‘Se quiser ser feliz, venha de trem’, disse direção do The Town. A realidade foi outra. Leia relato


Só o trecho de caminhada aglomerada entre a saída do Autódromo e a entrada da estação demorou mais de 2 horas. Ana Lourenço, repórter do Estadão, relata experiência - nada feliz

Por Ana Lourenço
Atualização:

No dia 10 de agosto, um mês antes do The Town, a organização do festival pediu que os 100 mil fãs previstos para irem a cada dia ao evento priorizassem o transporte público, como registrou a reportagem do Estadão:

Roberta Medina, filha do empresário e diretora do festival, afirmou que não haverá como as pessoas irem de carro ou outros transportes individuais. “Vão parar nos bloqueios”. Serão 8 minutos de caminhada desde a estação de trem mais próxima do Autódromo de Interlagos até o local dos shows. “Esqueçam a ideia de vir de táxi ou aplicativos. Se quiser ser feliz, venha de transporte público”, reforçou Roberta.

A realidade foi diferente.

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Pelas ruas, caos do trânsito e transporte por aplicativos nas alturas. Nos trilhos, lotação. Nem sempre é fácil a locomoção durante os festivais de música em São Paulo. Justamente para acelerar e facilitar a entrada do público ao The Town, foi criado um ônibus e uma operação de metrô, em parceria com a Via Mobilidade, para tentar mudar esse cenário.

A organização para a minha ida, com saída antecipada em relação ao resto do público, até funcionou com quase perfeição - ao contrário de pessoas que saíram um pouco depois de mim. Mas a volta foi um verdadeiro caos. No primeiro dia de festival, utilizei a linha semi-expressa da CPTM, criada exclusivamente para o festival.

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As opções operam nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Para chegar lá, desembarquei na estação Pinheiros, da linha amarela do metrô e fiz a transferência para o trem. A expressa, que sai por R$ 40 (ida e volta) com apenas uma parada em outra estação além da final, e a semi-expressa (R$ 15, ida e volta), com paradas em sete estações estratégicas. Ambas têm o embarque e desembarque na estação Autódromo, cerca de 14 minutos andando até a entrada do festival.

Pelo site, antecipadamente comprei o primeiro horário, das 12h (existem opções até às 20h). Mas mesmo assim a estação já estava cheia. De qualquer maneira era fácil encontrar o grupo que conferia o QR code do bilhete e fazia a distribuição de uma pulseira para o retorno.

O trem chegou às 12h03 e saiu pouco depois de um minuto parado. 12h08 parou na segunda estação, Vila Olímpia, e só foi permitido o embarque nos dois primeiros vagões. O mesmo foi feito nas três estações seguintes.

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Apesar de repetidas recomendações dos funcionários para os passageiros se deslocarem ao último vagão do trem, onde até tinham assentos disponíveis, o pessoal se aglomerava nos primeiros carros. O que atrapalhou um pouco o fluxo interno.

Para mim, de modo geral, a ida foi tranquila, apesar do atraso do trem - que chegou ao destino mais de 20 minutos depois do estimado. Além disso, poucas entradas de acesso eram oferecidas para os fãs e assim muitos deles perderam os primeiros shows do dia. Quem pegou os horários seguintes, no entanto, relatou trens lotados e ainda mais atraso.

O ideal, portanto, é pegar os primeiros horários para garantir a entrada com folga - nem que seja para já ir entrando na fila.

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Mas aí fui encarar a volta...

Aglomeração na estação Autódromo atrapalha saída do The Town Foto: Arquivo pessoal / Ana Lourenço

Um mar de gente não deixava dúvidas de onde seguir para pegar o trem. No entanto, nenhuma placa avisava, de antemão , qual era a fila do expresso, a do semi-expresso e a do transporte normal. Só chegando quase na entrada da estação era descoberta essa informação, o que fazia com que muita gente voltasse metros para trás, no final da fila.

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Saí às 01h42 do festival e até às 02h20 não tinha conseguido entrar. A previsão das pessoas na fila com quem conversei era de 30 minutos. Ou seja, os poucos minutos estimados viraram mais de duas horas. Mas eu não tinha tanto otimismo. Nada era muito claro. Todas as filas estavam gigantes e pareciam se juntar ao chegar na plataforma da estação.

Diferentemente da ida, em que os horários eram estabelecidos, a volta acontecia a partir de meia-noite. Assim, não era possível saber que horas sairia o seu transporte.

De acordo com um funcionário da Via Mobilidade, que não quis se identificar, faltou organização e logística para a saída do festival. O próprio me incentivou a pegar o trem regular que andava mais rápido do que o semi-expresso. “O normal sai de 10 em 10 minutos, é bem mais rápido.”

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Para quem foi embora antes de acabar o último show, pelo contrário, foi tranquilo. Mas por saber que teria que acordar cedo no dia seguinte, desisti de esperar minha entrada e pedi um carro por aplicativo.

Outra opção oferecida pelo festival foi o ônibus, com embarque em sete locais da cidade, a cada 20 minutos, e desembarque a 300 metros do portão de entrada da Cidade da Música. Os valores custam entre R$ 10 e R$ 50, dependendo do local de início escolhido.

Carla Menezes, social media do Estadão que também fez a cobertura do festival, entrou na fila do ônibus às 13h14, mas só conseguiu chegar ao festival às 16h02. Na volta, não havia muita sinalização para onde seria feito o embarque. No Ibirapuera, um dos veículos chegou a pegar fogo.

Depois de horas em pé, tomando chuva e vento, o desgaste do público era grande. E encontrar uma desorganização como essa só contribuía com o sentimento ruim. A ideia de ter um transporte que funciona na madrugada é maravilhosa, mas ela poderia ter funcionado bem se a logística fosse pensada de acordo com o tamanho do festival.

Enquanto isso não é possível, recomendo sair pouco antes do final do último show do palco principal para evitar o fluxo grande de pessoas. De qualquer maneira, prepare-se para filas e atraso dos trens.

Contatada pelo Estadão, a ViaMobilidade enviou a seguinte nota:

“São Paulo, 3 de setembro 2023 – Ontem (2/9), devido à falha elétrica, a Linha 9-Esmeralda operou com intervalos de 10 minutos entre as estações Osasco e Autódromo, e de 20 minutos entre Autódromo e Bruno Covas Mendes Vila Natal. Os impactos na linha envolveram tanto o transporte regular como os serviços especiais expressos e semiexpressos para o The Town. Para dar suporte à operação, 32 ônibus do sistema PAESE foram acionados para atender o trecho entre Grajaú e Jurubatuba. Técnicos da ViaMobilidade atuaram para normalizar a situação. Durante toda a ocorrência, os passageiros foram orientados por Agentes de Atendimento e Segurança (AAS) e avisos sonoros nos trens e estações.”

O Estadão também entrou em contato com a organização do The Town para saber sobre os atrasos e a aglomeração dos trens, mas ainda não teve retorno. O espaço segue aberto.

No dia 10 de agosto, um mês antes do The Town, a organização do festival pediu que os 100 mil fãs previstos para irem a cada dia ao evento priorizassem o transporte público, como registrou a reportagem do Estadão:

Roberta Medina, filha do empresário e diretora do festival, afirmou que não haverá como as pessoas irem de carro ou outros transportes individuais. “Vão parar nos bloqueios”. Serão 8 minutos de caminhada desde a estação de trem mais próxima do Autódromo de Interlagos até o local dos shows. “Esqueçam a ideia de vir de táxi ou aplicativos. Se quiser ser feliz, venha de transporte público”, reforçou Roberta.

A realidade foi diferente.

Pelas ruas, caos do trânsito e transporte por aplicativos nas alturas. Nos trilhos, lotação. Nem sempre é fácil a locomoção durante os festivais de música em São Paulo. Justamente para acelerar e facilitar a entrada do público ao The Town, foi criado um ônibus e uma operação de metrô, em parceria com a Via Mobilidade, para tentar mudar esse cenário.

A organização para a minha ida, com saída antecipada em relação ao resto do público, até funcionou com quase perfeição - ao contrário de pessoas que saíram um pouco depois de mim. Mas a volta foi um verdadeiro caos. No primeiro dia de festival, utilizei a linha semi-expressa da CPTM, criada exclusivamente para o festival.

As opções operam nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Para chegar lá, desembarquei na estação Pinheiros, da linha amarela do metrô e fiz a transferência para o trem. A expressa, que sai por R$ 40 (ida e volta) com apenas uma parada em outra estação além da final, e a semi-expressa (R$ 15, ida e volta), com paradas em sete estações estratégicas. Ambas têm o embarque e desembarque na estação Autódromo, cerca de 14 minutos andando até a entrada do festival.

Pelo site, antecipadamente comprei o primeiro horário, das 12h (existem opções até às 20h). Mas mesmo assim a estação já estava cheia. De qualquer maneira era fácil encontrar o grupo que conferia o QR code do bilhete e fazia a distribuição de uma pulseira para o retorno.

O trem chegou às 12h03 e saiu pouco depois de um minuto parado. 12h08 parou na segunda estação, Vila Olímpia, e só foi permitido o embarque nos dois primeiros vagões. O mesmo foi feito nas três estações seguintes.

Apesar de repetidas recomendações dos funcionários para os passageiros se deslocarem ao último vagão do trem, onde até tinham assentos disponíveis, o pessoal se aglomerava nos primeiros carros. O que atrapalhou um pouco o fluxo interno.

Para mim, de modo geral, a ida foi tranquila, apesar do atraso do trem - que chegou ao destino mais de 20 minutos depois do estimado. Além disso, poucas entradas de acesso eram oferecidas para os fãs e assim muitos deles perderam os primeiros shows do dia. Quem pegou os horários seguintes, no entanto, relatou trens lotados e ainda mais atraso.

O ideal, portanto, é pegar os primeiros horários para garantir a entrada com folga - nem que seja para já ir entrando na fila.

Mas aí fui encarar a volta...

Aglomeração na estação Autódromo atrapalha saída do The Town Foto: Arquivo pessoal / Ana Lourenço

Um mar de gente não deixava dúvidas de onde seguir para pegar o trem. No entanto, nenhuma placa avisava, de antemão , qual era a fila do expresso, a do semi-expresso e a do transporte normal. Só chegando quase na entrada da estação era descoberta essa informação, o que fazia com que muita gente voltasse metros para trás, no final da fila.

Saí às 01h42 do festival e até às 02h20 não tinha conseguido entrar. A previsão das pessoas na fila com quem conversei era de 30 minutos. Ou seja, os poucos minutos estimados viraram mais de duas horas. Mas eu não tinha tanto otimismo. Nada era muito claro. Todas as filas estavam gigantes e pareciam se juntar ao chegar na plataforma da estação.

Diferentemente da ida, em que os horários eram estabelecidos, a volta acontecia a partir de meia-noite. Assim, não era possível saber que horas sairia o seu transporte.

De acordo com um funcionário da Via Mobilidade, que não quis se identificar, faltou organização e logística para a saída do festival. O próprio me incentivou a pegar o trem regular que andava mais rápido do que o semi-expresso. “O normal sai de 10 em 10 minutos, é bem mais rápido.”

Para quem foi embora antes de acabar o último show, pelo contrário, foi tranquilo. Mas por saber que teria que acordar cedo no dia seguinte, desisti de esperar minha entrada e pedi um carro por aplicativo.

Outra opção oferecida pelo festival foi o ônibus, com embarque em sete locais da cidade, a cada 20 minutos, e desembarque a 300 metros do portão de entrada da Cidade da Música. Os valores custam entre R$ 10 e R$ 50, dependendo do local de início escolhido.

Carla Menezes, social media do Estadão que também fez a cobertura do festival, entrou na fila do ônibus às 13h14, mas só conseguiu chegar ao festival às 16h02. Na volta, não havia muita sinalização para onde seria feito o embarque. No Ibirapuera, um dos veículos chegou a pegar fogo.

Depois de horas em pé, tomando chuva e vento, o desgaste do público era grande. E encontrar uma desorganização como essa só contribuía com o sentimento ruim. A ideia de ter um transporte que funciona na madrugada é maravilhosa, mas ela poderia ter funcionado bem se a logística fosse pensada de acordo com o tamanho do festival.

Enquanto isso não é possível, recomendo sair pouco antes do final do último show do palco principal para evitar o fluxo grande de pessoas. De qualquer maneira, prepare-se para filas e atraso dos trens.

Contatada pelo Estadão, a ViaMobilidade enviou a seguinte nota:

“São Paulo, 3 de setembro 2023 – Ontem (2/9), devido à falha elétrica, a Linha 9-Esmeralda operou com intervalos de 10 minutos entre as estações Osasco e Autódromo, e de 20 minutos entre Autódromo e Bruno Covas Mendes Vila Natal. Os impactos na linha envolveram tanto o transporte regular como os serviços especiais expressos e semiexpressos para o The Town. Para dar suporte à operação, 32 ônibus do sistema PAESE foram acionados para atender o trecho entre Grajaú e Jurubatuba. Técnicos da ViaMobilidade atuaram para normalizar a situação. Durante toda a ocorrência, os passageiros foram orientados por Agentes de Atendimento e Segurança (AAS) e avisos sonoros nos trens e estações.”

O Estadão também entrou em contato com a organização do The Town para saber sobre os atrasos e a aglomeração dos trens, mas ainda não teve retorno. O espaço segue aberto.

No dia 10 de agosto, um mês antes do The Town, a organização do festival pediu que os 100 mil fãs previstos para irem a cada dia ao evento priorizassem o transporte público, como registrou a reportagem do Estadão:

Roberta Medina, filha do empresário e diretora do festival, afirmou que não haverá como as pessoas irem de carro ou outros transportes individuais. “Vão parar nos bloqueios”. Serão 8 minutos de caminhada desde a estação de trem mais próxima do Autódromo de Interlagos até o local dos shows. “Esqueçam a ideia de vir de táxi ou aplicativos. Se quiser ser feliz, venha de transporte público”, reforçou Roberta.

A realidade foi diferente.

Pelas ruas, caos do trânsito e transporte por aplicativos nas alturas. Nos trilhos, lotação. Nem sempre é fácil a locomoção durante os festivais de música em São Paulo. Justamente para acelerar e facilitar a entrada do público ao The Town, foi criado um ônibus e uma operação de metrô, em parceria com a Via Mobilidade, para tentar mudar esse cenário.

A organização para a minha ida, com saída antecipada em relação ao resto do público, até funcionou com quase perfeição - ao contrário de pessoas que saíram um pouco depois de mim. Mas a volta foi um verdadeiro caos. No primeiro dia de festival, utilizei a linha semi-expressa da CPTM, criada exclusivamente para o festival.

As opções operam nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Para chegar lá, desembarquei na estação Pinheiros, da linha amarela do metrô e fiz a transferência para o trem. A expressa, que sai por R$ 40 (ida e volta) com apenas uma parada em outra estação além da final, e a semi-expressa (R$ 15, ida e volta), com paradas em sete estações estratégicas. Ambas têm o embarque e desembarque na estação Autódromo, cerca de 14 minutos andando até a entrada do festival.

Pelo site, antecipadamente comprei o primeiro horário, das 12h (existem opções até às 20h). Mas mesmo assim a estação já estava cheia. De qualquer maneira era fácil encontrar o grupo que conferia o QR code do bilhete e fazia a distribuição de uma pulseira para o retorno.

O trem chegou às 12h03 e saiu pouco depois de um minuto parado. 12h08 parou na segunda estação, Vila Olímpia, e só foi permitido o embarque nos dois primeiros vagões. O mesmo foi feito nas três estações seguintes.

Apesar de repetidas recomendações dos funcionários para os passageiros se deslocarem ao último vagão do trem, onde até tinham assentos disponíveis, o pessoal se aglomerava nos primeiros carros. O que atrapalhou um pouco o fluxo interno.

Para mim, de modo geral, a ida foi tranquila, apesar do atraso do trem - que chegou ao destino mais de 20 minutos depois do estimado. Além disso, poucas entradas de acesso eram oferecidas para os fãs e assim muitos deles perderam os primeiros shows do dia. Quem pegou os horários seguintes, no entanto, relatou trens lotados e ainda mais atraso.

O ideal, portanto, é pegar os primeiros horários para garantir a entrada com folga - nem que seja para já ir entrando na fila.

Mas aí fui encarar a volta...

Aglomeração na estação Autódromo atrapalha saída do The Town Foto: Arquivo pessoal / Ana Lourenço

Um mar de gente não deixava dúvidas de onde seguir para pegar o trem. No entanto, nenhuma placa avisava, de antemão , qual era a fila do expresso, a do semi-expresso e a do transporte normal. Só chegando quase na entrada da estação era descoberta essa informação, o que fazia com que muita gente voltasse metros para trás, no final da fila.

Saí às 01h42 do festival e até às 02h20 não tinha conseguido entrar. A previsão das pessoas na fila com quem conversei era de 30 minutos. Ou seja, os poucos minutos estimados viraram mais de duas horas. Mas eu não tinha tanto otimismo. Nada era muito claro. Todas as filas estavam gigantes e pareciam se juntar ao chegar na plataforma da estação.

Diferentemente da ida, em que os horários eram estabelecidos, a volta acontecia a partir de meia-noite. Assim, não era possível saber que horas sairia o seu transporte.

De acordo com um funcionário da Via Mobilidade, que não quis se identificar, faltou organização e logística para a saída do festival. O próprio me incentivou a pegar o trem regular que andava mais rápido do que o semi-expresso. “O normal sai de 10 em 10 minutos, é bem mais rápido.”

Para quem foi embora antes de acabar o último show, pelo contrário, foi tranquilo. Mas por saber que teria que acordar cedo no dia seguinte, desisti de esperar minha entrada e pedi um carro por aplicativo.

Outra opção oferecida pelo festival foi o ônibus, com embarque em sete locais da cidade, a cada 20 minutos, e desembarque a 300 metros do portão de entrada da Cidade da Música. Os valores custam entre R$ 10 e R$ 50, dependendo do local de início escolhido.

Carla Menezes, social media do Estadão que também fez a cobertura do festival, entrou na fila do ônibus às 13h14, mas só conseguiu chegar ao festival às 16h02. Na volta, não havia muita sinalização para onde seria feito o embarque. No Ibirapuera, um dos veículos chegou a pegar fogo.

Depois de horas em pé, tomando chuva e vento, o desgaste do público era grande. E encontrar uma desorganização como essa só contribuía com o sentimento ruim. A ideia de ter um transporte que funciona na madrugada é maravilhosa, mas ela poderia ter funcionado bem se a logística fosse pensada de acordo com o tamanho do festival.

Enquanto isso não é possível, recomendo sair pouco antes do final do último show do palco principal para evitar o fluxo grande de pessoas. De qualquer maneira, prepare-se para filas e atraso dos trens.

Contatada pelo Estadão, a ViaMobilidade enviou a seguinte nota:

“São Paulo, 3 de setembro 2023 – Ontem (2/9), devido à falha elétrica, a Linha 9-Esmeralda operou com intervalos de 10 minutos entre as estações Osasco e Autódromo, e de 20 minutos entre Autódromo e Bruno Covas Mendes Vila Natal. Os impactos na linha envolveram tanto o transporte regular como os serviços especiais expressos e semiexpressos para o The Town. Para dar suporte à operação, 32 ônibus do sistema PAESE foram acionados para atender o trecho entre Grajaú e Jurubatuba. Técnicos da ViaMobilidade atuaram para normalizar a situação. Durante toda a ocorrência, os passageiros foram orientados por Agentes de Atendimento e Segurança (AAS) e avisos sonoros nos trens e estações.”

O Estadão também entrou em contato com a organização do The Town para saber sobre os atrasos e a aglomeração dos trens, mas ainda não teve retorno. O espaço segue aberto.

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