Taylor Swift: antes de adiamento, fãs passaram a manhã e a tarde na fila sob calor recorde no Rio


‘Estadão’ falou com fãs no Rio na entrada para o 2º dia de shows. Apresentação foi adiada às 17h30, duas horas antes do horário marcado. Jovem de 23 anos morreu após passar mal durante 1º dia

Por Pedro Kirilos e Vitória Azevedo
Atualização:

RIO - Antes do anúncio do adiamento do show de Taylor Swift neste sábado, 18, no Rio, uma multidão de fãs da cantora passaram a manhã e a tarde na fila e, depois, dentro do estádio, sob sol forte e o impacto da morte de Ana Clara Benevides, jovem de 23 anos, na noite de sexta, 17.

O adiamento foi anunciado pela cantora às 17h30, duas horas antes do horário marcado para o show começar. Uma parte do público já estava dentro do estádio. Segundo o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o novo show vai acontecer na segunda, 20.

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O Estadão esteve na fila do Engenhão na tarde deste sábado, 18, e conversou com fãs a respeito de suas preocupações e das condições do evento. Neste sábado a cidade registrou recorde de calor, com temperatura de até 43,8ºC.

Muitos fãs levaram vários copos de água, e também inúmeros guarda-chuvas para proteção do sol. A organização permitiu - antes do anúncio do adiamento - a entrada de garrafas de plástico com água, ao contrário do primeiro dia.

Movimentação na fila dos fãs para o 2 dia de show da cantora Taylor Swift. Muito calor novamente, um dia após a morte de uma jovem que passou mal durante o show, no estadio Nilton Santos, zona norte do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão
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As entradas da pista comum e das cadeiras, que começaram às 16h, foram mais tranquilas do que a da pista premium, que iniciou às 15h.

Fã com garrafa de água no show de Taylor Swift neste sábado, 18, no Rio Foto: Arquivo pessoal / Vitoria Azevedo

A Cedae [Companhia Estadual de Água e Esgotos] distribuiu água para as pessoas que estavam na fila, e bombeiros jogaram água sobre os fãs. Não havia grades por toda a extensão da fila, apenas na região da entrada, o que fez com que muitas pessoas ‘furassem’ a espera. Outras acabam desistindo de entrar antes e estão deitadas sobre a grama esperando o movimento reduzir.

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“A onda de calor não é novidade. Era preciso preparo para essa situação, isso não é brincadeira. Uma fã morreu ontem! O que mais eles estão esperando acontecer? Estou aqui tentando me recuperar, comecei a passar mal com esse calor. Já vi uma pessoa desmaiando hoje e outra chegou a convulsionar na minha frente”, questionou Júlia, estudante de 25 anos, que se sentiu mal durante a fila.

Fãs em fila do show de Taylor Swift no Rio de Janeiro em 18 de novembro de 2023: Luiza, 24, cineasta; Júlia, 25, estudante; Beatriz, 25, assessora de comunicação. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Beatriz, 24 anos, sua amiga, também se indignou: “Não tem organização. A fila é de enfeite. Chegamos aqui às 2h da manhã e desistimos de ficar no sol quando começaram a furar a nossa fila. É uma falta de respeito com o fã, com quem pagou para estar aqui”.

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Outra integrante do trio, Luiza fez coro às amigas: “Já fui em vários shows e nunca passei por nada assim. Não tem organização, não tem suporte. Nós compramos ingresso VIP, pagamos a mais pelo conforto e pela prioridade na entrada, e estamos recebendo isso aí que vocês estão vendo. Descaso”.

Funcionário da Cedae distribui água em fila de show da Taylor Swift no dia 18 de novembro de 2023. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Mais cedo, a T4F, organizadora, divulgou um comunicado afirmando que “o efetivo foi reforçado”, proveria “fornecimento de água gratuita nas filas e em todos os acessos e entradas ao estádio e no seu interior” e permitiria a “entrada no estádio com copos de água lacrados”.

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Outra dupla de amigas também comentou a situação na fila. “Colocamos uma canga no corpo, mas não tá adiantando. O que ajudou foi o corpo de bombeiros jogando água na gente, aliviou bastante, mas já estamos com calor de novo. A Cedae distribuindo água também está ajudando bastante”, opinou a estudante Ana Luiza, de 20 anos.

Ana Luiza, 20, e Mitalli, 22, estudantes em fila para show de Taylor Swift em 18 de novembro de 2023. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Já sua colega, Mitalli, 22, relatou: “Trouxemos água, mas não dá para ficar lá dentro sem se hidratar. Vamos ver se vão seguir a determinação da Justiça e liberar a entrada de garrafas. Não sei como aguentar ficar lá dentro sem beber água.”

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“Está muito calor, a organização está deixando a desejar e não sei como vai ser lá dentro. Ainda bem que já tinha comprado o ingresso para entrar com a minha filha, não ia deixar ela sozinha nesse caos”, comentou uma fã identificada como Gildeane.

Além disso, foi possível presenciar alguns moradores dos arredores têm emprestado mangueiras para que fãs e ambulantes se refresquem na calçada.

Homem usa mangueira para se refrescar em arredor do Engenhão em dia de show de Taylor Swift Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Outra fã, Isabella, que veio de Belo Horizonte, comentou: “Muito medo. Hoje acordei com o celular pipocando de mensagens, o pessoal falando para tomar muito cuidado.”

“É um baque para todos os fãs. A gente se solidariza muito e fica com medo. Foi só o primeiro dia e hoje está mais quente que ontem. Se a organização não tomar mais cuidado com os fãs, isso vai ser recorrente, não pode acontecer”, continuou.

Movimentação na fila dos fãs para o 2 dia de show da cantora Taylor Swift. Muito calor novamente, um dia após a morte de uma jovem que passou mal durante o show, no estadio Nilton Santos, zona norte do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Já Anika, que veio de Pelotas (RS), destacou que ficou “bem triste”, mas inicialmente não cogitou deixar de ir ao show de Taylor Swift: “A gente se preparou, veio com 3, 4 litros de água cada uma. Acordamos cedinho para pegar um lugar mais à frente.”

Ela ainda relatou que, a depender da situação que encontrasse, poderia desistir, o que não ocorreu. “Caso a gente visse que realmente tivesse algum risco, pensamos até em não entrar”.

Outra fã falou sobre a água fornecida pela produção do show na fila: “Passaram umas águas agora há pouco, mas muito pouco”.

RIO - Antes do anúncio do adiamento do show de Taylor Swift neste sábado, 18, no Rio, uma multidão de fãs da cantora passaram a manhã e a tarde na fila e, depois, dentro do estádio, sob sol forte e o impacto da morte de Ana Clara Benevides, jovem de 23 anos, na noite de sexta, 17.

O adiamento foi anunciado pela cantora às 17h30, duas horas antes do horário marcado para o show começar. Uma parte do público já estava dentro do estádio. Segundo o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o novo show vai acontecer na segunda, 20.

O Estadão esteve na fila do Engenhão na tarde deste sábado, 18, e conversou com fãs a respeito de suas preocupações e das condições do evento. Neste sábado a cidade registrou recorde de calor, com temperatura de até 43,8ºC.

Muitos fãs levaram vários copos de água, e também inúmeros guarda-chuvas para proteção do sol. A organização permitiu - antes do anúncio do adiamento - a entrada de garrafas de plástico com água, ao contrário do primeiro dia.

Movimentação na fila dos fãs para o 2 dia de show da cantora Taylor Swift. Muito calor novamente, um dia após a morte de uma jovem que passou mal durante o show, no estadio Nilton Santos, zona norte do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

As entradas da pista comum e das cadeiras, que começaram às 16h, foram mais tranquilas do que a da pista premium, que iniciou às 15h.

Fã com garrafa de água no show de Taylor Swift neste sábado, 18, no Rio Foto: Arquivo pessoal / Vitoria Azevedo

A Cedae [Companhia Estadual de Água e Esgotos] distribuiu água para as pessoas que estavam na fila, e bombeiros jogaram água sobre os fãs. Não havia grades por toda a extensão da fila, apenas na região da entrada, o que fez com que muitas pessoas ‘furassem’ a espera. Outras acabam desistindo de entrar antes e estão deitadas sobre a grama esperando o movimento reduzir.

“A onda de calor não é novidade. Era preciso preparo para essa situação, isso não é brincadeira. Uma fã morreu ontem! O que mais eles estão esperando acontecer? Estou aqui tentando me recuperar, comecei a passar mal com esse calor. Já vi uma pessoa desmaiando hoje e outra chegou a convulsionar na minha frente”, questionou Júlia, estudante de 25 anos, que se sentiu mal durante a fila.

Fãs em fila do show de Taylor Swift no Rio de Janeiro em 18 de novembro de 2023: Luiza, 24, cineasta; Júlia, 25, estudante; Beatriz, 25, assessora de comunicação. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Beatriz, 24 anos, sua amiga, também se indignou: “Não tem organização. A fila é de enfeite. Chegamos aqui às 2h da manhã e desistimos de ficar no sol quando começaram a furar a nossa fila. É uma falta de respeito com o fã, com quem pagou para estar aqui”.

Outra integrante do trio, Luiza fez coro às amigas: “Já fui em vários shows e nunca passei por nada assim. Não tem organização, não tem suporte. Nós compramos ingresso VIP, pagamos a mais pelo conforto e pela prioridade na entrada, e estamos recebendo isso aí que vocês estão vendo. Descaso”.

Funcionário da Cedae distribui água em fila de show da Taylor Swift no dia 18 de novembro de 2023. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Mais cedo, a T4F, organizadora, divulgou um comunicado afirmando que “o efetivo foi reforçado”, proveria “fornecimento de água gratuita nas filas e em todos os acessos e entradas ao estádio e no seu interior” e permitiria a “entrada no estádio com copos de água lacrados”.

Outra dupla de amigas também comentou a situação na fila. “Colocamos uma canga no corpo, mas não tá adiantando. O que ajudou foi o corpo de bombeiros jogando água na gente, aliviou bastante, mas já estamos com calor de novo. A Cedae distribuindo água também está ajudando bastante”, opinou a estudante Ana Luiza, de 20 anos.

Ana Luiza, 20, e Mitalli, 22, estudantes em fila para show de Taylor Swift em 18 de novembro de 2023. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Já sua colega, Mitalli, 22, relatou: “Trouxemos água, mas não dá para ficar lá dentro sem se hidratar. Vamos ver se vão seguir a determinação da Justiça e liberar a entrada de garrafas. Não sei como aguentar ficar lá dentro sem beber água.”

“Está muito calor, a organização está deixando a desejar e não sei como vai ser lá dentro. Ainda bem que já tinha comprado o ingresso para entrar com a minha filha, não ia deixar ela sozinha nesse caos”, comentou uma fã identificada como Gildeane.

Além disso, foi possível presenciar alguns moradores dos arredores têm emprestado mangueiras para que fãs e ambulantes se refresquem na calçada.

Homem usa mangueira para se refrescar em arredor do Engenhão em dia de show de Taylor Swift Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Outra fã, Isabella, que veio de Belo Horizonte, comentou: “Muito medo. Hoje acordei com o celular pipocando de mensagens, o pessoal falando para tomar muito cuidado.”

“É um baque para todos os fãs. A gente se solidariza muito e fica com medo. Foi só o primeiro dia e hoje está mais quente que ontem. Se a organização não tomar mais cuidado com os fãs, isso vai ser recorrente, não pode acontecer”, continuou.

Movimentação na fila dos fãs para o 2 dia de show da cantora Taylor Swift. Muito calor novamente, um dia após a morte de uma jovem que passou mal durante o show, no estadio Nilton Santos, zona norte do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Já Anika, que veio de Pelotas (RS), destacou que ficou “bem triste”, mas inicialmente não cogitou deixar de ir ao show de Taylor Swift: “A gente se preparou, veio com 3, 4 litros de água cada uma. Acordamos cedinho para pegar um lugar mais à frente.”

Ela ainda relatou que, a depender da situação que encontrasse, poderia desistir, o que não ocorreu. “Caso a gente visse que realmente tivesse algum risco, pensamos até em não entrar”.

Outra fã falou sobre a água fornecida pela produção do show na fila: “Passaram umas águas agora há pouco, mas muito pouco”.

RIO - Antes do anúncio do adiamento do show de Taylor Swift neste sábado, 18, no Rio, uma multidão de fãs da cantora passaram a manhã e a tarde na fila e, depois, dentro do estádio, sob sol forte e o impacto da morte de Ana Clara Benevides, jovem de 23 anos, na noite de sexta, 17.

O adiamento foi anunciado pela cantora às 17h30, duas horas antes do horário marcado para o show começar. Uma parte do público já estava dentro do estádio. Segundo o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o novo show vai acontecer na segunda, 20.

O Estadão esteve na fila do Engenhão na tarde deste sábado, 18, e conversou com fãs a respeito de suas preocupações e das condições do evento. Neste sábado a cidade registrou recorde de calor, com temperatura de até 43,8ºC.

Muitos fãs levaram vários copos de água, e também inúmeros guarda-chuvas para proteção do sol. A organização permitiu - antes do anúncio do adiamento - a entrada de garrafas de plástico com água, ao contrário do primeiro dia.

Movimentação na fila dos fãs para o 2 dia de show da cantora Taylor Swift. Muito calor novamente, um dia após a morte de uma jovem que passou mal durante o show, no estadio Nilton Santos, zona norte do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

As entradas da pista comum e das cadeiras, que começaram às 16h, foram mais tranquilas do que a da pista premium, que iniciou às 15h.

Fã com garrafa de água no show de Taylor Swift neste sábado, 18, no Rio Foto: Arquivo pessoal / Vitoria Azevedo

A Cedae [Companhia Estadual de Água e Esgotos] distribuiu água para as pessoas que estavam na fila, e bombeiros jogaram água sobre os fãs. Não havia grades por toda a extensão da fila, apenas na região da entrada, o que fez com que muitas pessoas ‘furassem’ a espera. Outras acabam desistindo de entrar antes e estão deitadas sobre a grama esperando o movimento reduzir.

“A onda de calor não é novidade. Era preciso preparo para essa situação, isso não é brincadeira. Uma fã morreu ontem! O que mais eles estão esperando acontecer? Estou aqui tentando me recuperar, comecei a passar mal com esse calor. Já vi uma pessoa desmaiando hoje e outra chegou a convulsionar na minha frente”, questionou Júlia, estudante de 25 anos, que se sentiu mal durante a fila.

Fãs em fila do show de Taylor Swift no Rio de Janeiro em 18 de novembro de 2023: Luiza, 24, cineasta; Júlia, 25, estudante; Beatriz, 25, assessora de comunicação. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Beatriz, 24 anos, sua amiga, também se indignou: “Não tem organização. A fila é de enfeite. Chegamos aqui às 2h da manhã e desistimos de ficar no sol quando começaram a furar a nossa fila. É uma falta de respeito com o fã, com quem pagou para estar aqui”.

Outra integrante do trio, Luiza fez coro às amigas: “Já fui em vários shows e nunca passei por nada assim. Não tem organização, não tem suporte. Nós compramos ingresso VIP, pagamos a mais pelo conforto e pela prioridade na entrada, e estamos recebendo isso aí que vocês estão vendo. Descaso”.

Funcionário da Cedae distribui água em fila de show da Taylor Swift no dia 18 de novembro de 2023. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Mais cedo, a T4F, organizadora, divulgou um comunicado afirmando que “o efetivo foi reforçado”, proveria “fornecimento de água gratuita nas filas e em todos os acessos e entradas ao estádio e no seu interior” e permitiria a “entrada no estádio com copos de água lacrados”.

Outra dupla de amigas também comentou a situação na fila. “Colocamos uma canga no corpo, mas não tá adiantando. O que ajudou foi o corpo de bombeiros jogando água na gente, aliviou bastante, mas já estamos com calor de novo. A Cedae distribuindo água também está ajudando bastante”, opinou a estudante Ana Luiza, de 20 anos.

Ana Luiza, 20, e Mitalli, 22, estudantes em fila para show de Taylor Swift em 18 de novembro de 2023. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Já sua colega, Mitalli, 22, relatou: “Trouxemos água, mas não dá para ficar lá dentro sem se hidratar. Vamos ver se vão seguir a determinação da Justiça e liberar a entrada de garrafas. Não sei como aguentar ficar lá dentro sem beber água.”

“Está muito calor, a organização está deixando a desejar e não sei como vai ser lá dentro. Ainda bem que já tinha comprado o ingresso para entrar com a minha filha, não ia deixar ela sozinha nesse caos”, comentou uma fã identificada como Gildeane.

Além disso, foi possível presenciar alguns moradores dos arredores têm emprestado mangueiras para que fãs e ambulantes se refresquem na calçada.

Homem usa mangueira para se refrescar em arredor do Engenhão em dia de show de Taylor Swift Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Outra fã, Isabella, que veio de Belo Horizonte, comentou: “Muito medo. Hoje acordei com o celular pipocando de mensagens, o pessoal falando para tomar muito cuidado.”

“É um baque para todos os fãs. A gente se solidariza muito e fica com medo. Foi só o primeiro dia e hoje está mais quente que ontem. Se a organização não tomar mais cuidado com os fãs, isso vai ser recorrente, não pode acontecer”, continuou.

Movimentação na fila dos fãs para o 2 dia de show da cantora Taylor Swift. Muito calor novamente, um dia após a morte de uma jovem que passou mal durante o show, no estadio Nilton Santos, zona norte do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Já Anika, que veio de Pelotas (RS), destacou que ficou “bem triste”, mas inicialmente não cogitou deixar de ir ao show de Taylor Swift: “A gente se preparou, veio com 3, 4 litros de água cada uma. Acordamos cedinho para pegar um lugar mais à frente.”

Ela ainda relatou que, a depender da situação que encontrasse, poderia desistir, o que não ocorreu. “Caso a gente visse que realmente tivesse algum risco, pensamos até em não entrar”.

Outra fã falou sobre a água fornecida pela produção do show na fila: “Passaram umas águas agora há pouco, mas muito pouco”.

RIO - Antes do anúncio do adiamento do show de Taylor Swift neste sábado, 18, no Rio, uma multidão de fãs da cantora passaram a manhã e a tarde na fila e, depois, dentro do estádio, sob sol forte e o impacto da morte de Ana Clara Benevides, jovem de 23 anos, na noite de sexta, 17.

O adiamento foi anunciado pela cantora às 17h30, duas horas antes do horário marcado para o show começar. Uma parte do público já estava dentro do estádio. Segundo o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o novo show vai acontecer na segunda, 20.

O Estadão esteve na fila do Engenhão na tarde deste sábado, 18, e conversou com fãs a respeito de suas preocupações e das condições do evento. Neste sábado a cidade registrou recorde de calor, com temperatura de até 43,8ºC.

Muitos fãs levaram vários copos de água, e também inúmeros guarda-chuvas para proteção do sol. A organização permitiu - antes do anúncio do adiamento - a entrada de garrafas de plástico com água, ao contrário do primeiro dia.

Movimentação na fila dos fãs para o 2 dia de show da cantora Taylor Swift. Muito calor novamente, um dia após a morte de uma jovem que passou mal durante o show, no estadio Nilton Santos, zona norte do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

As entradas da pista comum e das cadeiras, que começaram às 16h, foram mais tranquilas do que a da pista premium, que iniciou às 15h.

Fã com garrafa de água no show de Taylor Swift neste sábado, 18, no Rio Foto: Arquivo pessoal / Vitoria Azevedo

A Cedae [Companhia Estadual de Água e Esgotos] distribuiu água para as pessoas que estavam na fila, e bombeiros jogaram água sobre os fãs. Não havia grades por toda a extensão da fila, apenas na região da entrada, o que fez com que muitas pessoas ‘furassem’ a espera. Outras acabam desistindo de entrar antes e estão deitadas sobre a grama esperando o movimento reduzir.

“A onda de calor não é novidade. Era preciso preparo para essa situação, isso não é brincadeira. Uma fã morreu ontem! O que mais eles estão esperando acontecer? Estou aqui tentando me recuperar, comecei a passar mal com esse calor. Já vi uma pessoa desmaiando hoje e outra chegou a convulsionar na minha frente”, questionou Júlia, estudante de 25 anos, que se sentiu mal durante a fila.

Fãs em fila do show de Taylor Swift no Rio de Janeiro em 18 de novembro de 2023: Luiza, 24, cineasta; Júlia, 25, estudante; Beatriz, 25, assessora de comunicação. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Beatriz, 24 anos, sua amiga, também se indignou: “Não tem organização. A fila é de enfeite. Chegamos aqui às 2h da manhã e desistimos de ficar no sol quando começaram a furar a nossa fila. É uma falta de respeito com o fã, com quem pagou para estar aqui”.

Outra integrante do trio, Luiza fez coro às amigas: “Já fui em vários shows e nunca passei por nada assim. Não tem organização, não tem suporte. Nós compramos ingresso VIP, pagamos a mais pelo conforto e pela prioridade na entrada, e estamos recebendo isso aí que vocês estão vendo. Descaso”.

Funcionário da Cedae distribui água em fila de show da Taylor Swift no dia 18 de novembro de 2023. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Mais cedo, a T4F, organizadora, divulgou um comunicado afirmando que “o efetivo foi reforçado”, proveria “fornecimento de água gratuita nas filas e em todos os acessos e entradas ao estádio e no seu interior” e permitiria a “entrada no estádio com copos de água lacrados”.

Outra dupla de amigas também comentou a situação na fila. “Colocamos uma canga no corpo, mas não tá adiantando. O que ajudou foi o corpo de bombeiros jogando água na gente, aliviou bastante, mas já estamos com calor de novo. A Cedae distribuindo água também está ajudando bastante”, opinou a estudante Ana Luiza, de 20 anos.

Ana Luiza, 20, e Mitalli, 22, estudantes em fila para show de Taylor Swift em 18 de novembro de 2023. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Já sua colega, Mitalli, 22, relatou: “Trouxemos água, mas não dá para ficar lá dentro sem se hidratar. Vamos ver se vão seguir a determinação da Justiça e liberar a entrada de garrafas. Não sei como aguentar ficar lá dentro sem beber água.”

“Está muito calor, a organização está deixando a desejar e não sei como vai ser lá dentro. Ainda bem que já tinha comprado o ingresso para entrar com a minha filha, não ia deixar ela sozinha nesse caos”, comentou uma fã identificada como Gildeane.

Além disso, foi possível presenciar alguns moradores dos arredores têm emprestado mangueiras para que fãs e ambulantes se refresquem na calçada.

Homem usa mangueira para se refrescar em arredor do Engenhão em dia de show de Taylor Swift Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Outra fã, Isabella, que veio de Belo Horizonte, comentou: “Muito medo. Hoje acordei com o celular pipocando de mensagens, o pessoal falando para tomar muito cuidado.”

“É um baque para todos os fãs. A gente se solidariza muito e fica com medo. Foi só o primeiro dia e hoje está mais quente que ontem. Se a organização não tomar mais cuidado com os fãs, isso vai ser recorrente, não pode acontecer”, continuou.

Movimentação na fila dos fãs para o 2 dia de show da cantora Taylor Swift. Muito calor novamente, um dia após a morte de uma jovem que passou mal durante o show, no estadio Nilton Santos, zona norte do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Já Anika, que veio de Pelotas (RS), destacou que ficou “bem triste”, mas inicialmente não cogitou deixar de ir ao show de Taylor Swift: “A gente se preparou, veio com 3, 4 litros de água cada uma. Acordamos cedinho para pegar um lugar mais à frente.”

Ela ainda relatou que, a depender da situação que encontrasse, poderia desistir, o que não ocorreu. “Caso a gente visse que realmente tivesse algum risco, pensamos até em não entrar”.

Outra fã falou sobre a água fornecida pela produção do show na fila: “Passaram umas águas agora há pouco, mas muito pouco”.

RIO - Antes do anúncio do adiamento do show de Taylor Swift neste sábado, 18, no Rio, uma multidão de fãs da cantora passaram a manhã e a tarde na fila e, depois, dentro do estádio, sob sol forte e o impacto da morte de Ana Clara Benevides, jovem de 23 anos, na noite de sexta, 17.

O adiamento foi anunciado pela cantora às 17h30, duas horas antes do horário marcado para o show começar. Uma parte do público já estava dentro do estádio. Segundo o prefeito do Rio, Eduardo Paes, o novo show vai acontecer na segunda, 20.

O Estadão esteve na fila do Engenhão na tarde deste sábado, 18, e conversou com fãs a respeito de suas preocupações e das condições do evento. Neste sábado a cidade registrou recorde de calor, com temperatura de até 43,8ºC.

Muitos fãs levaram vários copos de água, e também inúmeros guarda-chuvas para proteção do sol. A organização permitiu - antes do anúncio do adiamento - a entrada de garrafas de plástico com água, ao contrário do primeiro dia.

Movimentação na fila dos fãs para o 2 dia de show da cantora Taylor Swift. Muito calor novamente, um dia após a morte de uma jovem que passou mal durante o show, no estadio Nilton Santos, zona norte do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

As entradas da pista comum e das cadeiras, que começaram às 16h, foram mais tranquilas do que a da pista premium, que iniciou às 15h.

Fã com garrafa de água no show de Taylor Swift neste sábado, 18, no Rio Foto: Arquivo pessoal / Vitoria Azevedo

A Cedae [Companhia Estadual de Água e Esgotos] distribuiu água para as pessoas que estavam na fila, e bombeiros jogaram água sobre os fãs. Não havia grades por toda a extensão da fila, apenas na região da entrada, o que fez com que muitas pessoas ‘furassem’ a espera. Outras acabam desistindo de entrar antes e estão deitadas sobre a grama esperando o movimento reduzir.

“A onda de calor não é novidade. Era preciso preparo para essa situação, isso não é brincadeira. Uma fã morreu ontem! O que mais eles estão esperando acontecer? Estou aqui tentando me recuperar, comecei a passar mal com esse calor. Já vi uma pessoa desmaiando hoje e outra chegou a convulsionar na minha frente”, questionou Júlia, estudante de 25 anos, que se sentiu mal durante a fila.

Fãs em fila do show de Taylor Swift no Rio de Janeiro em 18 de novembro de 2023: Luiza, 24, cineasta; Júlia, 25, estudante; Beatriz, 25, assessora de comunicação. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Beatriz, 24 anos, sua amiga, também se indignou: “Não tem organização. A fila é de enfeite. Chegamos aqui às 2h da manhã e desistimos de ficar no sol quando começaram a furar a nossa fila. É uma falta de respeito com o fã, com quem pagou para estar aqui”.

Outra integrante do trio, Luiza fez coro às amigas: “Já fui em vários shows e nunca passei por nada assim. Não tem organização, não tem suporte. Nós compramos ingresso VIP, pagamos a mais pelo conforto e pela prioridade na entrada, e estamos recebendo isso aí que vocês estão vendo. Descaso”.

Funcionário da Cedae distribui água em fila de show da Taylor Swift no dia 18 de novembro de 2023. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Mais cedo, a T4F, organizadora, divulgou um comunicado afirmando que “o efetivo foi reforçado”, proveria “fornecimento de água gratuita nas filas e em todos os acessos e entradas ao estádio e no seu interior” e permitiria a “entrada no estádio com copos de água lacrados”.

Outra dupla de amigas também comentou a situação na fila. “Colocamos uma canga no corpo, mas não tá adiantando. O que ajudou foi o corpo de bombeiros jogando água na gente, aliviou bastante, mas já estamos com calor de novo. A Cedae distribuindo água também está ajudando bastante”, opinou a estudante Ana Luiza, de 20 anos.

Ana Luiza, 20, e Mitalli, 22, estudantes em fila para show de Taylor Swift em 18 de novembro de 2023. Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Já sua colega, Mitalli, 22, relatou: “Trouxemos água, mas não dá para ficar lá dentro sem se hidratar. Vamos ver se vão seguir a determinação da Justiça e liberar a entrada de garrafas. Não sei como aguentar ficar lá dentro sem beber água.”

“Está muito calor, a organização está deixando a desejar e não sei como vai ser lá dentro. Ainda bem que já tinha comprado o ingresso para entrar com a minha filha, não ia deixar ela sozinha nesse caos”, comentou uma fã identificada como Gildeane.

Além disso, foi possível presenciar alguns moradores dos arredores têm emprestado mangueiras para que fãs e ambulantes se refresquem na calçada.

Homem usa mangueira para se refrescar em arredor do Engenhão em dia de show de Taylor Swift Foto: Vitória Azevedo/Estadão

Outra fã, Isabella, que veio de Belo Horizonte, comentou: “Muito medo. Hoje acordei com o celular pipocando de mensagens, o pessoal falando para tomar muito cuidado.”

“É um baque para todos os fãs. A gente se solidariza muito e fica com medo. Foi só o primeiro dia e hoje está mais quente que ontem. Se a organização não tomar mais cuidado com os fãs, isso vai ser recorrente, não pode acontecer”, continuou.

Movimentação na fila dos fãs para o 2 dia de show da cantora Taylor Swift. Muito calor novamente, um dia após a morte de uma jovem que passou mal durante o show, no estadio Nilton Santos, zona norte do Rio de Janeiro Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Já Anika, que veio de Pelotas (RS), destacou que ficou “bem triste”, mas inicialmente não cogitou deixar de ir ao show de Taylor Swift: “A gente se preparou, veio com 3, 4 litros de água cada uma. Acordamos cedinho para pegar um lugar mais à frente.”

Ela ainda relatou que, a depender da situação que encontrasse, poderia desistir, o que não ocorreu. “Caso a gente visse que realmente tivesse algum risco, pensamos até em não entrar”.

Outra fã falou sobre a água fornecida pela produção do show na fila: “Passaram umas águas agora há pouco, mas muito pouco”.

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