O Coldplay veio para fazer o maior espetáculo do Rock in Rio. Eles de fato atingiram um outro patamar no conceito de apresentação, usando muitos artifícios que outras atrações não usam. A turnê de Music of the Spheres voltou a ter as pulseiras coloridas, com luzes acionadas pela produção da banda. Adventure of a Lifetime foi toda feita com a coreografia compulsória das luzes nos braços de cada fã. Quem mandava na cor e na hora em que acendiam eram os comandos do vocalista Chris Martin.
Paradise foi uma explosão, a primeira grande catarse, e a curva não parou mais de subir. Viva la Vida veio em seguida, e o que aconteceu foi tão sério que Martin pediu para a banda tocar de novo para que vivessem um pouco mais daquele momento. Impressionante o gigantismo tomado por uma banda originalmente indie. O Coldplay é o último grupo de rock criado para encher estádios. Foi curioso Chris Martin tocar The Scientist lembrando de Mas que Nada, de Jorge Ben Jor no comecinho. Só uma graça antes de começar a tocar a canção embaixo de uma tempestade.
Yellow veio em seguida, depois de um breve discurso sobre a chuva e um agradecimento às pessoas que estavam ali pelo Coldplay. Sunrise foi uma espécie de abertura para People of the Pride, e Clocks pegou o público dos clássicos mais uma vez. Something Just This Like Is é um número que traz os integrantes usando cabeças de alienígenas. Parece estranho assim, mas tudo faz sentido dentro do conceito do show. Ao lado do Green Day, que se apresentou na sexta, o Coldplay fez o que todos esperavam: um espetáculo acima das esferas.