Novo documentário conta a história de sobrevivência de Brian Wilson


O coração de 'Brian Wilson: Long Promised Road' é uma série de viagens pelo sul da Califórnia, onde Wilson e o editor da revista 'Rolling Stone' Jason Fine conversam, ouvem música e ocasionalmente param em restaurantes

Por David Bauder

As tragédias da vida de Brian Wilson são uma história de rock'n'roll bem contada. O P.S. - que ele é um sobrevivente de quase 80 anos que parece receber apoio pessoal e profissional de uma forma que nunca teve antes - é menos familiar.

O músico Brian Wilson, cuja história está no documentário 'Brian Wilson: Long Promised Road'. Foto: Casey Curry/Invision/AP

Apesar de alguns momentos desconfortáveis em Brian Wilson: Long Promised Road, essa atualização importante é o ponto do documentário que estreou na terça-feira no Tribeca Film Festival, em Nova York.

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O coração do filme é uma série de viagens pelo sul da Califórnia, onde Wilson e o editor da revista Rolling Stone Jason Fine conversam, ouvem música e ocasionalmente param em restaurantes. Existe um nível de conforto entre os dois - Fine é um jornalista que se tornou um amigo.

Wilson, a força criativa por trás dos Beach Boys, lidou com um pai abusivo e obstinado, também com uma doença mental e um transtorno esquizoafetivo, no qual ele ouvia vozes o repreendendo e menosprezando. Some-se a isso anos de abuso de drogas, um psicólogo charlatão que efetivamente o manteve prisioneiro por uma década e os irmãos mais novos que morreram cedo - é muito para suportar.

“Ele não merece elogios sobre sua música”, diz Elton John no filme. “Ele merece os elogios sobre sua vida pessoal.” John, junto com Bruce Springsteen, Don Was e Linda Perry, são eloquentes ao descrever o que tornou o trabalho de Wilson único e duradouro, crucial para tornar o filme atraente para além do gosto de seus fãs.

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O diretor de cinema Brent Wilson (sem parentesco) contatou Fine depois que suas próprias tentativas de entrevistar Wilson deram poucos frutos. Fine disse que suas próprias experiências com o músico o ensinaram que "estar lá quando ele está pronto para falar sempre foi uma grande coisa com Brian". Então eles pegaram a estrada, finalmente filmando cerca de 70 horas.

A importância de Wilson para o sul da Califórnia fica evidente em algumas das paradas ao longo do trajeto. Uma placa agora marca o local onde a capa de um álbum dos Beach Boys foi fotografada. Embora a casa de infância de Brian, Dennis e Carl Wilson em Hawthorne não exista mais, uma placa marca esse local também.

“Não achei que a história de Brian, em seu terceiro ato agora, tivesse sido feita de maneira adequada”, disse Fine em entrevista à The Associated Press. “Acho que Brian costuma ser visto como um recluso, como uma vítima, como alguém que se esgotou (e) ...se perdeu no caminho”, disse ele. “Não é assim que vejo Brian. Desde que o conheço, vejo-o como um herói, uma pessoa corajosa, que dá força e inspiração a todos os que vão aos seus espetáculos."

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Fine continua: “Eu queria mostrar às pessoas a humanidade de Brian, sua decência, sua bondade, seu humor, sua curiosidade”. No filme, Fine pára o carro em frente à antiga casa do irmão de Wilson, Carl, que morreu de câncer de pulmão aos 51 anos, em 1998. Fine sai; Wilson quer ficar no banco do passageiro. A câmera captura Wilson enxugando uma lágrima.

Em outro ponto, ao passarem por um local onde ele já foi dono de uma loja de alimentos naturais, Wilson diz que “Não tenho um amigo com quem conversar há três anos”.

Wilson, a força criativa por trás dos Beach Boys, teve de lidar com muitos desconfortos ao longo da vida. Foto: Casey Curry/Invision/AP
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São momentos profundamente incômodos, beirando a exploração. Wilson é claramente uma alma danificada e, pelo bem dele, você às vezes se pergunta se, em Long Promised Road, ele teria sido mais bem servido pela dignidade da privacidade.

Fine não vê dessa forma. “Tudo isso é feito nos termos e no nível de conforto de Brian, então não vejo como uma exploração”, disse ele. O próprio Wilson, em uma ligação por Zoom com repórteres, pouco disse. Perguntado por que concordou em participar do filme, ele disse: “Não sei. Eu acabei de me decidir.”

Fine disse que o nível de idolatria que Wilson inspira às vezes é intimidante. Ele se sentiu tocado quando, após um show em que Wilson e sua banda tocaram músicas do álbum Pet Sounds, Wilson lhe disse que sempre duvidou, mas que agora acreditava que as pessoas amavam sua música e que ele estava fazendo o que deveria.

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“Você acreditaria que foi isso que ele sentiu ao longo dos últimos 60 anos ou mais, quando estava no palco cantando e as pessoas gritando por sua música”, disse ele. “Mas o que você sente por dentro é diferente do que vem de fontes externas. Acho que ele sente o amor e isso é enorme.”

Depois de todos os anos em que sua vida foi dominada pela negatividade, Wilson agora tem uma vida pessoal positiva e de apoio com a esposa Melinda e sua família. Ele também está cercado por músicos que claramente o reverenciam e se dedicam a dar vida ao que Elton John chamou de orquestra na cabeça de Wilson.

Os nervos tiraram Wilson do circuito de shows no auge do sucesso dos Beach Boys. Agora ele adora se apresentar, disse Fine. "Talvez, dentro de si mesmo, Wilson tenha aceitado que fez coisas que significam muito para os outros", observa ele.

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“Esse tipo de mensagem simples que ele realmente queria passar às pessoas por meio de sua música desde os anos 60 - uma sensação de calor, uma sensação de que tudo vai ficar bem da mesma forma que a música o ergueu de sua escuridão -, ele tenta agora passar para outras pessoas”, disse ele. “Acho que agora, mais do que antes em sua carreira, ele aceita que consegue fazer isso, o que é um grande conforto.”

As tragédias da vida de Brian Wilson são uma história de rock'n'roll bem contada. O P.S. - que ele é um sobrevivente de quase 80 anos que parece receber apoio pessoal e profissional de uma forma que nunca teve antes - é menos familiar.

O músico Brian Wilson, cuja história está no documentário 'Brian Wilson: Long Promised Road'. Foto: Casey Curry/Invision/AP

Apesar de alguns momentos desconfortáveis em Brian Wilson: Long Promised Road, essa atualização importante é o ponto do documentário que estreou na terça-feira no Tribeca Film Festival, em Nova York.

O coração do filme é uma série de viagens pelo sul da Califórnia, onde Wilson e o editor da revista Rolling Stone Jason Fine conversam, ouvem música e ocasionalmente param em restaurantes. Existe um nível de conforto entre os dois - Fine é um jornalista que se tornou um amigo.

Wilson, a força criativa por trás dos Beach Boys, lidou com um pai abusivo e obstinado, também com uma doença mental e um transtorno esquizoafetivo, no qual ele ouvia vozes o repreendendo e menosprezando. Some-se a isso anos de abuso de drogas, um psicólogo charlatão que efetivamente o manteve prisioneiro por uma década e os irmãos mais novos que morreram cedo - é muito para suportar.

“Ele não merece elogios sobre sua música”, diz Elton John no filme. “Ele merece os elogios sobre sua vida pessoal.” John, junto com Bruce Springsteen, Don Was e Linda Perry, são eloquentes ao descrever o que tornou o trabalho de Wilson único e duradouro, crucial para tornar o filme atraente para além do gosto de seus fãs.

O diretor de cinema Brent Wilson (sem parentesco) contatou Fine depois que suas próprias tentativas de entrevistar Wilson deram poucos frutos. Fine disse que suas próprias experiências com o músico o ensinaram que "estar lá quando ele está pronto para falar sempre foi uma grande coisa com Brian". Então eles pegaram a estrada, finalmente filmando cerca de 70 horas.

A importância de Wilson para o sul da Califórnia fica evidente em algumas das paradas ao longo do trajeto. Uma placa agora marca o local onde a capa de um álbum dos Beach Boys foi fotografada. Embora a casa de infância de Brian, Dennis e Carl Wilson em Hawthorne não exista mais, uma placa marca esse local também.

“Não achei que a história de Brian, em seu terceiro ato agora, tivesse sido feita de maneira adequada”, disse Fine em entrevista à The Associated Press. “Acho que Brian costuma ser visto como um recluso, como uma vítima, como alguém que se esgotou (e) ...se perdeu no caminho”, disse ele. “Não é assim que vejo Brian. Desde que o conheço, vejo-o como um herói, uma pessoa corajosa, que dá força e inspiração a todos os que vão aos seus espetáculos."

Fine continua: “Eu queria mostrar às pessoas a humanidade de Brian, sua decência, sua bondade, seu humor, sua curiosidade”. No filme, Fine pára o carro em frente à antiga casa do irmão de Wilson, Carl, que morreu de câncer de pulmão aos 51 anos, em 1998. Fine sai; Wilson quer ficar no banco do passageiro. A câmera captura Wilson enxugando uma lágrima.

Em outro ponto, ao passarem por um local onde ele já foi dono de uma loja de alimentos naturais, Wilson diz que “Não tenho um amigo com quem conversar há três anos”.

Wilson, a força criativa por trás dos Beach Boys, teve de lidar com muitos desconfortos ao longo da vida. Foto: Casey Curry/Invision/AP

São momentos profundamente incômodos, beirando a exploração. Wilson é claramente uma alma danificada e, pelo bem dele, você às vezes se pergunta se, em Long Promised Road, ele teria sido mais bem servido pela dignidade da privacidade.

Fine não vê dessa forma. “Tudo isso é feito nos termos e no nível de conforto de Brian, então não vejo como uma exploração”, disse ele. O próprio Wilson, em uma ligação por Zoom com repórteres, pouco disse. Perguntado por que concordou em participar do filme, ele disse: “Não sei. Eu acabei de me decidir.”

Fine disse que o nível de idolatria que Wilson inspira às vezes é intimidante. Ele se sentiu tocado quando, após um show em que Wilson e sua banda tocaram músicas do álbum Pet Sounds, Wilson lhe disse que sempre duvidou, mas que agora acreditava que as pessoas amavam sua música e que ele estava fazendo o que deveria.

“Você acreditaria que foi isso que ele sentiu ao longo dos últimos 60 anos ou mais, quando estava no palco cantando e as pessoas gritando por sua música”, disse ele. “Mas o que você sente por dentro é diferente do que vem de fontes externas. Acho que ele sente o amor e isso é enorme.”

Depois de todos os anos em que sua vida foi dominada pela negatividade, Wilson agora tem uma vida pessoal positiva e de apoio com a esposa Melinda e sua família. Ele também está cercado por músicos que claramente o reverenciam e se dedicam a dar vida ao que Elton John chamou de orquestra na cabeça de Wilson.

Os nervos tiraram Wilson do circuito de shows no auge do sucesso dos Beach Boys. Agora ele adora se apresentar, disse Fine. "Talvez, dentro de si mesmo, Wilson tenha aceitado que fez coisas que significam muito para os outros", observa ele.

“Esse tipo de mensagem simples que ele realmente queria passar às pessoas por meio de sua música desde os anos 60 - uma sensação de calor, uma sensação de que tudo vai ficar bem da mesma forma que a música o ergueu de sua escuridão -, ele tenta agora passar para outras pessoas”, disse ele. “Acho que agora, mais do que antes em sua carreira, ele aceita que consegue fazer isso, o que é um grande conforto.”

As tragédias da vida de Brian Wilson são uma história de rock'n'roll bem contada. O P.S. - que ele é um sobrevivente de quase 80 anos que parece receber apoio pessoal e profissional de uma forma que nunca teve antes - é menos familiar.

O músico Brian Wilson, cuja história está no documentário 'Brian Wilson: Long Promised Road'. Foto: Casey Curry/Invision/AP

Apesar de alguns momentos desconfortáveis em Brian Wilson: Long Promised Road, essa atualização importante é o ponto do documentário que estreou na terça-feira no Tribeca Film Festival, em Nova York.

O coração do filme é uma série de viagens pelo sul da Califórnia, onde Wilson e o editor da revista Rolling Stone Jason Fine conversam, ouvem música e ocasionalmente param em restaurantes. Existe um nível de conforto entre os dois - Fine é um jornalista que se tornou um amigo.

Wilson, a força criativa por trás dos Beach Boys, lidou com um pai abusivo e obstinado, também com uma doença mental e um transtorno esquizoafetivo, no qual ele ouvia vozes o repreendendo e menosprezando. Some-se a isso anos de abuso de drogas, um psicólogo charlatão que efetivamente o manteve prisioneiro por uma década e os irmãos mais novos que morreram cedo - é muito para suportar.

“Ele não merece elogios sobre sua música”, diz Elton John no filme. “Ele merece os elogios sobre sua vida pessoal.” John, junto com Bruce Springsteen, Don Was e Linda Perry, são eloquentes ao descrever o que tornou o trabalho de Wilson único e duradouro, crucial para tornar o filme atraente para além do gosto de seus fãs.

O diretor de cinema Brent Wilson (sem parentesco) contatou Fine depois que suas próprias tentativas de entrevistar Wilson deram poucos frutos. Fine disse que suas próprias experiências com o músico o ensinaram que "estar lá quando ele está pronto para falar sempre foi uma grande coisa com Brian". Então eles pegaram a estrada, finalmente filmando cerca de 70 horas.

A importância de Wilson para o sul da Califórnia fica evidente em algumas das paradas ao longo do trajeto. Uma placa agora marca o local onde a capa de um álbum dos Beach Boys foi fotografada. Embora a casa de infância de Brian, Dennis e Carl Wilson em Hawthorne não exista mais, uma placa marca esse local também.

“Não achei que a história de Brian, em seu terceiro ato agora, tivesse sido feita de maneira adequada”, disse Fine em entrevista à The Associated Press. “Acho que Brian costuma ser visto como um recluso, como uma vítima, como alguém que se esgotou (e) ...se perdeu no caminho”, disse ele. “Não é assim que vejo Brian. Desde que o conheço, vejo-o como um herói, uma pessoa corajosa, que dá força e inspiração a todos os que vão aos seus espetáculos."

Fine continua: “Eu queria mostrar às pessoas a humanidade de Brian, sua decência, sua bondade, seu humor, sua curiosidade”. No filme, Fine pára o carro em frente à antiga casa do irmão de Wilson, Carl, que morreu de câncer de pulmão aos 51 anos, em 1998. Fine sai; Wilson quer ficar no banco do passageiro. A câmera captura Wilson enxugando uma lágrima.

Em outro ponto, ao passarem por um local onde ele já foi dono de uma loja de alimentos naturais, Wilson diz que “Não tenho um amigo com quem conversar há três anos”.

Wilson, a força criativa por trás dos Beach Boys, teve de lidar com muitos desconfortos ao longo da vida. Foto: Casey Curry/Invision/AP

São momentos profundamente incômodos, beirando a exploração. Wilson é claramente uma alma danificada e, pelo bem dele, você às vezes se pergunta se, em Long Promised Road, ele teria sido mais bem servido pela dignidade da privacidade.

Fine não vê dessa forma. “Tudo isso é feito nos termos e no nível de conforto de Brian, então não vejo como uma exploração”, disse ele. O próprio Wilson, em uma ligação por Zoom com repórteres, pouco disse. Perguntado por que concordou em participar do filme, ele disse: “Não sei. Eu acabei de me decidir.”

Fine disse que o nível de idolatria que Wilson inspira às vezes é intimidante. Ele se sentiu tocado quando, após um show em que Wilson e sua banda tocaram músicas do álbum Pet Sounds, Wilson lhe disse que sempre duvidou, mas que agora acreditava que as pessoas amavam sua música e que ele estava fazendo o que deveria.

“Você acreditaria que foi isso que ele sentiu ao longo dos últimos 60 anos ou mais, quando estava no palco cantando e as pessoas gritando por sua música”, disse ele. “Mas o que você sente por dentro é diferente do que vem de fontes externas. Acho que ele sente o amor e isso é enorme.”

Depois de todos os anos em que sua vida foi dominada pela negatividade, Wilson agora tem uma vida pessoal positiva e de apoio com a esposa Melinda e sua família. Ele também está cercado por músicos que claramente o reverenciam e se dedicam a dar vida ao que Elton John chamou de orquestra na cabeça de Wilson.

Os nervos tiraram Wilson do circuito de shows no auge do sucesso dos Beach Boys. Agora ele adora se apresentar, disse Fine. "Talvez, dentro de si mesmo, Wilson tenha aceitado que fez coisas que significam muito para os outros", observa ele.

“Esse tipo de mensagem simples que ele realmente queria passar às pessoas por meio de sua música desde os anos 60 - uma sensação de calor, uma sensação de que tudo vai ficar bem da mesma forma que a música o ergueu de sua escuridão -, ele tenta agora passar para outras pessoas”, disse ele. “Acho que agora, mais do que antes em sua carreira, ele aceita que consegue fazer isso, o que é um grande conforto.”

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