Ruy Castro dá oito aulas gratuitas de bossa nova, pelo rádio


Pesquisador e escritor começa neste domingo (2), às 20h, na Rádio Cultura, a falar sobre as raridades do universo da MPB com o projeto 'A Onda Que se Ergueu no Mar – O Seu Caso de Amor com a Bossa Nova'

Por Julio Maria

As ondas que se ergueram no mar antes, durante e depois da bossa nova seguem sendo objeto de estudo de Ruy Castro. O escritor, jornalista e pesquisador estreia neste domingo, 2, às 20h, na Rádio Cultura, de São Paulo (103,3 MHz), e na Rádio MEC, do Rio (99,3 MHz), uma série de oito programas sobre o gênero do qual se tornou um dos principais especialistas.

Ruy Castro em sua casa, no Rio de Janeiro Foto: WILTON CASTRO/ESTADÃO

As edições do projeto A Onda Que se Ergueu no Mar – O Seu Caso de Amor com a Bossa Nova serão separadas em temas que fogem das abordagens convencionais quando se trata do assunto. “Há versões e gravações ali que pouquíssimas pessoas conhecem”, conta Ruy. A cada domingo, no mesmo horário, o programa apresentará uma das seguintes sequências: 1. A Bossa Antes da Bossa; 2. A Bossa Veio para Ficar; 3. Tom, Vinicius e João; 4. O Sambalanço e o Samba-jazz; 5. O Apogeu da Bossa; 6. A Bossa Estoura Lá Fora; 7. As Bossas Que Você Nunca Sonhou Ouvir; e 8. A Bossa Depois da Bossa.

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Ruy faz o contexto histórico e artístico a cada duas canções. Um pouco da lista que vai ao ar neste primeiro domingo: Doralice (Dorival Caymmi e Antonio Almeida), com Anjos do Inferno (1945); Bolinha de Papel (Geraldo Pereira), também com Anjos do Inferno (1945); Pra Machucar Meu Coração (Ary Barroso), com Déo (1943); Aos Pés da Cruz (Zé da Zilda e Marino Pinto), com Orlando Silva (1942) e Boogie-woogie na Favela (Denis Brean), com Cyro Monteiro (1945). Estão previstas, ao todo, 14 músicas. “Serão muitas gravações originais que vão mostrar como a bossa surge como uma continuação do samba desde Jura, de Sinhô. Historicamente na música popular brasileira, ou os compositores faziam bossa ou música romântica. O samba já assumia ser a ‘música de bossa’ antes mesmo de a bossa nova existir. Isso explica por que João Gilberto foi gravar coisas do passado já quando surgiu.”

O programa que Ruy diz ser seu preferido é o quarto, em que, curiosamente, fala de um período que ainda não ganhou sua análise específica, apesar de estar em quase todas as suas publicações. Será a vez do sambalanço e do samba-jazz, dois subafluentes de uma matriz que levaram mais tempo para serem reconhecidos como gêneros. A lista inclui The Blues Walk (Clifford Brown), com Ed Lincoln; Samba Toff (Orlandivo e Roberto Jorge), com Orlandivo; Edmundo (In the Mood, de Joe Garland, com versão de Aloysio de Oliveira), com Elza Soares; e Nanã (Moacir Santos), com o conjunto do baterista Edison Machado. “O sambalanço é a bossa que dança. O samba-jazz, a bossa que se ouve”, define o autor.

Com textos de Julia Romeu e Heloisa Seixas, mulher de Ruy, a série sai constantemente dos lugares-comuns. Outro momento será o programa sete, que fala das Bossas Que Você Nunca Sonhou Ouvir. “São gravações bem desconhecidas”, adianta o pesquisador. O pato aparece com o mesmo João Gilberto em registro raro e desconhecido e Minha Saudade, de Donato e João Gilberto, com Donato, veja você, ao trombone.

As ondas que se ergueram no mar antes, durante e depois da bossa nova seguem sendo objeto de estudo de Ruy Castro. O escritor, jornalista e pesquisador estreia neste domingo, 2, às 20h, na Rádio Cultura, de São Paulo (103,3 MHz), e na Rádio MEC, do Rio (99,3 MHz), uma série de oito programas sobre o gênero do qual se tornou um dos principais especialistas.

Ruy Castro em sua casa, no Rio de Janeiro Foto: WILTON CASTRO/ESTADÃO

As edições do projeto A Onda Que se Ergueu no Mar – O Seu Caso de Amor com a Bossa Nova serão separadas em temas que fogem das abordagens convencionais quando se trata do assunto. “Há versões e gravações ali que pouquíssimas pessoas conhecem”, conta Ruy. A cada domingo, no mesmo horário, o programa apresentará uma das seguintes sequências: 1. A Bossa Antes da Bossa; 2. A Bossa Veio para Ficar; 3. Tom, Vinicius e João; 4. O Sambalanço e o Samba-jazz; 5. O Apogeu da Bossa; 6. A Bossa Estoura Lá Fora; 7. As Bossas Que Você Nunca Sonhou Ouvir; e 8. A Bossa Depois da Bossa.

Ruy faz o contexto histórico e artístico a cada duas canções. Um pouco da lista que vai ao ar neste primeiro domingo: Doralice (Dorival Caymmi e Antonio Almeida), com Anjos do Inferno (1945); Bolinha de Papel (Geraldo Pereira), também com Anjos do Inferno (1945); Pra Machucar Meu Coração (Ary Barroso), com Déo (1943); Aos Pés da Cruz (Zé da Zilda e Marino Pinto), com Orlando Silva (1942) e Boogie-woogie na Favela (Denis Brean), com Cyro Monteiro (1945). Estão previstas, ao todo, 14 músicas. “Serão muitas gravações originais que vão mostrar como a bossa surge como uma continuação do samba desde Jura, de Sinhô. Historicamente na música popular brasileira, ou os compositores faziam bossa ou música romântica. O samba já assumia ser a ‘música de bossa’ antes mesmo de a bossa nova existir. Isso explica por que João Gilberto foi gravar coisas do passado já quando surgiu.”

O programa que Ruy diz ser seu preferido é o quarto, em que, curiosamente, fala de um período que ainda não ganhou sua análise específica, apesar de estar em quase todas as suas publicações. Será a vez do sambalanço e do samba-jazz, dois subafluentes de uma matriz que levaram mais tempo para serem reconhecidos como gêneros. A lista inclui The Blues Walk (Clifford Brown), com Ed Lincoln; Samba Toff (Orlandivo e Roberto Jorge), com Orlandivo; Edmundo (In the Mood, de Joe Garland, com versão de Aloysio de Oliveira), com Elza Soares; e Nanã (Moacir Santos), com o conjunto do baterista Edison Machado. “O sambalanço é a bossa que dança. O samba-jazz, a bossa que se ouve”, define o autor.

Com textos de Julia Romeu e Heloisa Seixas, mulher de Ruy, a série sai constantemente dos lugares-comuns. Outro momento será o programa sete, que fala das Bossas Que Você Nunca Sonhou Ouvir. “São gravações bem desconhecidas”, adianta o pesquisador. O pato aparece com o mesmo João Gilberto em registro raro e desconhecido e Minha Saudade, de Donato e João Gilberto, com Donato, veja você, ao trombone.

As ondas que se ergueram no mar antes, durante e depois da bossa nova seguem sendo objeto de estudo de Ruy Castro. O escritor, jornalista e pesquisador estreia neste domingo, 2, às 20h, na Rádio Cultura, de São Paulo (103,3 MHz), e na Rádio MEC, do Rio (99,3 MHz), uma série de oito programas sobre o gênero do qual se tornou um dos principais especialistas.

Ruy Castro em sua casa, no Rio de Janeiro Foto: WILTON CASTRO/ESTADÃO

As edições do projeto A Onda Que se Ergueu no Mar – O Seu Caso de Amor com a Bossa Nova serão separadas em temas que fogem das abordagens convencionais quando se trata do assunto. “Há versões e gravações ali que pouquíssimas pessoas conhecem”, conta Ruy. A cada domingo, no mesmo horário, o programa apresentará uma das seguintes sequências: 1. A Bossa Antes da Bossa; 2. A Bossa Veio para Ficar; 3. Tom, Vinicius e João; 4. O Sambalanço e o Samba-jazz; 5. O Apogeu da Bossa; 6. A Bossa Estoura Lá Fora; 7. As Bossas Que Você Nunca Sonhou Ouvir; e 8. A Bossa Depois da Bossa.

Ruy faz o contexto histórico e artístico a cada duas canções. Um pouco da lista que vai ao ar neste primeiro domingo: Doralice (Dorival Caymmi e Antonio Almeida), com Anjos do Inferno (1945); Bolinha de Papel (Geraldo Pereira), também com Anjos do Inferno (1945); Pra Machucar Meu Coração (Ary Barroso), com Déo (1943); Aos Pés da Cruz (Zé da Zilda e Marino Pinto), com Orlando Silva (1942) e Boogie-woogie na Favela (Denis Brean), com Cyro Monteiro (1945). Estão previstas, ao todo, 14 músicas. “Serão muitas gravações originais que vão mostrar como a bossa surge como uma continuação do samba desde Jura, de Sinhô. Historicamente na música popular brasileira, ou os compositores faziam bossa ou música romântica. O samba já assumia ser a ‘música de bossa’ antes mesmo de a bossa nova existir. Isso explica por que João Gilberto foi gravar coisas do passado já quando surgiu.”

O programa que Ruy diz ser seu preferido é o quarto, em que, curiosamente, fala de um período que ainda não ganhou sua análise específica, apesar de estar em quase todas as suas publicações. Será a vez do sambalanço e do samba-jazz, dois subafluentes de uma matriz que levaram mais tempo para serem reconhecidos como gêneros. A lista inclui The Blues Walk (Clifford Brown), com Ed Lincoln; Samba Toff (Orlandivo e Roberto Jorge), com Orlandivo; Edmundo (In the Mood, de Joe Garland, com versão de Aloysio de Oliveira), com Elza Soares; e Nanã (Moacir Santos), com o conjunto do baterista Edison Machado. “O sambalanço é a bossa que dança. O samba-jazz, a bossa que se ouve”, define o autor.

Com textos de Julia Romeu e Heloisa Seixas, mulher de Ruy, a série sai constantemente dos lugares-comuns. Outro momento será o programa sete, que fala das Bossas Que Você Nunca Sonhou Ouvir. “São gravações bem desconhecidas”, adianta o pesquisador. O pato aparece com o mesmo João Gilberto em registro raro e desconhecido e Minha Saudade, de Donato e João Gilberto, com Donato, veja você, ao trombone.

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