Rock in Rio: Cyndi Lauper, sem playback e com cutucão em Trump, mostra por que ainda é diva


Aos 71 anos, cantora americana exibiu excelente forma vocal, tocou guitarra, deitou no chão, se enrolou na bandeira brasileira e defendeu o direito de mulheres

Por Danilo Casaletti
Atualização:

Cyndi Lauper não vinha ao Brasil havia mais de uma década. E nunca tinha sido convidada para o Rock in Rio. O erro foi corrigido na noite desta sexta-feira, 20. Cyndi Lauper, pouco depois das 7 da noite, subiu ao Palco Mundo para mostrar por que elevou o pop a novo patamar, nos anos 1980.

Obviamente que grande parte do público que estava no festival aguardava Katy Perry, cantora escalada para fechar a noite.

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Nem por isso Cyndi foi abandonada pelos fãs de pop. No Dia Delas, ninguém largou a mão de ninguém. A cantora, aos 71 anos, foi abraçada por um público composto por diferentes gerações.

Cyndi Lauper se apresentou no início da noite desta sexta, 20, no Palco Mundo do Rock in Rio Foto: Pedro Kirilos/Estadão

E isso é mérito dela. Cyndi, se não criou, ajudou em muito a pavimentar o que se chama de ‘diva pop’ - e isso vai dar justamente em Katy.

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A cantora abriu o show com She Bop e All Throught The Night. Em I Drove All Night, deitou na passarela do Palco Mundo. Momento inevitável de euforia do público. No entanto, o que havia de mais precioso estava em sua voz. Ela exibiu agudos ainda educadíssimos. Foi ovacionada.

Em Money Changes Everything se enrolou na bandeira brasileira, que havia sido jogada pelo público enquanto começava a contar que precisou usar o tradutor do Google em uma loja de presentes no Rio. Por duas ou três vezes lamentou não ter aprendido algo em português para agradecer o público. “Nem meu inglês é bom”, disse.

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Tudo mera descrição formal do show que não alcança a grandeza de Cyndi Lauper vir ao festival com banda completa. De se expor ao cantar ao vivo, e de verdade, nos tons originais das canções. Não é uma diva do passado. É uma diva de hoje.

Essa construção, Cyndi Lauper fez para além de seu visual excêntrico e clipes emblemáticos. Em vez de canções com letras vazias e descartáveis, ela fez True Colors, de imediata identificação com o público LGBTQIA+ desde que foi lançada, em 1986. Ou, então, Girls Just Want to Have Fun, que recentemente foi parar no TikTok, rede social que, dizem, vejam só, não tem conteúdo.

Nesta hora, ela pediu que o público cantasse o refrão ainda mais alto - “para que idiotas como Donald Trump” pudessem ouvir. Ela introduziu a música contando sobre a fundação que criou para dar apoio a meninas e mulheres - algo que ela detalhou nesta entrevista ao Estadão.

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Encontro de gerações no show de Cyndi Lauper no Rock in Rio Foto: Bruna Prado/AP

Cyndi Lauper, que prepara uma turnê de despedida, é daquelas artistas que se eternizaram. Afinal, haverá sempre alguém precisando de novas cores em meio à escuridão ou, simplesmente, se divertir.

Cyndi Lauper não vinha ao Brasil havia mais de uma década. E nunca tinha sido convidada para o Rock in Rio. O erro foi corrigido na noite desta sexta-feira, 20. Cyndi Lauper, pouco depois das 7 da noite, subiu ao Palco Mundo para mostrar por que elevou o pop a novo patamar, nos anos 1980.

Obviamente que grande parte do público que estava no festival aguardava Katy Perry, cantora escalada para fechar a noite.

Nem por isso Cyndi foi abandonada pelos fãs de pop. No Dia Delas, ninguém largou a mão de ninguém. A cantora, aos 71 anos, foi abraçada por um público composto por diferentes gerações.

Cyndi Lauper se apresentou no início da noite desta sexta, 20, no Palco Mundo do Rock in Rio Foto: Pedro Kirilos/Estadão

E isso é mérito dela. Cyndi, se não criou, ajudou em muito a pavimentar o que se chama de ‘diva pop’ - e isso vai dar justamente em Katy.

A cantora abriu o show com She Bop e All Throught The Night. Em I Drove All Night, deitou na passarela do Palco Mundo. Momento inevitável de euforia do público. No entanto, o que havia de mais precioso estava em sua voz. Ela exibiu agudos ainda educadíssimos. Foi ovacionada.

Em Money Changes Everything se enrolou na bandeira brasileira, que havia sido jogada pelo público enquanto começava a contar que precisou usar o tradutor do Google em uma loja de presentes no Rio. Por duas ou três vezes lamentou não ter aprendido algo em português para agradecer o público. “Nem meu inglês é bom”, disse.

Tudo mera descrição formal do show que não alcança a grandeza de Cyndi Lauper vir ao festival com banda completa. De se expor ao cantar ao vivo, e de verdade, nos tons originais das canções. Não é uma diva do passado. É uma diva de hoje.

Essa construção, Cyndi Lauper fez para além de seu visual excêntrico e clipes emblemáticos. Em vez de canções com letras vazias e descartáveis, ela fez True Colors, de imediata identificação com o público LGBTQIA+ desde que foi lançada, em 1986. Ou, então, Girls Just Want to Have Fun, que recentemente foi parar no TikTok, rede social que, dizem, vejam só, não tem conteúdo.

Nesta hora, ela pediu que o público cantasse o refrão ainda mais alto - “para que idiotas como Donald Trump” pudessem ouvir. Ela introduziu a música contando sobre a fundação que criou para dar apoio a meninas e mulheres - algo que ela detalhou nesta entrevista ao Estadão.

Encontro de gerações no show de Cyndi Lauper no Rock in Rio Foto: Bruna Prado/AP

Cyndi Lauper, que prepara uma turnê de despedida, é daquelas artistas que se eternizaram. Afinal, haverá sempre alguém precisando de novas cores em meio à escuridão ou, simplesmente, se divertir.

Cyndi Lauper não vinha ao Brasil havia mais de uma década. E nunca tinha sido convidada para o Rock in Rio. O erro foi corrigido na noite desta sexta-feira, 20. Cyndi Lauper, pouco depois das 7 da noite, subiu ao Palco Mundo para mostrar por que elevou o pop a novo patamar, nos anos 1980.

Obviamente que grande parte do público que estava no festival aguardava Katy Perry, cantora escalada para fechar a noite.

Nem por isso Cyndi foi abandonada pelos fãs de pop. No Dia Delas, ninguém largou a mão de ninguém. A cantora, aos 71 anos, foi abraçada por um público composto por diferentes gerações.

Cyndi Lauper se apresentou no início da noite desta sexta, 20, no Palco Mundo do Rock in Rio Foto: Pedro Kirilos/Estadão

E isso é mérito dela. Cyndi, se não criou, ajudou em muito a pavimentar o que se chama de ‘diva pop’ - e isso vai dar justamente em Katy.

A cantora abriu o show com She Bop e All Throught The Night. Em I Drove All Night, deitou na passarela do Palco Mundo. Momento inevitável de euforia do público. No entanto, o que havia de mais precioso estava em sua voz. Ela exibiu agudos ainda educadíssimos. Foi ovacionada.

Em Money Changes Everything se enrolou na bandeira brasileira, que havia sido jogada pelo público enquanto começava a contar que precisou usar o tradutor do Google em uma loja de presentes no Rio. Por duas ou três vezes lamentou não ter aprendido algo em português para agradecer o público. “Nem meu inglês é bom”, disse.

Tudo mera descrição formal do show que não alcança a grandeza de Cyndi Lauper vir ao festival com banda completa. De se expor ao cantar ao vivo, e de verdade, nos tons originais das canções. Não é uma diva do passado. É uma diva de hoje.

Essa construção, Cyndi Lauper fez para além de seu visual excêntrico e clipes emblemáticos. Em vez de canções com letras vazias e descartáveis, ela fez True Colors, de imediata identificação com o público LGBTQIA+ desde que foi lançada, em 1986. Ou, então, Girls Just Want to Have Fun, que recentemente foi parar no TikTok, rede social que, dizem, vejam só, não tem conteúdo.

Nesta hora, ela pediu que o público cantasse o refrão ainda mais alto - “para que idiotas como Donald Trump” pudessem ouvir. Ela introduziu a música contando sobre a fundação que criou para dar apoio a meninas e mulheres - algo que ela detalhou nesta entrevista ao Estadão.

Encontro de gerações no show de Cyndi Lauper no Rock in Rio Foto: Bruna Prado/AP

Cyndi Lauper, que prepara uma turnê de despedida, é daquelas artistas que se eternizaram. Afinal, haverá sempre alguém precisando de novas cores em meio à escuridão ou, simplesmente, se divertir.

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