Titãs volta aos palcos com ‘Microfonado’, show intimista que tem participação de Roberto de Carvalho


Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto trazem clássicos da banda para apresentação acústica; em entrevista falam sobre novas músicas e da relação com São Paulo

Por Larissa Burchard

Os Titãs voltam aos palcos em uma apresentação mais intimista com o show Titãs Microfonado. Com uma experiência acústica, Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto tocam neste sábado, 28, no Espaço Unimed, e trazem uma releitura dos sucessos da banda com as participações do músico Roberto de Carvalho e da cantora Bruna Magalhães.

“Tivemos o cuidado de em cada música fazer alguma coisa inédita, algo diferente das versões já conhecidas”, diz Belloto, que conversou com o Estadão durante o ensaio para o show.

A apresentação também marca a volta Branco Mello. Aos 62 anos, o baixista e vocalista do Titãs realizou uma cirurgia de retirada de um nódulo nas amígdalas em julho. O músico luta contra a doença desde 2020.

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Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto tocam juntos no show Titãs 'Microfonado' no Espaço Unimed Foto: Dantas Jr/Divulgação

Cara a cara com o público

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A nova turnê vem depois do grupo movimentar os estádios ao redor do país com Titãs Encontro, com os sete integrantes originais da banda que surgiu em 1982. Após tocar para multidões, o trio decidiu realizar um show mais ‘cara a cara’ com o público. “No estádio você só vê a multidão, aqui a gente consegue ver o rosto de cada um e trazer algumas canções que estavam nos outros shows”, comenta Bellotto.

Microfonado surgiu como um projeto audiovisual gravado no Estúdio Midas - e que está disponível nas plataformas de streaming. As canções contam com a participação de sete convidados, como Petra Gil, Lenine e Vitor Kley. Sem amplificadores, o projeto busca trazer as músicas quase como se o público as ouvisse no momento em que foram gravadas.

No Espaço Unimed, as luzes baixas, o palco montado e as três cadeiras de madeira prontas para o ensaio dão um ar de pocket show. “Depois daquela grandiosidade toda, deu vontade de fazer uma coisa mais intimista, mais próxima do público”, comenta Bellotto.

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Titãs ensaiam para a turnê 'Microfonado' Foto: Bruno Nogueirão/Estadão

Inovando juntos

Com 40 anos de história, a banda formada por paulistanos já lançou 17 discos e caminhou por diferentes estilos, do rock ao pop, da MPB ao new wave. Em constante mudança, como explica Sérgio Britto, a banda busca se renovar a cada álbum.

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É o maior estímulo para a gente estar na estrada e ainda fazer shows e tudo mais. Se você fica muito apegado só ao passado as coisas vão ficando burocráticas

Sérgio Britto

Para os fãs, o novo show traz clássicos como Sonífera Ilha, Epitáfio e Enquanto Houver Sol, mas também conta com as canções do último disco, Olho Furta-Cor. Lançado em 2022, as 14 faixas falam sobre temas diversos como a crise climática no mundo, a frenética São Paulo e uma homenagem a Raul Seixas. “Não tem uma regra definida. Tudo pode ser música”, fala Mello.

A música Apocalipse Só é um exemplo de experimentação da banda. No álbum, a canção começa com um coral de crianças do Instituto Anelo, associação sem fins lucrativos que oferece aulas de música para jovens. Para a gravação do Microfonado, saem as batidas da bateria e a guitarra e a música ganha a participação de Ney Matogrosso.

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Ouça a versão do álbum:

A versão Microfonado, com Ney Matogrosso:

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Atitude paulistana

A cidade de São Paulo é cenário de diversas músicas da banda, originalmente formada por nove paulistanos. Mesmo com o sucesso nacional, os Titãs não perderam o espírito da capital, fala Bellotto. “Nós temos uma atitude meio de São Paulo, progressista, diferente e com referências misturadas”.

Noites na Praça Roosevelt, shows na praça Benedito Calixto, festas no clube Madame Satã, todos lugares que ainda existem e guardam um pouco da história dos Titãs. “Na Benedito tinha um teatrinho onde todo artista novo se apresentava. Era só namorada e os pais assistindo ao show, mas era interessante porque todas as bandas paulistas começaram ali, Ira, Ultraje...”, lembra Britto.

A urgência urbana, o barulho da cidade, é algo que está na nossa música

Sérgio Britto

Entre os bares ao redor da Praça Roosevelt, na centro da capital, havia um de nome Baiuca. “Era o lugar em que todos se encontravam”, recorda Branco, “Encontrei o Cauby Peixoto por lá”. A região era como se fosse o Beco das Garrafas (viela em Copacabana onde se concentravam as boates de bossa nova nos anos 1960) no Rio de Janeiro.

Cantando com Roberto de Carvalho, o trio ainda homenageia mais um ícone da cidade: a cantora e compositora Rita Lee. Uma das músicas do show é Caos, canção que Rita, Roberto e Beto Lee ( filho do casal) compuseram para a banda. “Junto com a Rita, acho que nós somos a banda que, no Brasil, é mais conhecida como um representante de São Paulo, não é? É uma coisa que nos orgulha muito”, destaca Bellotto.

Titãs - Microfonado

Espaço Unimed

Rua Tagipuru, 795, Barra Funda

28/9, 22h

Ingressos: Ticket360

Os Titãs voltam aos palcos em uma apresentação mais intimista com o show Titãs Microfonado. Com uma experiência acústica, Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto tocam neste sábado, 28, no Espaço Unimed, e trazem uma releitura dos sucessos da banda com as participações do músico Roberto de Carvalho e da cantora Bruna Magalhães.

“Tivemos o cuidado de em cada música fazer alguma coisa inédita, algo diferente das versões já conhecidas”, diz Belloto, que conversou com o Estadão durante o ensaio para o show.

A apresentação também marca a volta Branco Mello. Aos 62 anos, o baixista e vocalista do Titãs realizou uma cirurgia de retirada de um nódulo nas amígdalas em julho. O músico luta contra a doença desde 2020.

Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto tocam juntos no show Titãs 'Microfonado' no Espaço Unimed Foto: Dantas Jr/Divulgação

Cara a cara com o público

A nova turnê vem depois do grupo movimentar os estádios ao redor do país com Titãs Encontro, com os sete integrantes originais da banda que surgiu em 1982. Após tocar para multidões, o trio decidiu realizar um show mais ‘cara a cara’ com o público. “No estádio você só vê a multidão, aqui a gente consegue ver o rosto de cada um e trazer algumas canções que estavam nos outros shows”, comenta Bellotto.

Microfonado surgiu como um projeto audiovisual gravado no Estúdio Midas - e que está disponível nas plataformas de streaming. As canções contam com a participação de sete convidados, como Petra Gil, Lenine e Vitor Kley. Sem amplificadores, o projeto busca trazer as músicas quase como se o público as ouvisse no momento em que foram gravadas.

No Espaço Unimed, as luzes baixas, o palco montado e as três cadeiras de madeira prontas para o ensaio dão um ar de pocket show. “Depois daquela grandiosidade toda, deu vontade de fazer uma coisa mais intimista, mais próxima do público”, comenta Bellotto.

Titãs ensaiam para a turnê 'Microfonado' Foto: Bruno Nogueirão/Estadão

Inovando juntos

Com 40 anos de história, a banda formada por paulistanos já lançou 17 discos e caminhou por diferentes estilos, do rock ao pop, da MPB ao new wave. Em constante mudança, como explica Sérgio Britto, a banda busca se renovar a cada álbum.

É o maior estímulo para a gente estar na estrada e ainda fazer shows e tudo mais. Se você fica muito apegado só ao passado as coisas vão ficando burocráticas

Sérgio Britto

Para os fãs, o novo show traz clássicos como Sonífera Ilha, Epitáfio e Enquanto Houver Sol, mas também conta com as canções do último disco, Olho Furta-Cor. Lançado em 2022, as 14 faixas falam sobre temas diversos como a crise climática no mundo, a frenética São Paulo e uma homenagem a Raul Seixas. “Não tem uma regra definida. Tudo pode ser música”, fala Mello.

A música Apocalipse Só é um exemplo de experimentação da banda. No álbum, a canção começa com um coral de crianças do Instituto Anelo, associação sem fins lucrativos que oferece aulas de música para jovens. Para a gravação do Microfonado, saem as batidas da bateria e a guitarra e a música ganha a participação de Ney Matogrosso.

Ouça a versão do álbum:

A versão Microfonado, com Ney Matogrosso:

Atitude paulistana

A cidade de São Paulo é cenário de diversas músicas da banda, originalmente formada por nove paulistanos. Mesmo com o sucesso nacional, os Titãs não perderam o espírito da capital, fala Bellotto. “Nós temos uma atitude meio de São Paulo, progressista, diferente e com referências misturadas”.

Noites na Praça Roosevelt, shows na praça Benedito Calixto, festas no clube Madame Satã, todos lugares que ainda existem e guardam um pouco da história dos Titãs. “Na Benedito tinha um teatrinho onde todo artista novo se apresentava. Era só namorada e os pais assistindo ao show, mas era interessante porque todas as bandas paulistas começaram ali, Ira, Ultraje...”, lembra Britto.

A urgência urbana, o barulho da cidade, é algo que está na nossa música

Sérgio Britto

Entre os bares ao redor da Praça Roosevelt, na centro da capital, havia um de nome Baiuca. “Era o lugar em que todos se encontravam”, recorda Branco, “Encontrei o Cauby Peixoto por lá”. A região era como se fosse o Beco das Garrafas (viela em Copacabana onde se concentravam as boates de bossa nova nos anos 1960) no Rio de Janeiro.

Cantando com Roberto de Carvalho, o trio ainda homenageia mais um ícone da cidade: a cantora e compositora Rita Lee. Uma das músicas do show é Caos, canção que Rita, Roberto e Beto Lee ( filho do casal) compuseram para a banda. “Junto com a Rita, acho que nós somos a banda que, no Brasil, é mais conhecida como um representante de São Paulo, não é? É uma coisa que nos orgulha muito”, destaca Bellotto.

Titãs - Microfonado

Espaço Unimed

Rua Tagipuru, 795, Barra Funda

28/9, 22h

Ingressos: Ticket360

Os Titãs voltam aos palcos em uma apresentação mais intimista com o show Titãs Microfonado. Com uma experiência acústica, Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto tocam neste sábado, 28, no Espaço Unimed, e trazem uma releitura dos sucessos da banda com as participações do músico Roberto de Carvalho e da cantora Bruna Magalhães.

“Tivemos o cuidado de em cada música fazer alguma coisa inédita, algo diferente das versões já conhecidas”, diz Belloto, que conversou com o Estadão durante o ensaio para o show.

A apresentação também marca a volta Branco Mello. Aos 62 anos, o baixista e vocalista do Titãs realizou uma cirurgia de retirada de um nódulo nas amígdalas em julho. O músico luta contra a doença desde 2020.

Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto tocam juntos no show Titãs 'Microfonado' no Espaço Unimed Foto: Dantas Jr/Divulgação

Cara a cara com o público

A nova turnê vem depois do grupo movimentar os estádios ao redor do país com Titãs Encontro, com os sete integrantes originais da banda que surgiu em 1982. Após tocar para multidões, o trio decidiu realizar um show mais ‘cara a cara’ com o público. “No estádio você só vê a multidão, aqui a gente consegue ver o rosto de cada um e trazer algumas canções que estavam nos outros shows”, comenta Bellotto.

Microfonado surgiu como um projeto audiovisual gravado no Estúdio Midas - e que está disponível nas plataformas de streaming. As canções contam com a participação de sete convidados, como Petra Gil, Lenine e Vitor Kley. Sem amplificadores, o projeto busca trazer as músicas quase como se o público as ouvisse no momento em que foram gravadas.

No Espaço Unimed, as luzes baixas, o palco montado e as três cadeiras de madeira prontas para o ensaio dão um ar de pocket show. “Depois daquela grandiosidade toda, deu vontade de fazer uma coisa mais intimista, mais próxima do público”, comenta Bellotto.

Titãs ensaiam para a turnê 'Microfonado' Foto: Bruno Nogueirão/Estadão

Inovando juntos

Com 40 anos de história, a banda formada por paulistanos já lançou 17 discos e caminhou por diferentes estilos, do rock ao pop, da MPB ao new wave. Em constante mudança, como explica Sérgio Britto, a banda busca se renovar a cada álbum.

É o maior estímulo para a gente estar na estrada e ainda fazer shows e tudo mais. Se você fica muito apegado só ao passado as coisas vão ficando burocráticas

Sérgio Britto

Para os fãs, o novo show traz clássicos como Sonífera Ilha, Epitáfio e Enquanto Houver Sol, mas também conta com as canções do último disco, Olho Furta-Cor. Lançado em 2022, as 14 faixas falam sobre temas diversos como a crise climática no mundo, a frenética São Paulo e uma homenagem a Raul Seixas. “Não tem uma regra definida. Tudo pode ser música”, fala Mello.

A música Apocalipse Só é um exemplo de experimentação da banda. No álbum, a canção começa com um coral de crianças do Instituto Anelo, associação sem fins lucrativos que oferece aulas de música para jovens. Para a gravação do Microfonado, saem as batidas da bateria e a guitarra e a música ganha a participação de Ney Matogrosso.

Ouça a versão do álbum:

A versão Microfonado, com Ney Matogrosso:

Atitude paulistana

A cidade de São Paulo é cenário de diversas músicas da banda, originalmente formada por nove paulistanos. Mesmo com o sucesso nacional, os Titãs não perderam o espírito da capital, fala Bellotto. “Nós temos uma atitude meio de São Paulo, progressista, diferente e com referências misturadas”.

Noites na Praça Roosevelt, shows na praça Benedito Calixto, festas no clube Madame Satã, todos lugares que ainda existem e guardam um pouco da história dos Titãs. “Na Benedito tinha um teatrinho onde todo artista novo se apresentava. Era só namorada e os pais assistindo ao show, mas era interessante porque todas as bandas paulistas começaram ali, Ira, Ultraje...”, lembra Britto.

A urgência urbana, o barulho da cidade, é algo que está na nossa música

Sérgio Britto

Entre os bares ao redor da Praça Roosevelt, na centro da capital, havia um de nome Baiuca. “Era o lugar em que todos se encontravam”, recorda Branco, “Encontrei o Cauby Peixoto por lá”. A região era como se fosse o Beco das Garrafas (viela em Copacabana onde se concentravam as boates de bossa nova nos anos 1960) no Rio de Janeiro.

Cantando com Roberto de Carvalho, o trio ainda homenageia mais um ícone da cidade: a cantora e compositora Rita Lee. Uma das músicas do show é Caos, canção que Rita, Roberto e Beto Lee ( filho do casal) compuseram para a banda. “Junto com a Rita, acho que nós somos a banda que, no Brasil, é mais conhecida como um representante de São Paulo, não é? É uma coisa que nos orgulha muito”, destaca Bellotto.

Titãs - Microfonado

Espaço Unimed

Rua Tagipuru, 795, Barra Funda

28/9, 22h

Ingressos: Ticket360

Os Titãs voltam aos palcos em uma apresentação mais intimista com o show Titãs Microfonado. Com uma experiência acústica, Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto tocam neste sábado, 28, no Espaço Unimed, e trazem uma releitura dos sucessos da banda com as participações do músico Roberto de Carvalho e da cantora Bruna Magalhães.

“Tivemos o cuidado de em cada música fazer alguma coisa inédita, algo diferente das versões já conhecidas”, diz Belloto, que conversou com o Estadão durante o ensaio para o show.

A apresentação também marca a volta Branco Mello. Aos 62 anos, o baixista e vocalista do Titãs realizou uma cirurgia de retirada de um nódulo nas amígdalas em julho. O músico luta contra a doença desde 2020.

Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto tocam juntos no show Titãs 'Microfonado' no Espaço Unimed Foto: Dantas Jr/Divulgação

Cara a cara com o público

A nova turnê vem depois do grupo movimentar os estádios ao redor do país com Titãs Encontro, com os sete integrantes originais da banda que surgiu em 1982. Após tocar para multidões, o trio decidiu realizar um show mais ‘cara a cara’ com o público. “No estádio você só vê a multidão, aqui a gente consegue ver o rosto de cada um e trazer algumas canções que estavam nos outros shows”, comenta Bellotto.

Microfonado surgiu como um projeto audiovisual gravado no Estúdio Midas - e que está disponível nas plataformas de streaming. As canções contam com a participação de sete convidados, como Petra Gil, Lenine e Vitor Kley. Sem amplificadores, o projeto busca trazer as músicas quase como se o público as ouvisse no momento em que foram gravadas.

No Espaço Unimed, as luzes baixas, o palco montado e as três cadeiras de madeira prontas para o ensaio dão um ar de pocket show. “Depois daquela grandiosidade toda, deu vontade de fazer uma coisa mais intimista, mais próxima do público”, comenta Bellotto.

Titãs ensaiam para a turnê 'Microfonado' Foto: Bruno Nogueirão/Estadão

Inovando juntos

Com 40 anos de história, a banda formada por paulistanos já lançou 17 discos e caminhou por diferentes estilos, do rock ao pop, da MPB ao new wave. Em constante mudança, como explica Sérgio Britto, a banda busca se renovar a cada álbum.

É o maior estímulo para a gente estar na estrada e ainda fazer shows e tudo mais. Se você fica muito apegado só ao passado as coisas vão ficando burocráticas

Sérgio Britto

Para os fãs, o novo show traz clássicos como Sonífera Ilha, Epitáfio e Enquanto Houver Sol, mas também conta com as canções do último disco, Olho Furta-Cor. Lançado em 2022, as 14 faixas falam sobre temas diversos como a crise climática no mundo, a frenética São Paulo e uma homenagem a Raul Seixas. “Não tem uma regra definida. Tudo pode ser música”, fala Mello.

A música Apocalipse Só é um exemplo de experimentação da banda. No álbum, a canção começa com um coral de crianças do Instituto Anelo, associação sem fins lucrativos que oferece aulas de música para jovens. Para a gravação do Microfonado, saem as batidas da bateria e a guitarra e a música ganha a participação de Ney Matogrosso.

Ouça a versão do álbum:

A versão Microfonado, com Ney Matogrosso:

Atitude paulistana

A cidade de São Paulo é cenário de diversas músicas da banda, originalmente formada por nove paulistanos. Mesmo com o sucesso nacional, os Titãs não perderam o espírito da capital, fala Bellotto. “Nós temos uma atitude meio de São Paulo, progressista, diferente e com referências misturadas”.

Noites na Praça Roosevelt, shows na praça Benedito Calixto, festas no clube Madame Satã, todos lugares que ainda existem e guardam um pouco da história dos Titãs. “Na Benedito tinha um teatrinho onde todo artista novo se apresentava. Era só namorada e os pais assistindo ao show, mas era interessante porque todas as bandas paulistas começaram ali, Ira, Ultraje...”, lembra Britto.

A urgência urbana, o barulho da cidade, é algo que está na nossa música

Sérgio Britto

Entre os bares ao redor da Praça Roosevelt, na centro da capital, havia um de nome Baiuca. “Era o lugar em que todos se encontravam”, recorda Branco, “Encontrei o Cauby Peixoto por lá”. A região era como se fosse o Beco das Garrafas (viela em Copacabana onde se concentravam as boates de bossa nova nos anos 1960) no Rio de Janeiro.

Cantando com Roberto de Carvalho, o trio ainda homenageia mais um ícone da cidade: a cantora e compositora Rita Lee. Uma das músicas do show é Caos, canção que Rita, Roberto e Beto Lee ( filho do casal) compuseram para a banda. “Junto com a Rita, acho que nós somos a banda que, no Brasil, é mais conhecida como um representante de São Paulo, não é? É uma coisa que nos orgulha muito”, destaca Bellotto.

Titãs - Microfonado

Espaço Unimed

Rua Tagipuru, 795, Barra Funda

28/9, 22h

Ingressos: Ticket360

Os Titãs voltam aos palcos em uma apresentação mais intimista com o show Titãs Microfonado. Com uma experiência acústica, Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto tocam neste sábado, 28, no Espaço Unimed, e trazem uma releitura dos sucessos da banda com as participações do músico Roberto de Carvalho e da cantora Bruna Magalhães.

“Tivemos o cuidado de em cada música fazer alguma coisa inédita, algo diferente das versões já conhecidas”, diz Belloto, que conversou com o Estadão durante o ensaio para o show.

A apresentação também marca a volta Branco Mello. Aos 62 anos, o baixista e vocalista do Titãs realizou uma cirurgia de retirada de um nódulo nas amígdalas em julho. O músico luta contra a doença desde 2020.

Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto tocam juntos no show Titãs 'Microfonado' no Espaço Unimed Foto: Dantas Jr/Divulgação

Cara a cara com o público

A nova turnê vem depois do grupo movimentar os estádios ao redor do país com Titãs Encontro, com os sete integrantes originais da banda que surgiu em 1982. Após tocar para multidões, o trio decidiu realizar um show mais ‘cara a cara’ com o público. “No estádio você só vê a multidão, aqui a gente consegue ver o rosto de cada um e trazer algumas canções que estavam nos outros shows”, comenta Bellotto.

Microfonado surgiu como um projeto audiovisual gravado no Estúdio Midas - e que está disponível nas plataformas de streaming. As canções contam com a participação de sete convidados, como Petra Gil, Lenine e Vitor Kley. Sem amplificadores, o projeto busca trazer as músicas quase como se o público as ouvisse no momento em que foram gravadas.

No Espaço Unimed, as luzes baixas, o palco montado e as três cadeiras de madeira prontas para o ensaio dão um ar de pocket show. “Depois daquela grandiosidade toda, deu vontade de fazer uma coisa mais intimista, mais próxima do público”, comenta Bellotto.

Titãs ensaiam para a turnê 'Microfonado' Foto: Bruno Nogueirão/Estadão

Inovando juntos

Com 40 anos de história, a banda formada por paulistanos já lançou 17 discos e caminhou por diferentes estilos, do rock ao pop, da MPB ao new wave. Em constante mudança, como explica Sérgio Britto, a banda busca se renovar a cada álbum.

É o maior estímulo para a gente estar na estrada e ainda fazer shows e tudo mais. Se você fica muito apegado só ao passado as coisas vão ficando burocráticas

Sérgio Britto

Para os fãs, o novo show traz clássicos como Sonífera Ilha, Epitáfio e Enquanto Houver Sol, mas também conta com as canções do último disco, Olho Furta-Cor. Lançado em 2022, as 14 faixas falam sobre temas diversos como a crise climática no mundo, a frenética São Paulo e uma homenagem a Raul Seixas. “Não tem uma regra definida. Tudo pode ser música”, fala Mello.

A música Apocalipse Só é um exemplo de experimentação da banda. No álbum, a canção começa com um coral de crianças do Instituto Anelo, associação sem fins lucrativos que oferece aulas de música para jovens. Para a gravação do Microfonado, saem as batidas da bateria e a guitarra e a música ganha a participação de Ney Matogrosso.

Ouça a versão do álbum:

A versão Microfonado, com Ney Matogrosso:

Atitude paulistana

A cidade de São Paulo é cenário de diversas músicas da banda, originalmente formada por nove paulistanos. Mesmo com o sucesso nacional, os Titãs não perderam o espírito da capital, fala Bellotto. “Nós temos uma atitude meio de São Paulo, progressista, diferente e com referências misturadas”.

Noites na Praça Roosevelt, shows na praça Benedito Calixto, festas no clube Madame Satã, todos lugares que ainda existem e guardam um pouco da história dos Titãs. “Na Benedito tinha um teatrinho onde todo artista novo se apresentava. Era só namorada e os pais assistindo ao show, mas era interessante porque todas as bandas paulistas começaram ali, Ira, Ultraje...”, lembra Britto.

A urgência urbana, o barulho da cidade, é algo que está na nossa música

Sérgio Britto

Entre os bares ao redor da Praça Roosevelt, na centro da capital, havia um de nome Baiuca. “Era o lugar em que todos se encontravam”, recorda Branco, “Encontrei o Cauby Peixoto por lá”. A região era como se fosse o Beco das Garrafas (viela em Copacabana onde se concentravam as boates de bossa nova nos anos 1960) no Rio de Janeiro.

Cantando com Roberto de Carvalho, o trio ainda homenageia mais um ícone da cidade: a cantora e compositora Rita Lee. Uma das músicas do show é Caos, canção que Rita, Roberto e Beto Lee ( filho do casal) compuseram para a banda. “Junto com a Rita, acho que nós somos a banda que, no Brasil, é mais conhecida como um representante de São Paulo, não é? É uma coisa que nos orgulha muito”, destaca Bellotto.

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