Mariza volta ao País com o repertório do elogiado 'Mundo'


Cantora de fado prepara um novo disco em que se mostrará como compositora pela primeira vez

Por Julio Maria

A cantora Mariza tem no fado uma missão. Uma das vozes mais comprometidas com a modernização do gênero, ela volta ao Brasil depois de quatro anos para divulgar seu álbum mais recente, Mundo, de 2015, com canções de seus outros cinco discos, como Ó Gente da Minha Terra, Chuva e O Tempo Não Para. Sua apresentação será hoje (18), a partir das 22h, na casa de shows Tom Brasil. Ela depois passa pelo Rio de Janeiro, no Vivo Rio (19) e por Belo Horizonte, no Palácio das Artes (21). Ao longo de sua trajetória, Mariza foi depurando sua linguagem até atingir um ponto de equilíbrio entre a comunicação pop e as tradições lisboetas nas quais foi criada, depois de nascer em Maputo, Moçambique, e atravessar o oceano aos três anos de idade. Suas viagens ao Brasil permitiram que ela percebesse alguma mudança de comportamento na plateia diante da musicalidade portuguesa. “Eles primeiro ouviam e pensavam algo como ‘é fado, mas é diferente’. O interessante é que Portugal está na moda no Brasil. Mas não o Portugal tradicional e, sim, esse mais moderno”, ela diz.

Mariza:tradição e equilíbrio Foto: CARLOS RAMOS

A frase sai como se fosse a de uma transgressora, mas, antes que a conversa migre para esse campo, ela dá um alto lá no repórter. “Veja, eu comecei a cantar aos 5 anos de idade só no meio dos tradicionalistas e puristas. Apenas mais tarde fui experimentar outras sonoridades. Quero dizer que o fado está em minha respiração e nunca me senti uma ofensa no meio dos tradicionais fadistas. Venho do bairro em que o ritmo nasceu.”

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É desse discurso que nasce o tal equilíbrio. Marisa não respeita os formatos consagrados pelo ritual fadístico, mas o espírito de Amália Rodrigues parece sempre presente. “Descobri Amália com 14 ou 15 anos, em casa, enquanto meu pai ouvia música. Minha mãe, por sua vez, me mostrou outras coisas, e foi por isso que minha cabeça se tornou um labirinto.” E assim ela foi se aproximando e se apropriando do jazz, da música gospel e de cantores brasileiros, como Elis Regina, Alcione e Roberto Carlos. “Conheço Roberto de sua fase Jovem Guarda, de quando ele cantava Splish Splash”, ela diz, falando de sua formação artística.

Amália diz que montou um show especial, só para o Brasil, dando a entender que vai cantar também músicas brasileiras. Ela, que morou na Bahia por seis meses em 1996, só não revela qual o segredo do repertório. Mas faz outra revelação. Mariza está preparando um disco novo, inédito, que vai trazê-la, pela primeira vez, na condição de compositora. “Vai ser um álbum em que vou falar apenas de amor, o mundo está precisando disso. Mas não apenas o amor entre homem e mulher. Quero falar do amor de amigo, o amor impossível, a tristeza, a alegria e a saudade que existem no amor.” Afirma que escreve há um tempo, mas que jamais teve coragem para mostrar suas composições. O grande desafio é cantar o que escreve, ela diz. “Eu sempre representei o texto de outros autores no palco. Fico pensando agora em como será o dia em que eu subir em cena para cantar um poema meu, falando de mim. Deve ser algo bem mais difícil.”

Suas ligações com a África, apesar de ter nascido na capital moçambicana e partido muito cedo para Portugal, são ainda visíveis em seu canto e em alguns de seus arranjos. “Vou a Moçambique todos os anos. Acho que minha ligação com esse país acontece sim, mas de forma bastante inconsciente.”MARIZA Tom Brasil. Rua Bragança Paulista, 1.281; telefone 4003-1212. 5ª (18), às 22h. Ingressos: R$ 200 a R$ 350

A cantora Mariza tem no fado uma missão. Uma das vozes mais comprometidas com a modernização do gênero, ela volta ao Brasil depois de quatro anos para divulgar seu álbum mais recente, Mundo, de 2015, com canções de seus outros cinco discos, como Ó Gente da Minha Terra, Chuva e O Tempo Não Para. Sua apresentação será hoje (18), a partir das 22h, na casa de shows Tom Brasil. Ela depois passa pelo Rio de Janeiro, no Vivo Rio (19) e por Belo Horizonte, no Palácio das Artes (21). Ao longo de sua trajetória, Mariza foi depurando sua linguagem até atingir um ponto de equilíbrio entre a comunicação pop e as tradições lisboetas nas quais foi criada, depois de nascer em Maputo, Moçambique, e atravessar o oceano aos três anos de idade. Suas viagens ao Brasil permitiram que ela percebesse alguma mudança de comportamento na plateia diante da musicalidade portuguesa. “Eles primeiro ouviam e pensavam algo como ‘é fado, mas é diferente’. O interessante é que Portugal está na moda no Brasil. Mas não o Portugal tradicional e, sim, esse mais moderno”, ela diz.

Mariza:tradição e equilíbrio Foto: CARLOS RAMOS

A frase sai como se fosse a de uma transgressora, mas, antes que a conversa migre para esse campo, ela dá um alto lá no repórter. “Veja, eu comecei a cantar aos 5 anos de idade só no meio dos tradicionalistas e puristas. Apenas mais tarde fui experimentar outras sonoridades. Quero dizer que o fado está em minha respiração e nunca me senti uma ofensa no meio dos tradicionais fadistas. Venho do bairro em que o ritmo nasceu.”

É desse discurso que nasce o tal equilíbrio. Marisa não respeita os formatos consagrados pelo ritual fadístico, mas o espírito de Amália Rodrigues parece sempre presente. “Descobri Amália com 14 ou 15 anos, em casa, enquanto meu pai ouvia música. Minha mãe, por sua vez, me mostrou outras coisas, e foi por isso que minha cabeça se tornou um labirinto.” E assim ela foi se aproximando e se apropriando do jazz, da música gospel e de cantores brasileiros, como Elis Regina, Alcione e Roberto Carlos. “Conheço Roberto de sua fase Jovem Guarda, de quando ele cantava Splish Splash”, ela diz, falando de sua formação artística.

Amália diz que montou um show especial, só para o Brasil, dando a entender que vai cantar também músicas brasileiras. Ela, que morou na Bahia por seis meses em 1996, só não revela qual o segredo do repertório. Mas faz outra revelação. Mariza está preparando um disco novo, inédito, que vai trazê-la, pela primeira vez, na condição de compositora. “Vai ser um álbum em que vou falar apenas de amor, o mundo está precisando disso. Mas não apenas o amor entre homem e mulher. Quero falar do amor de amigo, o amor impossível, a tristeza, a alegria e a saudade que existem no amor.” Afirma que escreve há um tempo, mas que jamais teve coragem para mostrar suas composições. O grande desafio é cantar o que escreve, ela diz. “Eu sempre representei o texto de outros autores no palco. Fico pensando agora em como será o dia em que eu subir em cena para cantar um poema meu, falando de mim. Deve ser algo bem mais difícil.”

Suas ligações com a África, apesar de ter nascido na capital moçambicana e partido muito cedo para Portugal, são ainda visíveis em seu canto e em alguns de seus arranjos. “Vou a Moçambique todos os anos. Acho que minha ligação com esse país acontece sim, mas de forma bastante inconsciente.”MARIZA Tom Brasil. Rua Bragança Paulista, 1.281; telefone 4003-1212. 5ª (18), às 22h. Ingressos: R$ 200 a R$ 350

A cantora Mariza tem no fado uma missão. Uma das vozes mais comprometidas com a modernização do gênero, ela volta ao Brasil depois de quatro anos para divulgar seu álbum mais recente, Mundo, de 2015, com canções de seus outros cinco discos, como Ó Gente da Minha Terra, Chuva e O Tempo Não Para. Sua apresentação será hoje (18), a partir das 22h, na casa de shows Tom Brasil. Ela depois passa pelo Rio de Janeiro, no Vivo Rio (19) e por Belo Horizonte, no Palácio das Artes (21). Ao longo de sua trajetória, Mariza foi depurando sua linguagem até atingir um ponto de equilíbrio entre a comunicação pop e as tradições lisboetas nas quais foi criada, depois de nascer em Maputo, Moçambique, e atravessar o oceano aos três anos de idade. Suas viagens ao Brasil permitiram que ela percebesse alguma mudança de comportamento na plateia diante da musicalidade portuguesa. “Eles primeiro ouviam e pensavam algo como ‘é fado, mas é diferente’. O interessante é que Portugal está na moda no Brasil. Mas não o Portugal tradicional e, sim, esse mais moderno”, ela diz.

Mariza:tradição e equilíbrio Foto: CARLOS RAMOS

A frase sai como se fosse a de uma transgressora, mas, antes que a conversa migre para esse campo, ela dá um alto lá no repórter. “Veja, eu comecei a cantar aos 5 anos de idade só no meio dos tradicionalistas e puristas. Apenas mais tarde fui experimentar outras sonoridades. Quero dizer que o fado está em minha respiração e nunca me senti uma ofensa no meio dos tradicionais fadistas. Venho do bairro em que o ritmo nasceu.”

É desse discurso que nasce o tal equilíbrio. Marisa não respeita os formatos consagrados pelo ritual fadístico, mas o espírito de Amália Rodrigues parece sempre presente. “Descobri Amália com 14 ou 15 anos, em casa, enquanto meu pai ouvia música. Minha mãe, por sua vez, me mostrou outras coisas, e foi por isso que minha cabeça se tornou um labirinto.” E assim ela foi se aproximando e se apropriando do jazz, da música gospel e de cantores brasileiros, como Elis Regina, Alcione e Roberto Carlos. “Conheço Roberto de sua fase Jovem Guarda, de quando ele cantava Splish Splash”, ela diz, falando de sua formação artística.

Amália diz que montou um show especial, só para o Brasil, dando a entender que vai cantar também músicas brasileiras. Ela, que morou na Bahia por seis meses em 1996, só não revela qual o segredo do repertório. Mas faz outra revelação. Mariza está preparando um disco novo, inédito, que vai trazê-la, pela primeira vez, na condição de compositora. “Vai ser um álbum em que vou falar apenas de amor, o mundo está precisando disso. Mas não apenas o amor entre homem e mulher. Quero falar do amor de amigo, o amor impossível, a tristeza, a alegria e a saudade que existem no amor.” Afirma que escreve há um tempo, mas que jamais teve coragem para mostrar suas composições. O grande desafio é cantar o que escreve, ela diz. “Eu sempre representei o texto de outros autores no palco. Fico pensando agora em como será o dia em que eu subir em cena para cantar um poema meu, falando de mim. Deve ser algo bem mais difícil.”

Suas ligações com a África, apesar de ter nascido na capital moçambicana e partido muito cedo para Portugal, são ainda visíveis em seu canto e em alguns de seus arranjos. “Vou a Moçambique todos os anos. Acho que minha ligação com esse país acontece sim, mas de forma bastante inconsciente.”MARIZA Tom Brasil. Rua Bragança Paulista, 1.281; telefone 4003-1212. 5ª (18), às 22h. Ingressos: R$ 200 a R$ 350

A cantora Mariza tem no fado uma missão. Uma das vozes mais comprometidas com a modernização do gênero, ela volta ao Brasil depois de quatro anos para divulgar seu álbum mais recente, Mundo, de 2015, com canções de seus outros cinco discos, como Ó Gente da Minha Terra, Chuva e O Tempo Não Para. Sua apresentação será hoje (18), a partir das 22h, na casa de shows Tom Brasil. Ela depois passa pelo Rio de Janeiro, no Vivo Rio (19) e por Belo Horizonte, no Palácio das Artes (21). Ao longo de sua trajetória, Mariza foi depurando sua linguagem até atingir um ponto de equilíbrio entre a comunicação pop e as tradições lisboetas nas quais foi criada, depois de nascer em Maputo, Moçambique, e atravessar o oceano aos três anos de idade. Suas viagens ao Brasil permitiram que ela percebesse alguma mudança de comportamento na plateia diante da musicalidade portuguesa. “Eles primeiro ouviam e pensavam algo como ‘é fado, mas é diferente’. O interessante é que Portugal está na moda no Brasil. Mas não o Portugal tradicional e, sim, esse mais moderno”, ela diz.

Mariza:tradição e equilíbrio Foto: CARLOS RAMOS

A frase sai como se fosse a de uma transgressora, mas, antes que a conversa migre para esse campo, ela dá um alto lá no repórter. “Veja, eu comecei a cantar aos 5 anos de idade só no meio dos tradicionalistas e puristas. Apenas mais tarde fui experimentar outras sonoridades. Quero dizer que o fado está em minha respiração e nunca me senti uma ofensa no meio dos tradicionais fadistas. Venho do bairro em que o ritmo nasceu.”

É desse discurso que nasce o tal equilíbrio. Marisa não respeita os formatos consagrados pelo ritual fadístico, mas o espírito de Amália Rodrigues parece sempre presente. “Descobri Amália com 14 ou 15 anos, em casa, enquanto meu pai ouvia música. Minha mãe, por sua vez, me mostrou outras coisas, e foi por isso que minha cabeça se tornou um labirinto.” E assim ela foi se aproximando e se apropriando do jazz, da música gospel e de cantores brasileiros, como Elis Regina, Alcione e Roberto Carlos. “Conheço Roberto de sua fase Jovem Guarda, de quando ele cantava Splish Splash”, ela diz, falando de sua formação artística.

Amália diz que montou um show especial, só para o Brasil, dando a entender que vai cantar também músicas brasileiras. Ela, que morou na Bahia por seis meses em 1996, só não revela qual o segredo do repertório. Mas faz outra revelação. Mariza está preparando um disco novo, inédito, que vai trazê-la, pela primeira vez, na condição de compositora. “Vai ser um álbum em que vou falar apenas de amor, o mundo está precisando disso. Mas não apenas o amor entre homem e mulher. Quero falar do amor de amigo, o amor impossível, a tristeza, a alegria e a saudade que existem no amor.” Afirma que escreve há um tempo, mas que jamais teve coragem para mostrar suas composições. O grande desafio é cantar o que escreve, ela diz. “Eu sempre representei o texto de outros autores no palco. Fico pensando agora em como será o dia em que eu subir em cena para cantar um poema meu, falando de mim. Deve ser algo bem mais difícil.”

Suas ligações com a África, apesar de ter nascido na capital moçambicana e partido muito cedo para Portugal, são ainda visíveis em seu canto e em alguns de seus arranjos. “Vou a Moçambique todos os anos. Acho que minha ligação com esse país acontece sim, mas de forma bastante inconsciente.”MARIZA Tom Brasil. Rua Bragança Paulista, 1.281; telefone 4003-1212. 5ª (18), às 22h. Ingressos: R$ 200 a R$ 350

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