De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

O espírito santo do terrir de Ivan Cardoso na telona do Estação


Por Rodrigo Fonseca
 Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Termina nesta quinta, às 19h, a mostra DE VARDA A JARMUSCH, no Estação NET Botafogo, com uma sessão do .doc "Ivan - O TerrirVel", em comemoração aos 70 anos de vida (e 50 de carreira) do diretor Ivan Cardoso. A atriz Nicole Puzzi, um ícone de inteligência e picardia no cinema de invenção (e em narrativas pop) dos anos 1970 e 80, estará na projeção. A direção desse divertidíssimo longa biográfico - que rendeu para o Brasil o prêmio de Melhor Documentário no Festival de Stiges, na Espanha - é do crítico Mario Abbade. Ele ganhou ainda o Prêmio do Júri do Festival de Brasília, há dois anos. Calcado numa narrativa libertadora, que atomiza clichês (inclusive os sociológicos) para gerar novos sentidos, "Ivan, o TerrirVel" é uma divertidíssima biopic de Cardoso: na década de 1980, o cineasta carioca foi sinônimo de invenção, graças a "O Segredo da Múmia", de 1982, um marco mundial da participação latino-americana na seara do horror. Ivan foi ainda garantia de bilheterias astronômicas, com o êxito de "As Sete Vampiras", de 1986.

 Foto: Estadão
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Escrito por Abbade e pelo também crítico Leonardo Luiz Ferreira, "Ivan, o TerrirVel" é um sopro de vitalidade autoral da seara documental brasileira ao unir arquivística, alusões às bases estéticas do cinema como linguagem (no caso, o expressionismo) e o que se chama de "crítica genética", ou seja, a incorporação da feitura, do processo, no próprio resultado final. Fora isso, o longa apresenta os bastidores dos longas de Ivan com uma estrutura narrativa tão tropicalista quanto o discurso do próprio documentado - numa feérica direção galvanizada pela montagem de Christian Caselli e Gurcius Gewdner. Temos ainda em cena uma releitura de "Nosferatu" (1922), com o próprio Cardoso e com a já citada Nicole em estado de graça. À época da feitura do longa de Abbade, Cardoso deu uma entrevista ao JB na qual falou: "Terror ainda é a maior diversão", disse Ivan, em meio a uma homenagem que recebeu no Festival Rio Fantastik. "Faço comédias de terror para enganar a Morte".

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Rodrigo Fonseca Termina nesta quinta, às 19h, a mostra DE VARDA A JARMUSCH, no Estação NET Botafogo, com uma sessão do .doc "Ivan - O TerrirVel", em comemoração aos 70 anos de vida (e 50 de carreira) do diretor Ivan Cardoso. A atriz Nicole Puzzi, um ícone de inteligência e picardia no cinema de invenção (e em narrativas pop) dos anos 1970 e 80, estará na projeção. A direção desse divertidíssimo longa biográfico - que rendeu para o Brasil o prêmio de Melhor Documentário no Festival de Stiges, na Espanha - é do crítico Mario Abbade. Ele ganhou ainda o Prêmio do Júri do Festival de Brasília, há dois anos. Calcado numa narrativa libertadora, que atomiza clichês (inclusive os sociológicos) para gerar novos sentidos, "Ivan, o TerrirVel" é uma divertidíssima biopic de Cardoso: na década de 1980, o cineasta carioca foi sinônimo de invenção, graças a "O Segredo da Múmia", de 1982, um marco mundial da participação latino-americana na seara do horror. Ivan foi ainda garantia de bilheterias astronômicas, com o êxito de "As Sete Vampiras", de 1986.

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Escrito por Abbade e pelo também crítico Leonardo Luiz Ferreira, "Ivan, o TerrirVel" é um sopro de vitalidade autoral da seara documental brasileira ao unir arquivística, alusões às bases estéticas do cinema como linguagem (no caso, o expressionismo) e o que se chama de "crítica genética", ou seja, a incorporação da feitura, do processo, no próprio resultado final. Fora isso, o longa apresenta os bastidores dos longas de Ivan com uma estrutura narrativa tão tropicalista quanto o discurso do próprio documentado - numa feérica direção galvanizada pela montagem de Christian Caselli e Gurcius Gewdner. Temos ainda em cena uma releitura de "Nosferatu" (1922), com o próprio Cardoso e com a já citada Nicole em estado de graça. À época da feitura do longa de Abbade, Cardoso deu uma entrevista ao JB na qual falou: "Terror ainda é a maior diversão", disse Ivan, em meio a uma homenagem que recebeu no Festival Rio Fantastik. "Faço comédias de terror para enganar a Morte".

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Rodrigo Fonseca Termina nesta quinta, às 19h, a mostra DE VARDA A JARMUSCH, no Estação NET Botafogo, com uma sessão do .doc "Ivan - O TerrirVel", em comemoração aos 70 anos de vida (e 50 de carreira) do diretor Ivan Cardoso. A atriz Nicole Puzzi, um ícone de inteligência e picardia no cinema de invenção (e em narrativas pop) dos anos 1970 e 80, estará na projeção. A direção desse divertidíssimo longa biográfico - que rendeu para o Brasil o prêmio de Melhor Documentário no Festival de Stiges, na Espanha - é do crítico Mario Abbade. Ele ganhou ainda o Prêmio do Júri do Festival de Brasília, há dois anos. Calcado numa narrativa libertadora, que atomiza clichês (inclusive os sociológicos) para gerar novos sentidos, "Ivan, o TerrirVel" é uma divertidíssima biopic de Cardoso: na década de 1980, o cineasta carioca foi sinônimo de invenção, graças a "O Segredo da Múmia", de 1982, um marco mundial da participação latino-americana na seara do horror. Ivan foi ainda garantia de bilheterias astronômicas, com o êxito de "As Sete Vampiras", de 1986.

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Escrito por Abbade e pelo também crítico Leonardo Luiz Ferreira, "Ivan, o TerrirVel" é um sopro de vitalidade autoral da seara documental brasileira ao unir arquivística, alusões às bases estéticas do cinema como linguagem (no caso, o expressionismo) e o que se chama de "crítica genética", ou seja, a incorporação da feitura, do processo, no próprio resultado final. Fora isso, o longa apresenta os bastidores dos longas de Ivan com uma estrutura narrativa tão tropicalista quanto o discurso do próprio documentado - numa feérica direção galvanizada pela montagem de Christian Caselli e Gurcius Gewdner. Temos ainda em cena uma releitura de "Nosferatu" (1922), com o próprio Cardoso e com a já citada Nicole em estado de graça. À época da feitura do longa de Abbade, Cardoso deu uma entrevista ao JB na qual falou: "Terror ainda é a maior diversão", disse Ivan, em meio a uma homenagem que recebeu no Festival Rio Fantastik. "Faço comédias de terror para enganar a Morte".

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