Análise|O que o Bruno Mars tem? Entenda por que cantor atrai tanto público no Brasil


Artista começa maratona de 14 shows no País nesta sexta, 4, em São Paulo. ‘Bruninho’, como ele mesmo se denomina, já é considerado o ‘Novo Rei do Pop’ e move multidões, mesmo com último disco solo lançado há oito anos

Por Sabrina Legramandi

Ele tem a ambição de Prince, o pop de Michael Jackson e o charme de Elvis Presley. A alcunha de “artista completo” ganha um peso diferente com Bruno Mars. Mesmo com o último álbum solo lançado há 8 anos (24K Magic, de 2016), o cantor segue movendo multidões que cantam suas letras a plenos pulmões por onde passa. No Brasil, ele começa uma maratona de shows nesta sexta, 4, em São Paulo.

O artista já fez o que era preciso para se tornar um verdadeiro fenômeno no País durante a sua última passagem por terras brasileiras. Na estreia do festival The Town, “Bruninho”, como o próprio se apelidou à época, teve o difícil papel de justificar o motivo de ter sido escalado como headliner em dois dias do evento, ter lucrado com o maior cachê já pago por Roberto Medina, “dono” do Rock in Rio, e ter se tornado a atração que esgotou ingressos mais rápido.

Bruno Mars em apresentação na última edição do The Town. Cantor faz maratona de shows no Brasil a partir desta sexta, 4. Foto: Daniel Ramos/The Town/Divulgação
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Ele conseguiu. Traçando um roteiro impecável para a apresentação, Bruno fez os dois melhores shows do The Town. No ano passado, ficou em segundo lugar na lista do Estadão de melhores shows do ano - perdendo apenas para Billie Eilish no Lollapalooza. Deixou um “gostinho de ‘quero mais’” que promete sanar com as 14 apresentações marcadas no País.

Além de São Paulo, Bruno também passará pelo Rio de Janeiro, onde fará apresentações nos dias 16, 19 e 20, no Estádio Nilton Santos; em Brasília, nos dias 26 e 27, no Estádio Mané Garrincha; em Curitiba, em 31 de outubro e 1° de novembro, no Estádio Couto Pereira e encerrará a maratona em Belo Horizonte, no estádio do Mineirão, no dia 5 de novembro. Apenas na capital paulista, são seis shows ao todo - nos dias 4, 5, 8, 9, 12 e 13.

Mas, afinal, o que o Bruno Mars tem? E o que explica tanto frenesi em torno dos shows que o cantor faz no Brasil? Já chamado por alguns de “Novo Rei do Pop”, ele une nostalgia e músicas chiclete para se tornar um dos maiores hitmakers da atualidade.

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A ‘fórmula Bruno Mars’ do sucesso

Natural de Honolulu, Bruno Mars começou sua trajetória na música muito cedo: aos dois anos, imitando um de seus maiores ídolos, Elvis Presley. Filho de uma dançarina de hula-hula e de um multi-instrumentista, o cantor uniu sua inspiração em Elvis, Michael Jackson e Prince para lançar seu primeiro álbum de estúdio em 2010, Doo-Wops & Hooligans. O disco foi lançado pela Atlantic Records, mas, antes, o artista chegou a assinar com a Motown, gravadora mais importante da história da black music, responsável pelo Jackson 5.

Mesmo com sua inspiração em nomes de peso da música, Bruno nunca se escondeu atrás de seus maiores ídolos. Praticamente tudo o que cai em suas mãos vira ouro: é ele o responsável também por sucessos de outros artistas, como F*** You, de CeeLo Green, e Billionaire, de Travie McCoy.

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O cantor consegue passear com facilidade por gêneros como reggae, rock e soul e transformá-los em sucessos pop com letras chiclete. É contagiante com o funk 24K Magic, com o qual costuma abrir seus shows, exageradamente romântico com o pop Marry You e sofisticado com o R&B Versace on the Floor.

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Ele é ainda mais nostálgico em An Evening with Silk Sonic, álbum que lançou com Anderson .Paak em 2021. Juntos, os dois formaram o Silk Sonic, grupo com fortes referências do soul dos anos 1970, e garantiram hits como Leave the Door Open e Smokin Out the Window. O artista, porém, costuma cantar bem pouco de Silk Sonic durante suas apresentações.

Com tantos gêneros na bagagem, Bruno corria o risco de traçar roteiros de shows confusos. Não foi isso o que ocorreu no The Town e nem deve ocorrer nas performances deste ano - que, aliás, devem repetir a mesma fórmula do festival do ano passado. O cantor consegue separar bem os momentos em que quer ser provocante, comovente e dançante. E não deixa a agitação da plateia decair em nenhum momento.

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Nostalgia e carisma

Apesar de rechear seu setlist com os maiores sucessos de 2010, Bruno chega ao Brasil com um hit recém-lançado. Em agosto, ele se uniu a Lady Gaga em Die With a Smile, canção que figura entre as mais tocadas do Spotify Global há sete semanas e, atualmente, ocupa o primeiro lugar da lista.

O cantor deve dar ao menos uma “palhinha” de Die With a Smile na maratona de shows no Brasil. Na última terça, 1º, Bruno chegou a cantar um trecho da música em um pocket show que fez em prol das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul no Tokio Marine Hall, em São Paulo.

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Lá, o artista já estava acompanhado da banda Hooligans, que divide a mesma simpatia e habilidade musical de Bruno nos palcos. O grupo tem crédito ao deixar as apresentações energéticas, mas é do cantor todo o protagonismo. Protagonismo, inclusive, que consegue atrair com leveza graças a um talento arrebatado por pouquíssimos artistas: o carisma.

Diferente de muitos cantores pop, Bruno não ignora a plateia à sua frente. Nos shows do The Town, o cantor conversou diversas vezes com o público - inclusive, em português -, se divertiu e deixou que sua banda tocasse Evidências. “Eu quero você, gostosa, gatinha gostosa”, repetiu ele antes de cantar Calling All My Lovelies.

A expectativa, mais uma vez, é alta para a passagem de Bruno Mars no Brasil. Ele já demonstrou que tem bagagem para criar roteiros de shows que podem ser assistidos duas, três ou quatro vezes sem cansar ou, pelo menos, para fazer com que a plateia cante até as músicas que permanecem lá no fundo da memória.

Ele tem a ambição de Prince, o pop de Michael Jackson e o charme de Elvis Presley. A alcunha de “artista completo” ganha um peso diferente com Bruno Mars. Mesmo com o último álbum solo lançado há 8 anos (24K Magic, de 2016), o cantor segue movendo multidões que cantam suas letras a plenos pulmões por onde passa. No Brasil, ele começa uma maratona de shows nesta sexta, 4, em São Paulo.

O artista já fez o que era preciso para se tornar um verdadeiro fenômeno no País durante a sua última passagem por terras brasileiras. Na estreia do festival The Town, “Bruninho”, como o próprio se apelidou à época, teve o difícil papel de justificar o motivo de ter sido escalado como headliner em dois dias do evento, ter lucrado com o maior cachê já pago por Roberto Medina, “dono” do Rock in Rio, e ter se tornado a atração que esgotou ingressos mais rápido.

Bruno Mars em apresentação na última edição do The Town. Cantor faz maratona de shows no Brasil a partir desta sexta, 4. Foto: Daniel Ramos/The Town/Divulgação

Ele conseguiu. Traçando um roteiro impecável para a apresentação, Bruno fez os dois melhores shows do The Town. No ano passado, ficou em segundo lugar na lista do Estadão de melhores shows do ano - perdendo apenas para Billie Eilish no Lollapalooza. Deixou um “gostinho de ‘quero mais’” que promete sanar com as 14 apresentações marcadas no País.

Além de São Paulo, Bruno também passará pelo Rio de Janeiro, onde fará apresentações nos dias 16, 19 e 20, no Estádio Nilton Santos; em Brasília, nos dias 26 e 27, no Estádio Mané Garrincha; em Curitiba, em 31 de outubro e 1° de novembro, no Estádio Couto Pereira e encerrará a maratona em Belo Horizonte, no estádio do Mineirão, no dia 5 de novembro. Apenas na capital paulista, são seis shows ao todo - nos dias 4, 5, 8, 9, 12 e 13.

Mas, afinal, o que o Bruno Mars tem? E o que explica tanto frenesi em torno dos shows que o cantor faz no Brasil? Já chamado por alguns de “Novo Rei do Pop”, ele une nostalgia e músicas chiclete para se tornar um dos maiores hitmakers da atualidade.

A ‘fórmula Bruno Mars’ do sucesso

Natural de Honolulu, Bruno Mars começou sua trajetória na música muito cedo: aos dois anos, imitando um de seus maiores ídolos, Elvis Presley. Filho de uma dançarina de hula-hula e de um multi-instrumentista, o cantor uniu sua inspiração em Elvis, Michael Jackson e Prince para lançar seu primeiro álbum de estúdio em 2010, Doo-Wops & Hooligans. O disco foi lançado pela Atlantic Records, mas, antes, o artista chegou a assinar com a Motown, gravadora mais importante da história da black music, responsável pelo Jackson 5.

Mesmo com sua inspiração em nomes de peso da música, Bruno nunca se escondeu atrás de seus maiores ídolos. Praticamente tudo o que cai em suas mãos vira ouro: é ele o responsável também por sucessos de outros artistas, como F*** You, de CeeLo Green, e Billionaire, de Travie McCoy.

O cantor consegue passear com facilidade por gêneros como reggae, rock e soul e transformá-los em sucessos pop com letras chiclete. É contagiante com o funk 24K Magic, com o qual costuma abrir seus shows, exageradamente romântico com o pop Marry You e sofisticado com o R&B Versace on the Floor.

Ele é ainda mais nostálgico em An Evening with Silk Sonic, álbum que lançou com Anderson .Paak em 2021. Juntos, os dois formaram o Silk Sonic, grupo com fortes referências do soul dos anos 1970, e garantiram hits como Leave the Door Open e Smokin Out the Window. O artista, porém, costuma cantar bem pouco de Silk Sonic durante suas apresentações.

Com tantos gêneros na bagagem, Bruno corria o risco de traçar roteiros de shows confusos. Não foi isso o que ocorreu no The Town e nem deve ocorrer nas performances deste ano - que, aliás, devem repetir a mesma fórmula do festival do ano passado. O cantor consegue separar bem os momentos em que quer ser provocante, comovente e dançante. E não deixa a agitação da plateia decair em nenhum momento.

Nostalgia e carisma

Apesar de rechear seu setlist com os maiores sucessos de 2010, Bruno chega ao Brasil com um hit recém-lançado. Em agosto, ele se uniu a Lady Gaga em Die With a Smile, canção que figura entre as mais tocadas do Spotify Global há sete semanas e, atualmente, ocupa o primeiro lugar da lista.

O cantor deve dar ao menos uma “palhinha” de Die With a Smile na maratona de shows no Brasil. Na última terça, 1º, Bruno chegou a cantar um trecho da música em um pocket show que fez em prol das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul no Tokio Marine Hall, em São Paulo.

Lá, o artista já estava acompanhado da banda Hooligans, que divide a mesma simpatia e habilidade musical de Bruno nos palcos. O grupo tem crédito ao deixar as apresentações energéticas, mas é do cantor todo o protagonismo. Protagonismo, inclusive, que consegue atrair com leveza graças a um talento arrebatado por pouquíssimos artistas: o carisma.

Diferente de muitos cantores pop, Bruno não ignora a plateia à sua frente. Nos shows do The Town, o cantor conversou diversas vezes com o público - inclusive, em português -, se divertiu e deixou que sua banda tocasse Evidências. “Eu quero você, gostosa, gatinha gostosa”, repetiu ele antes de cantar Calling All My Lovelies.

A expectativa, mais uma vez, é alta para a passagem de Bruno Mars no Brasil. Ele já demonstrou que tem bagagem para criar roteiros de shows que podem ser assistidos duas, três ou quatro vezes sem cansar ou, pelo menos, para fazer com que a plateia cante até as músicas que permanecem lá no fundo da memória.

Ele tem a ambição de Prince, o pop de Michael Jackson e o charme de Elvis Presley. A alcunha de “artista completo” ganha um peso diferente com Bruno Mars. Mesmo com o último álbum solo lançado há 8 anos (24K Magic, de 2016), o cantor segue movendo multidões que cantam suas letras a plenos pulmões por onde passa. No Brasil, ele começa uma maratona de shows nesta sexta, 4, em São Paulo.

O artista já fez o que era preciso para se tornar um verdadeiro fenômeno no País durante a sua última passagem por terras brasileiras. Na estreia do festival The Town, “Bruninho”, como o próprio se apelidou à época, teve o difícil papel de justificar o motivo de ter sido escalado como headliner em dois dias do evento, ter lucrado com o maior cachê já pago por Roberto Medina, “dono” do Rock in Rio, e ter se tornado a atração que esgotou ingressos mais rápido.

Bruno Mars em apresentação na última edição do The Town. Cantor faz maratona de shows no Brasil a partir desta sexta, 4. Foto: Daniel Ramos/The Town/Divulgação

Ele conseguiu. Traçando um roteiro impecável para a apresentação, Bruno fez os dois melhores shows do The Town. No ano passado, ficou em segundo lugar na lista do Estadão de melhores shows do ano - perdendo apenas para Billie Eilish no Lollapalooza. Deixou um “gostinho de ‘quero mais’” que promete sanar com as 14 apresentações marcadas no País.

Além de São Paulo, Bruno também passará pelo Rio de Janeiro, onde fará apresentações nos dias 16, 19 e 20, no Estádio Nilton Santos; em Brasília, nos dias 26 e 27, no Estádio Mané Garrincha; em Curitiba, em 31 de outubro e 1° de novembro, no Estádio Couto Pereira e encerrará a maratona em Belo Horizonte, no estádio do Mineirão, no dia 5 de novembro. Apenas na capital paulista, são seis shows ao todo - nos dias 4, 5, 8, 9, 12 e 13.

Mas, afinal, o que o Bruno Mars tem? E o que explica tanto frenesi em torno dos shows que o cantor faz no Brasil? Já chamado por alguns de “Novo Rei do Pop”, ele une nostalgia e músicas chiclete para se tornar um dos maiores hitmakers da atualidade.

A ‘fórmula Bruno Mars’ do sucesso

Natural de Honolulu, Bruno Mars começou sua trajetória na música muito cedo: aos dois anos, imitando um de seus maiores ídolos, Elvis Presley. Filho de uma dançarina de hula-hula e de um multi-instrumentista, o cantor uniu sua inspiração em Elvis, Michael Jackson e Prince para lançar seu primeiro álbum de estúdio em 2010, Doo-Wops & Hooligans. O disco foi lançado pela Atlantic Records, mas, antes, o artista chegou a assinar com a Motown, gravadora mais importante da história da black music, responsável pelo Jackson 5.

Mesmo com sua inspiração em nomes de peso da música, Bruno nunca se escondeu atrás de seus maiores ídolos. Praticamente tudo o que cai em suas mãos vira ouro: é ele o responsável também por sucessos de outros artistas, como F*** You, de CeeLo Green, e Billionaire, de Travie McCoy.

O cantor consegue passear com facilidade por gêneros como reggae, rock e soul e transformá-los em sucessos pop com letras chiclete. É contagiante com o funk 24K Magic, com o qual costuma abrir seus shows, exageradamente romântico com o pop Marry You e sofisticado com o R&B Versace on the Floor.

Ele é ainda mais nostálgico em An Evening with Silk Sonic, álbum que lançou com Anderson .Paak em 2021. Juntos, os dois formaram o Silk Sonic, grupo com fortes referências do soul dos anos 1970, e garantiram hits como Leave the Door Open e Smokin Out the Window. O artista, porém, costuma cantar bem pouco de Silk Sonic durante suas apresentações.

Com tantos gêneros na bagagem, Bruno corria o risco de traçar roteiros de shows confusos. Não foi isso o que ocorreu no The Town e nem deve ocorrer nas performances deste ano - que, aliás, devem repetir a mesma fórmula do festival do ano passado. O cantor consegue separar bem os momentos em que quer ser provocante, comovente e dançante. E não deixa a agitação da plateia decair em nenhum momento.

Nostalgia e carisma

Apesar de rechear seu setlist com os maiores sucessos de 2010, Bruno chega ao Brasil com um hit recém-lançado. Em agosto, ele se uniu a Lady Gaga em Die With a Smile, canção que figura entre as mais tocadas do Spotify Global há sete semanas e, atualmente, ocupa o primeiro lugar da lista.

O cantor deve dar ao menos uma “palhinha” de Die With a Smile na maratona de shows no Brasil. Na última terça, 1º, Bruno chegou a cantar um trecho da música em um pocket show que fez em prol das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul no Tokio Marine Hall, em São Paulo.

Lá, o artista já estava acompanhado da banda Hooligans, que divide a mesma simpatia e habilidade musical de Bruno nos palcos. O grupo tem crédito ao deixar as apresentações energéticas, mas é do cantor todo o protagonismo. Protagonismo, inclusive, que consegue atrair com leveza graças a um talento arrebatado por pouquíssimos artistas: o carisma.

Diferente de muitos cantores pop, Bruno não ignora a plateia à sua frente. Nos shows do The Town, o cantor conversou diversas vezes com o público - inclusive, em português -, se divertiu e deixou que sua banda tocasse Evidências. “Eu quero você, gostosa, gatinha gostosa”, repetiu ele antes de cantar Calling All My Lovelies.

A expectativa, mais uma vez, é alta para a passagem de Bruno Mars no Brasil. Ele já demonstrou que tem bagagem para criar roteiros de shows que podem ser assistidos duas, três ou quatro vezes sem cansar ou, pelo menos, para fazer com que a plateia cante até as músicas que permanecem lá no fundo da memória.

Ele tem a ambição de Prince, o pop de Michael Jackson e o charme de Elvis Presley. A alcunha de “artista completo” ganha um peso diferente com Bruno Mars. Mesmo com o último álbum solo lançado há 8 anos (24K Magic, de 2016), o cantor segue movendo multidões que cantam suas letras a plenos pulmões por onde passa. No Brasil, ele começa uma maratona de shows nesta sexta, 4, em São Paulo.

O artista já fez o que era preciso para se tornar um verdadeiro fenômeno no País durante a sua última passagem por terras brasileiras. Na estreia do festival The Town, “Bruninho”, como o próprio se apelidou à época, teve o difícil papel de justificar o motivo de ter sido escalado como headliner em dois dias do evento, ter lucrado com o maior cachê já pago por Roberto Medina, “dono” do Rock in Rio, e ter se tornado a atração que esgotou ingressos mais rápido.

Bruno Mars em apresentação na última edição do The Town. Cantor faz maratona de shows no Brasil a partir desta sexta, 4. Foto: Daniel Ramos/The Town/Divulgação

Ele conseguiu. Traçando um roteiro impecável para a apresentação, Bruno fez os dois melhores shows do The Town. No ano passado, ficou em segundo lugar na lista do Estadão de melhores shows do ano - perdendo apenas para Billie Eilish no Lollapalooza. Deixou um “gostinho de ‘quero mais’” que promete sanar com as 14 apresentações marcadas no País.

Além de São Paulo, Bruno também passará pelo Rio de Janeiro, onde fará apresentações nos dias 16, 19 e 20, no Estádio Nilton Santos; em Brasília, nos dias 26 e 27, no Estádio Mané Garrincha; em Curitiba, em 31 de outubro e 1° de novembro, no Estádio Couto Pereira e encerrará a maratona em Belo Horizonte, no estádio do Mineirão, no dia 5 de novembro. Apenas na capital paulista, são seis shows ao todo - nos dias 4, 5, 8, 9, 12 e 13.

Mas, afinal, o que o Bruno Mars tem? E o que explica tanto frenesi em torno dos shows que o cantor faz no Brasil? Já chamado por alguns de “Novo Rei do Pop”, ele une nostalgia e músicas chiclete para se tornar um dos maiores hitmakers da atualidade.

A ‘fórmula Bruno Mars’ do sucesso

Natural de Honolulu, Bruno Mars começou sua trajetória na música muito cedo: aos dois anos, imitando um de seus maiores ídolos, Elvis Presley. Filho de uma dançarina de hula-hula e de um multi-instrumentista, o cantor uniu sua inspiração em Elvis, Michael Jackson e Prince para lançar seu primeiro álbum de estúdio em 2010, Doo-Wops & Hooligans. O disco foi lançado pela Atlantic Records, mas, antes, o artista chegou a assinar com a Motown, gravadora mais importante da história da black music, responsável pelo Jackson 5.

Mesmo com sua inspiração em nomes de peso da música, Bruno nunca se escondeu atrás de seus maiores ídolos. Praticamente tudo o que cai em suas mãos vira ouro: é ele o responsável também por sucessos de outros artistas, como F*** You, de CeeLo Green, e Billionaire, de Travie McCoy.

O cantor consegue passear com facilidade por gêneros como reggae, rock e soul e transformá-los em sucessos pop com letras chiclete. É contagiante com o funk 24K Magic, com o qual costuma abrir seus shows, exageradamente romântico com o pop Marry You e sofisticado com o R&B Versace on the Floor.

Ele é ainda mais nostálgico em An Evening with Silk Sonic, álbum que lançou com Anderson .Paak em 2021. Juntos, os dois formaram o Silk Sonic, grupo com fortes referências do soul dos anos 1970, e garantiram hits como Leave the Door Open e Smokin Out the Window. O artista, porém, costuma cantar bem pouco de Silk Sonic durante suas apresentações.

Com tantos gêneros na bagagem, Bruno corria o risco de traçar roteiros de shows confusos. Não foi isso o que ocorreu no The Town e nem deve ocorrer nas performances deste ano - que, aliás, devem repetir a mesma fórmula do festival do ano passado. O cantor consegue separar bem os momentos em que quer ser provocante, comovente e dançante. E não deixa a agitação da plateia decair em nenhum momento.

Nostalgia e carisma

Apesar de rechear seu setlist com os maiores sucessos de 2010, Bruno chega ao Brasil com um hit recém-lançado. Em agosto, ele se uniu a Lady Gaga em Die With a Smile, canção que figura entre as mais tocadas do Spotify Global há sete semanas e, atualmente, ocupa o primeiro lugar da lista.

O cantor deve dar ao menos uma “palhinha” de Die With a Smile na maratona de shows no Brasil. Na última terça, 1º, Bruno chegou a cantar um trecho da música em um pocket show que fez em prol das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul no Tokio Marine Hall, em São Paulo.

Lá, o artista já estava acompanhado da banda Hooligans, que divide a mesma simpatia e habilidade musical de Bruno nos palcos. O grupo tem crédito ao deixar as apresentações energéticas, mas é do cantor todo o protagonismo. Protagonismo, inclusive, que consegue atrair com leveza graças a um talento arrebatado por pouquíssimos artistas: o carisma.

Diferente de muitos cantores pop, Bruno não ignora a plateia à sua frente. Nos shows do The Town, o cantor conversou diversas vezes com o público - inclusive, em português -, se divertiu e deixou que sua banda tocasse Evidências. “Eu quero você, gostosa, gatinha gostosa”, repetiu ele antes de cantar Calling All My Lovelies.

A expectativa, mais uma vez, é alta para a passagem de Bruno Mars no Brasil. Ele já demonstrou que tem bagagem para criar roteiros de shows que podem ser assistidos duas, três ou quatro vezes sem cansar ou, pelo menos, para fazer com que a plateia cante até as músicas que permanecem lá no fundo da memória.

Ele tem a ambição de Prince, o pop de Michael Jackson e o charme de Elvis Presley. A alcunha de “artista completo” ganha um peso diferente com Bruno Mars. Mesmo com o último álbum solo lançado há 8 anos (24K Magic, de 2016), o cantor segue movendo multidões que cantam suas letras a plenos pulmões por onde passa. No Brasil, ele começa uma maratona de shows nesta sexta, 4, em São Paulo.

O artista já fez o que era preciso para se tornar um verdadeiro fenômeno no País durante a sua última passagem por terras brasileiras. Na estreia do festival The Town, “Bruninho”, como o próprio se apelidou à época, teve o difícil papel de justificar o motivo de ter sido escalado como headliner em dois dias do evento, ter lucrado com o maior cachê já pago por Roberto Medina, “dono” do Rock in Rio, e ter se tornado a atração que esgotou ingressos mais rápido.

Bruno Mars em apresentação na última edição do The Town. Cantor faz maratona de shows no Brasil a partir desta sexta, 4. Foto: Daniel Ramos/The Town/Divulgação

Ele conseguiu. Traçando um roteiro impecável para a apresentação, Bruno fez os dois melhores shows do The Town. No ano passado, ficou em segundo lugar na lista do Estadão de melhores shows do ano - perdendo apenas para Billie Eilish no Lollapalooza. Deixou um “gostinho de ‘quero mais’” que promete sanar com as 14 apresentações marcadas no País.

Além de São Paulo, Bruno também passará pelo Rio de Janeiro, onde fará apresentações nos dias 16, 19 e 20, no Estádio Nilton Santos; em Brasília, nos dias 26 e 27, no Estádio Mané Garrincha; em Curitiba, em 31 de outubro e 1° de novembro, no Estádio Couto Pereira e encerrará a maratona em Belo Horizonte, no estádio do Mineirão, no dia 5 de novembro. Apenas na capital paulista, são seis shows ao todo - nos dias 4, 5, 8, 9, 12 e 13.

Mas, afinal, o que o Bruno Mars tem? E o que explica tanto frenesi em torno dos shows que o cantor faz no Brasil? Já chamado por alguns de “Novo Rei do Pop”, ele une nostalgia e músicas chiclete para se tornar um dos maiores hitmakers da atualidade.

A ‘fórmula Bruno Mars’ do sucesso

Natural de Honolulu, Bruno Mars começou sua trajetória na música muito cedo: aos dois anos, imitando um de seus maiores ídolos, Elvis Presley. Filho de uma dançarina de hula-hula e de um multi-instrumentista, o cantor uniu sua inspiração em Elvis, Michael Jackson e Prince para lançar seu primeiro álbum de estúdio em 2010, Doo-Wops & Hooligans. O disco foi lançado pela Atlantic Records, mas, antes, o artista chegou a assinar com a Motown, gravadora mais importante da história da black music, responsável pelo Jackson 5.

Mesmo com sua inspiração em nomes de peso da música, Bruno nunca se escondeu atrás de seus maiores ídolos. Praticamente tudo o que cai em suas mãos vira ouro: é ele o responsável também por sucessos de outros artistas, como F*** You, de CeeLo Green, e Billionaire, de Travie McCoy.

O cantor consegue passear com facilidade por gêneros como reggae, rock e soul e transformá-los em sucessos pop com letras chiclete. É contagiante com o funk 24K Magic, com o qual costuma abrir seus shows, exageradamente romântico com o pop Marry You e sofisticado com o R&B Versace on the Floor.

Ele é ainda mais nostálgico em An Evening with Silk Sonic, álbum que lançou com Anderson .Paak em 2021. Juntos, os dois formaram o Silk Sonic, grupo com fortes referências do soul dos anos 1970, e garantiram hits como Leave the Door Open e Smokin Out the Window. O artista, porém, costuma cantar bem pouco de Silk Sonic durante suas apresentações.

Com tantos gêneros na bagagem, Bruno corria o risco de traçar roteiros de shows confusos. Não foi isso o que ocorreu no The Town e nem deve ocorrer nas performances deste ano - que, aliás, devem repetir a mesma fórmula do festival do ano passado. O cantor consegue separar bem os momentos em que quer ser provocante, comovente e dançante. E não deixa a agitação da plateia decair em nenhum momento.

Nostalgia e carisma

Apesar de rechear seu setlist com os maiores sucessos de 2010, Bruno chega ao Brasil com um hit recém-lançado. Em agosto, ele se uniu a Lady Gaga em Die With a Smile, canção que figura entre as mais tocadas do Spotify Global há sete semanas e, atualmente, ocupa o primeiro lugar da lista.

O cantor deve dar ao menos uma “palhinha” de Die With a Smile na maratona de shows no Brasil. Na última terça, 1º, Bruno chegou a cantar um trecho da música em um pocket show que fez em prol das vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul no Tokio Marine Hall, em São Paulo.

Lá, o artista já estava acompanhado da banda Hooligans, que divide a mesma simpatia e habilidade musical de Bruno nos palcos. O grupo tem crédito ao deixar as apresentações energéticas, mas é do cantor todo o protagonismo. Protagonismo, inclusive, que consegue atrair com leveza graças a um talento arrebatado por pouquíssimos artistas: o carisma.

Diferente de muitos cantores pop, Bruno não ignora a plateia à sua frente. Nos shows do The Town, o cantor conversou diversas vezes com o público - inclusive, em português -, se divertiu e deixou que sua banda tocasse Evidências. “Eu quero você, gostosa, gatinha gostosa”, repetiu ele antes de cantar Calling All My Lovelies.

A expectativa, mais uma vez, é alta para a passagem de Bruno Mars no Brasil. Ele já demonstrou que tem bagagem para criar roteiros de shows que podem ser assistidos duas, três ou quatro vezes sem cansar ou, pelo menos, para fazer com que a plateia cante até as músicas que permanecem lá no fundo da memória.

Análise por Sabrina Legramandi

Repórter de Cultura do Estadão

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