RPM está de volta


O disco MTV RPM 2002 chega às lojas no dia 10 de maio com inéditas e regravações da banda famosa nos anos 80: Paulo Ricardo, Fernando Deluqui, Luiz Schiavon e P.A. Pagni

Por Agencia Estado

O caso Morel, o crime da mala, Coroa Brastel, o escândalo das jóias. Quem se lembra desses casos escabrosos do noticiário? É trecho da letra de uma das músicas mais cantadas dos anos 80, Alvorada Voraz, do RPM, banda que desapareceu do mapa em 1989. O fato é que alguém está tentando ressuscitar aqueles dias de correria, fama e bajulação do RPM, quando os quatro músicos de São Paulo passavam os dias correndo das fãs, ao estilo A Hard Day´s Night. Se deu certo com o Capital Inicial, que voltou do mundo dos mortos, por que não daria com o RPM, que foi um fenômeno mais impressionante? Baseadas nessa premissa, a "MTV" e a gravadora Universal resolveram tirar da última gaveta do freezer aquela que foi, por um breve momento, a maior banda de rock dos anos 80. Foi na noite de ontem, no Teatro Procópio Ferreira, que começou a gravação do MTV RPM 2002, ao estilo "polaroid dos anos 80", como diz o cantor da banda, Paulo Ricardo, na letra inédita Quero Mais. Não é um acústico, mas um show superproduzido, com os quatro RPMs - o guitarrista Fernando Deluqui, o baixista e cantor Paulo Ricardo, o tecladista Luiz Schiavon e o baterista P.A. Pagni - e ainda uma seção de cordas e metais. O repertório do disco ao vivo tem 19 músicas, cinco delas composições novas do grupo, e uma delas uma inédita de Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso, Vem pra Mim. Eles também cantam Exagerado, de Cazuza, com um arranjo cajun, country primitivo, no qual Paulo Ricardo toca gaita. No meio do show, com ar compungido, Paulo Ricardo divide os vocais com uma voz do além. Trata-se de uma base de voz gravada de Renato Russo, líder da Legião Urbana, que "canta" com o RPM a balada A Cruz e a Espada. Olhando hoje, sem a urgência da cobertura hard news, é possível ver que o RPM fez sucesso com uma combinação rara de boas canções pop, um certo carisma do vocalista, alguns bordões irresistíveis. "Na madrugada, na mesa do bar, louras geladas vêm me consolar", cantava Paulo Ricardo em Louras Geladas, um dos maiores sucessos. O grupo chegou a vender 2,5 milhões de discos, fazia 250 shows por ano e reunia públicos de milhares de pessoas, de Manaus (AM) a São Leopoldo (RS). O tecladista Luiz Schiavon chegou a ser eleito o instrumentista do ano pela extinta revista Bizz. "Só porque sou alto, bonito e gostoso não quer dizer que o sucesso me subiu à cabeça", dizia Paulo Ricardo, em 1986. Ele continua achando a mesma coisa, faz as mesmas poses, caras e bocas. Por conta disso, da boa-pinta e também de um cinismo assumido ("Eu estava careca de saber o que o público gostava") Paulo Ricardo é mais odiado que a média dos pop stars nacionais. Pela crítica e por parte do público. O fato de ele ter se casado com a mais bonita das paquitas de Xuxa também deve ter contribuído um pouco. Certo é que mesmo o gosto popular muda muito e um dos videoclipes pioneiros do RPM, Rádio Pirata, no qual Paulo Ricardo usa aqueles paletós brancos com ombreiras enormes, da era pré-yuppie, tornou-se cadeira cativa na lista do programa Piores Clipes da própria "MTV". Em meados dos anos 80, o líder do RPM foi ao programa de TV de Chico Buarque e Caetano Veloso na "TV Globo" e cantou London London sentadinho no chão, sob o olhar doce e embevecido do cantor baiano. Em meados dos anos 90, teve dificuldade para passar pelo portão VIP do Hollywood Rock, após enfrentar a fila como qualquer mortal comum. No final da década, sentiu o bolso apertar e começou a gravar discos românticos, um deles (O Amor me Escolheu), com uma capa na qual Paulo Ricardo aparecia transpassado por flechas, um São Sebastião de oportunidade. Ele acha que o que faz é rock´n´roll. Não é, mas o fato é que o pop rock do RPM fica melhor com os quatro juntos do que as baladas românticas de Paulo Ricardo. O estilo do cantor influencia muito em quase todas as inéditas, mas há uma canção nova, Rainha, que tem muito do antigo apelo do grupo e pode até emplacar. O público presente ao Teatro Procópio Ferreira, na primeira noite da gravação do especial, não poupou Paulo Ricardo de gritinhos de "lindo" e "gostoso", mas o cantor pareceu meio incomodado com aquilo. Parece concentrado em mostrar que sua banda tinha alguma essência e que eles podem provar isso se derem uma segunda chance. Renato Russo foi muito aplaudido, quando sua voz entrou no áudio para o dueto virtual em A Cruz e a Espada. E sobrou até uns gritos de "Romário" no meio da platéia, boa parte dela claque orientada. Em London London, Paulo Ricardo canta acompanhado por Schiavon (um pouco mais gordinho e sério como sempre) ao piano, mais uns violinos e um violão ao fundo. Paulo Ricardo vai ganhar essa parada? Só o futuro dirá. O disco sai no dia 10 de maio.

O caso Morel, o crime da mala, Coroa Brastel, o escândalo das jóias. Quem se lembra desses casos escabrosos do noticiário? É trecho da letra de uma das músicas mais cantadas dos anos 80, Alvorada Voraz, do RPM, banda que desapareceu do mapa em 1989. O fato é que alguém está tentando ressuscitar aqueles dias de correria, fama e bajulação do RPM, quando os quatro músicos de São Paulo passavam os dias correndo das fãs, ao estilo A Hard Day´s Night. Se deu certo com o Capital Inicial, que voltou do mundo dos mortos, por que não daria com o RPM, que foi um fenômeno mais impressionante? Baseadas nessa premissa, a "MTV" e a gravadora Universal resolveram tirar da última gaveta do freezer aquela que foi, por um breve momento, a maior banda de rock dos anos 80. Foi na noite de ontem, no Teatro Procópio Ferreira, que começou a gravação do MTV RPM 2002, ao estilo "polaroid dos anos 80", como diz o cantor da banda, Paulo Ricardo, na letra inédita Quero Mais. Não é um acústico, mas um show superproduzido, com os quatro RPMs - o guitarrista Fernando Deluqui, o baixista e cantor Paulo Ricardo, o tecladista Luiz Schiavon e o baterista P.A. Pagni - e ainda uma seção de cordas e metais. O repertório do disco ao vivo tem 19 músicas, cinco delas composições novas do grupo, e uma delas uma inédita de Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso, Vem pra Mim. Eles também cantam Exagerado, de Cazuza, com um arranjo cajun, country primitivo, no qual Paulo Ricardo toca gaita. No meio do show, com ar compungido, Paulo Ricardo divide os vocais com uma voz do além. Trata-se de uma base de voz gravada de Renato Russo, líder da Legião Urbana, que "canta" com o RPM a balada A Cruz e a Espada. Olhando hoje, sem a urgência da cobertura hard news, é possível ver que o RPM fez sucesso com uma combinação rara de boas canções pop, um certo carisma do vocalista, alguns bordões irresistíveis. "Na madrugada, na mesa do bar, louras geladas vêm me consolar", cantava Paulo Ricardo em Louras Geladas, um dos maiores sucessos. O grupo chegou a vender 2,5 milhões de discos, fazia 250 shows por ano e reunia públicos de milhares de pessoas, de Manaus (AM) a São Leopoldo (RS). O tecladista Luiz Schiavon chegou a ser eleito o instrumentista do ano pela extinta revista Bizz. "Só porque sou alto, bonito e gostoso não quer dizer que o sucesso me subiu à cabeça", dizia Paulo Ricardo, em 1986. Ele continua achando a mesma coisa, faz as mesmas poses, caras e bocas. Por conta disso, da boa-pinta e também de um cinismo assumido ("Eu estava careca de saber o que o público gostava") Paulo Ricardo é mais odiado que a média dos pop stars nacionais. Pela crítica e por parte do público. O fato de ele ter se casado com a mais bonita das paquitas de Xuxa também deve ter contribuído um pouco. Certo é que mesmo o gosto popular muda muito e um dos videoclipes pioneiros do RPM, Rádio Pirata, no qual Paulo Ricardo usa aqueles paletós brancos com ombreiras enormes, da era pré-yuppie, tornou-se cadeira cativa na lista do programa Piores Clipes da própria "MTV". Em meados dos anos 80, o líder do RPM foi ao programa de TV de Chico Buarque e Caetano Veloso na "TV Globo" e cantou London London sentadinho no chão, sob o olhar doce e embevecido do cantor baiano. Em meados dos anos 90, teve dificuldade para passar pelo portão VIP do Hollywood Rock, após enfrentar a fila como qualquer mortal comum. No final da década, sentiu o bolso apertar e começou a gravar discos românticos, um deles (O Amor me Escolheu), com uma capa na qual Paulo Ricardo aparecia transpassado por flechas, um São Sebastião de oportunidade. Ele acha que o que faz é rock´n´roll. Não é, mas o fato é que o pop rock do RPM fica melhor com os quatro juntos do que as baladas românticas de Paulo Ricardo. O estilo do cantor influencia muito em quase todas as inéditas, mas há uma canção nova, Rainha, que tem muito do antigo apelo do grupo e pode até emplacar. O público presente ao Teatro Procópio Ferreira, na primeira noite da gravação do especial, não poupou Paulo Ricardo de gritinhos de "lindo" e "gostoso", mas o cantor pareceu meio incomodado com aquilo. Parece concentrado em mostrar que sua banda tinha alguma essência e que eles podem provar isso se derem uma segunda chance. Renato Russo foi muito aplaudido, quando sua voz entrou no áudio para o dueto virtual em A Cruz e a Espada. E sobrou até uns gritos de "Romário" no meio da platéia, boa parte dela claque orientada. Em London London, Paulo Ricardo canta acompanhado por Schiavon (um pouco mais gordinho e sério como sempre) ao piano, mais uns violinos e um violão ao fundo. Paulo Ricardo vai ganhar essa parada? Só o futuro dirá. O disco sai no dia 10 de maio.

O caso Morel, o crime da mala, Coroa Brastel, o escândalo das jóias. Quem se lembra desses casos escabrosos do noticiário? É trecho da letra de uma das músicas mais cantadas dos anos 80, Alvorada Voraz, do RPM, banda que desapareceu do mapa em 1989. O fato é que alguém está tentando ressuscitar aqueles dias de correria, fama e bajulação do RPM, quando os quatro músicos de São Paulo passavam os dias correndo das fãs, ao estilo A Hard Day´s Night. Se deu certo com o Capital Inicial, que voltou do mundo dos mortos, por que não daria com o RPM, que foi um fenômeno mais impressionante? Baseadas nessa premissa, a "MTV" e a gravadora Universal resolveram tirar da última gaveta do freezer aquela que foi, por um breve momento, a maior banda de rock dos anos 80. Foi na noite de ontem, no Teatro Procópio Ferreira, que começou a gravação do MTV RPM 2002, ao estilo "polaroid dos anos 80", como diz o cantor da banda, Paulo Ricardo, na letra inédita Quero Mais. Não é um acústico, mas um show superproduzido, com os quatro RPMs - o guitarrista Fernando Deluqui, o baixista e cantor Paulo Ricardo, o tecladista Luiz Schiavon e o baterista P.A. Pagni - e ainda uma seção de cordas e metais. O repertório do disco ao vivo tem 19 músicas, cinco delas composições novas do grupo, e uma delas uma inédita de Herbert Vianna, dos Paralamas do Sucesso, Vem pra Mim. Eles também cantam Exagerado, de Cazuza, com um arranjo cajun, country primitivo, no qual Paulo Ricardo toca gaita. No meio do show, com ar compungido, Paulo Ricardo divide os vocais com uma voz do além. Trata-se de uma base de voz gravada de Renato Russo, líder da Legião Urbana, que "canta" com o RPM a balada A Cruz e a Espada. Olhando hoje, sem a urgência da cobertura hard news, é possível ver que o RPM fez sucesso com uma combinação rara de boas canções pop, um certo carisma do vocalista, alguns bordões irresistíveis. "Na madrugada, na mesa do bar, louras geladas vêm me consolar", cantava Paulo Ricardo em Louras Geladas, um dos maiores sucessos. O grupo chegou a vender 2,5 milhões de discos, fazia 250 shows por ano e reunia públicos de milhares de pessoas, de Manaus (AM) a São Leopoldo (RS). O tecladista Luiz Schiavon chegou a ser eleito o instrumentista do ano pela extinta revista Bizz. "Só porque sou alto, bonito e gostoso não quer dizer que o sucesso me subiu à cabeça", dizia Paulo Ricardo, em 1986. Ele continua achando a mesma coisa, faz as mesmas poses, caras e bocas. Por conta disso, da boa-pinta e também de um cinismo assumido ("Eu estava careca de saber o que o público gostava") Paulo Ricardo é mais odiado que a média dos pop stars nacionais. Pela crítica e por parte do público. O fato de ele ter se casado com a mais bonita das paquitas de Xuxa também deve ter contribuído um pouco. Certo é que mesmo o gosto popular muda muito e um dos videoclipes pioneiros do RPM, Rádio Pirata, no qual Paulo Ricardo usa aqueles paletós brancos com ombreiras enormes, da era pré-yuppie, tornou-se cadeira cativa na lista do programa Piores Clipes da própria "MTV". Em meados dos anos 80, o líder do RPM foi ao programa de TV de Chico Buarque e Caetano Veloso na "TV Globo" e cantou London London sentadinho no chão, sob o olhar doce e embevecido do cantor baiano. Em meados dos anos 90, teve dificuldade para passar pelo portão VIP do Hollywood Rock, após enfrentar a fila como qualquer mortal comum. No final da década, sentiu o bolso apertar e começou a gravar discos românticos, um deles (O Amor me Escolheu), com uma capa na qual Paulo Ricardo aparecia transpassado por flechas, um São Sebastião de oportunidade. Ele acha que o que faz é rock´n´roll. Não é, mas o fato é que o pop rock do RPM fica melhor com os quatro juntos do que as baladas românticas de Paulo Ricardo. O estilo do cantor influencia muito em quase todas as inéditas, mas há uma canção nova, Rainha, que tem muito do antigo apelo do grupo e pode até emplacar. O público presente ao Teatro Procópio Ferreira, na primeira noite da gravação do especial, não poupou Paulo Ricardo de gritinhos de "lindo" e "gostoso", mas o cantor pareceu meio incomodado com aquilo. Parece concentrado em mostrar que sua banda tinha alguma essência e que eles podem provar isso se derem uma segunda chance. Renato Russo foi muito aplaudido, quando sua voz entrou no áudio para o dueto virtual em A Cruz e a Espada. E sobrou até uns gritos de "Romário" no meio da platéia, boa parte dela claque orientada. Em London London, Paulo Ricardo canta acompanhado por Schiavon (um pouco mais gordinho e sério como sempre) ao piano, mais uns violinos e um violão ao fundo. Paulo Ricardo vai ganhar essa parada? Só o futuro dirá. O disco sai no dia 10 de maio.

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