De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

'Amarração do Amor': prova de fé no riso


Por Rodrigo Fonseca

Rodrigo Fonseca No atol que cerca a visibilidade para o cinema brasileiro no circuito exibidor, esvaziado pela covid-19, onde poucos títulos (tipo "Um Tio Quase Perfeito 2" e "Quem Vai Ficar Com Mário?") foram raras exceções de durabilidade em cartaz, "Amarração do Amor" se impõe como grata surpresa de bom humor e de congraçamento de culturas. Ainda que seu trailer possa sugerir um olhar caricato sobre práticas de fé no âmbito da brasilidade, o filme se escuda de chavões na delicadeza com que sua realizadora, Caroline Fioratti, gravita pelos códigos de práticas religiosas distintas - e milenares - a fim de fazer uma celebração ecumênica daquilo que dá chão a (quase) todas as crenças: a conexão com o Absoluto. O que a realizadora de "Formigas" (2009) promove é uma espécie de estudo antropológico sobre grupos que se subdividem e se particularizam no exercício de sua louvação a divindades, sejam monoteístas ou politeístas. E nessa triagem etnográfica brota humanidade, na linha do humor, sem que se incorra em uma mirada vulgar - mesmo em situações corriqueiras. A trama parte da paixão de Lucas (Bruno Suzano, impecável em cena) por Bebel (Samya Pascotto), nascida de um esbarrão quando panfletos com os dizeres "Trago a pessoa amada de volta em três dias" se espalham pelo ar. Encantados, eles decidem oficializar a união, sem saber que o modo de crer de suas famílias vai ser um ponto de discórdia. Enquanto o pai da noiva, Samuel (Ary França, de "Durval Discos"), luta para fortalecer as tradições judaicas dentro de casa, Regina (Cacau Protásio), mãe de Lucas, esforça-se para que seu filho leve para seu futuro lar as tradições da Umbanda. Modos de olhar hão de se chocar em situações bem-humoradas que ganham tônus cinemático nas tintas leves da fotografia de Julia Equi (de "O Último Virgem"). O pigmento mais forte do longa é a participação de Maurício de Barros, ator que vem se destacando nas comédias de maior sucesso do país, como "Tudo Bem No Natal Que Vem" e "No Gogó do Paulinho". Vem dele o diálogo de maior engenho da produção, centrado no respeito às diferenças.

Rodrigo Fonseca No atol que cerca a visibilidade para o cinema brasileiro no circuito exibidor, esvaziado pela covid-19, onde poucos títulos (tipo "Um Tio Quase Perfeito 2" e "Quem Vai Ficar Com Mário?") foram raras exceções de durabilidade em cartaz, "Amarração do Amor" se impõe como grata surpresa de bom humor e de congraçamento de culturas. Ainda que seu trailer possa sugerir um olhar caricato sobre práticas de fé no âmbito da brasilidade, o filme se escuda de chavões na delicadeza com que sua realizadora, Caroline Fioratti, gravita pelos códigos de práticas religiosas distintas - e milenares - a fim de fazer uma celebração ecumênica daquilo que dá chão a (quase) todas as crenças: a conexão com o Absoluto. O que a realizadora de "Formigas" (2009) promove é uma espécie de estudo antropológico sobre grupos que se subdividem e se particularizam no exercício de sua louvação a divindades, sejam monoteístas ou politeístas. E nessa triagem etnográfica brota humanidade, na linha do humor, sem que se incorra em uma mirada vulgar - mesmo em situações corriqueiras. A trama parte da paixão de Lucas (Bruno Suzano, impecável em cena) por Bebel (Samya Pascotto), nascida de um esbarrão quando panfletos com os dizeres "Trago a pessoa amada de volta em três dias" se espalham pelo ar. Encantados, eles decidem oficializar a união, sem saber que o modo de crer de suas famílias vai ser um ponto de discórdia. Enquanto o pai da noiva, Samuel (Ary França, de "Durval Discos"), luta para fortalecer as tradições judaicas dentro de casa, Regina (Cacau Protásio), mãe de Lucas, esforça-se para que seu filho leve para seu futuro lar as tradições da Umbanda. Modos de olhar hão de se chocar em situações bem-humoradas que ganham tônus cinemático nas tintas leves da fotografia de Julia Equi (de "O Último Virgem"). O pigmento mais forte do longa é a participação de Maurício de Barros, ator que vem se destacando nas comédias de maior sucesso do país, como "Tudo Bem No Natal Que Vem" e "No Gogó do Paulinho". Vem dele o diálogo de maior engenho da produção, centrado no respeito às diferenças.

Rodrigo Fonseca No atol que cerca a visibilidade para o cinema brasileiro no circuito exibidor, esvaziado pela covid-19, onde poucos títulos (tipo "Um Tio Quase Perfeito 2" e "Quem Vai Ficar Com Mário?") foram raras exceções de durabilidade em cartaz, "Amarração do Amor" se impõe como grata surpresa de bom humor e de congraçamento de culturas. Ainda que seu trailer possa sugerir um olhar caricato sobre práticas de fé no âmbito da brasilidade, o filme se escuda de chavões na delicadeza com que sua realizadora, Caroline Fioratti, gravita pelos códigos de práticas religiosas distintas - e milenares - a fim de fazer uma celebração ecumênica daquilo que dá chão a (quase) todas as crenças: a conexão com o Absoluto. O que a realizadora de "Formigas" (2009) promove é uma espécie de estudo antropológico sobre grupos que se subdividem e se particularizam no exercício de sua louvação a divindades, sejam monoteístas ou politeístas. E nessa triagem etnográfica brota humanidade, na linha do humor, sem que se incorra em uma mirada vulgar - mesmo em situações corriqueiras. A trama parte da paixão de Lucas (Bruno Suzano, impecável em cena) por Bebel (Samya Pascotto), nascida de um esbarrão quando panfletos com os dizeres "Trago a pessoa amada de volta em três dias" se espalham pelo ar. Encantados, eles decidem oficializar a união, sem saber que o modo de crer de suas famílias vai ser um ponto de discórdia. Enquanto o pai da noiva, Samuel (Ary França, de "Durval Discos"), luta para fortalecer as tradições judaicas dentro de casa, Regina (Cacau Protásio), mãe de Lucas, esforça-se para que seu filho leve para seu futuro lar as tradições da Umbanda. Modos de olhar hão de se chocar em situações bem-humoradas que ganham tônus cinemático nas tintas leves da fotografia de Julia Equi (de "O Último Virgem"). O pigmento mais forte do longa é a participação de Maurício de Barros, ator que vem se destacando nas comédias de maior sucesso do país, como "Tudo Bem No Natal Que Vem" e "No Gogó do Paulinho". Vem dele o diálogo de maior engenho da produção, centrado no respeito às diferenças.

Rodrigo Fonseca No atol que cerca a visibilidade para o cinema brasileiro no circuito exibidor, esvaziado pela covid-19, onde poucos títulos (tipo "Um Tio Quase Perfeito 2" e "Quem Vai Ficar Com Mário?") foram raras exceções de durabilidade em cartaz, "Amarração do Amor" se impõe como grata surpresa de bom humor e de congraçamento de culturas. Ainda que seu trailer possa sugerir um olhar caricato sobre práticas de fé no âmbito da brasilidade, o filme se escuda de chavões na delicadeza com que sua realizadora, Caroline Fioratti, gravita pelos códigos de práticas religiosas distintas - e milenares - a fim de fazer uma celebração ecumênica daquilo que dá chão a (quase) todas as crenças: a conexão com o Absoluto. O que a realizadora de "Formigas" (2009) promove é uma espécie de estudo antropológico sobre grupos que se subdividem e se particularizam no exercício de sua louvação a divindades, sejam monoteístas ou politeístas. E nessa triagem etnográfica brota humanidade, na linha do humor, sem que se incorra em uma mirada vulgar - mesmo em situações corriqueiras. A trama parte da paixão de Lucas (Bruno Suzano, impecável em cena) por Bebel (Samya Pascotto), nascida de um esbarrão quando panfletos com os dizeres "Trago a pessoa amada de volta em três dias" se espalham pelo ar. Encantados, eles decidem oficializar a união, sem saber que o modo de crer de suas famílias vai ser um ponto de discórdia. Enquanto o pai da noiva, Samuel (Ary França, de "Durval Discos"), luta para fortalecer as tradições judaicas dentro de casa, Regina (Cacau Protásio), mãe de Lucas, esforça-se para que seu filho leve para seu futuro lar as tradições da Umbanda. Modos de olhar hão de se chocar em situações bem-humoradas que ganham tônus cinemático nas tintas leves da fotografia de Julia Equi (de "O Último Virgem"). O pigmento mais forte do longa é a participação de Maurício de Barros, ator que vem se destacando nas comédias de maior sucesso do país, como "Tudo Bem No Natal Que Vem" e "No Gogó do Paulinho". Vem dele o diálogo de maior engenho da produção, centrado no respeito às diferenças.

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