Tenor das Ilhas Samoa, Pene Pati é comparado a Luciano Pavarotti


Professores chegaram a dizer para ele não se envergonhar caso não fizesse sucesso; nesta quinta, ele se apresenta no festival de Aix-en-Provence, no sul de França

Por Rana Moussaoui
Atualização:

"Não se envergonhe se não der certo, muitos cantores do Pacífico não conseguem." Revelação lírica dos últimos anos, Pene Pati, um tenor das Ilhas Samoa, provou que seus professores estavam errados. Impulsionado pela crítica, o cantor de 34 anos, que se apresentará esta quinta-feira, 7, no prestigiado festival de Aix-en-Provence, no sul de França, com Moisés e Faraó, de Rossini, é um pioneiro entre os cantores líricos provenientes dessa república independente do Oceano Pacífico.

Tenor das Ilhas Samoa, no Pacífico, Pene Pati já foi comparado por inúmeros críticos com Luciano Pavarotti. Foto: Nicolas Tucat / AFP

A cada apresentação, a imprensa o compara à uma lenda lírica italiana: "Desde 2017, quase todos os críticos dizem a mesma coisa: 'Sua voz se parece com a de Pavarotti'", afirma o tenor, com voz potente e luminosa.

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Nasceu neste arquipélago polinésio mas cresceu na Nova Zelândia, em Auckland, onde começou a descobrir o universo lírico da estrela italiana... no YouTube. "Eu não podia pagar aulas de canto", lembra ele. Em seu carro, assistia a vídeos do "tenor da cidade" e observava, focando em seu rosto, como conseguia controlar o "passagio", aquela difícil transição entre os registros vocais. 

Na escola, ficou fascinado por cantar graças a uma ideia engenhosa do professor. "Para jogar rugby tinha que cantar no coral... "E deu certo!", diz ele.

Pati, que acaba de lançar seu primeiro álbum solo pela Warner Classics, diz que sua cultura samoana também ajudou.

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“A música está no nosso DNA: cantamos tudo, nossos mitos, nossas lendas, nossa independência (...) É um pouco como ópera, canta-se uma história”, diz o tenor.

Na Universidade de Auckland, seus professores queriam protegê-lo de possíveis decepções e avisaram-no de que poucos cantores líricos da região do Pacífico alcançam sucesso internacional, com exceção da soprano neozelandesa de origem maori, Kiri Te Kanawa. "Lembro que respondi: 'Vou ser o primeiro, vou mostrar o contrário'", diz.

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Com seu irmão mais novo Amitai, também tenor, e o barítono samoano Moses Mackay, fundou o trio SOL3 MIO, cujo primeiro álbum foi o mais vendido na Nova Zelândia em 2014 e 2015.

Ela ganhou o concurso New Zealand Aria, o concurso Montserrat Caballé e o prêmio do público no Operalia, criado por Placido Domingo. Ele conseguiu uma bolsa de estudos da Ópera de São Francisco, onde conquistou seu primeiro grande papel, o do Duque de Mântua em Rigoletto de Verdi.

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Foi então, em 2017, que Marc Minkowski, diretor na época da Ópera de Bordeaux, o descobriu. "Quero trazê-lo para a França!", exclamou. "Ele disse que minha voz tinha se perdido um pouco, mas que era um autêntico bel canto", lembra o tenor lírico.

Pati planeja se mudar para Barcelona com sua esposa, a soprano de origem egípcia Amina Edris, mas não se esquece de sua terra natal. "No Pacífico, há muitas pessoas que descobrem a ópera e há jovens cantores samoanos que cantam no Metropolitan Opera e, nas ilhas, decidiram construir uma casa de ópera", diz ele.

Seu sonho é criar uma escola de canto. "Espero que as gerações futuras façam muito mais coisas do que eu fiz", diz.

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"Não se envergonhe se não der certo, muitos cantores do Pacífico não conseguem." Revelação lírica dos últimos anos, Pene Pati, um tenor das Ilhas Samoa, provou que seus professores estavam errados. Impulsionado pela crítica, o cantor de 34 anos, que se apresentará esta quinta-feira, 7, no prestigiado festival de Aix-en-Provence, no sul de França, com Moisés e Faraó, de Rossini, é um pioneiro entre os cantores líricos provenientes dessa república independente do Oceano Pacífico.

Tenor das Ilhas Samoa, no Pacífico, Pene Pati já foi comparado por inúmeros críticos com Luciano Pavarotti. Foto: Nicolas Tucat / AFP

A cada apresentação, a imprensa o compara à uma lenda lírica italiana: "Desde 2017, quase todos os críticos dizem a mesma coisa: 'Sua voz se parece com a de Pavarotti'", afirma o tenor, com voz potente e luminosa.

Nasceu neste arquipélago polinésio mas cresceu na Nova Zelândia, em Auckland, onde começou a descobrir o universo lírico da estrela italiana... no YouTube. "Eu não podia pagar aulas de canto", lembra ele. Em seu carro, assistia a vídeos do "tenor da cidade" e observava, focando em seu rosto, como conseguia controlar o "passagio", aquela difícil transição entre os registros vocais. 

Na escola, ficou fascinado por cantar graças a uma ideia engenhosa do professor. "Para jogar rugby tinha que cantar no coral... "E deu certo!", diz ele.

Pati, que acaba de lançar seu primeiro álbum solo pela Warner Classics, diz que sua cultura samoana também ajudou.

“A música está no nosso DNA: cantamos tudo, nossos mitos, nossas lendas, nossa independência (...) É um pouco como ópera, canta-se uma história”, diz o tenor.

Na Universidade de Auckland, seus professores queriam protegê-lo de possíveis decepções e avisaram-no de que poucos cantores líricos da região do Pacífico alcançam sucesso internacional, com exceção da soprano neozelandesa de origem maori, Kiri Te Kanawa. "Lembro que respondi: 'Vou ser o primeiro, vou mostrar o contrário'", diz.

Com seu irmão mais novo Amitai, também tenor, e o barítono samoano Moses Mackay, fundou o trio SOL3 MIO, cujo primeiro álbum foi o mais vendido na Nova Zelândia em 2014 e 2015.

Ela ganhou o concurso New Zealand Aria, o concurso Montserrat Caballé e o prêmio do público no Operalia, criado por Placido Domingo. Ele conseguiu uma bolsa de estudos da Ópera de São Francisco, onde conquistou seu primeiro grande papel, o do Duque de Mântua em Rigoletto de Verdi.

Foi então, em 2017, que Marc Minkowski, diretor na época da Ópera de Bordeaux, o descobriu. "Quero trazê-lo para a França!", exclamou. "Ele disse que minha voz tinha se perdido um pouco, mas que era um autêntico bel canto", lembra o tenor lírico.

Pati planeja se mudar para Barcelona com sua esposa, a soprano de origem egípcia Amina Edris, mas não se esquece de sua terra natal. "No Pacífico, há muitas pessoas que descobrem a ópera e há jovens cantores samoanos que cantam no Metropolitan Opera e, nas ilhas, decidiram construir uma casa de ópera", diz ele.

Seu sonho é criar uma escola de canto. "Espero que as gerações futuras façam muito mais coisas do que eu fiz", diz.

"Não se envergonhe se não der certo, muitos cantores do Pacífico não conseguem." Revelação lírica dos últimos anos, Pene Pati, um tenor das Ilhas Samoa, provou que seus professores estavam errados. Impulsionado pela crítica, o cantor de 34 anos, que se apresentará esta quinta-feira, 7, no prestigiado festival de Aix-en-Provence, no sul de França, com Moisés e Faraó, de Rossini, é um pioneiro entre os cantores líricos provenientes dessa república independente do Oceano Pacífico.

Tenor das Ilhas Samoa, no Pacífico, Pene Pati já foi comparado por inúmeros críticos com Luciano Pavarotti. Foto: Nicolas Tucat / AFP

A cada apresentação, a imprensa o compara à uma lenda lírica italiana: "Desde 2017, quase todos os críticos dizem a mesma coisa: 'Sua voz se parece com a de Pavarotti'", afirma o tenor, com voz potente e luminosa.

Nasceu neste arquipélago polinésio mas cresceu na Nova Zelândia, em Auckland, onde começou a descobrir o universo lírico da estrela italiana... no YouTube. "Eu não podia pagar aulas de canto", lembra ele. Em seu carro, assistia a vídeos do "tenor da cidade" e observava, focando em seu rosto, como conseguia controlar o "passagio", aquela difícil transição entre os registros vocais. 

Na escola, ficou fascinado por cantar graças a uma ideia engenhosa do professor. "Para jogar rugby tinha que cantar no coral... "E deu certo!", diz ele.

Pati, que acaba de lançar seu primeiro álbum solo pela Warner Classics, diz que sua cultura samoana também ajudou.

“A música está no nosso DNA: cantamos tudo, nossos mitos, nossas lendas, nossa independência (...) É um pouco como ópera, canta-se uma história”, diz o tenor.

Na Universidade de Auckland, seus professores queriam protegê-lo de possíveis decepções e avisaram-no de que poucos cantores líricos da região do Pacífico alcançam sucesso internacional, com exceção da soprano neozelandesa de origem maori, Kiri Te Kanawa. "Lembro que respondi: 'Vou ser o primeiro, vou mostrar o contrário'", diz.

Com seu irmão mais novo Amitai, também tenor, e o barítono samoano Moses Mackay, fundou o trio SOL3 MIO, cujo primeiro álbum foi o mais vendido na Nova Zelândia em 2014 e 2015.

Ela ganhou o concurso New Zealand Aria, o concurso Montserrat Caballé e o prêmio do público no Operalia, criado por Placido Domingo. Ele conseguiu uma bolsa de estudos da Ópera de São Francisco, onde conquistou seu primeiro grande papel, o do Duque de Mântua em Rigoletto de Verdi.

Foi então, em 2017, que Marc Minkowski, diretor na época da Ópera de Bordeaux, o descobriu. "Quero trazê-lo para a França!", exclamou. "Ele disse que minha voz tinha se perdido um pouco, mas que era um autêntico bel canto", lembra o tenor lírico.

Pati planeja se mudar para Barcelona com sua esposa, a soprano de origem egípcia Amina Edris, mas não se esquece de sua terra natal. "No Pacífico, há muitas pessoas que descobrem a ópera e há jovens cantores samoanos que cantam no Metropolitan Opera e, nas ilhas, decidiram construir uma casa de ópera", diz ele.

Seu sonho é criar uma escola de canto. "Espero que as gerações futuras façam muito mais coisas do que eu fiz", diz.

"Não se envergonhe se não der certo, muitos cantores do Pacífico não conseguem." Revelação lírica dos últimos anos, Pene Pati, um tenor das Ilhas Samoa, provou que seus professores estavam errados. Impulsionado pela crítica, o cantor de 34 anos, que se apresentará esta quinta-feira, 7, no prestigiado festival de Aix-en-Provence, no sul de França, com Moisés e Faraó, de Rossini, é um pioneiro entre os cantores líricos provenientes dessa república independente do Oceano Pacífico.

Tenor das Ilhas Samoa, no Pacífico, Pene Pati já foi comparado por inúmeros críticos com Luciano Pavarotti. Foto: Nicolas Tucat / AFP

A cada apresentação, a imprensa o compara à uma lenda lírica italiana: "Desde 2017, quase todos os críticos dizem a mesma coisa: 'Sua voz se parece com a de Pavarotti'", afirma o tenor, com voz potente e luminosa.

Nasceu neste arquipélago polinésio mas cresceu na Nova Zelândia, em Auckland, onde começou a descobrir o universo lírico da estrela italiana... no YouTube. "Eu não podia pagar aulas de canto", lembra ele. Em seu carro, assistia a vídeos do "tenor da cidade" e observava, focando em seu rosto, como conseguia controlar o "passagio", aquela difícil transição entre os registros vocais. 

Na escola, ficou fascinado por cantar graças a uma ideia engenhosa do professor. "Para jogar rugby tinha que cantar no coral... "E deu certo!", diz ele.

Pati, que acaba de lançar seu primeiro álbum solo pela Warner Classics, diz que sua cultura samoana também ajudou.

“A música está no nosso DNA: cantamos tudo, nossos mitos, nossas lendas, nossa independência (...) É um pouco como ópera, canta-se uma história”, diz o tenor.

Na Universidade de Auckland, seus professores queriam protegê-lo de possíveis decepções e avisaram-no de que poucos cantores líricos da região do Pacífico alcançam sucesso internacional, com exceção da soprano neozelandesa de origem maori, Kiri Te Kanawa. "Lembro que respondi: 'Vou ser o primeiro, vou mostrar o contrário'", diz.

Com seu irmão mais novo Amitai, também tenor, e o barítono samoano Moses Mackay, fundou o trio SOL3 MIO, cujo primeiro álbum foi o mais vendido na Nova Zelândia em 2014 e 2015.

Ela ganhou o concurso New Zealand Aria, o concurso Montserrat Caballé e o prêmio do público no Operalia, criado por Placido Domingo. Ele conseguiu uma bolsa de estudos da Ópera de São Francisco, onde conquistou seu primeiro grande papel, o do Duque de Mântua em Rigoletto de Verdi.

Foi então, em 2017, que Marc Minkowski, diretor na época da Ópera de Bordeaux, o descobriu. "Quero trazê-lo para a França!", exclamou. "Ele disse que minha voz tinha se perdido um pouco, mas que era um autêntico bel canto", lembra o tenor lírico.

Pati planeja se mudar para Barcelona com sua esposa, a soprano de origem egípcia Amina Edris, mas não se esquece de sua terra natal. "No Pacífico, há muitas pessoas que descobrem a ópera e há jovens cantores samoanos que cantam no Metropolitan Opera e, nas ilhas, decidiram construir uma casa de ópera", diz ele.

Seu sonho é criar uma escola de canto. "Espero que as gerações futuras façam muito mais coisas do que eu fiz", diz.

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