital de Osasco. O velório e o enterro do músico serão restritos à família.

Schiavon foi responsável por criar a sonoridade do RPM, com arranjos de pop eletrônico que tiveram enorme impacto no Brasil nos anos 1980, em hits como Olhar 43, Loura Gelada, Rotações Por Minuto e Rádio Pirata. Depois, também se destacou na produção de trilhas de novelas e como e diretor musical na TV Globo.

“É com pesar que a família comunica o falecimento de Luiz Schiavon. Ele vinha lutando bravamente contra uma doença autoimune há 4 anos mas, infelizmente, ele teve complicações na última cirurgia de tratamento e não resistiu. Luiz era, na sua figura pública, maestro, compositor, fundador e tecladista do RPM, mas acima de tudo isso, um bom filho, sobrinho, marido, pai e amigo. Portanto, a família decidiu que a cerimônia de despedida será reservada para familiares e amigos próximos e pede, encarecidamente, que os fãs e a imprensa compreendam e respeitem essa decisão”, diz o comunicado.

A banda RPM, com Paulo Ricardo, Paulo Pagni, Fernado Deluqui e Luiz Schiavon (direita),e m 2002  Foto: Agilberto Lima/Estadão

“Esperamos que lembrem-se dele com a maestria e a energia da sua música, um legado que ele nos deixou de presente e que continuará vivo em nossos corações. Despeçam-se, ouvindo seus acordes, fazendo homenagens nas redes sociais, revistas e jornais, ou simplesmente lembrando dele com carinho, o mesmo carinho que ele sempre teve com todos aqueles que conviveram com ele”, segue o comunicado, compartilhado também pelo RMP em seu Instagram.

Luiz Antônio Schiavon Pereira nasceu em São Paulo, no dia 5 de outubro de 1958, iniciou os estudos de piano erudito aos sete ano e se formou no Conservatório Mário de Andrade, em São Paulo em 1977. Ele conheceu Paulo Ricardo no ano seguinte, aos 16 anos, e juntos eles fundariam a banda Aura, influenciada pelo rock inglês e que durou pouco por desentendimentos dos membros, e, depois, o RPM, em 1983.

Antes disso, porém, ele tocou clássicos do rock na noite, estudou a técnica dos sintetizadores e da eletroacústica, formou um trio instrumental chamado Solaris e mergulhou na new wave inglesa. Nessa, época, com Paulo Ricardo morando em Londres, os dois trocaram correspondências ao longo de seis meses sobre sonhos e ideais de bandas. Na volta de Paulo Ricardo, começaram a compor o repertório do primeiro álbum da banda.

Paralelamente. Schiavon trabalhou como tecladista e arranjador de artistas iniciantes. E a futura banda foi ganhando novos membros. Fernando Deluqui chegou primeiro. Paulo Pagni veio depois, para o lugar do baterista Júnior - ele deixou o grupo porque tinha apenas 16 anos e não podia tocar na noite. O convite para os dois partiu de Schiavon. O primeiro disco do RMP, Revoluções Por Minuto, foi lançado em 1985.

A banda fez um enorme sucesso no Brasil nos anos 1980, mas, em 1987, os integrantes anunciaram a primeira separação do RMP.

Pós-RPM

Schiavon montou uma nova banda depois do fim do RPM: a Projeto S, de pop-rock, que lançou, com certo sucesso, um único álbum.

Em 1991, assinou com a gravadora Stilleto, lançou o single Alice no País do Espelho, com Patrícia Coelho e Tzaga Silos nos vocais. No ano seguinte se dedicou a um projeto de shows ao ar livre, que durou dois anos e percorreu o Brasil. No fim, ele anunciou que estava deixando os palcos. A partir daí, voltou a focar no estúdio que havia montado anos antes, em 1988. Muitas das músicas gravadas lá viraram hits.

O músico também trabalhou com publicidade, criando jingles, e, depois, em 1996, inicia sua história com trilhas de novelas.

Trilhas de novelas da Globo

Como arranjador e compositor, Schiavon fez quatro músicas para O Rei do Gado, entre as quais estavam O Rei do Gado, com a Orquestra da Terra, Doce Mistério, com Leandro e Leonardo, e Pirilume, com João Paulo e Daniel.

Fez ainda a trilha de Terra Nostra (1999) e de Esperança (2002), que incluiu a música Onde está o meu amor, do RPM, se estava voltando a se reunir.

A nova fase do RPM

O renascimento do RPM começou a ser idealizado por Schiavon em 2001, pouco depois de um convite que recebeu de Fernando Deluque para tocarem juntos. Não deu certo aquele reencontro, mas o músico fez um novo projeto para sua antiga banda. Em 2001, eles lançaram o single Vida Real, uma versão em português de Paulo Ricardo para a música Leef, de Han van Eijk, que foi o tema de abertura do BBB.

Gravaram o cd e dvd MTV RPM 2002, com sucessos e inéditas, e, no fim daquele ano os músicos se separaram mais uma vez - mas se reencontraram outras vezes na década seguinte, mas gravações, regravações e shows.

Em 2004, ele fundou, com Fernando Deluque, o grupo LS&D, que incluiria, também, André Lazzarotto nos vocais. Entre suas músicas estava Madrigal, tema de abertura da novela Cabocla.

Ele foi ainda, entre 2004 e 2010, diretor da banda do Domingão do Faustão. Para o programa, fez ainda, com Luciana Cardoso, mulher de Faustão, e Nil Bernardes, o jingle do quadro Videocassetadas.

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