De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

'A Fratura': Queer Palm de 2021 estreia aqui dia 5


Por Rodrigo Fonseca
Catherine Corsini, de vermelho, dirige o elenco e a equipe de "A Fratura" Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Brilhando num circuito exibidor "além cinemão" com o melodrama "Tre Piani", de Nanni Moretti, a Imovision agendou para 5 de maio de um filmaço francês, "A Fratura" ("La Fracture"), da diretora Catherine Corsini, cujo trailer acaba de ser divulgado:

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Sucesso de público no Festival do Rio, em dezembro, quando foi classificado pelos cariocas como um "thriller de amor", "A Fratura" esbanja afeto, sem jamais baixar suas altíssimas doses de adrenalina, servidas por Catherine numa narrativa que se afirma politicamente em muitas frentes, seja na radiografia das lutas sociais da juventude francesa, seja nas causas LGBTQA+. Não por acaso, esse tensíssimo longa-metragem saiu do Festival de Cannes, em julho de 2021, com o troféu Queer Palm, láurea síntese da guerra à homofonia. "É o mapeamento de uma noite como outra qualquer no Serviço de Saúde da França, que ganha especificidade emotiva ao adquirir o olhar dos pacientes", explicou Catherine ao Estadão, em janeiro, durante o 24º Rendez-Vous Avec Le Cinéma Français, o fórum realizado ano a ano na pátria da Nouvelle Vague, concebido como um chamariz de distribuidores, exibidores, críticos e formadores de opinião do mundo todo para promover a diversidade da Europa nas telas.

 Foto: Estadão

Em sua narrativa tensa, as namoradas Raf (uma inspirada Valeria Bruni Tedeschi) e Julie (a ótima Marina Foïs) encaram uma jornada infernal em um hospital em meio a um piquete na França. A sala de espera da ala de Emergência, onde as duas estão, será palco para uma guerra entre classes, na qual heróis, mártires e vítimas se equiparam. Premiada em Locarno, em 2015, pelo drama "Um Belo Verão" (sobre a paixão entre uma jovem e uma líder feminista na França dos anos 1970), compartilha suas impressões sobre a realidade hospitalar de seu país na atualidade a partir dessa nevrálgica produção. Em cena, vemos coletes amarelos usados simbolicamente. Símbolo de proteção para motoristas nas estradas, coletes amarelos foram usados como um signo de protesto na França, a partir de 17 de novembro de 2018, quando - segundo o Ministério do Interior da França - 288 mil pessoas foram às ruas de Paris e de diversas outras cidades francesas para protestar contra o aumento da taxa sobre o combustível. Protestos de jovens com essa vestimenta recheiam a "A Fratura" de denuncismo. "Contextualizar a relevância radical dos Coletes Amarelos é falar o que a França é hoje e honrar a nossa tradição de ser um país de revolta contra as injustiças, indo às ruas para dar voz às inquietudes. Tento aqui fazer ferver a tensão em um espaço fechado. Por mais largo que um hospital possa ser, com suas diferentes alas, ele pode ser filmado de modo claustrofóbico. Foi o que eu busquei", explica a cineasta. "Quis fazer um paralelo dessa claustrofobia com o clima mais burguês de uma briga de casal".

Catherine Corsini, de vermelho, dirige o elenco e a equipe de "A Fratura" Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Brilhando num circuito exibidor "além cinemão" com o melodrama "Tre Piani", de Nanni Moretti, a Imovision agendou para 5 de maio de um filmaço francês, "A Fratura" ("La Fracture"), da diretora Catherine Corsini, cujo trailer acaba de ser divulgado:

Sucesso de público no Festival do Rio, em dezembro, quando foi classificado pelos cariocas como um "thriller de amor", "A Fratura" esbanja afeto, sem jamais baixar suas altíssimas doses de adrenalina, servidas por Catherine numa narrativa que se afirma politicamente em muitas frentes, seja na radiografia das lutas sociais da juventude francesa, seja nas causas LGBTQA+. Não por acaso, esse tensíssimo longa-metragem saiu do Festival de Cannes, em julho de 2021, com o troféu Queer Palm, láurea síntese da guerra à homofonia. "É o mapeamento de uma noite como outra qualquer no Serviço de Saúde da França, que ganha especificidade emotiva ao adquirir o olhar dos pacientes", explicou Catherine ao Estadão, em janeiro, durante o 24º Rendez-Vous Avec Le Cinéma Français, o fórum realizado ano a ano na pátria da Nouvelle Vague, concebido como um chamariz de distribuidores, exibidores, críticos e formadores de opinião do mundo todo para promover a diversidade da Europa nas telas.

 Foto: Estadão

Em sua narrativa tensa, as namoradas Raf (uma inspirada Valeria Bruni Tedeschi) e Julie (a ótima Marina Foïs) encaram uma jornada infernal em um hospital em meio a um piquete na França. A sala de espera da ala de Emergência, onde as duas estão, será palco para uma guerra entre classes, na qual heróis, mártires e vítimas se equiparam. Premiada em Locarno, em 2015, pelo drama "Um Belo Verão" (sobre a paixão entre uma jovem e uma líder feminista na França dos anos 1970), compartilha suas impressões sobre a realidade hospitalar de seu país na atualidade a partir dessa nevrálgica produção. Em cena, vemos coletes amarelos usados simbolicamente. Símbolo de proteção para motoristas nas estradas, coletes amarelos foram usados como um signo de protesto na França, a partir de 17 de novembro de 2018, quando - segundo o Ministério do Interior da França - 288 mil pessoas foram às ruas de Paris e de diversas outras cidades francesas para protestar contra o aumento da taxa sobre o combustível. Protestos de jovens com essa vestimenta recheiam a "A Fratura" de denuncismo. "Contextualizar a relevância radical dos Coletes Amarelos é falar o que a França é hoje e honrar a nossa tradição de ser um país de revolta contra as injustiças, indo às ruas para dar voz às inquietudes. Tento aqui fazer ferver a tensão em um espaço fechado. Por mais largo que um hospital possa ser, com suas diferentes alas, ele pode ser filmado de modo claustrofóbico. Foi o que eu busquei", explica a cineasta. "Quis fazer um paralelo dessa claustrofobia com o clima mais burguês de uma briga de casal".

Catherine Corsini, de vermelho, dirige o elenco e a equipe de "A Fratura" Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Brilhando num circuito exibidor "além cinemão" com o melodrama "Tre Piani", de Nanni Moretti, a Imovision agendou para 5 de maio de um filmaço francês, "A Fratura" ("La Fracture"), da diretora Catherine Corsini, cujo trailer acaba de ser divulgado:

Sucesso de público no Festival do Rio, em dezembro, quando foi classificado pelos cariocas como um "thriller de amor", "A Fratura" esbanja afeto, sem jamais baixar suas altíssimas doses de adrenalina, servidas por Catherine numa narrativa que se afirma politicamente em muitas frentes, seja na radiografia das lutas sociais da juventude francesa, seja nas causas LGBTQA+. Não por acaso, esse tensíssimo longa-metragem saiu do Festival de Cannes, em julho de 2021, com o troféu Queer Palm, láurea síntese da guerra à homofonia. "É o mapeamento de uma noite como outra qualquer no Serviço de Saúde da França, que ganha especificidade emotiva ao adquirir o olhar dos pacientes", explicou Catherine ao Estadão, em janeiro, durante o 24º Rendez-Vous Avec Le Cinéma Français, o fórum realizado ano a ano na pátria da Nouvelle Vague, concebido como um chamariz de distribuidores, exibidores, críticos e formadores de opinião do mundo todo para promover a diversidade da Europa nas telas.

 Foto: Estadão

Em sua narrativa tensa, as namoradas Raf (uma inspirada Valeria Bruni Tedeschi) e Julie (a ótima Marina Foïs) encaram uma jornada infernal em um hospital em meio a um piquete na França. A sala de espera da ala de Emergência, onde as duas estão, será palco para uma guerra entre classes, na qual heróis, mártires e vítimas se equiparam. Premiada em Locarno, em 2015, pelo drama "Um Belo Verão" (sobre a paixão entre uma jovem e uma líder feminista na França dos anos 1970), compartilha suas impressões sobre a realidade hospitalar de seu país na atualidade a partir dessa nevrálgica produção. Em cena, vemos coletes amarelos usados simbolicamente. Símbolo de proteção para motoristas nas estradas, coletes amarelos foram usados como um signo de protesto na França, a partir de 17 de novembro de 2018, quando - segundo o Ministério do Interior da França - 288 mil pessoas foram às ruas de Paris e de diversas outras cidades francesas para protestar contra o aumento da taxa sobre o combustível. Protestos de jovens com essa vestimenta recheiam a "A Fratura" de denuncismo. "Contextualizar a relevância radical dos Coletes Amarelos é falar o que a França é hoje e honrar a nossa tradição de ser um país de revolta contra as injustiças, indo às ruas para dar voz às inquietudes. Tento aqui fazer ferver a tensão em um espaço fechado. Por mais largo que um hospital possa ser, com suas diferentes alas, ele pode ser filmado de modo claustrofóbico. Foi o que eu busquei", explica a cineasta. "Quis fazer um paralelo dessa claustrofobia com o clima mais burguês de uma briga de casal".

Catherine Corsini, de vermelho, dirige o elenco e a equipe de "A Fratura" Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Brilhando num circuito exibidor "além cinemão" com o melodrama "Tre Piani", de Nanni Moretti, a Imovision agendou para 5 de maio de um filmaço francês, "A Fratura" ("La Fracture"), da diretora Catherine Corsini, cujo trailer acaba de ser divulgado:

Sucesso de público no Festival do Rio, em dezembro, quando foi classificado pelos cariocas como um "thriller de amor", "A Fratura" esbanja afeto, sem jamais baixar suas altíssimas doses de adrenalina, servidas por Catherine numa narrativa que se afirma politicamente em muitas frentes, seja na radiografia das lutas sociais da juventude francesa, seja nas causas LGBTQA+. Não por acaso, esse tensíssimo longa-metragem saiu do Festival de Cannes, em julho de 2021, com o troféu Queer Palm, láurea síntese da guerra à homofonia. "É o mapeamento de uma noite como outra qualquer no Serviço de Saúde da França, que ganha especificidade emotiva ao adquirir o olhar dos pacientes", explicou Catherine ao Estadão, em janeiro, durante o 24º Rendez-Vous Avec Le Cinéma Français, o fórum realizado ano a ano na pátria da Nouvelle Vague, concebido como um chamariz de distribuidores, exibidores, críticos e formadores de opinião do mundo todo para promover a diversidade da Europa nas telas.

 Foto: Estadão

Em sua narrativa tensa, as namoradas Raf (uma inspirada Valeria Bruni Tedeschi) e Julie (a ótima Marina Foïs) encaram uma jornada infernal em um hospital em meio a um piquete na França. A sala de espera da ala de Emergência, onde as duas estão, será palco para uma guerra entre classes, na qual heróis, mártires e vítimas se equiparam. Premiada em Locarno, em 2015, pelo drama "Um Belo Verão" (sobre a paixão entre uma jovem e uma líder feminista na França dos anos 1970), compartilha suas impressões sobre a realidade hospitalar de seu país na atualidade a partir dessa nevrálgica produção. Em cena, vemos coletes amarelos usados simbolicamente. Símbolo de proteção para motoristas nas estradas, coletes amarelos foram usados como um signo de protesto na França, a partir de 17 de novembro de 2018, quando - segundo o Ministério do Interior da França - 288 mil pessoas foram às ruas de Paris e de diversas outras cidades francesas para protestar contra o aumento da taxa sobre o combustível. Protestos de jovens com essa vestimenta recheiam a "A Fratura" de denuncismo. "Contextualizar a relevância radical dos Coletes Amarelos é falar o que a França é hoje e honrar a nossa tradição de ser um país de revolta contra as injustiças, indo às ruas para dar voz às inquietudes. Tento aqui fazer ferver a tensão em um espaço fechado. Por mais largo que um hospital possa ser, com suas diferentes alas, ele pode ser filmado de modo claustrofóbico. Foi o que eu busquei", explica a cineasta. "Quis fazer um paralelo dessa claustrofobia com o clima mais burguês de uma briga de casal".

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