The Cure encerra Primavera Sound em show catártico e intenso, com o maior público do evento


Há dez anos longe dos palcos brasileiros, grupo britânico sustentou a maior plateia do festival com show de mais de 2h30

Por João Ker
Atualização:

Escolhido para encerrar esta segunda edição do Primavera Sound, , o The Cure sustentou mais de 2h30 de um show em clima catártico e romântico com os maiores sucessos e outras faixas menis óbvias da banda inglesa. Ao fim, ficou provado porque este era o maior nome do evento: nenhuma apresentação reuniu um público tão grande que invadia os limites dos outros palcos e se mantinha atento do início ao fim.

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Apesar de cativante, o show demorou a engatar. Abrindo com Alone, o vocalista Robert Smith parecia ignorar as milhares de pessoas no gramado do Autódromo de Interlagos - mas ao menos foi capaz de fazer uma performance em tom intimista, potencializada pela dramaticidade que interpretou a música. Ao final, ele agradeceu o público brasileiro após ser ovacionado: “É muito bom estar de volta”.

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O The Cure não tocava no Brasil havia 10 anos, tempo suficiente para uma geração inteira de novos fãs se apaixonarem pelo som do grupo que, apesar de odiar o rótulo e não se encaixar muito bem na definição, tornou-se sinônimo do rock gótico dos anos 70 e 80. Pela plateia, casais adolescentes se misturavam a famílias, algumas delas com o pai colocando a filha sobre os ombros para mostrar mais de perto uma paixão passada adiante.

A primeira unanimidade foi Lovesong, cujo refrão conseguiu arrancar um coro dos fãs mais jovens e mais velhos. Do palco, Smith esboçou um sorrisinho de canto ao ouvir o coral de baixo entoando “However far away I’ll always love you”. “Obrrrigado”, disse ao final, em português.

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Com um beijo nas cores do Brasil estampando a camisa, Robert Smith falou pouco com o público e preferiu se expressar pelas músicas e por sinais subliminares, sempre que ouvia um coro mais forte e acenava a cabeça. Apesar de não ter todas as letras na ponta da língua, o público do começo ao final mantinha os olhos pregados no palco ou no telão, um comportamento replicado nas pistas e balcões da área vip e dedicado exclusivamente ao The Cure nesta edição.

Público sentiu problemas no som

Um problema gritante e que parecia incomodar boa parte do público no fundo foi a intromissão do show de The Blessed Madonna, no palco ao lado. Apesar de não ser uma falha nova ou exclusiva deste festival, ela ainda assim não deixa de ser irritante e até inacreditável a essa altura.

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Mas isso não foi suficiente para prejudicar a emoção dos fãs, alguns deles acampados na grade do palco desde o início da tarde. Se às vezes o show parecia morno, bastavam os primeiros acordes de queridinhas como “Inbetween days” ou “Just like heaven” para o público se empolgar de novo.

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

O primeiro bis entrou com força, após mais de uma hora de show e com um Simon Gallup em transe na guitarra, que em algumas horas se esfregava no baixo de Parry Bamonte, em outras no próprio Smith. Um dos ápices foi o solo tocado em Charlotte Sometimes, obrigatoriamente aplaudido pelos fãs.

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Mantendo uma tradição pouco seguida pelos outros artistas principais do Primavera, o The Cure guardou o melhor (ou maior) hit para o final, encerrando com o bombardeio de Friday I’m in love, Close to me, Why Can’t I be You e Boys Don’t Cry, esta última uma inverdade desmentida ao longo das mais de duas horas de show, onde o telão mostrou meninas adolescentes e marmanjos com mais de 60 anos dividindo a mesma grade e as mesmas lágrimas.

Fotos do The Cure no Primavera Sound

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão
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Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão
Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Setlist do The Cure no Primavera Sound

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  1. Alone
  2. Pictures of You
  3. High
  4. A Night Like This
  5. Lovesong
  6. And Nothing Is Forever
  7. Burn
  8. Fascination Street
  9. Push
  10. In Between Days
  11. Just Like Heaven
  12. At Night
  13. Play for Today
  14. A Forest
  15. Shake Dog Shake
  16. From the Edge of the Deep Green Sea
  17. Endsong
  18. It Can Never Be The Same
  19. Want
  20. Plainsong
  21. Disintegration
  22. Lullaby
  23. Hot Hot Hot!!!
  24. The Walk
  25. Friday I’m In Love
  26. Close To Me
  27. Why Can’t I Be You?
  28. Boys Don’t Cry

Escolhido para encerrar esta segunda edição do Primavera Sound, , o The Cure sustentou mais de 2h30 de um show em clima catártico e romântico com os maiores sucessos e outras faixas menis óbvias da banda inglesa. Ao fim, ficou provado porque este era o maior nome do evento: nenhuma apresentação reuniu um público tão grande que invadia os limites dos outros palcos e se mantinha atento do início ao fim.

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Apesar de cativante, o show demorou a engatar. Abrindo com Alone, o vocalista Robert Smith parecia ignorar as milhares de pessoas no gramado do Autódromo de Interlagos - mas ao menos foi capaz de fazer uma performance em tom intimista, potencializada pela dramaticidade que interpretou a música. Ao final, ele agradeceu o público brasileiro após ser ovacionado: “É muito bom estar de volta”.

O The Cure não tocava no Brasil havia 10 anos, tempo suficiente para uma geração inteira de novos fãs se apaixonarem pelo som do grupo que, apesar de odiar o rótulo e não se encaixar muito bem na definição, tornou-se sinônimo do rock gótico dos anos 70 e 80. Pela plateia, casais adolescentes se misturavam a famílias, algumas delas com o pai colocando a filha sobre os ombros para mostrar mais de perto uma paixão passada adiante.

A primeira unanimidade foi Lovesong, cujo refrão conseguiu arrancar um coro dos fãs mais jovens e mais velhos. Do palco, Smith esboçou um sorrisinho de canto ao ouvir o coral de baixo entoando “However far away I’ll always love you”. “Obrrrigado”, disse ao final, em português.

Com um beijo nas cores do Brasil estampando a camisa, Robert Smith falou pouco com o público e preferiu se expressar pelas músicas e por sinais subliminares, sempre que ouvia um coro mais forte e acenava a cabeça. Apesar de não ter todas as letras na ponta da língua, o público do começo ao final mantinha os olhos pregados no palco ou no telão, um comportamento replicado nas pistas e balcões da área vip e dedicado exclusivamente ao The Cure nesta edição.

Público sentiu problemas no som

Um problema gritante e que parecia incomodar boa parte do público no fundo foi a intromissão do show de The Blessed Madonna, no palco ao lado. Apesar de não ser uma falha nova ou exclusiva deste festival, ela ainda assim não deixa de ser irritante e até inacreditável a essa altura.

Mas isso não foi suficiente para prejudicar a emoção dos fãs, alguns deles acampados na grade do palco desde o início da tarde. Se às vezes o show parecia morno, bastavam os primeiros acordes de queridinhas como “Inbetween days” ou “Just like heaven” para o público se empolgar de novo.

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

O primeiro bis entrou com força, após mais de uma hora de show e com um Simon Gallup em transe na guitarra, que em algumas horas se esfregava no baixo de Parry Bamonte, em outras no próprio Smith. Um dos ápices foi o solo tocado em Charlotte Sometimes, obrigatoriamente aplaudido pelos fãs.

Mantendo uma tradição pouco seguida pelos outros artistas principais do Primavera, o The Cure guardou o melhor (ou maior) hit para o final, encerrando com o bombardeio de Friday I’m in love, Close to me, Why Can’t I be You e Boys Don’t Cry, esta última uma inverdade desmentida ao longo das mais de duas horas de show, onde o telão mostrou meninas adolescentes e marmanjos com mais de 60 anos dividindo a mesma grade e as mesmas lágrimas.

Fotos do The Cure no Primavera Sound

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão
Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão
Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Setlist do The Cure no Primavera Sound

  1. Alone
  2. Pictures of You
  3. High
  4. A Night Like This
  5. Lovesong
  6. And Nothing Is Forever
  7. Burn
  8. Fascination Street
  9. Push
  10. In Between Days
  11. Just Like Heaven
  12. At Night
  13. Play for Today
  14. A Forest
  15. Shake Dog Shake
  16. From the Edge of the Deep Green Sea
  17. Endsong
  18. It Can Never Be The Same
  19. Want
  20. Plainsong
  21. Disintegration
  22. Lullaby
  23. Hot Hot Hot!!!
  24. The Walk
  25. Friday I’m In Love
  26. Close To Me
  27. Why Can’t I Be You?
  28. Boys Don’t Cry

Escolhido para encerrar esta segunda edição do Primavera Sound, , o The Cure sustentou mais de 2h30 de um show em clima catártico e romântico com os maiores sucessos e outras faixas menis óbvias da banda inglesa. Ao fim, ficou provado porque este era o maior nome do evento: nenhuma apresentação reuniu um público tão grande que invadia os limites dos outros palcos e se mantinha atento do início ao fim.

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Apesar de cativante, o show demorou a engatar. Abrindo com Alone, o vocalista Robert Smith parecia ignorar as milhares de pessoas no gramado do Autódromo de Interlagos - mas ao menos foi capaz de fazer uma performance em tom intimista, potencializada pela dramaticidade que interpretou a música. Ao final, ele agradeceu o público brasileiro após ser ovacionado: “É muito bom estar de volta”.

O The Cure não tocava no Brasil havia 10 anos, tempo suficiente para uma geração inteira de novos fãs se apaixonarem pelo som do grupo que, apesar de odiar o rótulo e não se encaixar muito bem na definição, tornou-se sinônimo do rock gótico dos anos 70 e 80. Pela plateia, casais adolescentes se misturavam a famílias, algumas delas com o pai colocando a filha sobre os ombros para mostrar mais de perto uma paixão passada adiante.

A primeira unanimidade foi Lovesong, cujo refrão conseguiu arrancar um coro dos fãs mais jovens e mais velhos. Do palco, Smith esboçou um sorrisinho de canto ao ouvir o coral de baixo entoando “However far away I’ll always love you”. “Obrrrigado”, disse ao final, em português.

Com um beijo nas cores do Brasil estampando a camisa, Robert Smith falou pouco com o público e preferiu se expressar pelas músicas e por sinais subliminares, sempre que ouvia um coro mais forte e acenava a cabeça. Apesar de não ter todas as letras na ponta da língua, o público do começo ao final mantinha os olhos pregados no palco ou no telão, um comportamento replicado nas pistas e balcões da área vip e dedicado exclusivamente ao The Cure nesta edição.

Público sentiu problemas no som

Um problema gritante e que parecia incomodar boa parte do público no fundo foi a intromissão do show de The Blessed Madonna, no palco ao lado. Apesar de não ser uma falha nova ou exclusiva deste festival, ela ainda assim não deixa de ser irritante e até inacreditável a essa altura.

Mas isso não foi suficiente para prejudicar a emoção dos fãs, alguns deles acampados na grade do palco desde o início da tarde. Se às vezes o show parecia morno, bastavam os primeiros acordes de queridinhas como “Inbetween days” ou “Just like heaven” para o público se empolgar de novo.

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

O primeiro bis entrou com força, após mais de uma hora de show e com um Simon Gallup em transe na guitarra, que em algumas horas se esfregava no baixo de Parry Bamonte, em outras no próprio Smith. Um dos ápices foi o solo tocado em Charlotte Sometimes, obrigatoriamente aplaudido pelos fãs.

Mantendo uma tradição pouco seguida pelos outros artistas principais do Primavera, o The Cure guardou o melhor (ou maior) hit para o final, encerrando com o bombardeio de Friday I’m in love, Close to me, Why Can’t I be You e Boys Don’t Cry, esta última uma inverdade desmentida ao longo das mais de duas horas de show, onde o telão mostrou meninas adolescentes e marmanjos com mais de 60 anos dividindo a mesma grade e as mesmas lágrimas.

Fotos do The Cure no Primavera Sound

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão
Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão
Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Setlist do The Cure no Primavera Sound

  1. Alone
  2. Pictures of You
  3. High
  4. A Night Like This
  5. Lovesong
  6. And Nothing Is Forever
  7. Burn
  8. Fascination Street
  9. Push
  10. In Between Days
  11. Just Like Heaven
  12. At Night
  13. Play for Today
  14. A Forest
  15. Shake Dog Shake
  16. From the Edge of the Deep Green Sea
  17. Endsong
  18. It Can Never Be The Same
  19. Want
  20. Plainsong
  21. Disintegration
  22. Lullaby
  23. Hot Hot Hot!!!
  24. The Walk
  25. Friday I’m In Love
  26. Close To Me
  27. Why Can’t I Be You?
  28. Boys Don’t Cry

Escolhido para encerrar esta segunda edição do Primavera Sound, , o The Cure sustentou mais de 2h30 de um show em clima catártico e romântico com os maiores sucessos e outras faixas menis óbvias da banda inglesa. Ao fim, ficou provado porque este era o maior nome do evento: nenhuma apresentação reuniu um público tão grande que invadia os limites dos outros palcos e se mantinha atento do início ao fim.

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Apesar de cativante, o show demorou a engatar. Abrindo com Alone, o vocalista Robert Smith parecia ignorar as milhares de pessoas no gramado do Autódromo de Interlagos - mas ao menos foi capaz de fazer uma performance em tom intimista, potencializada pela dramaticidade que interpretou a música. Ao final, ele agradeceu o público brasileiro após ser ovacionado: “É muito bom estar de volta”.

O The Cure não tocava no Brasil havia 10 anos, tempo suficiente para uma geração inteira de novos fãs se apaixonarem pelo som do grupo que, apesar de odiar o rótulo e não se encaixar muito bem na definição, tornou-se sinônimo do rock gótico dos anos 70 e 80. Pela plateia, casais adolescentes se misturavam a famílias, algumas delas com o pai colocando a filha sobre os ombros para mostrar mais de perto uma paixão passada adiante.

A primeira unanimidade foi Lovesong, cujo refrão conseguiu arrancar um coro dos fãs mais jovens e mais velhos. Do palco, Smith esboçou um sorrisinho de canto ao ouvir o coral de baixo entoando “However far away I’ll always love you”. “Obrrrigado”, disse ao final, em português.

Com um beijo nas cores do Brasil estampando a camisa, Robert Smith falou pouco com o público e preferiu se expressar pelas músicas e por sinais subliminares, sempre que ouvia um coro mais forte e acenava a cabeça. Apesar de não ter todas as letras na ponta da língua, o público do começo ao final mantinha os olhos pregados no palco ou no telão, um comportamento replicado nas pistas e balcões da área vip e dedicado exclusivamente ao The Cure nesta edição.

Público sentiu problemas no som

Um problema gritante e que parecia incomodar boa parte do público no fundo foi a intromissão do show de The Blessed Madonna, no palco ao lado. Apesar de não ser uma falha nova ou exclusiva deste festival, ela ainda assim não deixa de ser irritante e até inacreditável a essa altura.

Mas isso não foi suficiente para prejudicar a emoção dos fãs, alguns deles acampados na grade do palco desde o início da tarde. Se às vezes o show parecia morno, bastavam os primeiros acordes de queridinhas como “Inbetween days” ou “Just like heaven” para o público se empolgar de novo.

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

O primeiro bis entrou com força, após mais de uma hora de show e com um Simon Gallup em transe na guitarra, que em algumas horas se esfregava no baixo de Parry Bamonte, em outras no próprio Smith. Um dos ápices foi o solo tocado em Charlotte Sometimes, obrigatoriamente aplaudido pelos fãs.

Mantendo uma tradição pouco seguida pelos outros artistas principais do Primavera, o The Cure guardou o melhor (ou maior) hit para o final, encerrando com o bombardeio de Friday I’m in love, Close to me, Why Can’t I be You e Boys Don’t Cry, esta última uma inverdade desmentida ao longo das mais de duas horas de show, onde o telão mostrou meninas adolescentes e marmanjos com mais de 60 anos dividindo a mesma grade e as mesmas lágrimas.

Fotos do The Cure no Primavera Sound

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão
Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão
Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Setlist do The Cure no Primavera Sound

  1. Alone
  2. Pictures of You
  3. High
  4. A Night Like This
  5. Lovesong
  6. And Nothing Is Forever
  7. Burn
  8. Fascination Street
  9. Push
  10. In Between Days
  11. Just Like Heaven
  12. At Night
  13. Play for Today
  14. A Forest
  15. Shake Dog Shake
  16. From the Edge of the Deep Green Sea
  17. Endsong
  18. It Can Never Be The Same
  19. Want
  20. Plainsong
  21. Disintegration
  22. Lullaby
  23. Hot Hot Hot!!!
  24. The Walk
  25. Friday I’m In Love
  26. Close To Me
  27. Why Can’t I Be You?
  28. Boys Don’t Cry

Escolhido para encerrar esta segunda edição do Primavera Sound, , o The Cure sustentou mais de 2h30 de um show em clima catártico e romântico com os maiores sucessos e outras faixas menis óbvias da banda inglesa. Ao fim, ficou provado porque este era o maior nome do evento: nenhuma apresentação reuniu um público tão grande que invadia os limites dos outros palcos e se mantinha atento do início ao fim.

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Apesar de cativante, o show demorou a engatar. Abrindo com Alone, o vocalista Robert Smith parecia ignorar as milhares de pessoas no gramado do Autódromo de Interlagos - mas ao menos foi capaz de fazer uma performance em tom intimista, potencializada pela dramaticidade que interpretou a música. Ao final, ele agradeceu o público brasileiro após ser ovacionado: “É muito bom estar de volta”.

O The Cure não tocava no Brasil havia 10 anos, tempo suficiente para uma geração inteira de novos fãs se apaixonarem pelo som do grupo que, apesar de odiar o rótulo e não se encaixar muito bem na definição, tornou-se sinônimo do rock gótico dos anos 70 e 80. Pela plateia, casais adolescentes se misturavam a famílias, algumas delas com o pai colocando a filha sobre os ombros para mostrar mais de perto uma paixão passada adiante.

A primeira unanimidade foi Lovesong, cujo refrão conseguiu arrancar um coro dos fãs mais jovens e mais velhos. Do palco, Smith esboçou um sorrisinho de canto ao ouvir o coral de baixo entoando “However far away I’ll always love you”. “Obrrrigado”, disse ao final, em português.

Com um beijo nas cores do Brasil estampando a camisa, Robert Smith falou pouco com o público e preferiu se expressar pelas músicas e por sinais subliminares, sempre que ouvia um coro mais forte e acenava a cabeça. Apesar de não ter todas as letras na ponta da língua, o público do começo ao final mantinha os olhos pregados no palco ou no telão, um comportamento replicado nas pistas e balcões da área vip e dedicado exclusivamente ao The Cure nesta edição.

Público sentiu problemas no som

Um problema gritante e que parecia incomodar boa parte do público no fundo foi a intromissão do show de The Blessed Madonna, no palco ao lado. Apesar de não ser uma falha nova ou exclusiva deste festival, ela ainda assim não deixa de ser irritante e até inacreditável a essa altura.

Mas isso não foi suficiente para prejudicar a emoção dos fãs, alguns deles acampados na grade do palco desde o início da tarde. Se às vezes o show parecia morno, bastavam os primeiros acordes de queridinhas como “Inbetween days” ou “Just like heaven” para o público se empolgar de novo.

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

O primeiro bis entrou com força, após mais de uma hora de show e com um Simon Gallup em transe na guitarra, que em algumas horas se esfregava no baixo de Parry Bamonte, em outras no próprio Smith. Um dos ápices foi o solo tocado em Charlotte Sometimes, obrigatoriamente aplaudido pelos fãs.

Mantendo uma tradição pouco seguida pelos outros artistas principais do Primavera, o The Cure guardou o melhor (ou maior) hit para o final, encerrando com o bombardeio de Friday I’m in love, Close to me, Why Can’t I be You e Boys Don’t Cry, esta última uma inverdade desmentida ao longo das mais de duas horas de show, onde o telão mostrou meninas adolescentes e marmanjos com mais de 60 anos dividindo a mesma grade e as mesmas lágrimas.

Fotos do The Cure no Primavera Sound

Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão
Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão
Banda The Cure durante show no festival Primavera Sound em 3 de dezembro de 2023 Foto: Taba Benedicto/Estadão

Setlist do The Cure no Primavera Sound

  1. Alone
  2. Pictures of You
  3. High
  4. A Night Like This
  5. Lovesong
  6. And Nothing Is Forever
  7. Burn
  8. Fascination Street
  9. Push
  10. In Between Days
  11. Just Like Heaven
  12. At Night
  13. Play for Today
  14. A Forest
  15. Shake Dog Shake
  16. From the Edge of the Deep Green Sea
  17. Endsong
  18. It Can Never Be The Same
  19. Want
  20. Plainsong
  21. Disintegration
  22. Lullaby
  23. Hot Hot Hot!!!
  24. The Walk
  25. Friday I’m In Love
  26. Close To Me
  27. Why Can’t I Be You?
  28. Boys Don’t Cry

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