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Kiyoshi Kurosawa inédito estreia no dia 24


Por Rodrigo Fonseca
Yu Aoi estrela "A Mulher de um Espião", que rendeu a Kiyoshi Kurosawa o prêmio melhor direção no Festival de Veneza Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Enfim pintou um uma data pro thriller de espionagem "Wife of a Spy", de Kiyoshi Kurosawa, no Brasil: 24 de março. O título aqui será uma tradução literal: "A Mulher de um Espião". Nascido em Kobe, há 66 anos, Kiyoshi (que não é parente do diretor Akira Kurosawa, apesar do que o sobrenome possa sugerir) ganhou o prêmio mais prestigiado de sua carreira com essa frenética produção: a láurea de melhor direção no Festival de Veneza de 2020. Difícil pensar em algo mais próximo de Alfred Hitchcock (artesão autoral a quem Kiyoshi costuma ser comparado), do que essa trama recente do cineasta japonês, que é ambientado na II Guerra. Nele, somos apresentados a uma heroína singular: Satoko Fukuhara, vivida estonteantemente por Yu Aoi, numa interpretação que escorre inteligência. No longa, ambientado em 1940, o marido de Satoko, o comerciante Yusaku Fukuhara (Issey Takahashi), viaja pra Manchúria momentos antes de um levante de Hitler e de Mussolini pela Europa, que viria a respingar na Ásia. Sua mulher fica em casa, guardando a propriedade e os negócios do clã. Mas, em sua jornada Yusaku traz evidências (em forma de película) de um crime bárbaro do Eixo: o teste químico de uma doença similar à peste negra em presos políticos. Com a prova dessa barbárie em mãos, ele decide denunciá-lo, o que gera o desdém de outros mercadores e da aristocracia nipônica. Mas Satoko entende a importância da missão de seu amado e fará de tudo para que a verdade venha à tona, criado os mais variados estratagemas para isso. Num diálogo, ele diz: "Eu não sou espião". E ela retruca: "Se vier a ser, eu serei mulher de espião", deixando claro não só o seu companheirismo, mas sua resiliência. Yu Aoi faz dela uma valquíria que não abre mão de suas convicções. Aliás, nem Kiyoshi, que enquadra esse enredo como se fosse um plano de filme de terror. O terço inicial se arrasta a passos de cágado, porém, passados uns 30 minutos, cada movimento parece conduzir a um susto, a um arrepio.

Yu Aoi estrela "A Mulher de um Espião", que rendeu a Kiyoshi Kurosawa o prêmio melhor direção no Festival de Veneza Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Enfim pintou um uma data pro thriller de espionagem "Wife of a Spy", de Kiyoshi Kurosawa, no Brasil: 24 de março. O título aqui será uma tradução literal: "A Mulher de um Espião". Nascido em Kobe, há 66 anos, Kiyoshi (que não é parente do diretor Akira Kurosawa, apesar do que o sobrenome possa sugerir) ganhou o prêmio mais prestigiado de sua carreira com essa frenética produção: a láurea de melhor direção no Festival de Veneza de 2020. Difícil pensar em algo mais próximo de Alfred Hitchcock (artesão autoral a quem Kiyoshi costuma ser comparado), do que essa trama recente do cineasta japonês, que é ambientado na II Guerra. Nele, somos apresentados a uma heroína singular: Satoko Fukuhara, vivida estonteantemente por Yu Aoi, numa interpretação que escorre inteligência. No longa, ambientado em 1940, o marido de Satoko, o comerciante Yusaku Fukuhara (Issey Takahashi), viaja pra Manchúria momentos antes de um levante de Hitler e de Mussolini pela Europa, que viria a respingar na Ásia. Sua mulher fica em casa, guardando a propriedade e os negócios do clã. Mas, em sua jornada Yusaku traz evidências (em forma de película) de um crime bárbaro do Eixo: o teste químico de uma doença similar à peste negra em presos políticos. Com a prova dessa barbárie em mãos, ele decide denunciá-lo, o que gera o desdém de outros mercadores e da aristocracia nipônica. Mas Satoko entende a importância da missão de seu amado e fará de tudo para que a verdade venha à tona, criado os mais variados estratagemas para isso. Num diálogo, ele diz: "Eu não sou espião". E ela retruca: "Se vier a ser, eu serei mulher de espião", deixando claro não só o seu companheirismo, mas sua resiliência. Yu Aoi faz dela uma valquíria que não abre mão de suas convicções. Aliás, nem Kiyoshi, que enquadra esse enredo como se fosse um plano de filme de terror. O terço inicial se arrasta a passos de cágado, porém, passados uns 30 minutos, cada movimento parece conduzir a um susto, a um arrepio.

Yu Aoi estrela "A Mulher de um Espião", que rendeu a Kiyoshi Kurosawa o prêmio melhor direção no Festival de Veneza Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Enfim pintou um uma data pro thriller de espionagem "Wife of a Spy", de Kiyoshi Kurosawa, no Brasil: 24 de março. O título aqui será uma tradução literal: "A Mulher de um Espião". Nascido em Kobe, há 66 anos, Kiyoshi (que não é parente do diretor Akira Kurosawa, apesar do que o sobrenome possa sugerir) ganhou o prêmio mais prestigiado de sua carreira com essa frenética produção: a láurea de melhor direção no Festival de Veneza de 2020. Difícil pensar em algo mais próximo de Alfred Hitchcock (artesão autoral a quem Kiyoshi costuma ser comparado), do que essa trama recente do cineasta japonês, que é ambientado na II Guerra. Nele, somos apresentados a uma heroína singular: Satoko Fukuhara, vivida estonteantemente por Yu Aoi, numa interpretação que escorre inteligência. No longa, ambientado em 1940, o marido de Satoko, o comerciante Yusaku Fukuhara (Issey Takahashi), viaja pra Manchúria momentos antes de um levante de Hitler e de Mussolini pela Europa, que viria a respingar na Ásia. Sua mulher fica em casa, guardando a propriedade e os negócios do clã. Mas, em sua jornada Yusaku traz evidências (em forma de película) de um crime bárbaro do Eixo: o teste químico de uma doença similar à peste negra em presos políticos. Com a prova dessa barbárie em mãos, ele decide denunciá-lo, o que gera o desdém de outros mercadores e da aristocracia nipônica. Mas Satoko entende a importância da missão de seu amado e fará de tudo para que a verdade venha à tona, criado os mais variados estratagemas para isso. Num diálogo, ele diz: "Eu não sou espião". E ela retruca: "Se vier a ser, eu serei mulher de espião", deixando claro não só o seu companheirismo, mas sua resiliência. Yu Aoi faz dela uma valquíria que não abre mão de suas convicções. Aliás, nem Kiyoshi, que enquadra esse enredo como se fosse um plano de filme de terror. O terço inicial se arrasta a passos de cágado, porém, passados uns 30 minutos, cada movimento parece conduzir a um susto, a um arrepio.

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