Rock in Rio: Johnny Hooker, Liniker e Almério fazem show mais político do festival


Cantor do Recife, na companhia de Liniker e Almério, não esqueceu de também cantar o amor 

Por Pedro Antunes

RIO - "Deixa eu bagunçar você?", pergunta Liniker acompanhada de sua banda Caramelows? E aí, deixa? O público, que se reuniu em grande número em frente ao Palco Sunset,respondeu de cara. Em coro, cantavam. Em uníssono, vibravam. Em casais, beijaram. Em comunhão, celebraram. 

Johnny Hooker,Liniker eAlmério fazem o segundo show do Palco Sunset, no terceiro dia do festival Rock in Rio, neste domingo, 17 Foto: Fábio Motta/Estadão

Celebraram o atual momento da cultura nacional. Uma cena vibrante, representada por três artistas que se revezaram ao microfone (e, por vezes juntos) para cantar a igualdade. Antes de Zero, a "canção da bagunça", Liniker avisou: "Essa música é dedicada a todas as afetividades. A todas as formas de amor".

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Um momento que ferve as convenções, uma geração que promove um diálogo (ou seria evolução) a respeito de uma sociedade em transformação - e que seja para melhor. Porque um beijo entre Hooker e Liniker, ao final do belo dueto de Flutua não deveria ser uma contravenção. Deveria ser o que é. Um beijo. 

Rock in Rio: Terceiro dia tem Justin Timberlake, Alicia Keys e Frejat

1 | 12

Justin Timberlake

Foto: Fábio Motta/Estadão
2 | 12

Alicia Keys

Foto: Fábio Motta/Estadão
3 | 12

ctv-sra-walk-the-moon

Foto: Wilton Junior/Estadão
4 | 12

Nile Rodgers encerra apresentações do Palco Sunset

Foto: Wilton Júnior/Estadão
5 | 12

Frejat exibe o lado roqueiro do Rock in Rio

Foto: Fábio Motta/Estadão
6 | 12

Queima de fogos na Cidade do Rock

Foto: Wilton Junior/Estadão
7 | 12

Maria Rita

Foto: Wilton Junior/Estadão
8 | 12

A cidade do rock

Foto: Leo Correa/AP
9 | 12

Liniker e Johnny Hooker

Foto: Gabriel Sayão/Estadão
10 | 12

Johnny Hooker e Almério

Foto: Fabio Motta/Rio
11 | 12

HMB & Virgul & Carlão

Foto: Fabio Motta/Estadão
12 | 12

Mais um dia de calor na Cidade do Rock

Foto: Fabio Motta/Estadão

E acabou por se tornar, o show de Johnny Hooker com os convidados Liniker e Almério, também o mais político do festival. Na atitude dos três no palco, na mensagem, na postura. Como já fizeram artistas no passado, quando o posicionamento político estava explícito e implícito nas suas canções, os três expressam o que sentem e pensam. Escancaram a insatisfação, como quando Liniker cantou um "fora Temer" em meio aos versos desesperadamente românticos de Zero

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O público vibrou quando a frase 'Amar sem temer' apareceu no telão. Foi oshow mais políticodo festival até agora. Foto: Gabriel Sayão/Estadão

O público respondeu com gritos de aprovação, com o coro da mesma frase, entre uma canção e outra. Quando o telão ao fundo do palco exibiu a frase "amar sem temer", cuja interpretação é livre àquele que a lê, mais palmas de aprovação. A comunicação entre artistas e público estava em sintonia ali. 

Era um show de Hooker com convidados, então o artista do Recife brilhou, todo coberto de lantejoulas douradas, prontas para refletir o sol do fim de tarde de domingo, 17. Alma Sebosa, cantada no início da performance, é um amor raivoso, daqueles que quer se arrancar do peito à força. 

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É daí que vem a arte de Hooker, da intensidade que se ama. Para o bem ou para o mal, ama-se como se fosse o último romance, a ponto de colocar fim na existência. Impiedoso, esse amor machuca e sangra, tal qual cantado em Amor Marginal, outra cantada a pleno pulmões, no palco e no lado de cá, do público. Com Almério, Hooker canta a saudade ardida de Volta - sozinho, o também pernambucano Almério executou Respeita Januário, de Luiz Gonzaga. 

Juntos, os três executaram Não Recomendado, canção de Caio Prado, uma pedrada das mais políticas. Ao final, os três cantores exibiram uma bandeira com a frase: "Acreditamos em um mundo melhor #amazonialivre". E assim, no tom politizado, chegou ao fim um show sobre o amor. 

Afinal, o amor também é político. Em tempos de ódio, o amor é remédio. É a solução.

RIO - "Deixa eu bagunçar você?", pergunta Liniker acompanhada de sua banda Caramelows? E aí, deixa? O público, que se reuniu em grande número em frente ao Palco Sunset,respondeu de cara. Em coro, cantavam. Em uníssono, vibravam. Em casais, beijaram. Em comunhão, celebraram. 

Johnny Hooker,Liniker eAlmério fazem o segundo show do Palco Sunset, no terceiro dia do festival Rock in Rio, neste domingo, 17 Foto: Fábio Motta/Estadão

Celebraram o atual momento da cultura nacional. Uma cena vibrante, representada por três artistas que se revezaram ao microfone (e, por vezes juntos) para cantar a igualdade. Antes de Zero, a "canção da bagunça", Liniker avisou: "Essa música é dedicada a todas as afetividades. A todas as formas de amor".

Um momento que ferve as convenções, uma geração que promove um diálogo (ou seria evolução) a respeito de uma sociedade em transformação - e que seja para melhor. Porque um beijo entre Hooker e Liniker, ao final do belo dueto de Flutua não deveria ser uma contravenção. Deveria ser o que é. Um beijo. 

Rock in Rio: Terceiro dia tem Justin Timberlake, Alicia Keys e Frejat

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Justin Timberlake

Foto: Fábio Motta/Estadão
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Foto: Leo Correa/AP
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Johnny Hooker e Almério

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Foto: Fabio Motta/Estadão
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Mais um dia de calor na Cidade do Rock

Foto: Fabio Motta/Estadão

E acabou por se tornar, o show de Johnny Hooker com os convidados Liniker e Almério, também o mais político do festival. Na atitude dos três no palco, na mensagem, na postura. Como já fizeram artistas no passado, quando o posicionamento político estava explícito e implícito nas suas canções, os três expressam o que sentem e pensam. Escancaram a insatisfação, como quando Liniker cantou um "fora Temer" em meio aos versos desesperadamente românticos de Zero

O público vibrou quando a frase 'Amar sem temer' apareceu no telão. Foi oshow mais políticodo festival até agora. Foto: Gabriel Sayão/Estadão

O público respondeu com gritos de aprovação, com o coro da mesma frase, entre uma canção e outra. Quando o telão ao fundo do palco exibiu a frase "amar sem temer", cuja interpretação é livre àquele que a lê, mais palmas de aprovação. A comunicação entre artistas e público estava em sintonia ali. 

Era um show de Hooker com convidados, então o artista do Recife brilhou, todo coberto de lantejoulas douradas, prontas para refletir o sol do fim de tarde de domingo, 17. Alma Sebosa, cantada no início da performance, é um amor raivoso, daqueles que quer se arrancar do peito à força. 

É daí que vem a arte de Hooker, da intensidade que se ama. Para o bem ou para o mal, ama-se como se fosse o último romance, a ponto de colocar fim na existência. Impiedoso, esse amor machuca e sangra, tal qual cantado em Amor Marginal, outra cantada a pleno pulmões, no palco e no lado de cá, do público. Com Almério, Hooker canta a saudade ardida de Volta - sozinho, o também pernambucano Almério executou Respeita Januário, de Luiz Gonzaga. 

Juntos, os três executaram Não Recomendado, canção de Caio Prado, uma pedrada das mais políticas. Ao final, os três cantores exibiram uma bandeira com a frase: "Acreditamos em um mundo melhor #amazonialivre". E assim, no tom politizado, chegou ao fim um show sobre o amor. 

Afinal, o amor também é político. Em tempos de ódio, o amor é remédio. É a solução.

RIO - "Deixa eu bagunçar você?", pergunta Liniker acompanhada de sua banda Caramelows? E aí, deixa? O público, que se reuniu em grande número em frente ao Palco Sunset,respondeu de cara. Em coro, cantavam. Em uníssono, vibravam. Em casais, beijaram. Em comunhão, celebraram. 

Johnny Hooker,Liniker eAlmério fazem o segundo show do Palco Sunset, no terceiro dia do festival Rock in Rio, neste domingo, 17 Foto: Fábio Motta/Estadão

Celebraram o atual momento da cultura nacional. Uma cena vibrante, representada por três artistas que se revezaram ao microfone (e, por vezes juntos) para cantar a igualdade. Antes de Zero, a "canção da bagunça", Liniker avisou: "Essa música é dedicada a todas as afetividades. A todas as formas de amor".

Um momento que ferve as convenções, uma geração que promove um diálogo (ou seria evolução) a respeito de uma sociedade em transformação - e que seja para melhor. Porque um beijo entre Hooker e Liniker, ao final do belo dueto de Flutua não deveria ser uma contravenção. Deveria ser o que é. Um beijo. 

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Foto: Fabio Motta/Estadão

E acabou por se tornar, o show de Johnny Hooker com os convidados Liniker e Almério, também o mais político do festival. Na atitude dos três no palco, na mensagem, na postura. Como já fizeram artistas no passado, quando o posicionamento político estava explícito e implícito nas suas canções, os três expressam o que sentem e pensam. Escancaram a insatisfação, como quando Liniker cantou um "fora Temer" em meio aos versos desesperadamente românticos de Zero

O público vibrou quando a frase 'Amar sem temer' apareceu no telão. Foi oshow mais políticodo festival até agora. Foto: Gabriel Sayão/Estadão

O público respondeu com gritos de aprovação, com o coro da mesma frase, entre uma canção e outra. Quando o telão ao fundo do palco exibiu a frase "amar sem temer", cuja interpretação é livre àquele que a lê, mais palmas de aprovação. A comunicação entre artistas e público estava em sintonia ali. 

Era um show de Hooker com convidados, então o artista do Recife brilhou, todo coberto de lantejoulas douradas, prontas para refletir o sol do fim de tarde de domingo, 17. Alma Sebosa, cantada no início da performance, é um amor raivoso, daqueles que quer se arrancar do peito à força. 

É daí que vem a arte de Hooker, da intensidade que se ama. Para o bem ou para o mal, ama-se como se fosse o último romance, a ponto de colocar fim na existência. Impiedoso, esse amor machuca e sangra, tal qual cantado em Amor Marginal, outra cantada a pleno pulmões, no palco e no lado de cá, do público. Com Almério, Hooker canta a saudade ardida de Volta - sozinho, o também pernambucano Almério executou Respeita Januário, de Luiz Gonzaga. 

Juntos, os três executaram Não Recomendado, canção de Caio Prado, uma pedrada das mais políticas. Ao final, os três cantores exibiram uma bandeira com a frase: "Acreditamos em um mundo melhor #amazonialivre". E assim, no tom politizado, chegou ao fim um show sobre o amor. 

Afinal, o amor também é político. Em tempos de ódio, o amor é remédio. É a solução.

RIO - "Deixa eu bagunçar você?", pergunta Liniker acompanhada de sua banda Caramelows? E aí, deixa? O público, que se reuniu em grande número em frente ao Palco Sunset,respondeu de cara. Em coro, cantavam. Em uníssono, vibravam. Em casais, beijaram. Em comunhão, celebraram. 

Johnny Hooker,Liniker eAlmério fazem o segundo show do Palco Sunset, no terceiro dia do festival Rock in Rio, neste domingo, 17 Foto: Fábio Motta/Estadão

Celebraram o atual momento da cultura nacional. Uma cena vibrante, representada por três artistas que se revezaram ao microfone (e, por vezes juntos) para cantar a igualdade. Antes de Zero, a "canção da bagunça", Liniker avisou: "Essa música é dedicada a todas as afetividades. A todas as formas de amor".

Um momento que ferve as convenções, uma geração que promove um diálogo (ou seria evolução) a respeito de uma sociedade em transformação - e que seja para melhor. Porque um beijo entre Hooker e Liniker, ao final do belo dueto de Flutua não deveria ser uma contravenção. Deveria ser o que é. Um beijo. 

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A cidade do rock

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Foto: Fabio Motta/Rio
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Foto: Fabio Motta/Estadão
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Mais um dia de calor na Cidade do Rock

Foto: Fabio Motta/Estadão

E acabou por se tornar, o show de Johnny Hooker com os convidados Liniker e Almério, também o mais político do festival. Na atitude dos três no palco, na mensagem, na postura. Como já fizeram artistas no passado, quando o posicionamento político estava explícito e implícito nas suas canções, os três expressam o que sentem e pensam. Escancaram a insatisfação, como quando Liniker cantou um "fora Temer" em meio aos versos desesperadamente românticos de Zero

O público vibrou quando a frase 'Amar sem temer' apareceu no telão. Foi oshow mais políticodo festival até agora. Foto: Gabriel Sayão/Estadão

O público respondeu com gritos de aprovação, com o coro da mesma frase, entre uma canção e outra. Quando o telão ao fundo do palco exibiu a frase "amar sem temer", cuja interpretação é livre àquele que a lê, mais palmas de aprovação. A comunicação entre artistas e público estava em sintonia ali. 

Era um show de Hooker com convidados, então o artista do Recife brilhou, todo coberto de lantejoulas douradas, prontas para refletir o sol do fim de tarde de domingo, 17. Alma Sebosa, cantada no início da performance, é um amor raivoso, daqueles que quer se arrancar do peito à força. 

É daí que vem a arte de Hooker, da intensidade que se ama. Para o bem ou para o mal, ama-se como se fosse o último romance, a ponto de colocar fim na existência. Impiedoso, esse amor machuca e sangra, tal qual cantado em Amor Marginal, outra cantada a pleno pulmões, no palco e no lado de cá, do público. Com Almério, Hooker canta a saudade ardida de Volta - sozinho, o também pernambucano Almério executou Respeita Januário, de Luiz Gonzaga. 

Juntos, os três executaram Não Recomendado, canção de Caio Prado, uma pedrada das mais políticas. Ao final, os três cantores exibiram uma bandeira com a frase: "Acreditamos em um mundo melhor #amazonialivre". E assim, no tom politizado, chegou ao fim um show sobre o amor. 

Afinal, o amor também é político. Em tempos de ódio, o amor é remédio. É a solução.

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