Marina Sena faz show sorridente para público cético e mostra que críticas a afetam; leia análise


Artista se apresentou no Primavera com show similar ao de outros festivais e cativou público, mas mostrou que críticas mexeram com sua espontaneidade

Por Dora Guerra
Atualização:

Marina Sena está em um momento delicado de sua carreira. E neste domingo, 3, ao subir ao palco do Primavera Sound, provavelmente encarava o público mais incerto de sua trajetória solo – desde que despontou, pelo menos.

Uma das mais interessantes revelações do pop brasileiro dos últimos tempos, ela chegou na ‘encruzilhada da fama’. O ponto em que rompe laços criativos com quem estava com ela – seu empresário e seu produtor/diretor criativo – de uma forma que não parece ter sido planejada. Aquele momento em que ela está tão grande, e crescendo tanto, que fãs temem que ela perca a essência. E haters ficam munidos, já que ela dedica seu tempo a responder muitos no Twitter.

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Essas eram as pessoas ali presentes hoje: fãs temerosos, alguns animados, e um ou outro “Não gosto, nunca gostei, mas aqui estou”. Não havia outra atração nos palcos principais naquele horário. Quem estava ali, veria Marina.

Ela entra na sucessão de músicas modernosas do disco Vício Inerente, como Sonho Bom e Tudo Para Amar Você. São sucessos, e o público dança. Mas o efeito não convence os céticos: ela vai perdendo a espontaneidade, na performance de popstar mainstream – característica que domina mais este show do que o anterior.

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Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Faixas como Me ganhar desaceleram Sena, que perde a chance de fazer uma apresentação visceral quando se concentra em acertar passos de TikTok. A banda fica de escanteio, um mero acessório – e não é apresentada em momento algum do show. (Uma pena: são deles os ótimos arranjos, como as guitarras potentes de Partiu Capoeira).

Curiosamente, quando os bailarinos se retiram e ela fica sozinha, o show muda de figura. Marina entoa as letras com charme, focada na entrega. O público sente, e não resiste: Por Supuesto, em um arranjo mais guitarrístico e quase roqueiro, seduz até os que torcem o nariz. “Mais alto!”, pede ela sorridente, e a galera atende. Está aí a Marina Sena, revelação do pop.

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No Primavera Sound, a curadoria de artistas brasileiros tem certos critérios: selecionou Marisa Monte, Cansei de Ser Sexy, Sophia Chablau, Uma Perda de Tempo e por aí vai. Sena é a única representante do pop brasileiro comercial no lineup, provavelmente porque ainda retém alguma personalidade.

“Se eu não estivesse aqui cantando, tava aí assistindo. É a minha cara”, disse, no palco Barcelona.

Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão
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Com um show praticamente igual ao de outros festivais, as diferenças deste foram as falas – todas voltadas às críticas. “Dizem que saí da MPB e fui para o pop. Eu não saí da MPB”, diz ela, que afirma que trará o violão de volta aos seus shows. “Eu vim para São Paulo para correr atrás do meu sonho. Igual muita gente que está aqui”, afirma a artista que vem sendo acusada de ‘bancar a celebridade’.

Mas ela não tinha que se justificar. É ao se ouvir as críticas que parece que, finalmente, Marina se retrai e perde um pouco do charme. Afinal, é o seu característico e “polêmico” vocal anasalado, na grandiosa Mande Um Sinal, que marca o ponto alto do show. Marina espontânea, ela mesma. Pra que convencer quem não quer ser convencido?

O sucesso de Marina já era dado, mas a ‘encruzilhada’ ficou visível. No Primavera, ela entrou e saiu deixando a mesma impressão: de que entre ser despreocupada ou ouvir as críticas, ela ainda não se decidiu.

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Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão
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Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Marina Sena está em um momento delicado de sua carreira. E neste domingo, 3, ao subir ao palco do Primavera Sound, provavelmente encarava o público mais incerto de sua trajetória solo – desde que despontou, pelo menos.

Uma das mais interessantes revelações do pop brasileiro dos últimos tempos, ela chegou na ‘encruzilhada da fama’. O ponto em que rompe laços criativos com quem estava com ela – seu empresário e seu produtor/diretor criativo – de uma forma que não parece ter sido planejada. Aquele momento em que ela está tão grande, e crescendo tanto, que fãs temem que ela perca a essência. E haters ficam munidos, já que ela dedica seu tempo a responder muitos no Twitter.

Essas eram as pessoas ali presentes hoje: fãs temerosos, alguns animados, e um ou outro “Não gosto, nunca gostei, mas aqui estou”. Não havia outra atração nos palcos principais naquele horário. Quem estava ali, veria Marina.

Ela entra na sucessão de músicas modernosas do disco Vício Inerente, como Sonho Bom e Tudo Para Amar Você. São sucessos, e o público dança. Mas o efeito não convence os céticos: ela vai perdendo a espontaneidade, na performance de popstar mainstream – característica que domina mais este show do que o anterior.

Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Faixas como Me ganhar desaceleram Sena, que perde a chance de fazer uma apresentação visceral quando se concentra em acertar passos de TikTok. A banda fica de escanteio, um mero acessório – e não é apresentada em momento algum do show. (Uma pena: são deles os ótimos arranjos, como as guitarras potentes de Partiu Capoeira).

Curiosamente, quando os bailarinos se retiram e ela fica sozinha, o show muda de figura. Marina entoa as letras com charme, focada na entrega. O público sente, e não resiste: Por Supuesto, em um arranjo mais guitarrístico e quase roqueiro, seduz até os que torcem o nariz. “Mais alto!”, pede ela sorridente, e a galera atende. Está aí a Marina Sena, revelação do pop.

No Primavera Sound, a curadoria de artistas brasileiros tem certos critérios: selecionou Marisa Monte, Cansei de Ser Sexy, Sophia Chablau, Uma Perda de Tempo e por aí vai. Sena é a única representante do pop brasileiro comercial no lineup, provavelmente porque ainda retém alguma personalidade.

“Se eu não estivesse aqui cantando, tava aí assistindo. É a minha cara”, disse, no palco Barcelona.

Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Com um show praticamente igual ao de outros festivais, as diferenças deste foram as falas – todas voltadas às críticas. “Dizem que saí da MPB e fui para o pop. Eu não saí da MPB”, diz ela, que afirma que trará o violão de volta aos seus shows. “Eu vim para São Paulo para correr atrás do meu sonho. Igual muita gente que está aqui”, afirma a artista que vem sendo acusada de ‘bancar a celebridade’.

Mas ela não tinha que se justificar. É ao se ouvir as críticas que parece que, finalmente, Marina se retrai e perde um pouco do charme. Afinal, é o seu característico e “polêmico” vocal anasalado, na grandiosa Mande Um Sinal, que marca o ponto alto do show. Marina espontânea, ela mesma. Pra que convencer quem não quer ser convencido?

O sucesso de Marina já era dado, mas a ‘encruzilhada’ ficou visível. No Primavera, ela entrou e saiu deixando a mesma impressão: de que entre ser despreocupada ou ouvir as críticas, ela ainda não se decidiu.

Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Marina Sena está em um momento delicado de sua carreira. E neste domingo, 3, ao subir ao palco do Primavera Sound, provavelmente encarava o público mais incerto de sua trajetória solo – desde que despontou, pelo menos.

Uma das mais interessantes revelações do pop brasileiro dos últimos tempos, ela chegou na ‘encruzilhada da fama’. O ponto em que rompe laços criativos com quem estava com ela – seu empresário e seu produtor/diretor criativo – de uma forma que não parece ter sido planejada. Aquele momento em que ela está tão grande, e crescendo tanto, que fãs temem que ela perca a essência. E haters ficam munidos, já que ela dedica seu tempo a responder muitos no Twitter.

Essas eram as pessoas ali presentes hoje: fãs temerosos, alguns animados, e um ou outro “Não gosto, nunca gostei, mas aqui estou”. Não havia outra atração nos palcos principais naquele horário. Quem estava ali, veria Marina.

Ela entra na sucessão de músicas modernosas do disco Vício Inerente, como Sonho Bom e Tudo Para Amar Você. São sucessos, e o público dança. Mas o efeito não convence os céticos: ela vai perdendo a espontaneidade, na performance de popstar mainstream – característica que domina mais este show do que o anterior.

Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Faixas como Me ganhar desaceleram Sena, que perde a chance de fazer uma apresentação visceral quando se concentra em acertar passos de TikTok. A banda fica de escanteio, um mero acessório – e não é apresentada em momento algum do show. (Uma pena: são deles os ótimos arranjos, como as guitarras potentes de Partiu Capoeira).

Curiosamente, quando os bailarinos se retiram e ela fica sozinha, o show muda de figura. Marina entoa as letras com charme, focada na entrega. O público sente, e não resiste: Por Supuesto, em um arranjo mais guitarrístico e quase roqueiro, seduz até os que torcem o nariz. “Mais alto!”, pede ela sorridente, e a galera atende. Está aí a Marina Sena, revelação do pop.

No Primavera Sound, a curadoria de artistas brasileiros tem certos critérios: selecionou Marisa Monte, Cansei de Ser Sexy, Sophia Chablau, Uma Perda de Tempo e por aí vai. Sena é a única representante do pop brasileiro comercial no lineup, provavelmente porque ainda retém alguma personalidade.

“Se eu não estivesse aqui cantando, tava aí assistindo. É a minha cara”, disse, no palco Barcelona.

Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Com um show praticamente igual ao de outros festivais, as diferenças deste foram as falas – todas voltadas às críticas. “Dizem que saí da MPB e fui para o pop. Eu não saí da MPB”, diz ela, que afirma que trará o violão de volta aos seus shows. “Eu vim para São Paulo para correr atrás do meu sonho. Igual muita gente que está aqui”, afirma a artista que vem sendo acusada de ‘bancar a celebridade’.

Mas ela não tinha que se justificar. É ao se ouvir as críticas que parece que, finalmente, Marina se retrai e perde um pouco do charme. Afinal, é o seu característico e “polêmico” vocal anasalado, na grandiosa Mande Um Sinal, que marca o ponto alto do show. Marina espontânea, ela mesma. Pra que convencer quem não quer ser convencido?

O sucesso de Marina já era dado, mas a ‘encruzilhada’ ficou visível. No Primavera, ela entrou e saiu deixando a mesma impressão: de que entre ser despreocupada ou ouvir as críticas, ela ainda não se decidiu.

Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Marina Sena está em um momento delicado de sua carreira. E neste domingo, 3, ao subir ao palco do Primavera Sound, provavelmente encarava o público mais incerto de sua trajetória solo – desde que despontou, pelo menos.

Uma das mais interessantes revelações do pop brasileiro dos últimos tempos, ela chegou na ‘encruzilhada da fama’. O ponto em que rompe laços criativos com quem estava com ela – seu empresário e seu produtor/diretor criativo – de uma forma que não parece ter sido planejada. Aquele momento em que ela está tão grande, e crescendo tanto, que fãs temem que ela perca a essência. E haters ficam munidos, já que ela dedica seu tempo a responder muitos no Twitter.

Essas eram as pessoas ali presentes hoje: fãs temerosos, alguns animados, e um ou outro “Não gosto, nunca gostei, mas aqui estou”. Não havia outra atração nos palcos principais naquele horário. Quem estava ali, veria Marina.

Ela entra na sucessão de músicas modernosas do disco Vício Inerente, como Sonho Bom e Tudo Para Amar Você. São sucessos, e o público dança. Mas o efeito não convence os céticos: ela vai perdendo a espontaneidade, na performance de popstar mainstream – característica que domina mais este show do que o anterior.

Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Faixas como Me ganhar desaceleram Sena, que perde a chance de fazer uma apresentação visceral quando se concentra em acertar passos de TikTok. A banda fica de escanteio, um mero acessório – e não é apresentada em momento algum do show. (Uma pena: são deles os ótimos arranjos, como as guitarras potentes de Partiu Capoeira).

Curiosamente, quando os bailarinos se retiram e ela fica sozinha, o show muda de figura. Marina entoa as letras com charme, focada na entrega. O público sente, e não resiste: Por Supuesto, em um arranjo mais guitarrístico e quase roqueiro, seduz até os que torcem o nariz. “Mais alto!”, pede ela sorridente, e a galera atende. Está aí a Marina Sena, revelação do pop.

No Primavera Sound, a curadoria de artistas brasileiros tem certos critérios: selecionou Marisa Monte, Cansei de Ser Sexy, Sophia Chablau, Uma Perda de Tempo e por aí vai. Sena é a única representante do pop brasileiro comercial no lineup, provavelmente porque ainda retém alguma personalidade.

“Se eu não estivesse aqui cantando, tava aí assistindo. É a minha cara”, disse, no palco Barcelona.

Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Com um show praticamente igual ao de outros festivais, as diferenças deste foram as falas – todas voltadas às críticas. “Dizem que saí da MPB e fui para o pop. Eu não saí da MPB”, diz ela, que afirma que trará o violão de volta aos seus shows. “Eu vim para São Paulo para correr atrás do meu sonho. Igual muita gente que está aqui”, afirma a artista que vem sendo acusada de ‘bancar a celebridade’.

Mas ela não tinha que se justificar. É ao se ouvir as críticas que parece que, finalmente, Marina se retrai e perde um pouco do charme. Afinal, é o seu característico e “polêmico” vocal anasalado, na grandiosa Mande Um Sinal, que marca o ponto alto do show. Marina espontânea, ela mesma. Pra que convencer quem não quer ser convencido?

O sucesso de Marina já era dado, mas a ‘encruzilhada’ ficou visível. No Primavera, ela entrou e saiu deixando a mesma impressão: de que entre ser despreocupada ou ouvir as críticas, ela ainda não se decidiu.

Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão
Show de Marina Sena no festival Primavera Sound em 2023. Foto: Taba Benedicto/Estadão

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