Palco de Taylor Swift foi montado em local que prejudicou ventilação do estádio, diz especialista


Gerardo Portela, especialista em gerenciamento de riscos e segurança, disse que a disposição do palco e do telão eram ‘obstáculos para a manutenção da corrente de ar de ventilação natural prevista no projeto original do estádio’. T4F e equipe de cantora não comentaram

Por Gabriela Piva
Atualização:

O especialista em gerenciamento de riscos e segurança Gerardo Portela analisou imagens do show de Taylor Swift no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, no Rio, sexta-feira, 17, e disse ao Estadão que “palco e telão foram montados na área de ventilação do estádio”. Ou seja, o próprio palco ajuda a tornar a sensação térmica do local ainda maior.

Segundo o autor de livros como “Gerenciamento de Riscos Baseado em Fatores Humanos e Cultura de Segurança”, isso “se tornou um obstáculo para a manutenção da corrente de ar de ventilação natural prevista no projeto original do estádio”.

A reportagem questionou a T4F e a equipe de Taylor Swift, por meio da produtora do evento sobre a razão pela qual construíram as estruturas naquela região, se houve um plano de escape e abandono — que analisa possíveis cenários emergenciais — e como ele teria sido feito, mas não obteve retorno até o momento desta publicação.

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O Estadão também tentou contato com a Secretarias de Polícia Civil e Militar do Rio de Janeiro e o Instituto de Segurança Pública para saber se houve uma fiscalização do estudo do projeto do evento, mas eles afirmaram que não respondem pelo caso. A reportagem também procurou o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, o Procon-RJ e a equipe do Estádio Nilton Santos, sem retorno.

Segundo especialista, palco de turnê de Taylor Swift foi construído no Engenhão em local que impede a circulação de ar  Foto: George Walker IV/AP Photo

Gerardo explica que a escolha do local para a montagem de palco ocorre naquela área porque a área de ventilação “não tem vagas para o público” como outros setores do estádio. “A instalação do palco nesse local evita a perda de vendas de ingressos no caso de ser montado do lado oposto, repleto de assentos por não ter abertura para ventilação natural”, completou.

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O engenheiro explicou que os espaços abertos atrás dos gols nos estádios servem para criar uma circulação de ar. “Você cria esse tipo de estrutura com esses espaços porque eles são fundamentais para manter a qualidade de temperatura e da qualidade do ar. Agora, quando você coloca anteparas não previstas em projeto, você começa a criar zonas de baixa circulação ou de circulação deficiente”, explicou.

Especialista analisa local onde foi montado palco e telão do show de Taylor Swift, no Engenhão Foto: Arquivo pessoal

Nas redes sociais, diversos fãs relataram haver tapume em possíveis rotas de fuga do estádio. No entanto, o especialista afirmou que não foi possível observar o material nas imagens obtidas pela reportagem. “Pode ser que tenham sido montados tapumes para fechar essas entradas de ar atrás do palco, para isolamento do palco, mas as fotos não mostram o palco por trás e não podemos confirmar”, completou ele ao ser questionado se o local tinha a proteção.

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Como eventos de grande proporção podem evitar riscos?

Sem falar especificamente do show da Taylor Swift e do problema do calor, mas explicando como eventos de grande proporção podem evitar riscos, Gerardo Portela afirma ser essencial haver um estudo de escape e abandono — que analisa o local em cenários de emergência —, considerando as particularidades de cada espetáculo.

“É preciso apresentar um estudo dizendo assim [por exemplo]: ‘Vou fazer esse show, vou usar mais gente porque vou usar a área central [do estádio], mas vou deixar esse portão aqui monitorado e aberto. Vou colocar, por exemplo, anteparas ou grades para guiar essas pessoas para este portão”, afirmou ele em entrevista por telefone.

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No entanto, Gerardo comenta de outro problema que empresas de produção de eventos enfrentam: a penetração de pessoas por locais abertos. “Muitas vezes, quando a intenção é evitar penetração de pessoas, a instituição que organiza quer esconder as portas de saída, os acessos e até mesmo a ventilação, onde alguém pode penetrar através delas”, pontuou o entrevistado.

O especialista em gerenciamento de riscos e segurança disse que não só as produtoras de eventos devem ser cobradas, mas as autoridades fiscalizadoras também. Isso porque, conforme Gerardo, é necessário saber se estudos de escape e abandono estão sendo feitos.

“As autoridades devem sempre requerer uma análise se as condições de segurança originais são compatíveis com a magnitude do evento, instalação de equipamentos, trânsito, quantidade de pessoas participantes, fonte de energia elétrica, inclusive, de emergência, sistemas de prevenção e combate a incêndio, segurança pública entre outros”, afirmou.

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Ele ainda disse que o cenário de emergência deve ser estudado em qualquer local de grande movimento de pessoas, como o metrô. “[Essa necessidade de análise] fica muito evidente quando você tem uma perturbação externa, que é o caso da situação climática, que já é um causador de distúrbio”, completou.

Gerardo alega que há tecnologia o suficiente para viabilizar adaptações e prover rotas de fuga primárias e secundárias a fim de evitar a entrada de penetras e manter as rotas de fuga operacionais. Com isso, também é possível manter as aberturas previstas para circulação natural de ar preservadas.

“Isso gera custos. (...) Mas os bons engenheiros sempre encontram uma solução, algumas de menores custos, mas claro precisa ter algum custo mínimo”, disse.

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LEIA MAIS SOBRE O CASO:

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Segundo o autor de livros como “Gerenciamento de Riscos Baseado em Fatores Humanos e Cultura de Segurança”, isso “se tornou um obstáculo para a manutenção da corrente de ar de ventilação natural prevista no projeto original do estádio”.

A reportagem questionou a T4F e a equipe de Taylor Swift, por meio da produtora do evento sobre a razão pela qual construíram as estruturas naquela região, se houve um plano de escape e abandono — que analisa possíveis cenários emergenciais — e como ele teria sido feito, mas não obteve retorno até o momento desta publicação.

O Estadão também tentou contato com a Secretarias de Polícia Civil e Militar do Rio de Janeiro e o Instituto de Segurança Pública para saber se houve uma fiscalização do estudo do projeto do evento, mas eles afirmaram que não respondem pelo caso. A reportagem também procurou o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, o Procon-RJ e a equipe do Estádio Nilton Santos, sem retorno.

Segundo especialista, palco de turnê de Taylor Swift foi construído no Engenhão em local que impede a circulação de ar  Foto: George Walker IV/AP Photo

Gerardo explica que a escolha do local para a montagem de palco ocorre naquela área porque a área de ventilação “não tem vagas para o público” como outros setores do estádio. “A instalação do palco nesse local evita a perda de vendas de ingressos no caso de ser montado do lado oposto, repleto de assentos por não ter abertura para ventilação natural”, completou.

O engenheiro explicou que os espaços abertos atrás dos gols nos estádios servem para criar uma circulação de ar. “Você cria esse tipo de estrutura com esses espaços porque eles são fundamentais para manter a qualidade de temperatura e da qualidade do ar. Agora, quando você coloca anteparas não previstas em projeto, você começa a criar zonas de baixa circulação ou de circulação deficiente”, explicou.

Especialista analisa local onde foi montado palco e telão do show de Taylor Swift, no Engenhão Foto: Arquivo pessoal

Nas redes sociais, diversos fãs relataram haver tapume em possíveis rotas de fuga do estádio. No entanto, o especialista afirmou que não foi possível observar o material nas imagens obtidas pela reportagem. “Pode ser que tenham sido montados tapumes para fechar essas entradas de ar atrás do palco, para isolamento do palco, mas as fotos não mostram o palco por trás e não podemos confirmar”, completou ele ao ser questionado se o local tinha a proteção.

Como eventos de grande proporção podem evitar riscos?

Sem falar especificamente do show da Taylor Swift e do problema do calor, mas explicando como eventos de grande proporção podem evitar riscos, Gerardo Portela afirma ser essencial haver um estudo de escape e abandono — que analisa o local em cenários de emergência —, considerando as particularidades de cada espetáculo.

“É preciso apresentar um estudo dizendo assim [por exemplo]: ‘Vou fazer esse show, vou usar mais gente porque vou usar a área central [do estádio], mas vou deixar esse portão aqui monitorado e aberto. Vou colocar, por exemplo, anteparas ou grades para guiar essas pessoas para este portão”, afirmou ele em entrevista por telefone.

No entanto, Gerardo comenta de outro problema que empresas de produção de eventos enfrentam: a penetração de pessoas por locais abertos. “Muitas vezes, quando a intenção é evitar penetração de pessoas, a instituição que organiza quer esconder as portas de saída, os acessos e até mesmo a ventilação, onde alguém pode penetrar através delas”, pontuou o entrevistado.

O especialista em gerenciamento de riscos e segurança disse que não só as produtoras de eventos devem ser cobradas, mas as autoridades fiscalizadoras também. Isso porque, conforme Gerardo, é necessário saber se estudos de escape e abandono estão sendo feitos.

“As autoridades devem sempre requerer uma análise se as condições de segurança originais são compatíveis com a magnitude do evento, instalação de equipamentos, trânsito, quantidade de pessoas participantes, fonte de energia elétrica, inclusive, de emergência, sistemas de prevenção e combate a incêndio, segurança pública entre outros”, afirmou.

Ele ainda disse que o cenário de emergência deve ser estudado em qualquer local de grande movimento de pessoas, como o metrô. “[Essa necessidade de análise] fica muito evidente quando você tem uma perturbação externa, que é o caso da situação climática, que já é um causador de distúrbio”, completou.

Gerardo alega que há tecnologia o suficiente para viabilizar adaptações e prover rotas de fuga primárias e secundárias a fim de evitar a entrada de penetras e manter as rotas de fuga operacionais. Com isso, também é possível manter as aberturas previstas para circulação natural de ar preservadas.

“Isso gera custos. (...) Mas os bons engenheiros sempre encontram uma solução, algumas de menores custos, mas claro precisa ter algum custo mínimo”, disse.

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O especialista em gerenciamento de riscos e segurança Gerardo Portela analisou imagens do show de Taylor Swift no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, no Rio, sexta-feira, 17, e disse ao Estadão que “palco e telão foram montados na área de ventilação do estádio”. Ou seja, o próprio palco ajuda a tornar a sensação térmica do local ainda maior.

Segundo o autor de livros como “Gerenciamento de Riscos Baseado em Fatores Humanos e Cultura de Segurança”, isso “se tornou um obstáculo para a manutenção da corrente de ar de ventilação natural prevista no projeto original do estádio”.

A reportagem questionou a T4F e a equipe de Taylor Swift, por meio da produtora do evento sobre a razão pela qual construíram as estruturas naquela região, se houve um plano de escape e abandono — que analisa possíveis cenários emergenciais — e como ele teria sido feito, mas não obteve retorno até o momento desta publicação.

O Estadão também tentou contato com a Secretarias de Polícia Civil e Militar do Rio de Janeiro e o Instituto de Segurança Pública para saber se houve uma fiscalização do estudo do projeto do evento, mas eles afirmaram que não respondem pelo caso. A reportagem também procurou o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, o Procon-RJ e a equipe do Estádio Nilton Santos, sem retorno.

Segundo especialista, palco de turnê de Taylor Swift foi construído no Engenhão em local que impede a circulação de ar  Foto: George Walker IV/AP Photo

Gerardo explica que a escolha do local para a montagem de palco ocorre naquela área porque a área de ventilação “não tem vagas para o público” como outros setores do estádio. “A instalação do palco nesse local evita a perda de vendas de ingressos no caso de ser montado do lado oposto, repleto de assentos por não ter abertura para ventilação natural”, completou.

O engenheiro explicou que os espaços abertos atrás dos gols nos estádios servem para criar uma circulação de ar. “Você cria esse tipo de estrutura com esses espaços porque eles são fundamentais para manter a qualidade de temperatura e da qualidade do ar. Agora, quando você coloca anteparas não previstas em projeto, você começa a criar zonas de baixa circulação ou de circulação deficiente”, explicou.

Especialista analisa local onde foi montado palco e telão do show de Taylor Swift, no Engenhão Foto: Arquivo pessoal

Nas redes sociais, diversos fãs relataram haver tapume em possíveis rotas de fuga do estádio. No entanto, o especialista afirmou que não foi possível observar o material nas imagens obtidas pela reportagem. “Pode ser que tenham sido montados tapumes para fechar essas entradas de ar atrás do palco, para isolamento do palco, mas as fotos não mostram o palco por trás e não podemos confirmar”, completou ele ao ser questionado se o local tinha a proteção.

Como eventos de grande proporção podem evitar riscos?

Sem falar especificamente do show da Taylor Swift e do problema do calor, mas explicando como eventos de grande proporção podem evitar riscos, Gerardo Portela afirma ser essencial haver um estudo de escape e abandono — que analisa o local em cenários de emergência —, considerando as particularidades de cada espetáculo.

“É preciso apresentar um estudo dizendo assim [por exemplo]: ‘Vou fazer esse show, vou usar mais gente porque vou usar a área central [do estádio], mas vou deixar esse portão aqui monitorado e aberto. Vou colocar, por exemplo, anteparas ou grades para guiar essas pessoas para este portão”, afirmou ele em entrevista por telefone.

No entanto, Gerardo comenta de outro problema que empresas de produção de eventos enfrentam: a penetração de pessoas por locais abertos. “Muitas vezes, quando a intenção é evitar penetração de pessoas, a instituição que organiza quer esconder as portas de saída, os acessos e até mesmo a ventilação, onde alguém pode penetrar através delas”, pontuou o entrevistado.

O especialista em gerenciamento de riscos e segurança disse que não só as produtoras de eventos devem ser cobradas, mas as autoridades fiscalizadoras também. Isso porque, conforme Gerardo, é necessário saber se estudos de escape e abandono estão sendo feitos.

“As autoridades devem sempre requerer uma análise se as condições de segurança originais são compatíveis com a magnitude do evento, instalação de equipamentos, trânsito, quantidade de pessoas participantes, fonte de energia elétrica, inclusive, de emergência, sistemas de prevenção e combate a incêndio, segurança pública entre outros”, afirmou.

Ele ainda disse que o cenário de emergência deve ser estudado em qualquer local de grande movimento de pessoas, como o metrô. “[Essa necessidade de análise] fica muito evidente quando você tem uma perturbação externa, que é o caso da situação climática, que já é um causador de distúrbio”, completou.

Gerardo alega que há tecnologia o suficiente para viabilizar adaptações e prover rotas de fuga primárias e secundárias a fim de evitar a entrada de penetras e manter as rotas de fuga operacionais. Com isso, também é possível manter as aberturas previstas para circulação natural de ar preservadas.

“Isso gera custos. (...) Mas os bons engenheiros sempre encontram uma solução, algumas de menores custos, mas claro precisa ter algum custo mínimo”, disse.

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O especialista em gerenciamento de riscos e segurança Gerardo Portela analisou imagens do show de Taylor Swift no Estádio Nilton Santos, o Engenhão, no Rio, sexta-feira, 17, e disse ao Estadão que “palco e telão foram montados na área de ventilação do estádio”. Ou seja, o próprio palco ajuda a tornar a sensação térmica do local ainda maior.

Segundo o autor de livros como “Gerenciamento de Riscos Baseado em Fatores Humanos e Cultura de Segurança”, isso “se tornou um obstáculo para a manutenção da corrente de ar de ventilação natural prevista no projeto original do estádio”.

A reportagem questionou a T4F e a equipe de Taylor Swift, por meio da produtora do evento sobre a razão pela qual construíram as estruturas naquela região, se houve um plano de escape e abandono — que analisa possíveis cenários emergenciais — e como ele teria sido feito, mas não obteve retorno até o momento desta publicação.

O Estadão também tentou contato com a Secretarias de Polícia Civil e Militar do Rio de Janeiro e o Instituto de Segurança Pública para saber se houve uma fiscalização do estudo do projeto do evento, mas eles afirmaram que não respondem pelo caso. A reportagem também procurou o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, o Procon-RJ e a equipe do Estádio Nilton Santos, sem retorno.

Segundo especialista, palco de turnê de Taylor Swift foi construído no Engenhão em local que impede a circulação de ar  Foto: George Walker IV/AP Photo

Gerardo explica que a escolha do local para a montagem de palco ocorre naquela área porque a área de ventilação “não tem vagas para o público” como outros setores do estádio. “A instalação do palco nesse local evita a perda de vendas de ingressos no caso de ser montado do lado oposto, repleto de assentos por não ter abertura para ventilação natural”, completou.

O engenheiro explicou que os espaços abertos atrás dos gols nos estádios servem para criar uma circulação de ar. “Você cria esse tipo de estrutura com esses espaços porque eles são fundamentais para manter a qualidade de temperatura e da qualidade do ar. Agora, quando você coloca anteparas não previstas em projeto, você começa a criar zonas de baixa circulação ou de circulação deficiente”, explicou.

Especialista analisa local onde foi montado palco e telão do show de Taylor Swift, no Engenhão Foto: Arquivo pessoal

Nas redes sociais, diversos fãs relataram haver tapume em possíveis rotas de fuga do estádio. No entanto, o especialista afirmou que não foi possível observar o material nas imagens obtidas pela reportagem. “Pode ser que tenham sido montados tapumes para fechar essas entradas de ar atrás do palco, para isolamento do palco, mas as fotos não mostram o palco por trás e não podemos confirmar”, completou ele ao ser questionado se o local tinha a proteção.

Como eventos de grande proporção podem evitar riscos?

Sem falar especificamente do show da Taylor Swift e do problema do calor, mas explicando como eventos de grande proporção podem evitar riscos, Gerardo Portela afirma ser essencial haver um estudo de escape e abandono — que analisa o local em cenários de emergência —, considerando as particularidades de cada espetáculo.

“É preciso apresentar um estudo dizendo assim [por exemplo]: ‘Vou fazer esse show, vou usar mais gente porque vou usar a área central [do estádio], mas vou deixar esse portão aqui monitorado e aberto. Vou colocar, por exemplo, anteparas ou grades para guiar essas pessoas para este portão”, afirmou ele em entrevista por telefone.

No entanto, Gerardo comenta de outro problema que empresas de produção de eventos enfrentam: a penetração de pessoas por locais abertos. “Muitas vezes, quando a intenção é evitar penetração de pessoas, a instituição que organiza quer esconder as portas de saída, os acessos e até mesmo a ventilação, onde alguém pode penetrar através delas”, pontuou o entrevistado.

O especialista em gerenciamento de riscos e segurança disse que não só as produtoras de eventos devem ser cobradas, mas as autoridades fiscalizadoras também. Isso porque, conforme Gerardo, é necessário saber se estudos de escape e abandono estão sendo feitos.

“As autoridades devem sempre requerer uma análise se as condições de segurança originais são compatíveis com a magnitude do evento, instalação de equipamentos, trânsito, quantidade de pessoas participantes, fonte de energia elétrica, inclusive, de emergência, sistemas de prevenção e combate a incêndio, segurança pública entre outros”, afirmou.

Ele ainda disse que o cenário de emergência deve ser estudado em qualquer local de grande movimento de pessoas, como o metrô. “[Essa necessidade de análise] fica muito evidente quando você tem uma perturbação externa, que é o caso da situação climática, que já é um causador de distúrbio”, completou.

Gerardo alega que há tecnologia o suficiente para viabilizar adaptações e prover rotas de fuga primárias e secundárias a fim de evitar a entrada de penetras e manter as rotas de fuga operacionais. Com isso, também é possível manter as aberturas previstas para circulação natural de ar preservadas.

“Isso gera custos. (...) Mas os bons engenheiros sempre encontram uma solução, algumas de menores custos, mas claro precisa ter algum custo mínimo”, disse.

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