"O Beijo do Vampiro" acerta na estréia


Em seu primeiro capítulo, novela mostrou texto bem alinhavado, elenco entrosado e edição bem cuidada. Mas ainda é cedo para saber se a trama vai virar mania

Por Agencia Estado

Qualquer que fosse a nova novela das 7 da Globo, já seria um alívio sintonizar a emissora no horário e não ver mais aquele dramalhão desgovernado, sem eira nem beira, que foi Desejos de Mulher. Mesmo tendo essa vantagem - e que não é pouca coisa, em respeito ao hábito, para não dizer vício, de se ver novela - O Beijo do Vampiro não vacilou na estréia. Eis o ponto de partida capaz de contaminar o sucesso de um folhetim: o primeiro capítulo teve o mérito de fazer o público se familiarizar com uma nova história, conhecendo quem é bom, quem é mau, e quais os conflitos que vêm por aí pelos próximos seis meses. Maestria de edição mesmo, essa competência para cativar a platéia nas cenas iniciais é obra de direção e foi meta alcançada por Marcos Paulo, diretor de núcleo, também em Porto dos Milagres, igualmente conduzida por ele. Nem isso costuma ser suficiente para derrubar a audiência nos capítulos que sucedem o lançamento - é a chamada ressaca de estréia, mas, sem isso, o caminho fica bem mais tortuoso. Na segunda-feira, o Ibope registrou 36 pontos de média na Grande São Paulo (cada ponto corresponde a 47,7 mil domicílios na região). E vamos combinar que o texto é bem bom? Azeitado, alinhavado, promove diálogos que cabem perfeitamente na voz de cada ator - mais um item que distancia a nova da antiga novela, que a gente já estava com pena de ver a Regina Duarte pagando tanto mico. Tarcísio Meira, que bom, está em melhores mãos. E a recíproca é verdadeira: o galã é a melhor encarnação que o autor, Antônio Calmon, poderia ter de seu vilão, o vampiro Bóris. Os pares estão afinadíssimos, jogo raro em começo de novela. É nítido, para o telespectador, quanto Tarcísio, Cláudia Raia e Luiz Gustavo estão se divertindo com todo o mise-en-scène vampiresco. Claro que é bem mais fácil brincar com voz e trejeitos quando o assunto é ficção total, sem pretensão alguma de realismo. Dito isso, agora sim, vamos aos efeitos. Não seria prudente promover um exibicionismo de recursos high-tech se essas peças básicas não estivessem funcionando de forma saudável. A supervalorização da tecnologia foi mais um item para seduzir a audiência na estréia, ok, mas tomara que o oba-oba não se repita, naquele ritmo, todos os dias. Ou teremos uma overdose de "defeitos especiais". Esgotadas as novidades repletas de luzes e fumaça, o que deve sobrar para os 200 capítulos a seguir são pinceladas esporádicas de pirotecnia e - aí, sim, é recurso que vale para a rotina da história - caninos crescendo em profusão, aos olhos do público, sem cortes de edição. Um gibi fez a ponte entre passado e futuro da história de amor que conduz a trama, com minúcias capazes de alcançar a compreensão de todas as faixas etárias. Mas, por enquanto, a história promete caçar mais crianças e adolescentes. A dona de casa, personagem real que toda a equipe da produção anunciou ser seu principal alvo de audiência, ainda não desponta como ímã. Por enquanto, parece mais fácil fisgar a confiança dessas mulheres por meio de seus filhos. O trabalho de produção de arte perdeu terreno, na valorização das câmeras, para os quesitos efeitos especiais e maquiagem. Mas convém espichar o olho para notar seus bons resultados em cena. São peças dignas de antiquários ou feitas sob encomenda, ganhando todo o contexto do universo vampiresco. É um enredo feliz para primeiro capítulo. Mas não se engane: estréia sempre é mais bem cuidadinha e perfumada. A tendência para virar mania ou não só há de mostrar sua cara daqui a um mês, pelo menos.

Qualquer que fosse a nova novela das 7 da Globo, já seria um alívio sintonizar a emissora no horário e não ver mais aquele dramalhão desgovernado, sem eira nem beira, que foi Desejos de Mulher. Mesmo tendo essa vantagem - e que não é pouca coisa, em respeito ao hábito, para não dizer vício, de se ver novela - O Beijo do Vampiro não vacilou na estréia. Eis o ponto de partida capaz de contaminar o sucesso de um folhetim: o primeiro capítulo teve o mérito de fazer o público se familiarizar com uma nova história, conhecendo quem é bom, quem é mau, e quais os conflitos que vêm por aí pelos próximos seis meses. Maestria de edição mesmo, essa competência para cativar a platéia nas cenas iniciais é obra de direção e foi meta alcançada por Marcos Paulo, diretor de núcleo, também em Porto dos Milagres, igualmente conduzida por ele. Nem isso costuma ser suficiente para derrubar a audiência nos capítulos que sucedem o lançamento - é a chamada ressaca de estréia, mas, sem isso, o caminho fica bem mais tortuoso. Na segunda-feira, o Ibope registrou 36 pontos de média na Grande São Paulo (cada ponto corresponde a 47,7 mil domicílios na região). E vamos combinar que o texto é bem bom? Azeitado, alinhavado, promove diálogos que cabem perfeitamente na voz de cada ator - mais um item que distancia a nova da antiga novela, que a gente já estava com pena de ver a Regina Duarte pagando tanto mico. Tarcísio Meira, que bom, está em melhores mãos. E a recíproca é verdadeira: o galã é a melhor encarnação que o autor, Antônio Calmon, poderia ter de seu vilão, o vampiro Bóris. Os pares estão afinadíssimos, jogo raro em começo de novela. É nítido, para o telespectador, quanto Tarcísio, Cláudia Raia e Luiz Gustavo estão se divertindo com todo o mise-en-scène vampiresco. Claro que é bem mais fácil brincar com voz e trejeitos quando o assunto é ficção total, sem pretensão alguma de realismo. Dito isso, agora sim, vamos aos efeitos. Não seria prudente promover um exibicionismo de recursos high-tech se essas peças básicas não estivessem funcionando de forma saudável. A supervalorização da tecnologia foi mais um item para seduzir a audiência na estréia, ok, mas tomara que o oba-oba não se repita, naquele ritmo, todos os dias. Ou teremos uma overdose de "defeitos especiais". Esgotadas as novidades repletas de luzes e fumaça, o que deve sobrar para os 200 capítulos a seguir são pinceladas esporádicas de pirotecnia e - aí, sim, é recurso que vale para a rotina da história - caninos crescendo em profusão, aos olhos do público, sem cortes de edição. Um gibi fez a ponte entre passado e futuro da história de amor que conduz a trama, com minúcias capazes de alcançar a compreensão de todas as faixas etárias. Mas, por enquanto, a história promete caçar mais crianças e adolescentes. A dona de casa, personagem real que toda a equipe da produção anunciou ser seu principal alvo de audiência, ainda não desponta como ímã. Por enquanto, parece mais fácil fisgar a confiança dessas mulheres por meio de seus filhos. O trabalho de produção de arte perdeu terreno, na valorização das câmeras, para os quesitos efeitos especiais e maquiagem. Mas convém espichar o olho para notar seus bons resultados em cena. São peças dignas de antiquários ou feitas sob encomenda, ganhando todo o contexto do universo vampiresco. É um enredo feliz para primeiro capítulo. Mas não se engane: estréia sempre é mais bem cuidadinha e perfumada. A tendência para virar mania ou não só há de mostrar sua cara daqui a um mês, pelo menos.

Qualquer que fosse a nova novela das 7 da Globo, já seria um alívio sintonizar a emissora no horário e não ver mais aquele dramalhão desgovernado, sem eira nem beira, que foi Desejos de Mulher. Mesmo tendo essa vantagem - e que não é pouca coisa, em respeito ao hábito, para não dizer vício, de se ver novela - O Beijo do Vampiro não vacilou na estréia. Eis o ponto de partida capaz de contaminar o sucesso de um folhetim: o primeiro capítulo teve o mérito de fazer o público se familiarizar com uma nova história, conhecendo quem é bom, quem é mau, e quais os conflitos que vêm por aí pelos próximos seis meses. Maestria de edição mesmo, essa competência para cativar a platéia nas cenas iniciais é obra de direção e foi meta alcançada por Marcos Paulo, diretor de núcleo, também em Porto dos Milagres, igualmente conduzida por ele. Nem isso costuma ser suficiente para derrubar a audiência nos capítulos que sucedem o lançamento - é a chamada ressaca de estréia, mas, sem isso, o caminho fica bem mais tortuoso. Na segunda-feira, o Ibope registrou 36 pontos de média na Grande São Paulo (cada ponto corresponde a 47,7 mil domicílios na região). E vamos combinar que o texto é bem bom? Azeitado, alinhavado, promove diálogos que cabem perfeitamente na voz de cada ator - mais um item que distancia a nova da antiga novela, que a gente já estava com pena de ver a Regina Duarte pagando tanto mico. Tarcísio Meira, que bom, está em melhores mãos. E a recíproca é verdadeira: o galã é a melhor encarnação que o autor, Antônio Calmon, poderia ter de seu vilão, o vampiro Bóris. Os pares estão afinadíssimos, jogo raro em começo de novela. É nítido, para o telespectador, quanto Tarcísio, Cláudia Raia e Luiz Gustavo estão se divertindo com todo o mise-en-scène vampiresco. Claro que é bem mais fácil brincar com voz e trejeitos quando o assunto é ficção total, sem pretensão alguma de realismo. Dito isso, agora sim, vamos aos efeitos. Não seria prudente promover um exibicionismo de recursos high-tech se essas peças básicas não estivessem funcionando de forma saudável. A supervalorização da tecnologia foi mais um item para seduzir a audiência na estréia, ok, mas tomara que o oba-oba não se repita, naquele ritmo, todos os dias. Ou teremos uma overdose de "defeitos especiais". Esgotadas as novidades repletas de luzes e fumaça, o que deve sobrar para os 200 capítulos a seguir são pinceladas esporádicas de pirotecnia e - aí, sim, é recurso que vale para a rotina da história - caninos crescendo em profusão, aos olhos do público, sem cortes de edição. Um gibi fez a ponte entre passado e futuro da história de amor que conduz a trama, com minúcias capazes de alcançar a compreensão de todas as faixas etárias. Mas, por enquanto, a história promete caçar mais crianças e adolescentes. A dona de casa, personagem real que toda a equipe da produção anunciou ser seu principal alvo de audiência, ainda não desponta como ímã. Por enquanto, parece mais fácil fisgar a confiança dessas mulheres por meio de seus filhos. O trabalho de produção de arte perdeu terreno, na valorização das câmeras, para os quesitos efeitos especiais e maquiagem. Mas convém espichar o olho para notar seus bons resultados em cena. São peças dignas de antiquários ou feitas sob encomenda, ganhando todo o contexto do universo vampiresco. É um enredo feliz para primeiro capítulo. Mas não se engane: estréia sempre é mais bem cuidadinha e perfumada. A tendência para virar mania ou não só há de mostrar sua cara daqui a um mês, pelo menos.

Qualquer que fosse a nova novela das 7 da Globo, já seria um alívio sintonizar a emissora no horário e não ver mais aquele dramalhão desgovernado, sem eira nem beira, que foi Desejos de Mulher. Mesmo tendo essa vantagem - e que não é pouca coisa, em respeito ao hábito, para não dizer vício, de se ver novela - O Beijo do Vampiro não vacilou na estréia. Eis o ponto de partida capaz de contaminar o sucesso de um folhetim: o primeiro capítulo teve o mérito de fazer o público se familiarizar com uma nova história, conhecendo quem é bom, quem é mau, e quais os conflitos que vêm por aí pelos próximos seis meses. Maestria de edição mesmo, essa competência para cativar a platéia nas cenas iniciais é obra de direção e foi meta alcançada por Marcos Paulo, diretor de núcleo, também em Porto dos Milagres, igualmente conduzida por ele. Nem isso costuma ser suficiente para derrubar a audiência nos capítulos que sucedem o lançamento - é a chamada ressaca de estréia, mas, sem isso, o caminho fica bem mais tortuoso. Na segunda-feira, o Ibope registrou 36 pontos de média na Grande São Paulo (cada ponto corresponde a 47,7 mil domicílios na região). E vamos combinar que o texto é bem bom? Azeitado, alinhavado, promove diálogos que cabem perfeitamente na voz de cada ator - mais um item que distancia a nova da antiga novela, que a gente já estava com pena de ver a Regina Duarte pagando tanto mico. Tarcísio Meira, que bom, está em melhores mãos. E a recíproca é verdadeira: o galã é a melhor encarnação que o autor, Antônio Calmon, poderia ter de seu vilão, o vampiro Bóris. Os pares estão afinadíssimos, jogo raro em começo de novela. É nítido, para o telespectador, quanto Tarcísio, Cláudia Raia e Luiz Gustavo estão se divertindo com todo o mise-en-scène vampiresco. Claro que é bem mais fácil brincar com voz e trejeitos quando o assunto é ficção total, sem pretensão alguma de realismo. Dito isso, agora sim, vamos aos efeitos. Não seria prudente promover um exibicionismo de recursos high-tech se essas peças básicas não estivessem funcionando de forma saudável. A supervalorização da tecnologia foi mais um item para seduzir a audiência na estréia, ok, mas tomara que o oba-oba não se repita, naquele ritmo, todos os dias. Ou teremos uma overdose de "defeitos especiais". Esgotadas as novidades repletas de luzes e fumaça, o que deve sobrar para os 200 capítulos a seguir são pinceladas esporádicas de pirotecnia e - aí, sim, é recurso que vale para a rotina da história - caninos crescendo em profusão, aos olhos do público, sem cortes de edição. Um gibi fez a ponte entre passado e futuro da história de amor que conduz a trama, com minúcias capazes de alcançar a compreensão de todas as faixas etárias. Mas, por enquanto, a história promete caçar mais crianças e adolescentes. A dona de casa, personagem real que toda a equipe da produção anunciou ser seu principal alvo de audiência, ainda não desponta como ímã. Por enquanto, parece mais fácil fisgar a confiança dessas mulheres por meio de seus filhos. O trabalho de produção de arte perdeu terreno, na valorização das câmeras, para os quesitos efeitos especiais e maquiagem. Mas convém espichar o olho para notar seus bons resultados em cena. São peças dignas de antiquários ou feitas sob encomenda, ganhando todo o contexto do universo vampiresco. É um enredo feliz para primeiro capítulo. Mas não se engane: estréia sempre é mais bem cuidadinha e perfumada. A tendência para virar mania ou não só há de mostrar sua cara daqui a um mês, pelo menos.

Qualquer que fosse a nova novela das 7 da Globo, já seria um alívio sintonizar a emissora no horário e não ver mais aquele dramalhão desgovernado, sem eira nem beira, que foi Desejos de Mulher. Mesmo tendo essa vantagem - e que não é pouca coisa, em respeito ao hábito, para não dizer vício, de se ver novela - O Beijo do Vampiro não vacilou na estréia. Eis o ponto de partida capaz de contaminar o sucesso de um folhetim: o primeiro capítulo teve o mérito de fazer o público se familiarizar com uma nova história, conhecendo quem é bom, quem é mau, e quais os conflitos que vêm por aí pelos próximos seis meses. Maestria de edição mesmo, essa competência para cativar a platéia nas cenas iniciais é obra de direção e foi meta alcançada por Marcos Paulo, diretor de núcleo, também em Porto dos Milagres, igualmente conduzida por ele. Nem isso costuma ser suficiente para derrubar a audiência nos capítulos que sucedem o lançamento - é a chamada ressaca de estréia, mas, sem isso, o caminho fica bem mais tortuoso. Na segunda-feira, o Ibope registrou 36 pontos de média na Grande São Paulo (cada ponto corresponde a 47,7 mil domicílios na região). E vamos combinar que o texto é bem bom? Azeitado, alinhavado, promove diálogos que cabem perfeitamente na voz de cada ator - mais um item que distancia a nova da antiga novela, que a gente já estava com pena de ver a Regina Duarte pagando tanto mico. Tarcísio Meira, que bom, está em melhores mãos. E a recíproca é verdadeira: o galã é a melhor encarnação que o autor, Antônio Calmon, poderia ter de seu vilão, o vampiro Bóris. Os pares estão afinadíssimos, jogo raro em começo de novela. É nítido, para o telespectador, quanto Tarcísio, Cláudia Raia e Luiz Gustavo estão se divertindo com todo o mise-en-scène vampiresco. Claro que é bem mais fácil brincar com voz e trejeitos quando o assunto é ficção total, sem pretensão alguma de realismo. Dito isso, agora sim, vamos aos efeitos. Não seria prudente promover um exibicionismo de recursos high-tech se essas peças básicas não estivessem funcionando de forma saudável. A supervalorização da tecnologia foi mais um item para seduzir a audiência na estréia, ok, mas tomara que o oba-oba não se repita, naquele ritmo, todos os dias. Ou teremos uma overdose de "defeitos especiais". Esgotadas as novidades repletas de luzes e fumaça, o que deve sobrar para os 200 capítulos a seguir são pinceladas esporádicas de pirotecnia e - aí, sim, é recurso que vale para a rotina da história - caninos crescendo em profusão, aos olhos do público, sem cortes de edição. Um gibi fez a ponte entre passado e futuro da história de amor que conduz a trama, com minúcias capazes de alcançar a compreensão de todas as faixas etárias. Mas, por enquanto, a história promete caçar mais crianças e adolescentes. A dona de casa, personagem real que toda a equipe da produção anunciou ser seu principal alvo de audiência, ainda não desponta como ímã. Por enquanto, parece mais fácil fisgar a confiança dessas mulheres por meio de seus filhos. O trabalho de produção de arte perdeu terreno, na valorização das câmeras, para os quesitos efeitos especiais e maquiagem. Mas convém espichar o olho para notar seus bons resultados em cena. São peças dignas de antiquários ou feitas sob encomenda, ganhando todo o contexto do universo vampiresco. É um enredo feliz para primeiro capítulo. Mas não se engane: estréia sempre é mais bem cuidadinha e perfumada. A tendência para virar mania ou não só há de mostrar sua cara daqui a um mês, pelo menos.

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