O Rock in Rio anunciou, durante evento nesta segunda-feira, 29, duas ações sociais: um projeto de auxílio a favelas que será desenvolvido pela ONG Gerando Falcões, com o apoio da Gerdau e da Fundação Grupo Volkswagen, e um projeto de combate à fome liderado pela ONG Ação da Cidadania.
O projeto de auxílio a favelas é o mesmo que o The Town, festival organizado em São Paulo pela mesma empresa que produz o Rock in Rio, adotou em 2023, quando passou a atender 290 famílias da favela do Haiti, em São Paulo, na Vila Prudente (zona leste de SP), por meio do projeto Favela 3D (Digital, Digna e Desenvolvida), criado pela Gerando Falcões.
Na versão carioca do projeto, serão atendidas inicialmente 250 famílias (cerca de 1.200 pessoas) do Buraco e Sessenta, regiões da favela do morro da Providência, no centro da capital fluminense. O objetivo é oferecer qualificação profissional a 150 famílias e proporcionar dignidade a outras 125, empregando 95% das pessoas atendidas.
“Além disso, também queremos formar 20 jovens e lideranças comunitárias para seguir com o trabalho, mesmo após o fim do projeto. Teremos ainda uma intervenção física, a partir do urbanismo social, em um espaço coletivo”, afirma Edu Lyra, fundador e presidente da ONG Gerando Falcões e criador do projeto Favela 3D.
No Rio, o projeto terá duração de dois anos e será realizado pela ONG Entre o Céu e a Favela, que integra a rede Gerando Falcões. Já a Ação da Cidadania, parceira antiga do Rock in Rio, vai atuar no combate à fome. Segundo a ONG, 64 milhões de brasileiros têm algum grau de insegurança alimentar e, dentre essas, 8,1 milhões realmente não têm comida.
Para dar início e estimular o movimento, o Rock in Rio se comprometeu a doar 1,5 milhão de refeições, e a meta é ampliar esse número por meio de doações.
‘Deixa o Coração Falar’
O Rock in Rio lançou uma música para marcar a edição deste ano, quando serão comemorados os 40 anos do primeiro festival. Deixa o Coração Falar foi composta por Zé Ricardo, curador do festival, e mais de 60 artistas brasileiros foram reunidos para a gravação do clipe da canção.
Os direitos dos artistas participantes serão destinados às duas ONGs parceiras do festival – Gerando Falcões e Ação da Cidadania. O Rock in Rio também vai criar produtos licenciados que terão seus lucros revertidos em doações, além de promover leilões de instrumentos musicais autografados. O público poderá fazer doações pelo site oficial do Rock in Rio e durante a compra de ingressos.
“Nesses mais de 30 anos de Ação da Cidadania, o Roberto Medina (criador do Rock in Rio) e sua família sempre foram grandes parceiros nas campanhas contra à fome e às desigualdades sociais. O Rock in Rio, mais uma vez, vai mobilizar o público e toda a sociedade civil para tirar o Brasil do mapa da fome. E contar com tantos artistas incríveis tornará esse movimento ainda maior”, comemorou Daniel Souza, presidente do Conselho da Ação da Cidadania.
“Está na hora da gente mobilizar mais uma vez as pessoas, assim como fizemos em 1985, pós-ditadura, e em 2001, quando paralisamos todas as emissoras de rádio e TV por três minutos para provocar as pessoas a refletirem sobre o papel de cada um de nós na construção de um mundo melhor.
O Rock in Rio sempre foi disruptivo ao unir na Cidade do Rock as mais diferentes tribos. Para esta edição, em que celebramos os nossos 40 anos de história, este movimento será ainda maior e mais potente. Não é sobre música, mas sobre pessoas. Vamos nos abraçar e cantar, pela união, pela paz, pelo combate à fome e no combate à pobreza”, afirmou Roberto Medina, presidente da Rock World, empresa que criou, organiza e produz o Rock in Rio e o The Town.