Novos lugares para passear em São Paulo


Avanço da vacinação permite que se volte a frequentar espaços de lazer e cultura: opções interessantes já estão abertas na capital

Por Gonçalo Junior
Atualização:

Quando a gente se senta em um dos 480 lugares da plateia do recém-inaugurado Teatro B32, no Itaim Bibi, é possível ver muito mais do que o palco. Dá para ver através dele. E não é no sentido figurado, não. Atrás do tablado, uma vidraça permite observar a praça, lá fora. A sensação é de que o fundo do palco está aberto. 

Escultura 'Baleia' em praça em frente do Teatro B32, que recebeu poltronas especiais. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Essa transparência incomum para os teatros, em que o que acontece lá dentro quase escorre para o mundo exterior, é uma das grandes sacadas do espaço que pretende ser um dos novos polos culturais da cidade. A localização é nobre, a esquina das Avenidas Brigadeiro Faria Lima e Presidente Juscelino Kubitschek, no Itaim. 

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O Teatro B32 é um dos espaços que merecem ser visitados neste momento de retomada das atividades sociais e de convívio com a cidade. Com a chancela do avanço da vacinação contra a covid-19, a cidade começa a sair da quarentena, também do ponto de vista cultural e artístico. 

Além do teatro, o Estadão apresenta outros espaços, entre bares, restaurantes e cinemas. Todos têm um diferencial, algo fora da caixinha. Um exemplo? O Santana Bar, em Pinheiros, oferece drinks clássicos autorais do bartender Gabriel Santana com o conceito que ele chama de “gastronomia no copo”. 

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De volta ao teatro, é preciso inserir uma nota de rodapé. A integração dos espaços interior e exterior em um palco já havia sido experimentada pela Teatro Oficina nos anos 1990. Lá também havia a proposta de aproximar a rua do espaço cênico. Alinhado aos tempos da pandemia, o B32 é um espaço híbrido, que se equilibra entre produções presenciais e lives. “É uma forma de ampliar o alcance do que está sendo visto”, explica a diretora artística Sandra Rodrigues. 

As poltronas não são fixas e podem ser armazenadas no subsolo com o uso de uma tecnologia nova no Brasil. Com esse sistema, será possível transformar o teatro em uma casa de shows em sete minutos, segundo os administradores. 

Nessa proposta de dualidade entre interior e exterior, a praça é o centro do complexo. Ali estão uma fonte,uma escultura em formato de baleia, que nas redes sociais ganhou o bem-humorado apelido de ‘Sardinhão’, e uma agenda de eventos públicos. Um deles foi o show Beatles para Crianças, no dia 23 de outubro. A programação - dentro e fora - almeja ser eclética, mix de eventos artísticos e corporativos. Exposições de artes, recitais, grandes concertos, peças de teatro, espetáculos de dança e shows estão prometidos. Mas o espaço também tem seu porém. Não é possível receber grandes musicais por causa das limitações no tamanho do fosso da orquestra. 

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As poltronas do Teatro B32, no Itaim Bibi, podem ser removidas, assim o espaço pode também abrigar shows. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

 

 

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Saudade do cinema

Dá para cravar: voltar ao cinema é uma das atividades que estão nos planos de muita gente. Mas ainda há receio. A Prefeitura de São Paulo só liberou a obrigatoriedade de distanciamento mínimo entre as pessoas nas salas de teatros e cinemas no dia 15 de outubro. 

Nesse contexto, antigos endereços que foram reformados também vão parecer novos. Desde outubro, São Paulo conta com um de seus cinemas mais tradicionais, o Cine Marquise, no Conjunto Nacional. Inaugurado em 1963, o número 2.073 da Avenida Paulista já passou por diversas administrações, dependendo de diferentes patrocinadores. O local encerrou suas atividades em fevereiro de 2020 como Cinearte, pouco antes do início da pandemia. 

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Desta vez, o cinema reabriu sob a administração do grupo Tonks, empresa de consultoria e produção de conteúdo para o mercado de cinema e entretenimento. As duas salas de exibição reabrem com o nome Globoplay, plataforma de streaming que se tornou uma das novas patrocinadoras, junto com a Sabesp e a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). 

Após tantos meses de portas fechadas, a luta é para recuperar esse espaço. “A gente precisa fazer todo um trabalho para a população conhecer o Cine Marquise. É um processo de boca a boca, de divulgação semana após semana”, reconhece Marcelo J. Lima, CEO da Tonks. 

Uma estratégia está funcionando. A primeira fileira, aquela mais próxima da tela e que, por isso, era sempre deixada de lado, ganhou poltronas espaçosas, que permitem aos espectadores assistirem aos filmes deitados. “Nas sessões menos cheias, elas são as primeiras compradas. Tem dado muito certo”, celebra Marcelo.

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Cine Marquise no Conjunto Nacional, onde antes funcionava o Cinearte. Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

 

 

 

Aperitivo

Percival Maricato, presidente do conselho estadual da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), identifica um movimento de abertura de estabelecimentos, mas mostra cautela. “Esperávamos um ritmo maior”, afirma. 

Foi nessa toada de recomeço que o restaurante Bosco se tornou o novo inquilino do casarão da década de 1940 situado no 976 da rua João Moura, em Pinheiros. Ali funcionava o Buttina, fechado em fevereiro de 2020. Agora, sob o comando da família Ebone, que soma 30 anos de carreira, o novo negócio mantém o tipo de cozinha – e também as jabuticabeiras octogenárias que cortam o teto e a parede de vidro do salão do antigo ocupante. Croquis de Oscar Niemeyer, outra herança marcante, também foram mantidos. 

O cardápio oferece pratos clássicos italianos temperados com o toque da chef Natalia, como os os Arancini de tomate (R$ 31,00) e o Crudo tartare com flor de alcaparras e telha de parmesão (R$ 48,00).

Alguns restaurantes antecipam a experiência já pelo nome. Como uma entrada. No Levels, como o nome em inglês entrega, o estabelecimento do Itaim é dividido em diferentes planos. No térreo, a sanduicheria gourmet; o segundo piso abriga o bar espanhol; e o último piso, mais escurinho, é um misto de izakaya e sushi bar. 

O empresário Daniel Sahagoff, nome por trás de outras duas casas na região (Cantaloup e Loup), quer mais. Os planos para março abrangem uma área para o churrasco e um bar com DJ. Os investimentos já passam de R$ 3 milhões. 

Restaurante Levels tem, como diz o nome, níveis diferentes para atender seu público Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O movimento está dentro das expectativas, ainda abaixo de 100%, mas a surpresa veio da procura no almoço executivo - algumas empresas estão retomando o trabalho presencial em certos dias. O chef Daniel Bordon diz que o pedido mais comum no primeiro piso é o sanduíche de cupim (R$ 38). 

 

 

Ambiente com pegada

Outros locais também se destacam pelo contraste de ambientes, mas com outra “pegada”. Localizado do outro lado do salão do sexagenário La Casserole, no Largo do Arouche, o Infini (lê-se “ân-fi-ní”) possui espelhos que cobrem as quatro paredes - inclusive o teto. Enquanto o primeiro anfitrião se baseia na tradição, o irmão mais novo aposta no ar futurista da alta coquetelaria. É uma viagem no tempo. 

No balcão ou nas mesas do salão de 45 m², é possível tomar um Grapefruit Collins (R$ 39), que combina gim Tanqueray n.º Ten, bitter, suco da fruta, xarope e Club Soda. Os comes têm sotaque francês, com pitadas de brasilidade, como as carolinas recheadas com patê de foie gras, finalizadas com redução de melado e cachaça (R$ 32).

E, se o momento pede recomeço e experimentação também nos bares, por que não aprender mais sobre cerveja? O número 2.021 da avenida Pompeia, na zona Oeste, quer ser um centro de cultura cervejeira. O espaço, que já abrigava a Cervejaria Escola Sinnatrah, agora atende pelo codinome Colab, referência ao projeto colaborativo que reúne, num só lugar, um bar especializado em cervejas, a escola e uma loja para quem deseja produzir cervejas em casa. Quatro marcas independentes - que seguem com projetos próprios - conduzem a novidade: além da Sinnatrah, as cervejarias Zepelim, Cachorro Cego Cia. Etílica e B-Side.

 

Onde ir em São Paulo:

  • Teatro B32

Av. Brig. Faria Lima, 3.732

Dezembro

7: João Camarero (Série Violão - Cultura Artística) 

11: Candlelight - as melhores trilhas de séries e novelas à luz de velas

14: Igor Klokov (Série Violão - Cultura Artística)

www.teatrob32.com.br

  • Cine Marquise (antigo Cine Arte) 

Av. Paulista, 2.073 

WhatsApp: (11) 3289-7275

  • Levels Lounge Bar

Rua Dr. Mario Ferraz 507, tel. (11) 3167-7773

3.ª a 5.ª: 12h/15h; 18h/23h; 6.ª: 12h/15h; 18h/0h; sáb.: 14h/0h; dom.: 13h/17h

www.levelsloungebar.com.br

  • Infini Bar

Largo do Arouche, 346, tel. (11) 3331-6283

4.ª e 5.ª: 19h/0h; 6.ª e sáb.: 18h/ 1h (espera na banca de flores até 22h) 

  • Bosco

Rua João Moura, 976, Pinheiros

Reservas: (11) 9 3422-9554

4ª a 6ª das 18h às 23h; sábado das 12h às 23h e domingo das 12h às 17h

www.instagram.com/bosco.restaurante/

  • Colab - Centro de Cultura Cervejeira

A. Pompeia, 2.021, Pompeia

Delivery e atendimento: (11) 950655-658

3ª 12 às 20h / 4ª e 5ª 12h às 22h / 6ª 12h às 23h e sáb 9h às 23h

www.sinnatrah.com.br/agenda 

  • Santana Bar

Rua Joaquim Antunes, 1.026

(11) 99105-6699

2.ª, 4.ª, 5.ª e 6.ª: 18h/23h; sáb.: 15h/23h; dom.: 15h/21h

Capacidade: 25 lugares

@_santanabar

Quando a gente se senta em um dos 480 lugares da plateia do recém-inaugurado Teatro B32, no Itaim Bibi, é possível ver muito mais do que o palco. Dá para ver através dele. E não é no sentido figurado, não. Atrás do tablado, uma vidraça permite observar a praça, lá fora. A sensação é de que o fundo do palco está aberto. 

Escultura 'Baleia' em praça em frente do Teatro B32, que recebeu poltronas especiais. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Essa transparência incomum para os teatros, em que o que acontece lá dentro quase escorre para o mundo exterior, é uma das grandes sacadas do espaço que pretende ser um dos novos polos culturais da cidade. A localização é nobre, a esquina das Avenidas Brigadeiro Faria Lima e Presidente Juscelino Kubitschek, no Itaim. 

O Teatro B32 é um dos espaços que merecem ser visitados neste momento de retomada das atividades sociais e de convívio com a cidade. Com a chancela do avanço da vacinação contra a covid-19, a cidade começa a sair da quarentena, também do ponto de vista cultural e artístico. 

Além do teatro, o Estadão apresenta outros espaços, entre bares, restaurantes e cinemas. Todos têm um diferencial, algo fora da caixinha. Um exemplo? O Santana Bar, em Pinheiros, oferece drinks clássicos autorais do bartender Gabriel Santana com o conceito que ele chama de “gastronomia no copo”. 

De volta ao teatro, é preciso inserir uma nota de rodapé. A integração dos espaços interior e exterior em um palco já havia sido experimentada pela Teatro Oficina nos anos 1990. Lá também havia a proposta de aproximar a rua do espaço cênico. Alinhado aos tempos da pandemia, o B32 é um espaço híbrido, que se equilibra entre produções presenciais e lives. “É uma forma de ampliar o alcance do que está sendo visto”, explica a diretora artística Sandra Rodrigues. 

As poltronas não são fixas e podem ser armazenadas no subsolo com o uso de uma tecnologia nova no Brasil. Com esse sistema, será possível transformar o teatro em uma casa de shows em sete minutos, segundo os administradores. 

Nessa proposta de dualidade entre interior e exterior, a praça é o centro do complexo. Ali estão uma fonte,uma escultura em formato de baleia, que nas redes sociais ganhou o bem-humorado apelido de ‘Sardinhão’, e uma agenda de eventos públicos. Um deles foi o show Beatles para Crianças, no dia 23 de outubro. A programação - dentro e fora - almeja ser eclética, mix de eventos artísticos e corporativos. Exposições de artes, recitais, grandes concertos, peças de teatro, espetáculos de dança e shows estão prometidos. Mas o espaço também tem seu porém. Não é possível receber grandes musicais por causa das limitações no tamanho do fosso da orquestra. 

As poltronas do Teatro B32, no Itaim Bibi, podem ser removidas, assim o espaço pode também abrigar shows. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

 

 

Saudade do cinema

Dá para cravar: voltar ao cinema é uma das atividades que estão nos planos de muita gente. Mas ainda há receio. A Prefeitura de São Paulo só liberou a obrigatoriedade de distanciamento mínimo entre as pessoas nas salas de teatros e cinemas no dia 15 de outubro. 

Nesse contexto, antigos endereços que foram reformados também vão parecer novos. Desde outubro, São Paulo conta com um de seus cinemas mais tradicionais, o Cine Marquise, no Conjunto Nacional. Inaugurado em 1963, o número 2.073 da Avenida Paulista já passou por diversas administrações, dependendo de diferentes patrocinadores. O local encerrou suas atividades em fevereiro de 2020 como Cinearte, pouco antes do início da pandemia. 

Desta vez, o cinema reabriu sob a administração do grupo Tonks, empresa de consultoria e produção de conteúdo para o mercado de cinema e entretenimento. As duas salas de exibição reabrem com o nome Globoplay, plataforma de streaming que se tornou uma das novas patrocinadoras, junto com a Sabesp e a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). 

Após tantos meses de portas fechadas, a luta é para recuperar esse espaço. “A gente precisa fazer todo um trabalho para a população conhecer o Cine Marquise. É um processo de boca a boca, de divulgação semana após semana”, reconhece Marcelo J. Lima, CEO da Tonks. 

Uma estratégia está funcionando. A primeira fileira, aquela mais próxima da tela e que, por isso, era sempre deixada de lado, ganhou poltronas espaçosas, que permitem aos espectadores assistirem aos filmes deitados. “Nas sessões menos cheias, elas são as primeiras compradas. Tem dado muito certo”, celebra Marcelo.

Cine Marquise no Conjunto Nacional, onde antes funcionava o Cinearte. Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

 

 

 

Aperitivo

Percival Maricato, presidente do conselho estadual da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), identifica um movimento de abertura de estabelecimentos, mas mostra cautela. “Esperávamos um ritmo maior”, afirma. 

Foi nessa toada de recomeço que o restaurante Bosco se tornou o novo inquilino do casarão da década de 1940 situado no 976 da rua João Moura, em Pinheiros. Ali funcionava o Buttina, fechado em fevereiro de 2020. Agora, sob o comando da família Ebone, que soma 30 anos de carreira, o novo negócio mantém o tipo de cozinha – e também as jabuticabeiras octogenárias que cortam o teto e a parede de vidro do salão do antigo ocupante. Croquis de Oscar Niemeyer, outra herança marcante, também foram mantidos. 

O cardápio oferece pratos clássicos italianos temperados com o toque da chef Natalia, como os os Arancini de tomate (R$ 31,00) e o Crudo tartare com flor de alcaparras e telha de parmesão (R$ 48,00).

Alguns restaurantes antecipam a experiência já pelo nome. Como uma entrada. No Levels, como o nome em inglês entrega, o estabelecimento do Itaim é dividido em diferentes planos. No térreo, a sanduicheria gourmet; o segundo piso abriga o bar espanhol; e o último piso, mais escurinho, é um misto de izakaya e sushi bar. 

O empresário Daniel Sahagoff, nome por trás de outras duas casas na região (Cantaloup e Loup), quer mais. Os planos para março abrangem uma área para o churrasco e um bar com DJ. Os investimentos já passam de R$ 3 milhões. 

Restaurante Levels tem, como diz o nome, níveis diferentes para atender seu público Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O movimento está dentro das expectativas, ainda abaixo de 100%, mas a surpresa veio da procura no almoço executivo - algumas empresas estão retomando o trabalho presencial em certos dias. O chef Daniel Bordon diz que o pedido mais comum no primeiro piso é o sanduíche de cupim (R$ 38). 

 

 

Ambiente com pegada

Outros locais também se destacam pelo contraste de ambientes, mas com outra “pegada”. Localizado do outro lado do salão do sexagenário La Casserole, no Largo do Arouche, o Infini (lê-se “ân-fi-ní”) possui espelhos que cobrem as quatro paredes - inclusive o teto. Enquanto o primeiro anfitrião se baseia na tradição, o irmão mais novo aposta no ar futurista da alta coquetelaria. É uma viagem no tempo. 

No balcão ou nas mesas do salão de 45 m², é possível tomar um Grapefruit Collins (R$ 39), que combina gim Tanqueray n.º Ten, bitter, suco da fruta, xarope e Club Soda. Os comes têm sotaque francês, com pitadas de brasilidade, como as carolinas recheadas com patê de foie gras, finalizadas com redução de melado e cachaça (R$ 32).

E, se o momento pede recomeço e experimentação também nos bares, por que não aprender mais sobre cerveja? O número 2.021 da avenida Pompeia, na zona Oeste, quer ser um centro de cultura cervejeira. O espaço, que já abrigava a Cervejaria Escola Sinnatrah, agora atende pelo codinome Colab, referência ao projeto colaborativo que reúne, num só lugar, um bar especializado em cervejas, a escola e uma loja para quem deseja produzir cervejas em casa. Quatro marcas independentes - que seguem com projetos próprios - conduzem a novidade: além da Sinnatrah, as cervejarias Zepelim, Cachorro Cego Cia. Etílica e B-Side.

 

Onde ir em São Paulo:

  • Teatro B32

Av. Brig. Faria Lima, 3.732

Dezembro

7: João Camarero (Série Violão - Cultura Artística) 

11: Candlelight - as melhores trilhas de séries e novelas à luz de velas

14: Igor Klokov (Série Violão - Cultura Artística)

www.teatrob32.com.br

  • Cine Marquise (antigo Cine Arte) 

Av. Paulista, 2.073 

WhatsApp: (11) 3289-7275

  • Levels Lounge Bar

Rua Dr. Mario Ferraz 507, tel. (11) 3167-7773

3.ª a 5.ª: 12h/15h; 18h/23h; 6.ª: 12h/15h; 18h/0h; sáb.: 14h/0h; dom.: 13h/17h

www.levelsloungebar.com.br

  • Infini Bar

Largo do Arouche, 346, tel. (11) 3331-6283

4.ª e 5.ª: 19h/0h; 6.ª e sáb.: 18h/ 1h (espera na banca de flores até 22h) 

  • Bosco

Rua João Moura, 976, Pinheiros

Reservas: (11) 9 3422-9554

4ª a 6ª das 18h às 23h; sábado das 12h às 23h e domingo das 12h às 17h

www.instagram.com/bosco.restaurante/

  • Colab - Centro de Cultura Cervejeira

A. Pompeia, 2.021, Pompeia

Delivery e atendimento: (11) 950655-658

3ª 12 às 20h / 4ª e 5ª 12h às 22h / 6ª 12h às 23h e sáb 9h às 23h

www.sinnatrah.com.br/agenda 

  • Santana Bar

Rua Joaquim Antunes, 1.026

(11) 99105-6699

2.ª, 4.ª, 5.ª e 6.ª: 18h/23h; sáb.: 15h/23h; dom.: 15h/21h

Capacidade: 25 lugares

@_santanabar

Quando a gente se senta em um dos 480 lugares da plateia do recém-inaugurado Teatro B32, no Itaim Bibi, é possível ver muito mais do que o palco. Dá para ver através dele. E não é no sentido figurado, não. Atrás do tablado, uma vidraça permite observar a praça, lá fora. A sensação é de que o fundo do palco está aberto. 

Escultura 'Baleia' em praça em frente do Teatro B32, que recebeu poltronas especiais. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Essa transparência incomum para os teatros, em que o que acontece lá dentro quase escorre para o mundo exterior, é uma das grandes sacadas do espaço que pretende ser um dos novos polos culturais da cidade. A localização é nobre, a esquina das Avenidas Brigadeiro Faria Lima e Presidente Juscelino Kubitschek, no Itaim. 

O Teatro B32 é um dos espaços que merecem ser visitados neste momento de retomada das atividades sociais e de convívio com a cidade. Com a chancela do avanço da vacinação contra a covid-19, a cidade começa a sair da quarentena, também do ponto de vista cultural e artístico. 

Além do teatro, o Estadão apresenta outros espaços, entre bares, restaurantes e cinemas. Todos têm um diferencial, algo fora da caixinha. Um exemplo? O Santana Bar, em Pinheiros, oferece drinks clássicos autorais do bartender Gabriel Santana com o conceito que ele chama de “gastronomia no copo”. 

De volta ao teatro, é preciso inserir uma nota de rodapé. A integração dos espaços interior e exterior em um palco já havia sido experimentada pela Teatro Oficina nos anos 1990. Lá também havia a proposta de aproximar a rua do espaço cênico. Alinhado aos tempos da pandemia, o B32 é um espaço híbrido, que se equilibra entre produções presenciais e lives. “É uma forma de ampliar o alcance do que está sendo visto”, explica a diretora artística Sandra Rodrigues. 

As poltronas não são fixas e podem ser armazenadas no subsolo com o uso de uma tecnologia nova no Brasil. Com esse sistema, será possível transformar o teatro em uma casa de shows em sete minutos, segundo os administradores. 

Nessa proposta de dualidade entre interior e exterior, a praça é o centro do complexo. Ali estão uma fonte,uma escultura em formato de baleia, que nas redes sociais ganhou o bem-humorado apelido de ‘Sardinhão’, e uma agenda de eventos públicos. Um deles foi o show Beatles para Crianças, no dia 23 de outubro. A programação - dentro e fora - almeja ser eclética, mix de eventos artísticos e corporativos. Exposições de artes, recitais, grandes concertos, peças de teatro, espetáculos de dança e shows estão prometidos. Mas o espaço também tem seu porém. Não é possível receber grandes musicais por causa das limitações no tamanho do fosso da orquestra. 

As poltronas do Teatro B32, no Itaim Bibi, podem ser removidas, assim o espaço pode também abrigar shows. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

 

 

Saudade do cinema

Dá para cravar: voltar ao cinema é uma das atividades que estão nos planos de muita gente. Mas ainda há receio. A Prefeitura de São Paulo só liberou a obrigatoriedade de distanciamento mínimo entre as pessoas nas salas de teatros e cinemas no dia 15 de outubro. 

Nesse contexto, antigos endereços que foram reformados também vão parecer novos. Desde outubro, São Paulo conta com um de seus cinemas mais tradicionais, o Cine Marquise, no Conjunto Nacional. Inaugurado em 1963, o número 2.073 da Avenida Paulista já passou por diversas administrações, dependendo de diferentes patrocinadores. O local encerrou suas atividades em fevereiro de 2020 como Cinearte, pouco antes do início da pandemia. 

Desta vez, o cinema reabriu sob a administração do grupo Tonks, empresa de consultoria e produção de conteúdo para o mercado de cinema e entretenimento. As duas salas de exibição reabrem com o nome Globoplay, plataforma de streaming que se tornou uma das novas patrocinadoras, junto com a Sabesp e a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae). 

Após tantos meses de portas fechadas, a luta é para recuperar esse espaço. “A gente precisa fazer todo um trabalho para a população conhecer o Cine Marquise. É um processo de boca a boca, de divulgação semana após semana”, reconhece Marcelo J. Lima, CEO da Tonks. 

Uma estratégia está funcionando. A primeira fileira, aquela mais próxima da tela e que, por isso, era sempre deixada de lado, ganhou poltronas espaçosas, que permitem aos espectadores assistirem aos filmes deitados. “Nas sessões menos cheias, elas são as primeiras compradas. Tem dado muito certo”, celebra Marcelo.

Cine Marquise no Conjunto Nacional, onde antes funcionava o Cinearte. Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

 

 

 

Aperitivo

Percival Maricato, presidente do conselho estadual da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), identifica um movimento de abertura de estabelecimentos, mas mostra cautela. “Esperávamos um ritmo maior”, afirma. 

Foi nessa toada de recomeço que o restaurante Bosco se tornou o novo inquilino do casarão da década de 1940 situado no 976 da rua João Moura, em Pinheiros. Ali funcionava o Buttina, fechado em fevereiro de 2020. Agora, sob o comando da família Ebone, que soma 30 anos de carreira, o novo negócio mantém o tipo de cozinha – e também as jabuticabeiras octogenárias que cortam o teto e a parede de vidro do salão do antigo ocupante. Croquis de Oscar Niemeyer, outra herança marcante, também foram mantidos. 

O cardápio oferece pratos clássicos italianos temperados com o toque da chef Natalia, como os os Arancini de tomate (R$ 31,00) e o Crudo tartare com flor de alcaparras e telha de parmesão (R$ 48,00).

Alguns restaurantes antecipam a experiência já pelo nome. Como uma entrada. No Levels, como o nome em inglês entrega, o estabelecimento do Itaim é dividido em diferentes planos. No térreo, a sanduicheria gourmet; o segundo piso abriga o bar espanhol; e o último piso, mais escurinho, é um misto de izakaya e sushi bar. 

O empresário Daniel Sahagoff, nome por trás de outras duas casas na região (Cantaloup e Loup), quer mais. Os planos para março abrangem uma área para o churrasco e um bar com DJ. Os investimentos já passam de R$ 3 milhões. 

Restaurante Levels tem, como diz o nome, níveis diferentes para atender seu público Foto: Daniel Teixeira/Estadão

O movimento está dentro das expectativas, ainda abaixo de 100%, mas a surpresa veio da procura no almoço executivo - algumas empresas estão retomando o trabalho presencial em certos dias. O chef Daniel Bordon diz que o pedido mais comum no primeiro piso é o sanduíche de cupim (R$ 38). 

 

 

Ambiente com pegada

Outros locais também se destacam pelo contraste de ambientes, mas com outra “pegada”. Localizado do outro lado do salão do sexagenário La Casserole, no Largo do Arouche, o Infini (lê-se “ân-fi-ní”) possui espelhos que cobrem as quatro paredes - inclusive o teto. Enquanto o primeiro anfitrião se baseia na tradição, o irmão mais novo aposta no ar futurista da alta coquetelaria. É uma viagem no tempo. 

No balcão ou nas mesas do salão de 45 m², é possível tomar um Grapefruit Collins (R$ 39), que combina gim Tanqueray n.º Ten, bitter, suco da fruta, xarope e Club Soda. Os comes têm sotaque francês, com pitadas de brasilidade, como as carolinas recheadas com patê de foie gras, finalizadas com redução de melado e cachaça (R$ 32).

E, se o momento pede recomeço e experimentação também nos bares, por que não aprender mais sobre cerveja? O número 2.021 da avenida Pompeia, na zona Oeste, quer ser um centro de cultura cervejeira. O espaço, que já abrigava a Cervejaria Escola Sinnatrah, agora atende pelo codinome Colab, referência ao projeto colaborativo que reúne, num só lugar, um bar especializado em cervejas, a escola e uma loja para quem deseja produzir cervejas em casa. Quatro marcas independentes - que seguem com projetos próprios - conduzem a novidade: além da Sinnatrah, as cervejarias Zepelim, Cachorro Cego Cia. Etílica e B-Side.

 

Onde ir em São Paulo:

  • Teatro B32

Av. Brig. Faria Lima, 3.732

Dezembro

7: João Camarero (Série Violão - Cultura Artística) 

11: Candlelight - as melhores trilhas de séries e novelas à luz de velas

14: Igor Klokov (Série Violão - Cultura Artística)

www.teatrob32.com.br

  • Cine Marquise (antigo Cine Arte) 

Av. Paulista, 2.073 

WhatsApp: (11) 3289-7275

  • Levels Lounge Bar

Rua Dr. Mario Ferraz 507, tel. (11) 3167-7773

3.ª a 5.ª: 12h/15h; 18h/23h; 6.ª: 12h/15h; 18h/0h; sáb.: 14h/0h; dom.: 13h/17h

www.levelsloungebar.com.br

  • Infini Bar

Largo do Arouche, 346, tel. (11) 3331-6283

4.ª e 5.ª: 19h/0h; 6.ª e sáb.: 18h/ 1h (espera na banca de flores até 22h) 

  • Bosco

Rua João Moura, 976, Pinheiros

Reservas: (11) 9 3422-9554

4ª a 6ª das 18h às 23h; sábado das 12h às 23h e domingo das 12h às 17h

www.instagram.com/bosco.restaurante/

  • Colab - Centro de Cultura Cervejeira

A. Pompeia, 2.021, Pompeia

Delivery e atendimento: (11) 950655-658

3ª 12 às 20h / 4ª e 5ª 12h às 22h / 6ª 12h às 23h e sáb 9h às 23h

www.sinnatrah.com.br/agenda 

  • Santana Bar

Rua Joaquim Antunes, 1.026

(11) 99105-6699

2.ª, 4.ª, 5.ª e 6.ª: 18h/23h; sáb.: 15h/23h; dom.: 15h/21h

Capacidade: 25 lugares

@_santanabar

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