Sem Inteligência Artificial, propaganda reuniu Tom Jobim e Vinicius de Moraes em 1992; relembre


Doze anos após a morte do poeta, os parceiros cantaram e brindaram juntos em um comercial para uma cervejaria

Por Danilo Casaletti
Atualização:

O comercial da Volkswagen que uniu Elis Regina (1945-1982) e Maria Rita tem como slogan ‘o novo veio de novo’, em referência à canção Como Nossos Pais, de Belchior, que embala o encontro inédito entre mãe e filha, feito com a ajuda de ferramentas da Inteligência Artificial e da técnica da deep fake.

Entretanto, o verso usado poderia ser até mesmo o escrito por Cazuza na música O Tempo Não Para: ‘eu vejo o futuro repetir o passado’. Isso porque, em 1992, um comercial da Brahma reuniu novamente os parceiros Tom Jobim (1927-1994) e Vinicius de Moraes (1913-1980), doze anos depois da morte do Poetinha.

No início da peça publicitária, também de dois minutos, assim como a da Volkswagem, Tom, dedilhando no piano, diz: “Meu querido poeta, eu queria você aqui, agora, pra gente tomar aquele chopp de verdade, vendo a garota passar”.

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Em seguida, Tom toca e canta o clássico Eu Sei Que Vou Te Amar, parceria de ambos, enquanto imagens do Rio de Janeiro, com um filtro amarelo, que lembra a cor da bebida, preenchem a tela.

Tom Jobim e Vinicius de Moraes em show realizado em Paris Foto: Ana Jobim

Mais para frente, Tom olha para o lado e vê seu desejo atendido: Vinicius está novamente ao seu lado, proclamando o poema Soneto da Fidelidade. Depois, lado a lado, com a tecnologia disponível na época, eles cantam juntos os últimos versos de Eu Sei Que Vou Te Amar. Para isso, foi usada uma imagem antiga de Vinicius.

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Por fim, Tom e Vinicius brindam, cada um com seu copo de chopp, o reencontro. “Chopp da Brahma, o chopp de verdade”, diz Tom, depois do brinde.

Assim como a propaganda que agora uniu Elis e Maria Rita - o filme está sendo alvo de uma representação ética por parte do Conar - , a campanha com Tom e Vinicius também causou polêmica e discussão. Houve quem condenou Tom por ceder a canção para a marca. A família de Vinicius também recebeu críticas por ceder a imagem do poeta.

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A propaganda do chopp não era a primeira de Jobim. Nos anos 1980, ele já tinha cedido a música Águas de Março para a Coca-Cola. Com as críticas, teria dito uma frase que entrou para a história: “sucesso no Brasil é ofensa pessoal”.

Tom também fez campanhas para a Embratur e, para o sabonete Phebo, compôs uma trilha especial.

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No mesmo ano do comercial da Brahma, em 1992, um show muito aguardado juntou Tom a outro ícone da bossa nova, João Gilberto. Era a ela primeira vez em 30 anos que eles se apresentariam juntos. A cervejaria patrocinou o encontro. A apresentação rendeu um especial para a TV Globo, Tom & João, dirigido por Walter Salles Jr.

O show, marcado por problemas técnicos, como mostrou reportagem do Estadão publicada em 9 de dezembro de 1992, teve na plateia nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Edu Lobo, Martinho da Vila, Jards Macalé, Francis Hime e Marina.

Ao final da apresentação, cada um saiu por um lado do palco, alimentando ainda mais as notícias que o afastamento por três décadas havia sido por conta de um desentendimento entre eles.

O comercial da Volkswagen que uniu Elis Regina (1945-1982) e Maria Rita tem como slogan ‘o novo veio de novo’, em referência à canção Como Nossos Pais, de Belchior, que embala o encontro inédito entre mãe e filha, feito com a ajuda de ferramentas da Inteligência Artificial e da técnica da deep fake.

Entretanto, o verso usado poderia ser até mesmo o escrito por Cazuza na música O Tempo Não Para: ‘eu vejo o futuro repetir o passado’. Isso porque, em 1992, um comercial da Brahma reuniu novamente os parceiros Tom Jobim (1927-1994) e Vinicius de Moraes (1913-1980), doze anos depois da morte do Poetinha.

No início da peça publicitária, também de dois minutos, assim como a da Volkswagem, Tom, dedilhando no piano, diz: “Meu querido poeta, eu queria você aqui, agora, pra gente tomar aquele chopp de verdade, vendo a garota passar”.

Em seguida, Tom toca e canta o clássico Eu Sei Que Vou Te Amar, parceria de ambos, enquanto imagens do Rio de Janeiro, com um filtro amarelo, que lembra a cor da bebida, preenchem a tela.

Tom Jobim e Vinicius de Moraes em show realizado em Paris Foto: Ana Jobim

Mais para frente, Tom olha para o lado e vê seu desejo atendido: Vinicius está novamente ao seu lado, proclamando o poema Soneto da Fidelidade. Depois, lado a lado, com a tecnologia disponível na época, eles cantam juntos os últimos versos de Eu Sei Que Vou Te Amar. Para isso, foi usada uma imagem antiga de Vinicius.

Por fim, Tom e Vinicius brindam, cada um com seu copo de chopp, o reencontro. “Chopp da Brahma, o chopp de verdade”, diz Tom, depois do brinde.

Assim como a propaganda que agora uniu Elis e Maria Rita - o filme está sendo alvo de uma representação ética por parte do Conar - , a campanha com Tom e Vinicius também causou polêmica e discussão. Houve quem condenou Tom por ceder a canção para a marca. A família de Vinicius também recebeu críticas por ceder a imagem do poeta.

A propaganda do chopp não era a primeira de Jobim. Nos anos 1980, ele já tinha cedido a música Águas de Março para a Coca-Cola. Com as críticas, teria dito uma frase que entrou para a história: “sucesso no Brasil é ofensa pessoal”.

Tom também fez campanhas para a Embratur e, para o sabonete Phebo, compôs uma trilha especial.

No mesmo ano do comercial da Brahma, em 1992, um show muito aguardado juntou Tom a outro ícone da bossa nova, João Gilberto. Era a ela primeira vez em 30 anos que eles se apresentariam juntos. A cervejaria patrocinou o encontro. A apresentação rendeu um especial para a TV Globo, Tom & João, dirigido por Walter Salles Jr.

O show, marcado por problemas técnicos, como mostrou reportagem do Estadão publicada em 9 de dezembro de 1992, teve na plateia nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Edu Lobo, Martinho da Vila, Jards Macalé, Francis Hime e Marina.

Ao final da apresentação, cada um saiu por um lado do palco, alimentando ainda mais as notícias que o afastamento por três décadas havia sido por conta de um desentendimento entre eles.

O comercial da Volkswagen que uniu Elis Regina (1945-1982) e Maria Rita tem como slogan ‘o novo veio de novo’, em referência à canção Como Nossos Pais, de Belchior, que embala o encontro inédito entre mãe e filha, feito com a ajuda de ferramentas da Inteligência Artificial e da técnica da deep fake.

Entretanto, o verso usado poderia ser até mesmo o escrito por Cazuza na música O Tempo Não Para: ‘eu vejo o futuro repetir o passado’. Isso porque, em 1992, um comercial da Brahma reuniu novamente os parceiros Tom Jobim (1927-1994) e Vinicius de Moraes (1913-1980), doze anos depois da morte do Poetinha.

No início da peça publicitária, também de dois minutos, assim como a da Volkswagem, Tom, dedilhando no piano, diz: “Meu querido poeta, eu queria você aqui, agora, pra gente tomar aquele chopp de verdade, vendo a garota passar”.

Em seguida, Tom toca e canta o clássico Eu Sei Que Vou Te Amar, parceria de ambos, enquanto imagens do Rio de Janeiro, com um filtro amarelo, que lembra a cor da bebida, preenchem a tela.

Tom Jobim e Vinicius de Moraes em show realizado em Paris Foto: Ana Jobim

Mais para frente, Tom olha para o lado e vê seu desejo atendido: Vinicius está novamente ao seu lado, proclamando o poema Soneto da Fidelidade. Depois, lado a lado, com a tecnologia disponível na época, eles cantam juntos os últimos versos de Eu Sei Que Vou Te Amar. Para isso, foi usada uma imagem antiga de Vinicius.

Por fim, Tom e Vinicius brindam, cada um com seu copo de chopp, o reencontro. “Chopp da Brahma, o chopp de verdade”, diz Tom, depois do brinde.

Assim como a propaganda que agora uniu Elis e Maria Rita - o filme está sendo alvo de uma representação ética por parte do Conar - , a campanha com Tom e Vinicius também causou polêmica e discussão. Houve quem condenou Tom por ceder a canção para a marca. A família de Vinicius também recebeu críticas por ceder a imagem do poeta.

A propaganda do chopp não era a primeira de Jobim. Nos anos 1980, ele já tinha cedido a música Águas de Março para a Coca-Cola. Com as críticas, teria dito uma frase que entrou para a história: “sucesso no Brasil é ofensa pessoal”.

Tom também fez campanhas para a Embratur e, para o sabonete Phebo, compôs uma trilha especial.

No mesmo ano do comercial da Brahma, em 1992, um show muito aguardado juntou Tom a outro ícone da bossa nova, João Gilberto. Era a ela primeira vez em 30 anos que eles se apresentariam juntos. A cervejaria patrocinou o encontro. A apresentação rendeu um especial para a TV Globo, Tom & João, dirigido por Walter Salles Jr.

O show, marcado por problemas técnicos, como mostrou reportagem do Estadão publicada em 9 de dezembro de 1992, teve na plateia nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Edu Lobo, Martinho da Vila, Jards Macalé, Francis Hime e Marina.

Ao final da apresentação, cada um saiu por um lado do palco, alimentando ainda mais as notícias que o afastamento por três décadas havia sido por conta de um desentendimento entre eles.

O comercial da Volkswagen que uniu Elis Regina (1945-1982) e Maria Rita tem como slogan ‘o novo veio de novo’, em referência à canção Como Nossos Pais, de Belchior, que embala o encontro inédito entre mãe e filha, feito com a ajuda de ferramentas da Inteligência Artificial e da técnica da deep fake.

Entretanto, o verso usado poderia ser até mesmo o escrito por Cazuza na música O Tempo Não Para: ‘eu vejo o futuro repetir o passado’. Isso porque, em 1992, um comercial da Brahma reuniu novamente os parceiros Tom Jobim (1927-1994) e Vinicius de Moraes (1913-1980), doze anos depois da morte do Poetinha.

No início da peça publicitária, também de dois minutos, assim como a da Volkswagem, Tom, dedilhando no piano, diz: “Meu querido poeta, eu queria você aqui, agora, pra gente tomar aquele chopp de verdade, vendo a garota passar”.

Em seguida, Tom toca e canta o clássico Eu Sei Que Vou Te Amar, parceria de ambos, enquanto imagens do Rio de Janeiro, com um filtro amarelo, que lembra a cor da bebida, preenchem a tela.

Tom Jobim e Vinicius de Moraes em show realizado em Paris Foto: Ana Jobim

Mais para frente, Tom olha para o lado e vê seu desejo atendido: Vinicius está novamente ao seu lado, proclamando o poema Soneto da Fidelidade. Depois, lado a lado, com a tecnologia disponível na época, eles cantam juntos os últimos versos de Eu Sei Que Vou Te Amar. Para isso, foi usada uma imagem antiga de Vinicius.

Por fim, Tom e Vinicius brindam, cada um com seu copo de chopp, o reencontro. “Chopp da Brahma, o chopp de verdade”, diz Tom, depois do brinde.

Assim como a propaganda que agora uniu Elis e Maria Rita - o filme está sendo alvo de uma representação ética por parte do Conar - , a campanha com Tom e Vinicius também causou polêmica e discussão. Houve quem condenou Tom por ceder a canção para a marca. A família de Vinicius também recebeu críticas por ceder a imagem do poeta.

A propaganda do chopp não era a primeira de Jobim. Nos anos 1980, ele já tinha cedido a música Águas de Março para a Coca-Cola. Com as críticas, teria dito uma frase que entrou para a história: “sucesso no Brasil é ofensa pessoal”.

Tom também fez campanhas para a Embratur e, para o sabonete Phebo, compôs uma trilha especial.

No mesmo ano do comercial da Brahma, em 1992, um show muito aguardado juntou Tom a outro ícone da bossa nova, João Gilberto. Era a ela primeira vez em 30 anos que eles se apresentariam juntos. A cervejaria patrocinou o encontro. A apresentação rendeu um especial para a TV Globo, Tom & João, dirigido por Walter Salles Jr.

O show, marcado por problemas técnicos, como mostrou reportagem do Estadão publicada em 9 de dezembro de 1992, teve na plateia nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Edu Lobo, Martinho da Vila, Jards Macalé, Francis Hime e Marina.

Ao final da apresentação, cada um saiu por um lado do palco, alimentando ainda mais as notícias que o afastamento por três décadas havia sido por conta de um desentendimento entre eles.

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