Sony compra metade de catálogo musical de Michael Jackson em acordo bilionário


Gravadora terá 50% de participação no acervo de gravações e composições do cantor, que também inclui o trabalho popularizado por outros artistas

Por Ben Sisario
Atualização:

The New York Times - A Sony concordou em adquirir metade do catálogo deixado por Michael Jackson em seu espólio, no que é provavelmente a transação envolvendo mais dinheiro para o trabalho de um único músico, de acordo com duas pessoas envolvidas no contrato.

O acordo, que tem sido comentado na indústria musical há meses, envolve a Sony comprando uma participação de 50% no catálogo de gravações de músicas e composições de Jackson. Isso inclui não apenas sua participação em megasucessos como Beat It e Bad, mas também os ativos de publicação musical que fazem parte do catálogo ‘Mijac’, do qual fazem parte músicas escritas por Sly Stone e faixas que ficaram famosas por artistas como Ray Charles e Jerry Lee Lewis.

Michael Jackson durante show no estádio do Morumbi, em 1993.  Foto: Epitácio Pessoa/Estadão
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O acordo teria o valor de US$ 1,2 bilhão ou mais, de acordo com as duas pessoas, que pediram anonimato porque não estavam autorizadas a falar publicamente sobre o assunto. O acordo deixa de fora a participação de Michael Jackson em algumas das propriedades mais lucrativas do espólio, como o musical da Broadway “MJ”, os shows temáticos de Michael no Cique du Soleil, e uma biografia em andamento que será protagonizada por Jaafar Jackson, filho do irmão de Michael, Jermaine.

Diz-se que a transação deixa à propriedade um grau significativo de controle sobre o catálogo. Isso contrasta com muitos outros catálogos de sucesso nos últimos anos, incluindo aqueles com Bob Dylan, Bruce Springsteen e Paul Simon. Embora essas vendas às vezes incluam parâmetros finamente negociados sobre como o trabalho de um artista pode ser usado no futuro – digamos, em comerciais ou endossos políticos – elas geralmente entregam a gestão das músicas a um comprador.

Representantes da Sony e do espólio de Michael Jackson se recusaram a comentar o acordo, que foi relatado pela primeira vez pela Billboard. Questionado sobre a novidade do negócio, John Branca, que foi advogado de entretenimento de Jackson em vida e co-executor de seu espólio disse: “Como sempre afirmamos, nunca desistiríamos da gestão ou do controle dos ativos de Michael.”

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A Primary Wave, empresa musical que possui uma participação minoritária nos direitos editoriais de Jackson não fez parte da transação; um representante da Primary Wave não quis comentar o tema.

Em grande medida, o acordo é um endosso ao contínuo poder estelar de Michael Jackson, e o apelo global duradouro de sua música, mesmo 15 anos após sua morte, em 2009, aos 50 anos, na véspera de uma série de shows em uma turnê de retomada de carreira em Londres.

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Esse apelo não diminuiu mesmo diante de adversidades como Leaving Neverland, um documentário em duas partes transmitido pela HBO em 2019, no qual dois homens, Wade Robson e James Safechuck, relatam o que afirmam ser anos de abusos sexuais cometido por Michael Jackson quando eram crianças.

O espólio de Jackson chamou o filme de “assassinato de reputações digno de um tablóide” e disse que Robson e Safechuck já haviam negado, sob juramento, que qualquer abuso tenha acontecido; Robson foi a testemunha principal no julgamento por abuso sexual de Jackson em 2005, no qual o cantor foi absolvido.

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John Branca disse que houve impactos no legado de Michael após o lançamento do filme, mas Jackson continua imensamente popular entre o público. A cada Halloween, as transmissões da música Thriller têm novo pico. E MJ, um musical baseado em sua vida, estreou há dois anos e arrecadou US$ 172 milhões em Nova York, segundo a Broadway League; o show também contará com uma turnê em outras cidades dos Estados Unidos, além de três versões internacionais.

Por muito tempo, Michael Jackson foi ligado à Sony em seu selo Epic, que lançou álbuns de grande sucesso, como Thriller e Bad, embora posteriormente Michael tenha recuperado os direitos de suas gravações.

Em 2016, a Sony pagou US$ 750 milhões ao espólio do cantor para comprar a metade do patrimônio de Jackson na Sony/ATV, uma gigante da produção musical. Em 1985, Jackson havia comprado a ATV, antecessora dessa empresa – cujo destaque era o controle da maioria das músicas dos Beatles – por US$ 41,5 milhões.

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Em 1996, o cantor gravou clipe da música "They Don"t Care About Us", pelas ruas do pelourinho, em Salvador, e na favela Dona Marta, no Rio Foto: Luiz Morier/Estadão

Artigo publicado originalmente no The New York Times.

The New York Times - A Sony concordou em adquirir metade do catálogo deixado por Michael Jackson em seu espólio, no que é provavelmente a transação envolvendo mais dinheiro para o trabalho de um único músico, de acordo com duas pessoas envolvidas no contrato.

O acordo, que tem sido comentado na indústria musical há meses, envolve a Sony comprando uma participação de 50% no catálogo de gravações de músicas e composições de Jackson. Isso inclui não apenas sua participação em megasucessos como Beat It e Bad, mas também os ativos de publicação musical que fazem parte do catálogo ‘Mijac’, do qual fazem parte músicas escritas por Sly Stone e faixas que ficaram famosas por artistas como Ray Charles e Jerry Lee Lewis.

Michael Jackson durante show no estádio do Morumbi, em 1993.  Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

O acordo teria o valor de US$ 1,2 bilhão ou mais, de acordo com as duas pessoas, que pediram anonimato porque não estavam autorizadas a falar publicamente sobre o assunto. O acordo deixa de fora a participação de Michael Jackson em algumas das propriedades mais lucrativas do espólio, como o musical da Broadway “MJ”, os shows temáticos de Michael no Cique du Soleil, e uma biografia em andamento que será protagonizada por Jaafar Jackson, filho do irmão de Michael, Jermaine.

Diz-se que a transação deixa à propriedade um grau significativo de controle sobre o catálogo. Isso contrasta com muitos outros catálogos de sucesso nos últimos anos, incluindo aqueles com Bob Dylan, Bruce Springsteen e Paul Simon. Embora essas vendas às vezes incluam parâmetros finamente negociados sobre como o trabalho de um artista pode ser usado no futuro – digamos, em comerciais ou endossos políticos – elas geralmente entregam a gestão das músicas a um comprador.

Representantes da Sony e do espólio de Michael Jackson se recusaram a comentar o acordo, que foi relatado pela primeira vez pela Billboard. Questionado sobre a novidade do negócio, John Branca, que foi advogado de entretenimento de Jackson em vida e co-executor de seu espólio disse: “Como sempre afirmamos, nunca desistiríamos da gestão ou do controle dos ativos de Michael.”

A Primary Wave, empresa musical que possui uma participação minoritária nos direitos editoriais de Jackson não fez parte da transação; um representante da Primary Wave não quis comentar o tema.

Em grande medida, o acordo é um endosso ao contínuo poder estelar de Michael Jackson, e o apelo global duradouro de sua música, mesmo 15 anos após sua morte, em 2009, aos 50 anos, na véspera de uma série de shows em uma turnê de retomada de carreira em Londres.

Esse apelo não diminuiu mesmo diante de adversidades como Leaving Neverland, um documentário em duas partes transmitido pela HBO em 2019, no qual dois homens, Wade Robson e James Safechuck, relatam o que afirmam ser anos de abusos sexuais cometido por Michael Jackson quando eram crianças.

O espólio de Jackson chamou o filme de “assassinato de reputações digno de um tablóide” e disse que Robson e Safechuck já haviam negado, sob juramento, que qualquer abuso tenha acontecido; Robson foi a testemunha principal no julgamento por abuso sexual de Jackson em 2005, no qual o cantor foi absolvido.

John Branca disse que houve impactos no legado de Michael após o lançamento do filme, mas Jackson continua imensamente popular entre o público. A cada Halloween, as transmissões da música Thriller têm novo pico. E MJ, um musical baseado em sua vida, estreou há dois anos e arrecadou US$ 172 milhões em Nova York, segundo a Broadway League; o show também contará com uma turnê em outras cidades dos Estados Unidos, além de três versões internacionais.

Por muito tempo, Michael Jackson foi ligado à Sony em seu selo Epic, que lançou álbuns de grande sucesso, como Thriller e Bad, embora posteriormente Michael tenha recuperado os direitos de suas gravações.

Em 2016, a Sony pagou US$ 750 milhões ao espólio do cantor para comprar a metade do patrimônio de Jackson na Sony/ATV, uma gigante da produção musical. Em 1985, Jackson havia comprado a ATV, antecessora dessa empresa – cujo destaque era o controle da maioria das músicas dos Beatles – por US$ 41,5 milhões.

Em 1996, o cantor gravou clipe da música "They Don"t Care About Us", pelas ruas do pelourinho, em Salvador, e na favela Dona Marta, no Rio Foto: Luiz Morier/Estadão

Artigo publicado originalmente no The New York Times.

The New York Times - A Sony concordou em adquirir metade do catálogo deixado por Michael Jackson em seu espólio, no que é provavelmente a transação envolvendo mais dinheiro para o trabalho de um único músico, de acordo com duas pessoas envolvidas no contrato.

O acordo, que tem sido comentado na indústria musical há meses, envolve a Sony comprando uma participação de 50% no catálogo de gravações de músicas e composições de Jackson. Isso inclui não apenas sua participação em megasucessos como Beat It e Bad, mas também os ativos de publicação musical que fazem parte do catálogo ‘Mijac’, do qual fazem parte músicas escritas por Sly Stone e faixas que ficaram famosas por artistas como Ray Charles e Jerry Lee Lewis.

Michael Jackson durante show no estádio do Morumbi, em 1993.  Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

O acordo teria o valor de US$ 1,2 bilhão ou mais, de acordo com as duas pessoas, que pediram anonimato porque não estavam autorizadas a falar publicamente sobre o assunto. O acordo deixa de fora a participação de Michael Jackson em algumas das propriedades mais lucrativas do espólio, como o musical da Broadway “MJ”, os shows temáticos de Michael no Cique du Soleil, e uma biografia em andamento que será protagonizada por Jaafar Jackson, filho do irmão de Michael, Jermaine.

Diz-se que a transação deixa à propriedade um grau significativo de controle sobre o catálogo. Isso contrasta com muitos outros catálogos de sucesso nos últimos anos, incluindo aqueles com Bob Dylan, Bruce Springsteen e Paul Simon. Embora essas vendas às vezes incluam parâmetros finamente negociados sobre como o trabalho de um artista pode ser usado no futuro – digamos, em comerciais ou endossos políticos – elas geralmente entregam a gestão das músicas a um comprador.

Representantes da Sony e do espólio de Michael Jackson se recusaram a comentar o acordo, que foi relatado pela primeira vez pela Billboard. Questionado sobre a novidade do negócio, John Branca, que foi advogado de entretenimento de Jackson em vida e co-executor de seu espólio disse: “Como sempre afirmamos, nunca desistiríamos da gestão ou do controle dos ativos de Michael.”

A Primary Wave, empresa musical que possui uma participação minoritária nos direitos editoriais de Jackson não fez parte da transação; um representante da Primary Wave não quis comentar o tema.

Em grande medida, o acordo é um endosso ao contínuo poder estelar de Michael Jackson, e o apelo global duradouro de sua música, mesmo 15 anos após sua morte, em 2009, aos 50 anos, na véspera de uma série de shows em uma turnê de retomada de carreira em Londres.

Esse apelo não diminuiu mesmo diante de adversidades como Leaving Neverland, um documentário em duas partes transmitido pela HBO em 2019, no qual dois homens, Wade Robson e James Safechuck, relatam o que afirmam ser anos de abusos sexuais cometido por Michael Jackson quando eram crianças.

O espólio de Jackson chamou o filme de “assassinato de reputações digno de um tablóide” e disse que Robson e Safechuck já haviam negado, sob juramento, que qualquer abuso tenha acontecido; Robson foi a testemunha principal no julgamento por abuso sexual de Jackson em 2005, no qual o cantor foi absolvido.

John Branca disse que houve impactos no legado de Michael após o lançamento do filme, mas Jackson continua imensamente popular entre o público. A cada Halloween, as transmissões da música Thriller têm novo pico. E MJ, um musical baseado em sua vida, estreou há dois anos e arrecadou US$ 172 milhões em Nova York, segundo a Broadway League; o show também contará com uma turnê em outras cidades dos Estados Unidos, além de três versões internacionais.

Por muito tempo, Michael Jackson foi ligado à Sony em seu selo Epic, que lançou álbuns de grande sucesso, como Thriller e Bad, embora posteriormente Michael tenha recuperado os direitos de suas gravações.

Em 2016, a Sony pagou US$ 750 milhões ao espólio do cantor para comprar a metade do patrimônio de Jackson na Sony/ATV, uma gigante da produção musical. Em 1985, Jackson havia comprado a ATV, antecessora dessa empresa – cujo destaque era o controle da maioria das músicas dos Beatles – por US$ 41,5 milhões.

Em 1996, o cantor gravou clipe da música "They Don"t Care About Us", pelas ruas do pelourinho, em Salvador, e na favela Dona Marta, no Rio Foto: Luiz Morier/Estadão

Artigo publicado originalmente no The New York Times.

The New York Times - A Sony concordou em adquirir metade do catálogo deixado por Michael Jackson em seu espólio, no que é provavelmente a transação envolvendo mais dinheiro para o trabalho de um único músico, de acordo com duas pessoas envolvidas no contrato.

O acordo, que tem sido comentado na indústria musical há meses, envolve a Sony comprando uma participação de 50% no catálogo de gravações de músicas e composições de Jackson. Isso inclui não apenas sua participação em megasucessos como Beat It e Bad, mas também os ativos de publicação musical que fazem parte do catálogo ‘Mijac’, do qual fazem parte músicas escritas por Sly Stone e faixas que ficaram famosas por artistas como Ray Charles e Jerry Lee Lewis.

Michael Jackson durante show no estádio do Morumbi, em 1993.  Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

O acordo teria o valor de US$ 1,2 bilhão ou mais, de acordo com as duas pessoas, que pediram anonimato porque não estavam autorizadas a falar publicamente sobre o assunto. O acordo deixa de fora a participação de Michael Jackson em algumas das propriedades mais lucrativas do espólio, como o musical da Broadway “MJ”, os shows temáticos de Michael no Cique du Soleil, e uma biografia em andamento que será protagonizada por Jaafar Jackson, filho do irmão de Michael, Jermaine.

Diz-se que a transação deixa à propriedade um grau significativo de controle sobre o catálogo. Isso contrasta com muitos outros catálogos de sucesso nos últimos anos, incluindo aqueles com Bob Dylan, Bruce Springsteen e Paul Simon. Embora essas vendas às vezes incluam parâmetros finamente negociados sobre como o trabalho de um artista pode ser usado no futuro – digamos, em comerciais ou endossos políticos – elas geralmente entregam a gestão das músicas a um comprador.

Representantes da Sony e do espólio de Michael Jackson se recusaram a comentar o acordo, que foi relatado pela primeira vez pela Billboard. Questionado sobre a novidade do negócio, John Branca, que foi advogado de entretenimento de Jackson em vida e co-executor de seu espólio disse: “Como sempre afirmamos, nunca desistiríamos da gestão ou do controle dos ativos de Michael.”

A Primary Wave, empresa musical que possui uma participação minoritária nos direitos editoriais de Jackson não fez parte da transação; um representante da Primary Wave não quis comentar o tema.

Em grande medida, o acordo é um endosso ao contínuo poder estelar de Michael Jackson, e o apelo global duradouro de sua música, mesmo 15 anos após sua morte, em 2009, aos 50 anos, na véspera de uma série de shows em uma turnê de retomada de carreira em Londres.

Esse apelo não diminuiu mesmo diante de adversidades como Leaving Neverland, um documentário em duas partes transmitido pela HBO em 2019, no qual dois homens, Wade Robson e James Safechuck, relatam o que afirmam ser anos de abusos sexuais cometido por Michael Jackson quando eram crianças.

O espólio de Jackson chamou o filme de “assassinato de reputações digno de um tablóide” e disse que Robson e Safechuck já haviam negado, sob juramento, que qualquer abuso tenha acontecido; Robson foi a testemunha principal no julgamento por abuso sexual de Jackson em 2005, no qual o cantor foi absolvido.

John Branca disse que houve impactos no legado de Michael após o lançamento do filme, mas Jackson continua imensamente popular entre o público. A cada Halloween, as transmissões da música Thriller têm novo pico. E MJ, um musical baseado em sua vida, estreou há dois anos e arrecadou US$ 172 milhões em Nova York, segundo a Broadway League; o show também contará com uma turnê em outras cidades dos Estados Unidos, além de três versões internacionais.

Por muito tempo, Michael Jackson foi ligado à Sony em seu selo Epic, que lançou álbuns de grande sucesso, como Thriller e Bad, embora posteriormente Michael tenha recuperado os direitos de suas gravações.

Em 2016, a Sony pagou US$ 750 milhões ao espólio do cantor para comprar a metade do patrimônio de Jackson na Sony/ATV, uma gigante da produção musical. Em 1985, Jackson havia comprado a ATV, antecessora dessa empresa – cujo destaque era o controle da maioria das músicas dos Beatles – por US$ 41,5 milhões.

Em 1996, o cantor gravou clipe da música "They Don"t Care About Us", pelas ruas do pelourinho, em Salvador, e na favela Dona Marta, no Rio Foto: Luiz Morier/Estadão

Artigo publicado originalmente no The New York Times.

The New York Times - A Sony concordou em adquirir metade do catálogo deixado por Michael Jackson em seu espólio, no que é provavelmente a transação envolvendo mais dinheiro para o trabalho de um único músico, de acordo com duas pessoas envolvidas no contrato.

O acordo, que tem sido comentado na indústria musical há meses, envolve a Sony comprando uma participação de 50% no catálogo de gravações de músicas e composições de Jackson. Isso inclui não apenas sua participação em megasucessos como Beat It e Bad, mas também os ativos de publicação musical que fazem parte do catálogo ‘Mijac’, do qual fazem parte músicas escritas por Sly Stone e faixas que ficaram famosas por artistas como Ray Charles e Jerry Lee Lewis.

Michael Jackson durante show no estádio do Morumbi, em 1993.  Foto: Epitácio Pessoa/Estadão

O acordo teria o valor de US$ 1,2 bilhão ou mais, de acordo com as duas pessoas, que pediram anonimato porque não estavam autorizadas a falar publicamente sobre o assunto. O acordo deixa de fora a participação de Michael Jackson em algumas das propriedades mais lucrativas do espólio, como o musical da Broadway “MJ”, os shows temáticos de Michael no Cique du Soleil, e uma biografia em andamento que será protagonizada por Jaafar Jackson, filho do irmão de Michael, Jermaine.

Diz-se que a transação deixa à propriedade um grau significativo de controle sobre o catálogo. Isso contrasta com muitos outros catálogos de sucesso nos últimos anos, incluindo aqueles com Bob Dylan, Bruce Springsteen e Paul Simon. Embora essas vendas às vezes incluam parâmetros finamente negociados sobre como o trabalho de um artista pode ser usado no futuro – digamos, em comerciais ou endossos políticos – elas geralmente entregam a gestão das músicas a um comprador.

Representantes da Sony e do espólio de Michael Jackson se recusaram a comentar o acordo, que foi relatado pela primeira vez pela Billboard. Questionado sobre a novidade do negócio, John Branca, que foi advogado de entretenimento de Jackson em vida e co-executor de seu espólio disse: “Como sempre afirmamos, nunca desistiríamos da gestão ou do controle dos ativos de Michael.”

A Primary Wave, empresa musical que possui uma participação minoritária nos direitos editoriais de Jackson não fez parte da transação; um representante da Primary Wave não quis comentar o tema.

Em grande medida, o acordo é um endosso ao contínuo poder estelar de Michael Jackson, e o apelo global duradouro de sua música, mesmo 15 anos após sua morte, em 2009, aos 50 anos, na véspera de uma série de shows em uma turnê de retomada de carreira em Londres.

Esse apelo não diminuiu mesmo diante de adversidades como Leaving Neverland, um documentário em duas partes transmitido pela HBO em 2019, no qual dois homens, Wade Robson e James Safechuck, relatam o que afirmam ser anos de abusos sexuais cometido por Michael Jackson quando eram crianças.

O espólio de Jackson chamou o filme de “assassinato de reputações digno de um tablóide” e disse que Robson e Safechuck já haviam negado, sob juramento, que qualquer abuso tenha acontecido; Robson foi a testemunha principal no julgamento por abuso sexual de Jackson em 2005, no qual o cantor foi absolvido.

John Branca disse que houve impactos no legado de Michael após o lançamento do filme, mas Jackson continua imensamente popular entre o público. A cada Halloween, as transmissões da música Thriller têm novo pico. E MJ, um musical baseado em sua vida, estreou há dois anos e arrecadou US$ 172 milhões em Nova York, segundo a Broadway League; o show também contará com uma turnê em outras cidades dos Estados Unidos, além de três versões internacionais.

Por muito tempo, Michael Jackson foi ligado à Sony em seu selo Epic, que lançou álbuns de grande sucesso, como Thriller e Bad, embora posteriormente Michael tenha recuperado os direitos de suas gravações.

Em 2016, a Sony pagou US$ 750 milhões ao espólio do cantor para comprar a metade do patrimônio de Jackson na Sony/ATV, uma gigante da produção musical. Em 1985, Jackson havia comprado a ATV, antecessora dessa empresa – cujo destaque era o controle da maioria das músicas dos Beatles – por US$ 41,5 milhões.

Em 1996, o cantor gravou clipe da música "They Don"t Care About Us", pelas ruas do pelourinho, em Salvador, e na favela Dona Marta, no Rio Foto: Luiz Morier/Estadão

Artigo publicado originalmente no The New York Times.

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