A missão é grandiosa. Antecipar a chegada do headliner Red Hot Chilli Peppers, sendo que as bandas têm tão pouco em comum. Aliás, o que Panic! At The Disco tocava nos primeiros álbuns da banda também não é mais a mesma coisa. Mas o público e seus gritos femininos não parecem se importar. Panic! traz a voz de Urie e uma banda agressiva e estridente, muito explosiva.
Em Victorious, os gritos agudos de Urie têm efeito diverso. Don't Threaten Me With a Good Time faz derreter a plateia mais fã, mas também provoca gargalhadas e estranhamento nos demais. Em Hallelujah, o vocalista faz o sinal da cruz e lança varios gritos agudos, volta ao verso sem perder a pose. Porém, ninguem é de ferro. Ao fim de Crazy, o palco escurece por minutos até Urie retornar com os versos do hit The Ballad of Mona Lisa. Super aplaudido.
No piano, Urie é acompanhado pelas palmas em Nine in The Afternoon. Em Girls/Girls/Boys ele louva a bissexualidade que já atraiu tanta atenção e protestos. Em uma dessas ocasiões, Urie disse que daria dinheiro para instituições de direitos LGBT por cada religioso que fosse protestar em seus shows.
Em Dancing's Is Not a Crime, Urie volta com nos agudos. "O que eu disse pra vocês? Dancem, Dancem!". Urie recompensa a plateia fiel no hit I Write Sins Not Tragedies. "Isso é selvagem", para depois falar em português. "Te amo. Obrigado, de nada." Um cover Bohemian Rhapsody quase matou a saudade de quem já viu Queen por essas bandas.
A última e mais esperada é sucesso recente do Panic! que trouxe a banda de volta às paradas. High Hopes chega menos amplificada, com o público lá no alto.
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