De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

'Comeback': réquiem para Nelson Xavier no CCBB


Por Rodrigo Fonseca
Nelson Xavier conquistou o troféu Redentor de Melhor Ator no Festival do Rio 2016 por "Comeback"  Foto: Estadão

Rodrigo FonsecaCerimônia do adeus disfarçada de thriller, centrada na ética dos matadores de aluguel, Comeback foi o canto de cisne de Nelson Xavier (1941-2017), um dos maiores atores do país, que terá seu legado relembrado nesta quarta-feira, durante a projeção de seu último longa-metragem no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ), na mostra Melhores Filmes do Ano da ACCRJ. A sessão é às 16h, na programação organizada pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro.

 Mesmo nos mais ferrenhos debates sobre a necessidade do "filme de gênero" no cinema brasileiro, é raro se ouvir falar na importância do thriller de ação como um caminho para mobilizar plateias, apesar de toda a importância que o filão teve para a educação audiovisual das gerações criadas nos anos 1980 e 90. Por isso, Comeback merece loas: além de ter uma série qualidades em termos narrativos, a produção dirigida por Érico Rassi - pela qual Nelson Xavier conquistou um merecidíssimo troféu Redentor no último Festival do Rio - é um exemplar nacional raro da linhagem da adrenalina.  

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Filme danado de doido, ambientado em Goiás, mas diferente da pasteurização narrativa em voga, Comeback põe Xavier na pele de um matador de aluguel. Toca Altemar Dutra e dá para se ouvir Manolo Otero, como indícios de um ranço breganejo em um universo no qual matar dá orgulho. É a trilha perto para este neowestern. Embora o roteiro tenha desacertos (como ralentar demais na exposição de personagens talhados para terem ênfase em cena), a direção de Rassi flerta com a estética dos thrillers de ação mais artesanais, como os filmes de Don Siegel (Os Impiedosos) e de Michael Winner (Desejo de Matar), com direito à criação de um personagem maior do que o filme: Amador, o gatilho relâmpago (hoje enferrujado) vivido por Xavier. O enredo se basta nas estratégias se sobrevivência de Amador na conjuntura das maquininhas de caçar níqueis e de seu desejo de assassinar de novo, por respeito. O filme tem falhas (o uso do termo comeback por personagens da velha guarda beira o ridículo), mas tem vigor e coeficiente de invenção, optando por transgredir na representação da velhice e da vilania.    

 

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Nelson Xavier conquistou o troféu Redentor de Melhor Ator no Festival do Rio 2016 por "Comeback"  Foto: Estadão

Rodrigo FonsecaCerimônia do adeus disfarçada de thriller, centrada na ética dos matadores de aluguel, Comeback foi o canto de cisne de Nelson Xavier (1941-2017), um dos maiores atores do país, que terá seu legado relembrado nesta quarta-feira, durante a projeção de seu último longa-metragem no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ), na mostra Melhores Filmes do Ano da ACCRJ. A sessão é às 16h, na programação organizada pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro.

 Mesmo nos mais ferrenhos debates sobre a necessidade do "filme de gênero" no cinema brasileiro, é raro se ouvir falar na importância do thriller de ação como um caminho para mobilizar plateias, apesar de toda a importância que o filão teve para a educação audiovisual das gerações criadas nos anos 1980 e 90. Por isso, Comeback merece loas: além de ter uma série qualidades em termos narrativos, a produção dirigida por Érico Rassi - pela qual Nelson Xavier conquistou um merecidíssimo troféu Redentor no último Festival do Rio - é um exemplar nacional raro da linhagem da adrenalina.  

Filme danado de doido, ambientado em Goiás, mas diferente da pasteurização narrativa em voga, Comeback põe Xavier na pele de um matador de aluguel. Toca Altemar Dutra e dá para se ouvir Manolo Otero, como indícios de um ranço breganejo em um universo no qual matar dá orgulho. É a trilha perto para este neowestern. Embora o roteiro tenha desacertos (como ralentar demais na exposição de personagens talhados para terem ênfase em cena), a direção de Rassi flerta com a estética dos thrillers de ação mais artesanais, como os filmes de Don Siegel (Os Impiedosos) e de Michael Winner (Desejo de Matar), com direito à criação de um personagem maior do que o filme: Amador, o gatilho relâmpago (hoje enferrujado) vivido por Xavier. O enredo se basta nas estratégias se sobrevivência de Amador na conjuntura das maquininhas de caçar níqueis e de seu desejo de assassinar de novo, por respeito. O filme tem falhas (o uso do termo comeback por personagens da velha guarda beira o ridículo), mas tem vigor e coeficiente de invenção, optando por transgredir na representação da velhice e da vilania.    

 

 

Nelson Xavier conquistou o troféu Redentor de Melhor Ator no Festival do Rio 2016 por "Comeback"  Foto: Estadão

Rodrigo FonsecaCerimônia do adeus disfarçada de thriller, centrada na ética dos matadores de aluguel, Comeback foi o canto de cisne de Nelson Xavier (1941-2017), um dos maiores atores do país, que terá seu legado relembrado nesta quarta-feira, durante a projeção de seu último longa-metragem no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ), na mostra Melhores Filmes do Ano da ACCRJ. A sessão é às 16h, na programação organizada pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro.

 Mesmo nos mais ferrenhos debates sobre a necessidade do "filme de gênero" no cinema brasileiro, é raro se ouvir falar na importância do thriller de ação como um caminho para mobilizar plateias, apesar de toda a importância que o filão teve para a educação audiovisual das gerações criadas nos anos 1980 e 90. Por isso, Comeback merece loas: além de ter uma série qualidades em termos narrativos, a produção dirigida por Érico Rassi - pela qual Nelson Xavier conquistou um merecidíssimo troféu Redentor no último Festival do Rio - é um exemplar nacional raro da linhagem da adrenalina.  

Filme danado de doido, ambientado em Goiás, mas diferente da pasteurização narrativa em voga, Comeback põe Xavier na pele de um matador de aluguel. Toca Altemar Dutra e dá para se ouvir Manolo Otero, como indícios de um ranço breganejo em um universo no qual matar dá orgulho. É a trilha perto para este neowestern. Embora o roteiro tenha desacertos (como ralentar demais na exposição de personagens talhados para terem ênfase em cena), a direção de Rassi flerta com a estética dos thrillers de ação mais artesanais, como os filmes de Don Siegel (Os Impiedosos) e de Michael Winner (Desejo de Matar), com direito à criação de um personagem maior do que o filme: Amador, o gatilho relâmpago (hoje enferrujado) vivido por Xavier. O enredo se basta nas estratégias se sobrevivência de Amador na conjuntura das maquininhas de caçar níqueis e de seu desejo de assassinar de novo, por respeito. O filme tem falhas (o uso do termo comeback por personagens da velha guarda beira o ridículo), mas tem vigor e coeficiente de invenção, optando por transgredir na representação da velhice e da vilania.    

 

 

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Rodrigo FonsecaCerimônia do adeus disfarçada de thriller, centrada na ética dos matadores de aluguel, Comeback foi o canto de cisne de Nelson Xavier (1941-2017), um dos maiores atores do país, que terá seu legado relembrado nesta quarta-feira, durante a projeção de seu último longa-metragem no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ), na mostra Melhores Filmes do Ano da ACCRJ. A sessão é às 16h, na programação organizada pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro.

 Mesmo nos mais ferrenhos debates sobre a necessidade do "filme de gênero" no cinema brasileiro, é raro se ouvir falar na importância do thriller de ação como um caminho para mobilizar plateias, apesar de toda a importância que o filão teve para a educação audiovisual das gerações criadas nos anos 1980 e 90. Por isso, Comeback merece loas: além de ter uma série qualidades em termos narrativos, a produção dirigida por Érico Rassi - pela qual Nelson Xavier conquistou um merecidíssimo troféu Redentor no último Festival do Rio - é um exemplar nacional raro da linhagem da adrenalina.  

Filme danado de doido, ambientado em Goiás, mas diferente da pasteurização narrativa em voga, Comeback põe Xavier na pele de um matador de aluguel. Toca Altemar Dutra e dá para se ouvir Manolo Otero, como indícios de um ranço breganejo em um universo no qual matar dá orgulho. É a trilha perto para este neowestern. Embora o roteiro tenha desacertos (como ralentar demais na exposição de personagens talhados para terem ênfase em cena), a direção de Rassi flerta com a estética dos thrillers de ação mais artesanais, como os filmes de Don Siegel (Os Impiedosos) e de Michael Winner (Desejo de Matar), com direito à criação de um personagem maior do que o filme: Amador, o gatilho relâmpago (hoje enferrujado) vivido por Xavier. O enredo se basta nas estratégias se sobrevivência de Amador na conjuntura das maquininhas de caçar níqueis e de seu desejo de assassinar de novo, por respeito. O filme tem falhas (o uso do termo comeback por personagens da velha guarda beira o ridículo), mas tem vigor e coeficiente de invenção, optando por transgredir na representação da velhice e da vilania.    

 

 

Nelson Xavier conquistou o troféu Redentor de Melhor Ator no Festival do Rio 2016 por "Comeback"  Foto: Estadão

Rodrigo FonsecaCerimônia do adeus disfarçada de thriller, centrada na ética dos matadores de aluguel, Comeback foi o canto de cisne de Nelson Xavier (1941-2017), um dos maiores atores do país, que terá seu legado relembrado nesta quarta-feira, durante a projeção de seu último longa-metragem no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ), na mostra Melhores Filmes do Ano da ACCRJ. A sessão é às 16h, na programação organizada pela Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro.

 Mesmo nos mais ferrenhos debates sobre a necessidade do "filme de gênero" no cinema brasileiro, é raro se ouvir falar na importância do thriller de ação como um caminho para mobilizar plateias, apesar de toda a importância que o filão teve para a educação audiovisual das gerações criadas nos anos 1980 e 90. Por isso, Comeback merece loas: além de ter uma série qualidades em termos narrativos, a produção dirigida por Érico Rassi - pela qual Nelson Xavier conquistou um merecidíssimo troféu Redentor no último Festival do Rio - é um exemplar nacional raro da linhagem da adrenalina.  

Filme danado de doido, ambientado em Goiás, mas diferente da pasteurização narrativa em voga, Comeback põe Xavier na pele de um matador de aluguel. Toca Altemar Dutra e dá para se ouvir Manolo Otero, como indícios de um ranço breganejo em um universo no qual matar dá orgulho. É a trilha perto para este neowestern. Embora o roteiro tenha desacertos (como ralentar demais na exposição de personagens talhados para terem ênfase em cena), a direção de Rassi flerta com a estética dos thrillers de ação mais artesanais, como os filmes de Don Siegel (Os Impiedosos) e de Michael Winner (Desejo de Matar), com direito à criação de um personagem maior do que o filme: Amador, o gatilho relâmpago (hoje enferrujado) vivido por Xavier. O enredo se basta nas estratégias se sobrevivência de Amador na conjuntura das maquininhas de caçar níqueis e de seu desejo de assassinar de novo, por respeito. O filme tem falhas (o uso do termo comeback por personagens da velha guarda beira o ridículo), mas tem vigor e coeficiente de invenção, optando por transgredir na representação da velhice e da vilania.    

 

 

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