Taylor Swift: ‘New York Times’ descreve ‘planos arruinados, calor extremo e decepção’ no Rio


Publicação americana resume fim de semana no Brasil: ‘Fatalidades e outros problemas foram um afastamento da triunfante primeira etapa da turnê nos EUA’; leia

Por Amanda Holpuch, Flávia Milhorance e Leonardo Coelho
Atualização:

Taylor Swift foi recebida no Brasil nesta quinta-feira por uma projeção que fez com que a mundialmente famosa estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, parecesse estar vestida com uma camiseta semelhante à que ela usou no videoclipe You Belong to Me e decorada com nomes de estados brasileiros e símbolos de suas músicas.

Mas a tragédia e os problemas sucederam essa recepção calorosa.

Uma fã morreu no calor sufocante do show de sexta à noite no Rio de Janeiro. De última hora, Swift adiou seu show de sábado para segunda-feira, para desespero de milhares de fãs que já haviam começado a lotar o estádio. A Polícia Militar disse que um fã que estava no Rio de Janeiro para o show de domingo foi morto a facadas naquela manhã.

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Palco de Taylor Swift no show no Estádio Nilton Santos, no Engenhão, na sexta-feira, 17 Foto: Arquivo pessoal/Michael Tran / AFP

As fatalidades e outros problemas foram um afastamento da triunfante primeira etapa da Eras Tour de Swift, uma produção que abrangeu toda a carreira e quebrou recordes na América do Norte. À medida que o segundo show da turnê no Rio de Janeiro se aproximava na noite de domingo, os fãs lutavam com planos de viagem arruinados, calor extremo e decepção.

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Anne Di Motta, 30 anos, psicóloga de São Paulo, deveria comparecer ao show de sábado à noite e disse que voltaria para casa antes do show remarcado para segunda-feira porque precisava trabalhar.

“Passei os últimos 17 anos esperando a oportunidade de ir, de realizar meu sonho adolescente de conhecer alguém que conheço desde seu primeiro single”, disse Di Motta. “E ficar três horas sentado em uma cadeira, completamente molhada de suor, tendo que superar vários desafios pessoais para estar ali completamente sozinha, para receber a notícia de que foi cancelado – foi completamente devastador.”

O show de sábado à noite foi adiado por causa das temperaturas extremas, disse Swift em uma postagem no Instagram horas antes do início do show em um estádio de futebol ao ar livre. “A segurança e o bem-estar dos meus fãs, colegas artistas e equipe técnica devem e sempre estarão em primeiro lugar”, disse ela.

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Taylor Swift Foto: Suzanne Cordeiro / AFP

Naquele momento, milhares de fãs viajaram para ver Swift, enfrentando o pico do calor do dia, antes de serem convidados a deixar o local.

Um representante de Swift não respondeu imediatamente às perguntas enviadas por e-mail sobre o adiamento do show de sábado.

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Os shows no Rio aconteceram depois que Swift se apresentou na Argentina, primeira parada da Eras Tour fora da América do Norte. Ela teve que mudar um show em Buenos Aires por causa de uma tempestade. Ela está programada para se apresentar em São Paulo nos dias 24, 25 e 26 de novembro, antes de viajar no próximo ano para cidades da América do Sul, Ásia, Austrália e Europa.

Julia Alvarenga, influenciadora, estava no estádio quando o show foi adiado e disse em um vídeo amplamente divulgado online que havia chegado para o show às 11h. “Taylor Swift, estou usando uma fralda geriátrica que não fecha em mim”, disse Alvarenga.

“Comprei água, comprei ventilador, todo mundo está chorando, gritando, então você apareça nesse palco!”, falou.

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Gabriela Werner, 24 anos, analista de marketing, comprou ingressos para cada show no Rio e dois em São Paulo, e disse que começou a se preparar para o calor há três meses, malhando em uma academia sem ar condicionado no meio do dia. Ela mora em Porto Alegre.

Enquanto esperava na fila para o show de domingo à noite, Werner disse que o clima estava muito mais calmo do que no show de sexta-feira. “Não está tão quente e todo mundo está se contendo por causa das noites anteriores e de tudo o que aconteceu”, disse ela.

Ela não esperava que Swift voltasse ao Brasil. “Tenho certeza de que ela está traumatizada”, disse Werner.

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Werner, assim como muitos outros fãs, culpou a empresa brasileira que organizou o show, Time for Fun, pelos problemas. Wadih Damous, chefe da agência de proteção ao consumidor do Brasil, disse que o governo investigaria a Time for Fun. A empresa disse no sábado que iria contratar funcionários, fornecer água gratuitamente e permitir que os torcedores entrassem no estádio com água e comida.

Quando a multidão deixou o estádio no sábado à noite, houve relatos de agitação perto do local, disse a polícia.

Depois que Matheus Duarte, 24 anos, funcionário de um armazém, saiu do estádio e foi até um shopping próximo, viu gente gritando que havia um arrastão.

“Não sei se realmente aconteceu, mas vi gente desesperada correndo”, disse Duarte. “E assim que vi, comecei a correr e me escondi em um estacionamento.”

No domingo, a Polícia Militar disse que não houve relatos de roubos ou assaltos na noite anterior. Mas antes do show de domingo, um fã que ia ao show no Rio de Janeiro foi morto a facadas após uma tentativa de assalto em Copacabana, a famosa faixa à beira-mar, disse a Polícia Militar. Dois homens foram presos, disseram. O fã, Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, estava com amigos quando foi esfaqueado, informou a Polícia Civil.

Durante o show desta sexta, Ana Clara Benevides, 23, morreu após perder a consciência, disseram as autoridades. Ela foi declarada morta por parada cardíaca após ser levada a um hospital, de acordo com autoridades municipais e a Time For Fun.

Ana Clara Benevides Foto: Reprodução/Instagram/@acbenevidesm

Benevides, estudante de psicologia, viajou de Rondonópolis, que fica a cerca de 1.400 quilômetros a noroeste do Rio de Janeiro, para o show. Sua amiga Emiliane Félix, 22 anos, disse ao jornal O Globo que Benevides enviava para as amigas fotos de seus looks para o show “há mais de um mês”.

No X, plataforma de mídia social anteriormente conhecida como Twitter, Benevides compartilhou seu entusiasmo com o show, escrevendo em 7 de novembro: “Não sei qual será meu propósito na vida depois de ver Taylor”.

Os fãs presentes no show de sexta-feira reclamaram da falta de água e do calor extremo. O índice de calor, uma medida de quão quente o ar está devido à umidade, atingiu 60ºC, um recorde para o Rio.

Em uma postagem online, Swift disse que ficou “arrasada” com a morte de sua fã. “Não poderei falar sobre isso no palco porque me sinto oprimida pela tristeza quando tento falar sobre isso”, disse ela.

Luiza Guimarães, 33, economista, disse que ficou decepcionada com a demora para o show de sábado ser cancelado porque alguns fãs já não tinham certeza se ele continuaria após a morte de Benevides e estavam preocupados com o calor. “Realmente, a produção do show foi muito imprudente e tudo foi muito mal administrado”, disse ela.

Guimarães disse que não culpa Swift pelos problemas e que acha que a cantora deve estar “muito, muito desanimada”.

Este artigo foi publicado originalmente no The New York Times.

Taylor Swift foi recebida no Brasil nesta quinta-feira por uma projeção que fez com que a mundialmente famosa estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, parecesse estar vestida com uma camiseta semelhante à que ela usou no videoclipe You Belong to Me e decorada com nomes de estados brasileiros e símbolos de suas músicas.

Mas a tragédia e os problemas sucederam essa recepção calorosa.

Uma fã morreu no calor sufocante do show de sexta à noite no Rio de Janeiro. De última hora, Swift adiou seu show de sábado para segunda-feira, para desespero de milhares de fãs que já haviam começado a lotar o estádio. A Polícia Militar disse que um fã que estava no Rio de Janeiro para o show de domingo foi morto a facadas naquela manhã.

Palco de Taylor Swift no show no Estádio Nilton Santos, no Engenhão, na sexta-feira, 17 Foto: Arquivo pessoal/Michael Tran / AFP

As fatalidades e outros problemas foram um afastamento da triunfante primeira etapa da Eras Tour de Swift, uma produção que abrangeu toda a carreira e quebrou recordes na América do Norte. À medida que o segundo show da turnê no Rio de Janeiro se aproximava na noite de domingo, os fãs lutavam com planos de viagem arruinados, calor extremo e decepção.

Anne Di Motta, 30 anos, psicóloga de São Paulo, deveria comparecer ao show de sábado à noite e disse que voltaria para casa antes do show remarcado para segunda-feira porque precisava trabalhar.

“Passei os últimos 17 anos esperando a oportunidade de ir, de realizar meu sonho adolescente de conhecer alguém que conheço desde seu primeiro single”, disse Di Motta. “E ficar três horas sentado em uma cadeira, completamente molhada de suor, tendo que superar vários desafios pessoais para estar ali completamente sozinha, para receber a notícia de que foi cancelado – foi completamente devastador.”

O show de sábado à noite foi adiado por causa das temperaturas extremas, disse Swift em uma postagem no Instagram horas antes do início do show em um estádio de futebol ao ar livre. “A segurança e o bem-estar dos meus fãs, colegas artistas e equipe técnica devem e sempre estarão em primeiro lugar”, disse ela.

Taylor Swift Foto: Suzanne Cordeiro / AFP

Naquele momento, milhares de fãs viajaram para ver Swift, enfrentando o pico do calor do dia, antes de serem convidados a deixar o local.

Um representante de Swift não respondeu imediatamente às perguntas enviadas por e-mail sobre o adiamento do show de sábado.

Os shows no Rio aconteceram depois que Swift se apresentou na Argentina, primeira parada da Eras Tour fora da América do Norte. Ela teve que mudar um show em Buenos Aires por causa de uma tempestade. Ela está programada para se apresentar em São Paulo nos dias 24, 25 e 26 de novembro, antes de viajar no próximo ano para cidades da América do Sul, Ásia, Austrália e Europa.

Julia Alvarenga, influenciadora, estava no estádio quando o show foi adiado e disse em um vídeo amplamente divulgado online que havia chegado para o show às 11h. “Taylor Swift, estou usando uma fralda geriátrica que não fecha em mim”, disse Alvarenga.

“Comprei água, comprei ventilador, todo mundo está chorando, gritando, então você apareça nesse palco!”, falou.

Gabriela Werner, 24 anos, analista de marketing, comprou ingressos para cada show no Rio e dois em São Paulo, e disse que começou a se preparar para o calor há três meses, malhando em uma academia sem ar condicionado no meio do dia. Ela mora em Porto Alegre.

Enquanto esperava na fila para o show de domingo à noite, Werner disse que o clima estava muito mais calmo do que no show de sexta-feira. “Não está tão quente e todo mundo está se contendo por causa das noites anteriores e de tudo o que aconteceu”, disse ela.

Ela não esperava que Swift voltasse ao Brasil. “Tenho certeza de que ela está traumatizada”, disse Werner.

Werner, assim como muitos outros fãs, culpou a empresa brasileira que organizou o show, Time for Fun, pelos problemas. Wadih Damous, chefe da agência de proteção ao consumidor do Brasil, disse que o governo investigaria a Time for Fun. A empresa disse no sábado que iria contratar funcionários, fornecer água gratuitamente e permitir que os torcedores entrassem no estádio com água e comida.

Quando a multidão deixou o estádio no sábado à noite, houve relatos de agitação perto do local, disse a polícia.

Depois que Matheus Duarte, 24 anos, funcionário de um armazém, saiu do estádio e foi até um shopping próximo, viu gente gritando que havia um arrastão.

“Não sei se realmente aconteceu, mas vi gente desesperada correndo”, disse Duarte. “E assim que vi, comecei a correr e me escondi em um estacionamento.”

No domingo, a Polícia Militar disse que não houve relatos de roubos ou assaltos na noite anterior. Mas antes do show de domingo, um fã que ia ao show no Rio de Janeiro foi morto a facadas após uma tentativa de assalto em Copacabana, a famosa faixa à beira-mar, disse a Polícia Militar. Dois homens foram presos, disseram. O fã, Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, estava com amigos quando foi esfaqueado, informou a Polícia Civil.

Durante o show desta sexta, Ana Clara Benevides, 23, morreu após perder a consciência, disseram as autoridades. Ela foi declarada morta por parada cardíaca após ser levada a um hospital, de acordo com autoridades municipais e a Time For Fun.

Ana Clara Benevides Foto: Reprodução/Instagram/@acbenevidesm

Benevides, estudante de psicologia, viajou de Rondonópolis, que fica a cerca de 1.400 quilômetros a noroeste do Rio de Janeiro, para o show. Sua amiga Emiliane Félix, 22 anos, disse ao jornal O Globo que Benevides enviava para as amigas fotos de seus looks para o show “há mais de um mês”.

No X, plataforma de mídia social anteriormente conhecida como Twitter, Benevides compartilhou seu entusiasmo com o show, escrevendo em 7 de novembro: “Não sei qual será meu propósito na vida depois de ver Taylor”.

Os fãs presentes no show de sexta-feira reclamaram da falta de água e do calor extremo. O índice de calor, uma medida de quão quente o ar está devido à umidade, atingiu 60ºC, um recorde para o Rio.

Em uma postagem online, Swift disse que ficou “arrasada” com a morte de sua fã. “Não poderei falar sobre isso no palco porque me sinto oprimida pela tristeza quando tento falar sobre isso”, disse ela.

Luiza Guimarães, 33, economista, disse que ficou decepcionada com a demora para o show de sábado ser cancelado porque alguns fãs já não tinham certeza se ele continuaria após a morte de Benevides e estavam preocupados com o calor. “Realmente, a produção do show foi muito imprudente e tudo foi muito mal administrado”, disse ela.

Guimarães disse que não culpa Swift pelos problemas e que acha que a cantora deve estar “muito, muito desanimada”.

Este artigo foi publicado originalmente no The New York Times.

Taylor Swift foi recebida no Brasil nesta quinta-feira por uma projeção que fez com que a mundialmente famosa estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, parecesse estar vestida com uma camiseta semelhante à que ela usou no videoclipe You Belong to Me e decorada com nomes de estados brasileiros e símbolos de suas músicas.

Mas a tragédia e os problemas sucederam essa recepção calorosa.

Uma fã morreu no calor sufocante do show de sexta à noite no Rio de Janeiro. De última hora, Swift adiou seu show de sábado para segunda-feira, para desespero de milhares de fãs que já haviam começado a lotar o estádio. A Polícia Militar disse que um fã que estava no Rio de Janeiro para o show de domingo foi morto a facadas naquela manhã.

Palco de Taylor Swift no show no Estádio Nilton Santos, no Engenhão, na sexta-feira, 17 Foto: Arquivo pessoal/Michael Tran / AFP

As fatalidades e outros problemas foram um afastamento da triunfante primeira etapa da Eras Tour de Swift, uma produção que abrangeu toda a carreira e quebrou recordes na América do Norte. À medida que o segundo show da turnê no Rio de Janeiro se aproximava na noite de domingo, os fãs lutavam com planos de viagem arruinados, calor extremo e decepção.

Anne Di Motta, 30 anos, psicóloga de São Paulo, deveria comparecer ao show de sábado à noite e disse que voltaria para casa antes do show remarcado para segunda-feira porque precisava trabalhar.

“Passei os últimos 17 anos esperando a oportunidade de ir, de realizar meu sonho adolescente de conhecer alguém que conheço desde seu primeiro single”, disse Di Motta. “E ficar três horas sentado em uma cadeira, completamente molhada de suor, tendo que superar vários desafios pessoais para estar ali completamente sozinha, para receber a notícia de que foi cancelado – foi completamente devastador.”

O show de sábado à noite foi adiado por causa das temperaturas extremas, disse Swift em uma postagem no Instagram horas antes do início do show em um estádio de futebol ao ar livre. “A segurança e o bem-estar dos meus fãs, colegas artistas e equipe técnica devem e sempre estarão em primeiro lugar”, disse ela.

Taylor Swift Foto: Suzanne Cordeiro / AFP

Naquele momento, milhares de fãs viajaram para ver Swift, enfrentando o pico do calor do dia, antes de serem convidados a deixar o local.

Um representante de Swift não respondeu imediatamente às perguntas enviadas por e-mail sobre o adiamento do show de sábado.

Os shows no Rio aconteceram depois que Swift se apresentou na Argentina, primeira parada da Eras Tour fora da América do Norte. Ela teve que mudar um show em Buenos Aires por causa de uma tempestade. Ela está programada para se apresentar em São Paulo nos dias 24, 25 e 26 de novembro, antes de viajar no próximo ano para cidades da América do Sul, Ásia, Austrália e Europa.

Julia Alvarenga, influenciadora, estava no estádio quando o show foi adiado e disse em um vídeo amplamente divulgado online que havia chegado para o show às 11h. “Taylor Swift, estou usando uma fralda geriátrica que não fecha em mim”, disse Alvarenga.

“Comprei água, comprei ventilador, todo mundo está chorando, gritando, então você apareça nesse palco!”, falou.

Gabriela Werner, 24 anos, analista de marketing, comprou ingressos para cada show no Rio e dois em São Paulo, e disse que começou a se preparar para o calor há três meses, malhando em uma academia sem ar condicionado no meio do dia. Ela mora em Porto Alegre.

Enquanto esperava na fila para o show de domingo à noite, Werner disse que o clima estava muito mais calmo do que no show de sexta-feira. “Não está tão quente e todo mundo está se contendo por causa das noites anteriores e de tudo o que aconteceu”, disse ela.

Ela não esperava que Swift voltasse ao Brasil. “Tenho certeza de que ela está traumatizada”, disse Werner.

Werner, assim como muitos outros fãs, culpou a empresa brasileira que organizou o show, Time for Fun, pelos problemas. Wadih Damous, chefe da agência de proteção ao consumidor do Brasil, disse que o governo investigaria a Time for Fun. A empresa disse no sábado que iria contratar funcionários, fornecer água gratuitamente e permitir que os torcedores entrassem no estádio com água e comida.

Quando a multidão deixou o estádio no sábado à noite, houve relatos de agitação perto do local, disse a polícia.

Depois que Matheus Duarte, 24 anos, funcionário de um armazém, saiu do estádio e foi até um shopping próximo, viu gente gritando que havia um arrastão.

“Não sei se realmente aconteceu, mas vi gente desesperada correndo”, disse Duarte. “E assim que vi, comecei a correr e me escondi em um estacionamento.”

No domingo, a Polícia Militar disse que não houve relatos de roubos ou assaltos na noite anterior. Mas antes do show de domingo, um fã que ia ao show no Rio de Janeiro foi morto a facadas após uma tentativa de assalto em Copacabana, a famosa faixa à beira-mar, disse a Polícia Militar. Dois homens foram presos, disseram. O fã, Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, estava com amigos quando foi esfaqueado, informou a Polícia Civil.

Durante o show desta sexta, Ana Clara Benevides, 23, morreu após perder a consciência, disseram as autoridades. Ela foi declarada morta por parada cardíaca após ser levada a um hospital, de acordo com autoridades municipais e a Time For Fun.

Ana Clara Benevides Foto: Reprodução/Instagram/@acbenevidesm

Benevides, estudante de psicologia, viajou de Rondonópolis, que fica a cerca de 1.400 quilômetros a noroeste do Rio de Janeiro, para o show. Sua amiga Emiliane Félix, 22 anos, disse ao jornal O Globo que Benevides enviava para as amigas fotos de seus looks para o show “há mais de um mês”.

No X, plataforma de mídia social anteriormente conhecida como Twitter, Benevides compartilhou seu entusiasmo com o show, escrevendo em 7 de novembro: “Não sei qual será meu propósito na vida depois de ver Taylor”.

Os fãs presentes no show de sexta-feira reclamaram da falta de água e do calor extremo. O índice de calor, uma medida de quão quente o ar está devido à umidade, atingiu 60ºC, um recorde para o Rio.

Em uma postagem online, Swift disse que ficou “arrasada” com a morte de sua fã. “Não poderei falar sobre isso no palco porque me sinto oprimida pela tristeza quando tento falar sobre isso”, disse ela.

Luiza Guimarães, 33, economista, disse que ficou decepcionada com a demora para o show de sábado ser cancelado porque alguns fãs já não tinham certeza se ele continuaria após a morte de Benevides e estavam preocupados com o calor. “Realmente, a produção do show foi muito imprudente e tudo foi muito mal administrado”, disse ela.

Guimarães disse que não culpa Swift pelos problemas e que acha que a cantora deve estar “muito, muito desanimada”.

Este artigo foi publicado originalmente no The New York Times.

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