De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

'Drive My Car' é eleito O Filme do Ano


Por Rodrigo Fonseca

Rodrigo Fonseca Criado em 1999, votado por cerca de 650 críticos do mundo todo e considerado uma das mais prestigiadas honrarias do audiovisual, o FIPRESCI Grand Prix, dado anualmente pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica no Festival de San Sebastián, na Espanha, vai ser confiado, no dia 16 de setembro, ao diretor japonês Ryûsuke Hamaguchi por "Drive My Car". Essa honraria dá a essa produção o título de Filme do Ano pra Crítica. Laureado com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, o longa-metragem está na grade da MUBI e pode ser visto via streaming. Trata-se de um (melo)drama idealizado como releitura das tramas da coletânea "Homens Sem Mulheres" (2014), de Haruki Murakami, um dos maiores escritores da atualidade. Releitura essa que conquistou Globo de Ouro de Melhor Filme de Língua Não Inglesa, três prêmios em Cannes (Melhor Roteiro, Prêmio do Júri Ecumênico, Prêmio da Crítica) e mais 73 láureas. Dedicado neste momento a um novo trabalho, chamado "Our Apprenriceship", o cineasta integrou o júri da Berlinale, em fevereiro.

Hamaguchi já prepara um novo longa  Foto: Estadão
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Em "Drive My Car", acompanhamos a saga de um ator e diretor de teatro em reinvenção, após a morte de sua mulher, construindo laços afetivos com uma jovem motorista. Ano passado, Hamaguchi também esteve na Berlinale, mas como concorrente, com o drama "Roda do Destino" ("Wheel of Fortune and Fantasy"), do qual saiu com o Grande Prêmio do Júri, na forma de um Urso de Prata. Badalada mundialmente, essa produção narra três histórias autônomas, todas protagonizadas por personagens femininas. As três falam dos encontros e desencontros da vida, de desejos represados e do poder do acaso na transformação e nos relacionamentos humanos. "Meu cinema está atento ao isolamento, num reflexo da minha condição de japonês, por ser parte de uma cultura insular", diz Hamaguchi ao Estadão. Procuro sempre, na minha forma de dirigir, dar atenção à liberdade dos sentimentos e saber ser rígido com o que é superficial e supérfluo". Desde sua criação, o Grand Prix Fipresci já foi dado a Maren Ade, Pedro Almodóvar, Paul Thomas Anderson, Nuri Bilge Ceylan, Alfonso Cuarón Jean-Luc Godard, Michael Haneke, Aki Kaurismäki, Abdellatif Kechiche, Kim Ki-duk, Richard Linklater, Terrence Malick, George Miller, Cristian Mungiu, Jafar Panahi, Roman Polanski e Chloé Zhao. San Sebastián este ano realiza sua 70º edição de 16 a 24 de setembro.

Rodrigo Fonseca Criado em 1999, votado por cerca de 650 críticos do mundo todo e considerado uma das mais prestigiadas honrarias do audiovisual, o FIPRESCI Grand Prix, dado anualmente pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica no Festival de San Sebastián, na Espanha, vai ser confiado, no dia 16 de setembro, ao diretor japonês Ryûsuke Hamaguchi por "Drive My Car". Essa honraria dá a essa produção o título de Filme do Ano pra Crítica. Laureado com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, o longa-metragem está na grade da MUBI e pode ser visto via streaming. Trata-se de um (melo)drama idealizado como releitura das tramas da coletânea "Homens Sem Mulheres" (2014), de Haruki Murakami, um dos maiores escritores da atualidade. Releitura essa que conquistou Globo de Ouro de Melhor Filme de Língua Não Inglesa, três prêmios em Cannes (Melhor Roteiro, Prêmio do Júri Ecumênico, Prêmio da Crítica) e mais 73 láureas. Dedicado neste momento a um novo trabalho, chamado "Our Apprenriceship", o cineasta integrou o júri da Berlinale, em fevereiro.

Hamaguchi já prepara um novo longa  Foto: Estadão

Em "Drive My Car", acompanhamos a saga de um ator e diretor de teatro em reinvenção, após a morte de sua mulher, construindo laços afetivos com uma jovem motorista. Ano passado, Hamaguchi também esteve na Berlinale, mas como concorrente, com o drama "Roda do Destino" ("Wheel of Fortune and Fantasy"), do qual saiu com o Grande Prêmio do Júri, na forma de um Urso de Prata. Badalada mundialmente, essa produção narra três histórias autônomas, todas protagonizadas por personagens femininas. As três falam dos encontros e desencontros da vida, de desejos represados e do poder do acaso na transformação e nos relacionamentos humanos. "Meu cinema está atento ao isolamento, num reflexo da minha condição de japonês, por ser parte de uma cultura insular", diz Hamaguchi ao Estadão. Procuro sempre, na minha forma de dirigir, dar atenção à liberdade dos sentimentos e saber ser rígido com o que é superficial e supérfluo". Desde sua criação, o Grand Prix Fipresci já foi dado a Maren Ade, Pedro Almodóvar, Paul Thomas Anderson, Nuri Bilge Ceylan, Alfonso Cuarón Jean-Luc Godard, Michael Haneke, Aki Kaurismäki, Abdellatif Kechiche, Kim Ki-duk, Richard Linklater, Terrence Malick, George Miller, Cristian Mungiu, Jafar Panahi, Roman Polanski e Chloé Zhao. San Sebastián este ano realiza sua 70º edição de 16 a 24 de setembro.

Rodrigo Fonseca Criado em 1999, votado por cerca de 650 críticos do mundo todo e considerado uma das mais prestigiadas honrarias do audiovisual, o FIPRESCI Grand Prix, dado anualmente pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica no Festival de San Sebastián, na Espanha, vai ser confiado, no dia 16 de setembro, ao diretor japonês Ryûsuke Hamaguchi por "Drive My Car". Essa honraria dá a essa produção o título de Filme do Ano pra Crítica. Laureado com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, o longa-metragem está na grade da MUBI e pode ser visto via streaming. Trata-se de um (melo)drama idealizado como releitura das tramas da coletânea "Homens Sem Mulheres" (2014), de Haruki Murakami, um dos maiores escritores da atualidade. Releitura essa que conquistou Globo de Ouro de Melhor Filme de Língua Não Inglesa, três prêmios em Cannes (Melhor Roteiro, Prêmio do Júri Ecumênico, Prêmio da Crítica) e mais 73 láureas. Dedicado neste momento a um novo trabalho, chamado "Our Apprenriceship", o cineasta integrou o júri da Berlinale, em fevereiro.

Hamaguchi já prepara um novo longa  Foto: Estadão

Em "Drive My Car", acompanhamos a saga de um ator e diretor de teatro em reinvenção, após a morte de sua mulher, construindo laços afetivos com uma jovem motorista. Ano passado, Hamaguchi também esteve na Berlinale, mas como concorrente, com o drama "Roda do Destino" ("Wheel of Fortune and Fantasy"), do qual saiu com o Grande Prêmio do Júri, na forma de um Urso de Prata. Badalada mundialmente, essa produção narra três histórias autônomas, todas protagonizadas por personagens femininas. As três falam dos encontros e desencontros da vida, de desejos represados e do poder do acaso na transformação e nos relacionamentos humanos. "Meu cinema está atento ao isolamento, num reflexo da minha condição de japonês, por ser parte de uma cultura insular", diz Hamaguchi ao Estadão. Procuro sempre, na minha forma de dirigir, dar atenção à liberdade dos sentimentos e saber ser rígido com o que é superficial e supérfluo". Desde sua criação, o Grand Prix Fipresci já foi dado a Maren Ade, Pedro Almodóvar, Paul Thomas Anderson, Nuri Bilge Ceylan, Alfonso Cuarón Jean-Luc Godard, Michael Haneke, Aki Kaurismäki, Abdellatif Kechiche, Kim Ki-duk, Richard Linklater, Terrence Malick, George Miller, Cristian Mungiu, Jafar Panahi, Roman Polanski e Chloé Zhao. San Sebastián este ano realiza sua 70º edição de 16 a 24 de setembro.

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