O lendário líder dos Rolling Stones, Mick Jagger, certa vez cantou “que chatice é envelhecer”. Mas o veterano dos astros do rock britânico completa 80 anos nesta quarta-feira, 26, e não parece determinado a pisar no freio.
Fiel a seu estilo, que o levou a dançar e pular em palcos de todo o mundo, ele planeja comemorar seu aniversário com uma grande festa no sudoeste de Londres, segundo a imprensa britânica.
Ícone da rebeldia, símbolo sexual, descarado e provocador, mesmo após décadas, Jagger continua hipnotizando estádios lotados com seu gingado diabólico, mas em 2019 precisou passar por uma cirurgia no coração.
Entretanto, sua rotina de ioga, kick-boxing e ciclismo, combinada com sucos de ervas, frutas e vitaminas, preserva sua figura esbelta e forma física.
Recentemente, os Rolling Stones levaram a turnê Sixty à Europa, para comemorar o 60º aniversário da banda, pela primeira vez sem o baterista Charlie Watts, falecido em 2021.
Ainda este ano, a banda deve lançar um novo disco em homenagem ao antigo companheiro de palcos. De acordo com a imprensa, o álbum terá participação de Paul McCartney e do ex-baixista Bill Wyman. O material será o primeiro desde o lançamento de A Bigger Bang, em 2005.
Ícone da contracultura de Londres
Com sucessos como Jumpin’ Jack Flash, Gimme Shelter, Sympathy for the Devil e Not Fade Away, os Rolling Stones contribuíram para a explosão cultural e social dos anos 1960 no Reino Unido.
Os astros eram frequentemente perseguidos por fãs e escoltados de perto pela polícia. Para Jagger, esta era uma vida a 2.000 anos-luz de suas origens, como cantou em 2000 Light Years from Home.
A história de Mick Jagger
Nascido em 26 de julho de 1943 em Dartford, no sul de Londres, em uma família de classe média, Michael Philip Jagger é filho de uma cabeleireira e um professor de educação física, e não estava predestinado a se dedicar à música.
Ingressou na prestigiada London School of Economics em 1961, mas logo abandonou os estudos de finanças e se concentrou em uma paixão pelo Blues.
Ele começou a tocar com seu amigo de infância Keith Richards em 1960 e em 1962 eles formaram The Rollin’ Stones com Brian Jones e Ian Steward, que se tornou The Rolling Stones no ano seguinte, acrescentando Wyman e Watts. Em 1965, a banda lançou (I Can’t Get No) Satisfaction, que os catapultou para a fama.
O sucesso foi tamanho que se tornaram rivais dos Beatles, devido a seus estilos opostos. O cenário parecia pronto para campanhas de marketing, como uma que colocava a imagem de ‘bad boys’ da banda contra a figura de ‘bons moços’ do quarteto de Liverpool.
Famosos também pela vida fora dos palcos regada à drogas e sexo, Jagger e Richards foram condenados por posse de drogas ilícitas em 1967 e Jones pagou o preço final, afogando-se em sua piscina em 1969.
“Eu não entendi muito bem o seu vício em drogas”, reconheceu Jagger em 1995. “Coisas como o LSD eram novas. Ninguém sabia o mal. As pessoas pensavam que a cocaína era boa”, disse ele.
Em 2003, a Rainha Elizabeth II evitou pessoalmente conceder a honra ao vocalista “pelos serviços prestados à música”, deixando-a para seu filho Charles, que o condecorou como “Sir Mick”.
Mas com o passar do tempo, o frontman já não é mais um “bad boy” como nos primeiros anos de sucesso. Ele é frequentemente visto no Lord’s Stadium, após as partidas do time inglês de críquete.
O milionário Jagger - que teve sua fortuna estimada em 310 milhões de libras (cerca de R$ 1,9 bilhão), segundo o Sunday Times em 2021 - foi pai pela oitava vez em 2016, quando sua mulher, a dançarina americana Melanie Hamrick, deu à luz uma criança. Jagger tem outros sete filhos de quatro relacionamentos anteriores - um deles, Lucas, com a brasileira Luciana Gimenez.