Turnê de reunião dos Novos Baianos estreia em São Paulo em agosto


Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão se juntaram no palco depois de 17 anos

Por Pedro Antunes

Do outro lado da linha em viva-voz, a risadas dos outros quatro integrantes dos Novos Baianos chegavam do Rio de Janeiro para embaralhar as respostas do integrante responsável pela resposta da vez. Um a um, Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão se revezaram para falar ao Estado sobre o retorno da banda que marcou com uma alegria muito própria a música brasileira durante os anos 1970 e na década seguinte. Os outros, enquanto isso, riam entre si, numa farra gostosa de se ouvir. 

Dezessete anos depois da última reunião completa, com o disco Infinito Circular, os cinco estão de volta. Os baianos podem não ter mais os 20 ou 30 e poucos anos de outrora, mas a disposição mostrada em cada frase parece ser mesma daquela turma que colocou o pandeiro e a guitarra para brincarem juntos. “Quando a gente se encontra, pinta um clima”, explica Paulinho Boca de Cantor. “É uma energia muito grande. É indispensável para a gente fazer esse som. Jamais conseguiríamos fazer algo que fosse apenas para relembrar o passado.” 

A reunião dos cinco integrantes para um dia de entrevistas é parte da agenda da turnê Acabou Chorare os Novos Baianos se Encontram, cujo início oficial se dará em São Paulo, nas noites de 12 e 13 de agosto, no Citibank Hall (antigo Credicard Hall). Baseada no álbum clássico que empresta nome ao giro pelo País, lançado originalmente em 1972, a reunião dos Baianos inclui ainda datas no Rio de Janeiro (no Metropolitan, dias 2 e 3 de setembro) e Belo Horizonte (BH Hall, dia 10 do mesmo mês). Não se trata do primeiro encontro do quinteto, contudo.

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A noite de 15 de março, em Salvador, marcou a reunião em um mesmo palco, de Baby, Gomes, Moreira, Boca de Cantor e Galvão, todos de uma vez só. Desde 2009, encontros entre alguns dos integrantes foram esporádicos. No Rock in Rio de 2015, por exemplo, Gomes se juntou a Baby e ao filho de ambos, o excelente guitarrista Pedro Baby. No repertório, Tinindo, Trincando e A Menina Dança, dos Baianos, sacudiram um público eclético fã de Rod Stewart e Elton John, ou Magic! e John Legend. “Considero esse show um resgate da nossa família. Uma reaproximação de todos nós. Esse show (a turnê prestes a ser iniciada) é uma consequência dessa vibração”, diz Gomes. 

A reunião com os cinco integrante em 2016 foi impulsionada a pela festividade de reabertura da Concha Acústica, lugar que recebeu os Baianos um incontável número de vezes durante os dez anos de atividade do grupo. “Fomos pegos de surpresa quando chegou aquele convite”, relembra Baby. 

Pepeu Gomes (E),Paulinho Boca de Cantor, Baby do Brasil, Moraes Moreira e Luiz Galvão Foto: Wilton Junior / Estadão
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Havia uma clara questão afetiva com o espaço. E o lado emotivo, garantem os Baianos, colocou todos os cinco juntos de novo. “Dei de mamar naquele camarim das Concha”, relembra Baby. Galvão, com a poesia na língua, como é de se esperar, diz ter se sentido vivo durante aquela performance. “A felicidade plena, creio que seja isso.” 

Moraes Moreira é o primeiro a citar algo que, depois, também ganha voz pelos outros integrantes. É um tal de “neurônio NB”, das iniciais dos Novos Baianos. Acioná-lo é rápido: “Bastam dez minutos de convivência”, brinca Moreira. “Foram dez anos tocando todos os dias, entende?”, explica Baby. “Tocávamos na sala, na cozinha, na varanda. Isso ficou impregnado em nós.” 

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Para que todos tivessem o neurônio NB acionado, bastaram três dias de ensaios em estúdio e duas noites de reuniões na sala da casa de Baby, todos juntos. “É o que chamávamos de ensaio espiritual”, conta Moreira. Reunidos “como uma grande família”, como explicou Baby, os Baianos voltaram. 

Como se nunca tivessem se despedido. “A energia ali era impressionante”, lembra Moreira. Talvez, por isso, a canção escolhida para abrir essa turnê seja Anos 70. Faixa cantada por todos, composta por todos, é a passagem para o novo (e saboroso) mundo dos Baianos. “É um convite aos anos que ouvíamos João (Gilberto) e John (Lennon)”, brinca Moreira. 

NOVOS BAIANOS  Citibank Hall. Av. das Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro.  Dias 12 (6ª) e 13 (sáb.) de agosto, às 22h30. R$ 200 a R$ 560.

Do outro lado da linha em viva-voz, a risadas dos outros quatro integrantes dos Novos Baianos chegavam do Rio de Janeiro para embaralhar as respostas do integrante responsável pela resposta da vez. Um a um, Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão se revezaram para falar ao Estado sobre o retorno da banda que marcou com uma alegria muito própria a música brasileira durante os anos 1970 e na década seguinte. Os outros, enquanto isso, riam entre si, numa farra gostosa de se ouvir. 

Dezessete anos depois da última reunião completa, com o disco Infinito Circular, os cinco estão de volta. Os baianos podem não ter mais os 20 ou 30 e poucos anos de outrora, mas a disposição mostrada em cada frase parece ser mesma daquela turma que colocou o pandeiro e a guitarra para brincarem juntos. “Quando a gente se encontra, pinta um clima”, explica Paulinho Boca de Cantor. “É uma energia muito grande. É indispensável para a gente fazer esse som. Jamais conseguiríamos fazer algo que fosse apenas para relembrar o passado.” 

A reunião dos cinco integrantes para um dia de entrevistas é parte da agenda da turnê Acabou Chorare os Novos Baianos se Encontram, cujo início oficial se dará em São Paulo, nas noites de 12 e 13 de agosto, no Citibank Hall (antigo Credicard Hall). Baseada no álbum clássico que empresta nome ao giro pelo País, lançado originalmente em 1972, a reunião dos Baianos inclui ainda datas no Rio de Janeiro (no Metropolitan, dias 2 e 3 de setembro) e Belo Horizonte (BH Hall, dia 10 do mesmo mês). Não se trata do primeiro encontro do quinteto, contudo.

A noite de 15 de março, em Salvador, marcou a reunião em um mesmo palco, de Baby, Gomes, Moreira, Boca de Cantor e Galvão, todos de uma vez só. Desde 2009, encontros entre alguns dos integrantes foram esporádicos. No Rock in Rio de 2015, por exemplo, Gomes se juntou a Baby e ao filho de ambos, o excelente guitarrista Pedro Baby. No repertório, Tinindo, Trincando e A Menina Dança, dos Baianos, sacudiram um público eclético fã de Rod Stewart e Elton John, ou Magic! e John Legend. “Considero esse show um resgate da nossa família. Uma reaproximação de todos nós. Esse show (a turnê prestes a ser iniciada) é uma consequência dessa vibração”, diz Gomes. 

A reunião com os cinco integrante em 2016 foi impulsionada a pela festividade de reabertura da Concha Acústica, lugar que recebeu os Baianos um incontável número de vezes durante os dez anos de atividade do grupo. “Fomos pegos de surpresa quando chegou aquele convite”, relembra Baby. 

Pepeu Gomes (E),Paulinho Boca de Cantor, Baby do Brasil, Moraes Moreira e Luiz Galvão Foto: Wilton Junior / Estadão

Havia uma clara questão afetiva com o espaço. E o lado emotivo, garantem os Baianos, colocou todos os cinco juntos de novo. “Dei de mamar naquele camarim das Concha”, relembra Baby. Galvão, com a poesia na língua, como é de se esperar, diz ter se sentido vivo durante aquela performance. “A felicidade plena, creio que seja isso.” 

Moraes Moreira é o primeiro a citar algo que, depois, também ganha voz pelos outros integrantes. É um tal de “neurônio NB”, das iniciais dos Novos Baianos. Acioná-lo é rápido: “Bastam dez minutos de convivência”, brinca Moreira. “Foram dez anos tocando todos os dias, entende?”, explica Baby. “Tocávamos na sala, na cozinha, na varanda. Isso ficou impregnado em nós.” 

Para que todos tivessem o neurônio NB acionado, bastaram três dias de ensaios em estúdio e duas noites de reuniões na sala da casa de Baby, todos juntos. “É o que chamávamos de ensaio espiritual”, conta Moreira. Reunidos “como uma grande família”, como explicou Baby, os Baianos voltaram. 

Como se nunca tivessem se despedido. “A energia ali era impressionante”, lembra Moreira. Talvez, por isso, a canção escolhida para abrir essa turnê seja Anos 70. Faixa cantada por todos, composta por todos, é a passagem para o novo (e saboroso) mundo dos Baianos. “É um convite aos anos que ouvíamos João (Gilberto) e John (Lennon)”, brinca Moreira. 

NOVOS BAIANOS  Citibank Hall. Av. das Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro.  Dias 12 (6ª) e 13 (sáb.) de agosto, às 22h30. R$ 200 a R$ 560.

Do outro lado da linha em viva-voz, a risadas dos outros quatro integrantes dos Novos Baianos chegavam do Rio de Janeiro para embaralhar as respostas do integrante responsável pela resposta da vez. Um a um, Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão se revezaram para falar ao Estado sobre o retorno da banda que marcou com uma alegria muito própria a música brasileira durante os anos 1970 e na década seguinte. Os outros, enquanto isso, riam entre si, numa farra gostosa de se ouvir. 

Dezessete anos depois da última reunião completa, com o disco Infinito Circular, os cinco estão de volta. Os baianos podem não ter mais os 20 ou 30 e poucos anos de outrora, mas a disposição mostrada em cada frase parece ser mesma daquela turma que colocou o pandeiro e a guitarra para brincarem juntos. “Quando a gente se encontra, pinta um clima”, explica Paulinho Boca de Cantor. “É uma energia muito grande. É indispensável para a gente fazer esse som. Jamais conseguiríamos fazer algo que fosse apenas para relembrar o passado.” 

A reunião dos cinco integrantes para um dia de entrevistas é parte da agenda da turnê Acabou Chorare os Novos Baianos se Encontram, cujo início oficial se dará em São Paulo, nas noites de 12 e 13 de agosto, no Citibank Hall (antigo Credicard Hall). Baseada no álbum clássico que empresta nome ao giro pelo País, lançado originalmente em 1972, a reunião dos Baianos inclui ainda datas no Rio de Janeiro (no Metropolitan, dias 2 e 3 de setembro) e Belo Horizonte (BH Hall, dia 10 do mesmo mês). Não se trata do primeiro encontro do quinteto, contudo.

A noite de 15 de março, em Salvador, marcou a reunião em um mesmo palco, de Baby, Gomes, Moreira, Boca de Cantor e Galvão, todos de uma vez só. Desde 2009, encontros entre alguns dos integrantes foram esporádicos. No Rock in Rio de 2015, por exemplo, Gomes se juntou a Baby e ao filho de ambos, o excelente guitarrista Pedro Baby. No repertório, Tinindo, Trincando e A Menina Dança, dos Baianos, sacudiram um público eclético fã de Rod Stewart e Elton John, ou Magic! e John Legend. “Considero esse show um resgate da nossa família. Uma reaproximação de todos nós. Esse show (a turnê prestes a ser iniciada) é uma consequência dessa vibração”, diz Gomes. 

A reunião com os cinco integrante em 2016 foi impulsionada a pela festividade de reabertura da Concha Acústica, lugar que recebeu os Baianos um incontável número de vezes durante os dez anos de atividade do grupo. “Fomos pegos de surpresa quando chegou aquele convite”, relembra Baby. 

Pepeu Gomes (E),Paulinho Boca de Cantor, Baby do Brasil, Moraes Moreira e Luiz Galvão Foto: Wilton Junior / Estadão

Havia uma clara questão afetiva com o espaço. E o lado emotivo, garantem os Baianos, colocou todos os cinco juntos de novo. “Dei de mamar naquele camarim das Concha”, relembra Baby. Galvão, com a poesia na língua, como é de se esperar, diz ter se sentido vivo durante aquela performance. “A felicidade plena, creio que seja isso.” 

Moraes Moreira é o primeiro a citar algo que, depois, também ganha voz pelos outros integrantes. É um tal de “neurônio NB”, das iniciais dos Novos Baianos. Acioná-lo é rápido: “Bastam dez minutos de convivência”, brinca Moreira. “Foram dez anos tocando todos os dias, entende?”, explica Baby. “Tocávamos na sala, na cozinha, na varanda. Isso ficou impregnado em nós.” 

Para que todos tivessem o neurônio NB acionado, bastaram três dias de ensaios em estúdio e duas noites de reuniões na sala da casa de Baby, todos juntos. “É o que chamávamos de ensaio espiritual”, conta Moreira. Reunidos “como uma grande família”, como explicou Baby, os Baianos voltaram. 

Como se nunca tivessem se despedido. “A energia ali era impressionante”, lembra Moreira. Talvez, por isso, a canção escolhida para abrir essa turnê seja Anos 70. Faixa cantada por todos, composta por todos, é a passagem para o novo (e saboroso) mundo dos Baianos. “É um convite aos anos que ouvíamos João (Gilberto) e John (Lennon)”, brinca Moreira. 

NOVOS BAIANOS  Citibank Hall. Av. das Nações Unidas, 17.955, Santo Amaro.  Dias 12 (6ª) e 13 (sáb.) de agosto, às 22h30. R$ 200 a R$ 560.

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