Rave atacada em Israel: brasileira relata desespero de fãs com mísseis, evacuação e fuga; veja vídeo


Gabriela Barbosa, de 33 anos, contou ao ‘Estadão’ como noite de festa em edição israelense de evento brasileiro criado por pai de Alok se transformou em alvo do Hamas

Por Rodrigo Ortega
Atualização:

A edição israelense da festa de música eletrônica Universo Paralello, evento criado no Brasil pelo DJ Juarez Petrillo, pai de Alok, foi um dos alvos do ataque do Hamas a Israel na madrugada deste sábado, 7. Petrillo e fãs brasileiros estavam na rave próxima de Tel Aviv durante o ataque.

A brasileira Gabriela Barbosa, de 33 anos, de Porto Alegre, relatou ao Estadão como era o evento e como foi a fuga dela e de seus amigos. Ela conta que o festival foi realizado próximo da Faixa de Gaza, com cerca de três mil fãs presentes, que se desesperaram quando mísseis começaram a explodir. Veja o vídeo abaixo e leia o relato completo a seguir, em tópicos.

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Como era a festa Universo Paralello

“Eu estou aqui em Israel desde o final de agosto para conhecer a família do meu namorado e conhecer o país. Meu namorado é israelense. A edição pocket da Universo Paralello aqui em Israel tinha sido a única festa que gente tinha planejado de ir com certeza com nossos amigos, inclusive porque a gente ama muito ir à Universo Paralello lá no Brasil, e uma festa aqui ia ser muito especial (...) A festa foi organizada em um campo aberto, mas que eles cercaram, muito perto da Faixa de Gaza, dentro do Estado de Israel. Eram cerca de 3 mil pessoas na estimativa das autoridades daqui.”

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Como o público da rave notou os ataques

“Todo mundo estava dançando, muito feliz da vida. Aí, de manhã, meu namorado olhou para o céu e falou: ‘São mísseis vindo de Gaza’. Eu fiquei chocada porque eu nunca tinha visto isso desde que eu estava aqui. E nesse momento as pessoas começaram a gritar e se desesperar. Porque veio um, depois vieram vários. Eles explodem no ar por causa do sistema antibomba (...) As pessoas começaram a se desesperar, querer sair da festa correndo. Eles desligaram a música e anunciaram no microfone para a gente deitar no chão e cobrir a cabeça por cerca de 10, 15 minutos.”

Como o evento foi evacuado

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“Depois eles pediram para a gente evacuar o local o mais rápido possível. Tirar o nosso acampamento e ir embora dali. Algumas pessoas preferiram esperar passar os mísseis, porque não são tão raros, elas estão mais acostumadas, sabendo que o sistema antibombas geralmente funciona, então resolveram se abrigar ali mesmo, esperar passar, para não pegar estrada. Ninguém tinha a mínima noção de que o Hamas tinha invadido.”

Como foi fuga pela estrada

“Quando a gente saiu do estacionamento, um dos policiais que estava na saída falou para a gente evitar a estrada 4, que levava para Tel Aviv, e meu namorado já estava planejando de a gente ir para o lado do Mar Morto, porque é mais difícil de chegar míssil, é uma região mais baixa de Israel. Então a gente foi para a direção contrária de Tel Aviv, e nossos quatro amigos que estavam com a gente foram para outra direção. A gente foi falando com eles, perguntando se estava tudo bem. A gente passou por um carro que tinha sido alvejado por tiros. Tinha uma pessoa dentro, desacordada. A gente não sabia se ela estava viva o morta. Não paramos. Meu namorado não parou nenhuma vez, nem mesmo se alguém parasse na frente dele, ele desviava, porque a gente não sabia o que tinha dentro do carro que estava parado na nossa frente, quem estava lá.”

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O que aconteceu na direção de Tel Aviv

“Dos nossos amigos que estavam indo em direção a Tel Aviv, dois deles encontraram uma mulher baleada na estrada. Eles pararam para ajudá-la. Quando eles terminaram de ajudar, os policiais vieram falar para eles abandonarem o carro e seguirem a pé porque o Hamas estava vindo armado. (...) Os nossos outros dois amigos que estavam no outro carro mais na frente foram dirigindo até uma parte e os dois foram baleados no braço. Daí eles também abandonaram o carro e foram se esconder atrás de um tanque de guerra até serem resgatados. Os dois primeiros, que abandonaram o carro, caminharam 20 quilômetros até outra cidade, desviando de tiro do Hamas, se escondendo no mato, até chegarem a uma cidade mais a salvo.”

A que horas eles chegaram

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“Apesar do desespero, de não termos nenhuma noção de quem estava passando pela gente de carro, nós chegamos sãos e salvos, por volta de 8 horas da manhã. Nossos amigos ficaram até 4 horas da tarde mais ou menos fugindo, se escondendo. Na festa, o que aconteceu é que essas pessoas que preferiram esperar os mísseis, elas acabaram ficando para trás ou até se abrigaram ali mesmo em algum lugar que havia. E o Hamas chegou lá. As autoridades aqui de Israel estão falando que esse ataque foi premeditado, que eles sabiam que estava acontecendo uma festa lá, e foram de propósito (...) Muita gente conseguiu correr, muita gente não conseguiu.”

Leia mais: Guerra em Israel: ao menos 250 israelenses e 232 palestinos morrem; israelenses são feitos reféns

O pai de Alok compartilhou vídeos que mostram os mísseis e a correria para sair do festival. Veja abaixo.

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Pai de Alok mostra festival de música sob bombardeio em Tel Aviv Foto: Reprodução / Instgra

A edição israelense da festa de música eletrônica Universo Paralello, evento criado no Brasil pelo DJ Juarez Petrillo, pai de Alok, foi um dos alvos do ataque do Hamas a Israel na madrugada deste sábado, 7. Petrillo e fãs brasileiros estavam na rave próxima de Tel Aviv durante o ataque.

A brasileira Gabriela Barbosa, de 33 anos, de Porto Alegre, relatou ao Estadão como era o evento e como foi a fuga dela e de seus amigos. Ela conta que o festival foi realizado próximo da Faixa de Gaza, com cerca de três mil fãs presentes, que se desesperaram quando mísseis começaram a explodir. Veja o vídeo abaixo e leia o relato completo a seguir, em tópicos.

Como era a festa Universo Paralello

“Eu estou aqui em Israel desde o final de agosto para conhecer a família do meu namorado e conhecer o país. Meu namorado é israelense. A edição pocket da Universo Paralello aqui em Israel tinha sido a única festa que gente tinha planejado de ir com certeza com nossos amigos, inclusive porque a gente ama muito ir à Universo Paralello lá no Brasil, e uma festa aqui ia ser muito especial (...) A festa foi organizada em um campo aberto, mas que eles cercaram, muito perto da Faixa de Gaza, dentro do Estado de Israel. Eram cerca de 3 mil pessoas na estimativa das autoridades daqui.”

Como o público da rave notou os ataques

“Todo mundo estava dançando, muito feliz da vida. Aí, de manhã, meu namorado olhou para o céu e falou: ‘São mísseis vindo de Gaza’. Eu fiquei chocada porque eu nunca tinha visto isso desde que eu estava aqui. E nesse momento as pessoas começaram a gritar e se desesperar. Porque veio um, depois vieram vários. Eles explodem no ar por causa do sistema antibomba (...) As pessoas começaram a se desesperar, querer sair da festa correndo. Eles desligaram a música e anunciaram no microfone para a gente deitar no chão e cobrir a cabeça por cerca de 10, 15 minutos.”

Como o evento foi evacuado

“Depois eles pediram para a gente evacuar o local o mais rápido possível. Tirar o nosso acampamento e ir embora dali. Algumas pessoas preferiram esperar passar os mísseis, porque não são tão raros, elas estão mais acostumadas, sabendo que o sistema antibombas geralmente funciona, então resolveram se abrigar ali mesmo, esperar passar, para não pegar estrada. Ninguém tinha a mínima noção de que o Hamas tinha invadido.”

Como foi fuga pela estrada

“Quando a gente saiu do estacionamento, um dos policiais que estava na saída falou para a gente evitar a estrada 4, que levava para Tel Aviv, e meu namorado já estava planejando de a gente ir para o lado do Mar Morto, porque é mais difícil de chegar míssil, é uma região mais baixa de Israel. Então a gente foi para a direção contrária de Tel Aviv, e nossos quatro amigos que estavam com a gente foram para outra direção. A gente foi falando com eles, perguntando se estava tudo bem. A gente passou por um carro que tinha sido alvejado por tiros. Tinha uma pessoa dentro, desacordada. A gente não sabia se ela estava viva o morta. Não paramos. Meu namorado não parou nenhuma vez, nem mesmo se alguém parasse na frente dele, ele desviava, porque a gente não sabia o que tinha dentro do carro que estava parado na nossa frente, quem estava lá.”

O que aconteceu na direção de Tel Aviv

“Dos nossos amigos que estavam indo em direção a Tel Aviv, dois deles encontraram uma mulher baleada na estrada. Eles pararam para ajudá-la. Quando eles terminaram de ajudar, os policiais vieram falar para eles abandonarem o carro e seguirem a pé porque o Hamas estava vindo armado. (...) Os nossos outros dois amigos que estavam no outro carro mais na frente foram dirigindo até uma parte e os dois foram baleados no braço. Daí eles também abandonaram o carro e foram se esconder atrás de um tanque de guerra até serem resgatados. Os dois primeiros, que abandonaram o carro, caminharam 20 quilômetros até outra cidade, desviando de tiro do Hamas, se escondendo no mato, até chegarem a uma cidade mais a salvo.”

A que horas eles chegaram

“Apesar do desespero, de não termos nenhuma noção de quem estava passando pela gente de carro, nós chegamos sãos e salvos, por volta de 8 horas da manhã. Nossos amigos ficaram até 4 horas da tarde mais ou menos fugindo, se escondendo. Na festa, o que aconteceu é que essas pessoas que preferiram esperar os mísseis, elas acabaram ficando para trás ou até se abrigaram ali mesmo em algum lugar que havia. E o Hamas chegou lá. As autoridades aqui de Israel estão falando que esse ataque foi premeditado, que eles sabiam que estava acontecendo uma festa lá, e foram de propósito (...) Muita gente conseguiu correr, muita gente não conseguiu.”

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O pai de Alok compartilhou vídeos que mostram os mísseis e a correria para sair do festival. Veja abaixo.

Pai de Alok mostra festival de música sob bombardeio em Tel Aviv Foto: Reprodução / Instgra

A edição israelense da festa de música eletrônica Universo Paralello, evento criado no Brasil pelo DJ Juarez Petrillo, pai de Alok, foi um dos alvos do ataque do Hamas a Israel na madrugada deste sábado, 7. Petrillo e fãs brasileiros estavam na rave próxima de Tel Aviv durante o ataque.

A brasileira Gabriela Barbosa, de 33 anos, de Porto Alegre, relatou ao Estadão como era o evento e como foi a fuga dela e de seus amigos. Ela conta que o festival foi realizado próximo da Faixa de Gaza, com cerca de três mil fãs presentes, que se desesperaram quando mísseis começaram a explodir. Veja o vídeo abaixo e leia o relato completo a seguir, em tópicos.

Como era a festa Universo Paralello

“Eu estou aqui em Israel desde o final de agosto para conhecer a família do meu namorado e conhecer o país. Meu namorado é israelense. A edição pocket da Universo Paralello aqui em Israel tinha sido a única festa que gente tinha planejado de ir com certeza com nossos amigos, inclusive porque a gente ama muito ir à Universo Paralello lá no Brasil, e uma festa aqui ia ser muito especial (...) A festa foi organizada em um campo aberto, mas que eles cercaram, muito perto da Faixa de Gaza, dentro do Estado de Israel. Eram cerca de 3 mil pessoas na estimativa das autoridades daqui.”

Como o público da rave notou os ataques

“Todo mundo estava dançando, muito feliz da vida. Aí, de manhã, meu namorado olhou para o céu e falou: ‘São mísseis vindo de Gaza’. Eu fiquei chocada porque eu nunca tinha visto isso desde que eu estava aqui. E nesse momento as pessoas começaram a gritar e se desesperar. Porque veio um, depois vieram vários. Eles explodem no ar por causa do sistema antibomba (...) As pessoas começaram a se desesperar, querer sair da festa correndo. Eles desligaram a música e anunciaram no microfone para a gente deitar no chão e cobrir a cabeça por cerca de 10, 15 minutos.”

Como o evento foi evacuado

“Depois eles pediram para a gente evacuar o local o mais rápido possível. Tirar o nosso acampamento e ir embora dali. Algumas pessoas preferiram esperar passar os mísseis, porque não são tão raros, elas estão mais acostumadas, sabendo que o sistema antibombas geralmente funciona, então resolveram se abrigar ali mesmo, esperar passar, para não pegar estrada. Ninguém tinha a mínima noção de que o Hamas tinha invadido.”

Como foi fuga pela estrada

“Quando a gente saiu do estacionamento, um dos policiais que estava na saída falou para a gente evitar a estrada 4, que levava para Tel Aviv, e meu namorado já estava planejando de a gente ir para o lado do Mar Morto, porque é mais difícil de chegar míssil, é uma região mais baixa de Israel. Então a gente foi para a direção contrária de Tel Aviv, e nossos quatro amigos que estavam com a gente foram para outra direção. A gente foi falando com eles, perguntando se estava tudo bem. A gente passou por um carro que tinha sido alvejado por tiros. Tinha uma pessoa dentro, desacordada. A gente não sabia se ela estava viva o morta. Não paramos. Meu namorado não parou nenhuma vez, nem mesmo se alguém parasse na frente dele, ele desviava, porque a gente não sabia o que tinha dentro do carro que estava parado na nossa frente, quem estava lá.”

O que aconteceu na direção de Tel Aviv

“Dos nossos amigos que estavam indo em direção a Tel Aviv, dois deles encontraram uma mulher baleada na estrada. Eles pararam para ajudá-la. Quando eles terminaram de ajudar, os policiais vieram falar para eles abandonarem o carro e seguirem a pé porque o Hamas estava vindo armado. (...) Os nossos outros dois amigos que estavam no outro carro mais na frente foram dirigindo até uma parte e os dois foram baleados no braço. Daí eles também abandonaram o carro e foram se esconder atrás de um tanque de guerra até serem resgatados. Os dois primeiros, que abandonaram o carro, caminharam 20 quilômetros até outra cidade, desviando de tiro do Hamas, se escondendo no mato, até chegarem a uma cidade mais a salvo.”

A que horas eles chegaram

“Apesar do desespero, de não termos nenhuma noção de quem estava passando pela gente de carro, nós chegamos sãos e salvos, por volta de 8 horas da manhã. Nossos amigos ficaram até 4 horas da tarde mais ou menos fugindo, se escondendo. Na festa, o que aconteceu é que essas pessoas que preferiram esperar os mísseis, elas acabaram ficando para trás ou até se abrigaram ali mesmo em algum lugar que havia. E o Hamas chegou lá. As autoridades aqui de Israel estão falando que esse ataque foi premeditado, que eles sabiam que estava acontecendo uma festa lá, e foram de propósito (...) Muita gente conseguiu correr, muita gente não conseguiu.”

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O pai de Alok compartilhou vídeos que mostram os mísseis e a correria para sair do festival. Veja abaixo.

Pai de Alok mostra festival de música sob bombardeio em Tel Aviv Foto: Reprodução / Instgra

A edição israelense da festa de música eletrônica Universo Paralello, evento criado no Brasil pelo DJ Juarez Petrillo, pai de Alok, foi um dos alvos do ataque do Hamas a Israel na madrugada deste sábado, 7. Petrillo e fãs brasileiros estavam na rave próxima de Tel Aviv durante o ataque.

A brasileira Gabriela Barbosa, de 33 anos, de Porto Alegre, relatou ao Estadão como era o evento e como foi a fuga dela e de seus amigos. Ela conta que o festival foi realizado próximo da Faixa de Gaza, com cerca de três mil fãs presentes, que se desesperaram quando mísseis começaram a explodir. Veja o vídeo abaixo e leia o relato completo a seguir, em tópicos.

Como era a festa Universo Paralello

“Eu estou aqui em Israel desde o final de agosto para conhecer a família do meu namorado e conhecer o país. Meu namorado é israelense. A edição pocket da Universo Paralello aqui em Israel tinha sido a única festa que gente tinha planejado de ir com certeza com nossos amigos, inclusive porque a gente ama muito ir à Universo Paralello lá no Brasil, e uma festa aqui ia ser muito especial (...) A festa foi organizada em um campo aberto, mas que eles cercaram, muito perto da Faixa de Gaza, dentro do Estado de Israel. Eram cerca de 3 mil pessoas na estimativa das autoridades daqui.”

Como o público da rave notou os ataques

“Todo mundo estava dançando, muito feliz da vida. Aí, de manhã, meu namorado olhou para o céu e falou: ‘São mísseis vindo de Gaza’. Eu fiquei chocada porque eu nunca tinha visto isso desde que eu estava aqui. E nesse momento as pessoas começaram a gritar e se desesperar. Porque veio um, depois vieram vários. Eles explodem no ar por causa do sistema antibomba (...) As pessoas começaram a se desesperar, querer sair da festa correndo. Eles desligaram a música e anunciaram no microfone para a gente deitar no chão e cobrir a cabeça por cerca de 10, 15 minutos.”

Como o evento foi evacuado

“Depois eles pediram para a gente evacuar o local o mais rápido possível. Tirar o nosso acampamento e ir embora dali. Algumas pessoas preferiram esperar passar os mísseis, porque não são tão raros, elas estão mais acostumadas, sabendo que o sistema antibombas geralmente funciona, então resolveram se abrigar ali mesmo, esperar passar, para não pegar estrada. Ninguém tinha a mínima noção de que o Hamas tinha invadido.”

Como foi fuga pela estrada

“Quando a gente saiu do estacionamento, um dos policiais que estava na saída falou para a gente evitar a estrada 4, que levava para Tel Aviv, e meu namorado já estava planejando de a gente ir para o lado do Mar Morto, porque é mais difícil de chegar míssil, é uma região mais baixa de Israel. Então a gente foi para a direção contrária de Tel Aviv, e nossos quatro amigos que estavam com a gente foram para outra direção. A gente foi falando com eles, perguntando se estava tudo bem. A gente passou por um carro que tinha sido alvejado por tiros. Tinha uma pessoa dentro, desacordada. A gente não sabia se ela estava viva o morta. Não paramos. Meu namorado não parou nenhuma vez, nem mesmo se alguém parasse na frente dele, ele desviava, porque a gente não sabia o que tinha dentro do carro que estava parado na nossa frente, quem estava lá.”

O que aconteceu na direção de Tel Aviv

“Dos nossos amigos que estavam indo em direção a Tel Aviv, dois deles encontraram uma mulher baleada na estrada. Eles pararam para ajudá-la. Quando eles terminaram de ajudar, os policiais vieram falar para eles abandonarem o carro e seguirem a pé porque o Hamas estava vindo armado. (...) Os nossos outros dois amigos que estavam no outro carro mais na frente foram dirigindo até uma parte e os dois foram baleados no braço. Daí eles também abandonaram o carro e foram se esconder atrás de um tanque de guerra até serem resgatados. Os dois primeiros, que abandonaram o carro, caminharam 20 quilômetros até outra cidade, desviando de tiro do Hamas, se escondendo no mato, até chegarem a uma cidade mais a salvo.”

A que horas eles chegaram

“Apesar do desespero, de não termos nenhuma noção de quem estava passando pela gente de carro, nós chegamos sãos e salvos, por volta de 8 horas da manhã. Nossos amigos ficaram até 4 horas da tarde mais ou menos fugindo, se escondendo. Na festa, o que aconteceu é que essas pessoas que preferiram esperar os mísseis, elas acabaram ficando para trás ou até se abrigaram ali mesmo em algum lugar que havia. E o Hamas chegou lá. As autoridades aqui de Israel estão falando que esse ataque foi premeditado, que eles sabiam que estava acontecendo uma festa lá, e foram de propósito (...) Muita gente conseguiu correr, muita gente não conseguiu.”

Leia mais: Guerra em Israel: ao menos 250 israelenses e 232 palestinos morrem; israelenses são feitos reféns

O pai de Alok compartilhou vídeos que mostram os mísseis e a correria para sair do festival. Veja abaixo.

Pai de Alok mostra festival de música sob bombardeio em Tel Aviv Foto: Reprodução / Instgra

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