Morre Christa Ludwig, um mito da ópera alemã


A mezzo-soprano tinha 93 anos e morava numa pequena cidade austríaca à beira do Danúbio

Por Antonio Gonçalves Filho

Uma das maiores cantoras líricas do mundo, a mezzo-soprano alemã Christa Ludwig morreu ontem, aos 93 anos,  na pequena cidade de Klosterneuburg, com  pouco mais de 20 mil habitantes, às margens do Danúbio, ao norte de Viena. Grande intérprete de Wagner, a cantora não cantava desde 1994, mas participou de gravações históricas ao lado do maestro Herbert von Karajan como a tetralogia Der Ring des Nibelungen, de Wagner. Karajan foi um dos célebres maestros com quem trabalhou (para citar outros três gigantes, ela gravou com Karl Böhm, Otto Klemperer e Leonard Bernstein, registrando um amplo repertório que vai de Beethoven a Verdi, passando por Strauss, graças ao timbre especial que lhe permitiu interpretar vários papéis).

A mezzo-soprano Christa Ludwig, que morreu neste sábado, aos 93 Foto: Warner Classics

Christa Ludwig teve uma carreira longa, de meio século, ganhando prêmios importantes da indústria fonográfica (três vezes vencedora do Grammy). Ela começou nos anos 1940, iniciada sob orientação do próprio pai, o tenor Antono Ludwig, e  sua mãe, a também mezzo-soprano Eugenie Besalla Ludwig, sua primeira professora, que cantou no teatro da ópera de Aachen quando Karajan era seu diretor artístico. A cantora estreou aos 18 anos na opereta O Morcego (Der Fladermaus), de Johann Strauss, até se tornar a principal estrela da Ópera de Viena, onde estreou em 1955.

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Sua versatilidade a levou a ser no palco tanto heroínas wagnerinas (ela fez uma memorável performance em Tristão e Isolda, em 1966, no Festival de Bayreuth) como a Adalgisa de Norma, de Bellini, ao lado de Maria Callas, em 1960. Sua estreia nos Estados Unidos foi  como Dorabella de Così fan Tutte, de Mozart, na Ópera Lírica de Chicago, em 1959, mesmo ano em que fez sua primeira aparição no Metropolitan Opera House. À medida que amadurecia, enfrentava papéis de extrema dificuldade. Christa Ludwig foi a Kundry, de Parfisal, Lady Macbeth, de Verdi, e a Leonore de Fidelio, de Beethoven.

É provável que nunca mais o mundo da ópera veja o exemplo de Christa Ludwig se multiplicar. Ela foi realmente única como cantora, abraçando tanto papéis leves (a premiada versão de Candide, de Bernstein, em 1991, ganhandora do Grammy de melhor álbum de música clássica) como a trágica Clitmenestra de Elektra, de Richard Strauss, ópera com a qual se despediu dos palcos, em 1994, na Ópera Estadual de Viena. A cantora foi casada com o baixo-barítono Walter Berry, com o qual se apresentou em diversas ocasiões, e o diretor de teatro francês Paul-Emile Deiber. No ano de sua despedida dos palcos ela publicou suas memórias,  traduzida para o inglês como In My Own Voice, em que é franca e honesta para revelar sua dificuldade em alcançar algumas notas e definir a função do cantor como um profissional a serviço do compositor, que deve se curvar ao gênio.

Uma das maiores cantoras líricas do mundo, a mezzo-soprano alemã Christa Ludwig morreu ontem, aos 93 anos,  na pequena cidade de Klosterneuburg, com  pouco mais de 20 mil habitantes, às margens do Danúbio, ao norte de Viena. Grande intérprete de Wagner, a cantora não cantava desde 1994, mas participou de gravações históricas ao lado do maestro Herbert von Karajan como a tetralogia Der Ring des Nibelungen, de Wagner. Karajan foi um dos célebres maestros com quem trabalhou (para citar outros três gigantes, ela gravou com Karl Böhm, Otto Klemperer e Leonard Bernstein, registrando um amplo repertório que vai de Beethoven a Verdi, passando por Strauss, graças ao timbre especial que lhe permitiu interpretar vários papéis).

A mezzo-soprano Christa Ludwig, que morreu neste sábado, aos 93 Foto: Warner Classics

Christa Ludwig teve uma carreira longa, de meio século, ganhando prêmios importantes da indústria fonográfica (três vezes vencedora do Grammy). Ela começou nos anos 1940, iniciada sob orientação do próprio pai, o tenor Antono Ludwig, e  sua mãe, a também mezzo-soprano Eugenie Besalla Ludwig, sua primeira professora, que cantou no teatro da ópera de Aachen quando Karajan era seu diretor artístico. A cantora estreou aos 18 anos na opereta O Morcego (Der Fladermaus), de Johann Strauss, até se tornar a principal estrela da Ópera de Viena, onde estreou em 1955.

Sua versatilidade a levou a ser no palco tanto heroínas wagnerinas (ela fez uma memorável performance em Tristão e Isolda, em 1966, no Festival de Bayreuth) como a Adalgisa de Norma, de Bellini, ao lado de Maria Callas, em 1960. Sua estreia nos Estados Unidos foi  como Dorabella de Così fan Tutte, de Mozart, na Ópera Lírica de Chicago, em 1959, mesmo ano em que fez sua primeira aparição no Metropolitan Opera House. À medida que amadurecia, enfrentava papéis de extrema dificuldade. Christa Ludwig foi a Kundry, de Parfisal, Lady Macbeth, de Verdi, e a Leonore de Fidelio, de Beethoven.

É provável que nunca mais o mundo da ópera veja o exemplo de Christa Ludwig se multiplicar. Ela foi realmente única como cantora, abraçando tanto papéis leves (a premiada versão de Candide, de Bernstein, em 1991, ganhandora do Grammy de melhor álbum de música clássica) como a trágica Clitmenestra de Elektra, de Richard Strauss, ópera com a qual se despediu dos palcos, em 1994, na Ópera Estadual de Viena. A cantora foi casada com o baixo-barítono Walter Berry, com o qual se apresentou em diversas ocasiões, e o diretor de teatro francês Paul-Emile Deiber. No ano de sua despedida dos palcos ela publicou suas memórias,  traduzida para o inglês como In My Own Voice, em que é franca e honesta para revelar sua dificuldade em alcançar algumas notas e definir a função do cantor como um profissional a serviço do compositor, que deve se curvar ao gênio.

Uma das maiores cantoras líricas do mundo, a mezzo-soprano alemã Christa Ludwig morreu ontem, aos 93 anos,  na pequena cidade de Klosterneuburg, com  pouco mais de 20 mil habitantes, às margens do Danúbio, ao norte de Viena. Grande intérprete de Wagner, a cantora não cantava desde 1994, mas participou de gravações históricas ao lado do maestro Herbert von Karajan como a tetralogia Der Ring des Nibelungen, de Wagner. Karajan foi um dos célebres maestros com quem trabalhou (para citar outros três gigantes, ela gravou com Karl Böhm, Otto Klemperer e Leonard Bernstein, registrando um amplo repertório que vai de Beethoven a Verdi, passando por Strauss, graças ao timbre especial que lhe permitiu interpretar vários papéis).

A mezzo-soprano Christa Ludwig, que morreu neste sábado, aos 93 Foto: Warner Classics

Christa Ludwig teve uma carreira longa, de meio século, ganhando prêmios importantes da indústria fonográfica (três vezes vencedora do Grammy). Ela começou nos anos 1940, iniciada sob orientação do próprio pai, o tenor Antono Ludwig, e  sua mãe, a também mezzo-soprano Eugenie Besalla Ludwig, sua primeira professora, que cantou no teatro da ópera de Aachen quando Karajan era seu diretor artístico. A cantora estreou aos 18 anos na opereta O Morcego (Der Fladermaus), de Johann Strauss, até se tornar a principal estrela da Ópera de Viena, onde estreou em 1955.

Sua versatilidade a levou a ser no palco tanto heroínas wagnerinas (ela fez uma memorável performance em Tristão e Isolda, em 1966, no Festival de Bayreuth) como a Adalgisa de Norma, de Bellini, ao lado de Maria Callas, em 1960. Sua estreia nos Estados Unidos foi  como Dorabella de Così fan Tutte, de Mozart, na Ópera Lírica de Chicago, em 1959, mesmo ano em que fez sua primeira aparição no Metropolitan Opera House. À medida que amadurecia, enfrentava papéis de extrema dificuldade. Christa Ludwig foi a Kundry, de Parfisal, Lady Macbeth, de Verdi, e a Leonore de Fidelio, de Beethoven.

É provável que nunca mais o mundo da ópera veja o exemplo de Christa Ludwig se multiplicar. Ela foi realmente única como cantora, abraçando tanto papéis leves (a premiada versão de Candide, de Bernstein, em 1991, ganhandora do Grammy de melhor álbum de música clássica) como a trágica Clitmenestra de Elektra, de Richard Strauss, ópera com a qual se despediu dos palcos, em 1994, na Ópera Estadual de Viena. A cantora foi casada com o baixo-barítono Walter Berry, com o qual se apresentou em diversas ocasiões, e o diretor de teatro francês Paul-Emile Deiber. No ano de sua despedida dos palcos ela publicou suas memórias,  traduzida para o inglês como In My Own Voice, em que é franca e honesta para revelar sua dificuldade em alcançar algumas notas e definir a função do cantor como um profissional a serviço do compositor, que deve se curvar ao gênio.

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