De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Pasolini em Bérgamo, na MUBI e no Bigode


Por Rodrigo Fonseca
Franco Citti é Édipo na versão de Pasolini para a tragédia grega que concorreu ao Leão de Ouro de Veneza em 1967 e, amanhã, entra na www.mubi.com  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA Tem "Édipo Rei" (1967) no Festival de Bérgamo, na Itália, nesta segunda-feira, e a partir desta terça esta joia de Pier Paolo Pasolini (1922-1975) entra na grade da MUBI, para engrossar os festejos dos cem anos do realizador, poeta e dramaturgo que fez do moralismo e do fascismo seus maiores inimigos. Baseado na peça homônima de Sófocles que serve de pilar à tragédia grega o filme foi indicado ao Leão de Ouro de Veneza e ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival da Ilha de Faro. Franco Citti (1935-2016) é Édipo, herói de Tebas, que desafia e vence a Esfinge mas é amaldiçoado com uma praga ligado ao desejo que norteia sua vida. A seu lado está a rainha Giocasta, encarnada por uma inspiradíssima Silvana Mangano (1930-1989). Ao investigar o que se passa com o povo tebano, Édipo sente o peso da Moira cair sobre seus ombros. A projeção em Bérgamo faz parte do caráter revisionista do evento, que presta tributos ainda ao franco-grego Constantin Costa-Gavras, com uma retrospectiva invejável, e ao bósnio Danis Tanovic (de "Terra de Ninguém").

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Pasolini em cena Foto: Estadão

Acerca da entrada de "Édipo Rei" no www.mubi.com, a plataforma já disponibilizou o belíssimo "Accattone - Desajuste Social", longa de estreia do cineasta, de 1961), no dia 5 de março, e "O Evangelho Segundo São Mateus" (Prêmio Espacial do Júri no Festival de Veneza, em 1964), no último dia 14. Usina de projetos, como realizador e poeta, Luiz Carlos Lacerda, o Bigode, entra em sintonia fina com o centenário desse revolucionário e prepara um longa sobre um momento particular da história dele, que mistura cinebiografia e experimentação narrativa. Batizado de "Celebrazione, O Filme", esse projeto conta a passagem do cineasta bolonhês que nos deu cults como "Os Contos de Canterbury" (Urso de Ouro de 1972) pelo Rio de Janeiro, na década de 1970, ao lado da cantora lírica Maria Callas (1923-1977). Zulma Mercadante vai viver Callas e Erom Cordeiro será Pasolini, numa produção de Cavi Borges, feita na guerrilha absoluta, calcada num crowdfunding (financiamento coletivo de doações espontâneas). As colaborações estão sendo feitas no PIX da Cavideo (o celular: 21-980130885) ou a conta bancaria (Bradesco - Agência: 1745-0 - Conta corrente: 0021495-7 - CAVIDEO PRODUÇÕES - CNPJ: 016663260001-15). O projeto de Bigode, que tem no currículo documentários ("Casa9") e ficções ("For All - O Trampolim da Vitória"), é uma forma de apresentar a potência estética de Pasolini às novas gerações, com suas narrativas que transgrediam padrões morais desafiando a opressão e o fascismo, numa obra (como cineasta) que vai de 1961 a 1975 - data em que foi assassinado. Multiartista, ele se apresentava como "escritor", tendo escrito poemas e peças e publicado livros seminais como "Amado Meu".

Franco Citti é Édipo na versão de Pasolini para a tragédia grega que concorreu ao Leão de Ouro de Veneza em 1967 e, amanhã, entra na www.mubi.com  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA Tem "Édipo Rei" (1967) no Festival de Bérgamo, na Itália, nesta segunda-feira, e a partir desta terça esta joia de Pier Paolo Pasolini (1922-1975) entra na grade da MUBI, para engrossar os festejos dos cem anos do realizador, poeta e dramaturgo que fez do moralismo e do fascismo seus maiores inimigos. Baseado na peça homônima de Sófocles que serve de pilar à tragédia grega o filme foi indicado ao Leão de Ouro de Veneza e ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival da Ilha de Faro. Franco Citti (1935-2016) é Édipo, herói de Tebas, que desafia e vence a Esfinge mas é amaldiçoado com uma praga ligado ao desejo que norteia sua vida. A seu lado está a rainha Giocasta, encarnada por uma inspiradíssima Silvana Mangano (1930-1989). Ao investigar o que se passa com o povo tebano, Édipo sente o peso da Moira cair sobre seus ombros. A projeção em Bérgamo faz parte do caráter revisionista do evento, que presta tributos ainda ao franco-grego Constantin Costa-Gavras, com uma retrospectiva invejável, e ao bósnio Danis Tanovic (de "Terra de Ninguém").

Pasolini em cena Foto: Estadão

Acerca da entrada de "Édipo Rei" no www.mubi.com, a plataforma já disponibilizou o belíssimo "Accattone - Desajuste Social", longa de estreia do cineasta, de 1961), no dia 5 de março, e "O Evangelho Segundo São Mateus" (Prêmio Espacial do Júri no Festival de Veneza, em 1964), no último dia 14. Usina de projetos, como realizador e poeta, Luiz Carlos Lacerda, o Bigode, entra em sintonia fina com o centenário desse revolucionário e prepara um longa sobre um momento particular da história dele, que mistura cinebiografia e experimentação narrativa. Batizado de "Celebrazione, O Filme", esse projeto conta a passagem do cineasta bolonhês que nos deu cults como "Os Contos de Canterbury" (Urso de Ouro de 1972) pelo Rio de Janeiro, na década de 1970, ao lado da cantora lírica Maria Callas (1923-1977). Zulma Mercadante vai viver Callas e Erom Cordeiro será Pasolini, numa produção de Cavi Borges, feita na guerrilha absoluta, calcada num crowdfunding (financiamento coletivo de doações espontâneas). As colaborações estão sendo feitas no PIX da Cavideo (o celular: 21-980130885) ou a conta bancaria (Bradesco - Agência: 1745-0 - Conta corrente: 0021495-7 - CAVIDEO PRODUÇÕES - CNPJ: 016663260001-15). O projeto de Bigode, que tem no currículo documentários ("Casa9") e ficções ("For All - O Trampolim da Vitória"), é uma forma de apresentar a potência estética de Pasolini às novas gerações, com suas narrativas que transgrediam padrões morais desafiando a opressão e o fascismo, numa obra (como cineasta) que vai de 1961 a 1975 - data em que foi assassinado. Multiartista, ele se apresentava como "escritor", tendo escrito poemas e peças e publicado livros seminais como "Amado Meu".

Franco Citti é Édipo na versão de Pasolini para a tragédia grega que concorreu ao Leão de Ouro de Veneza em 1967 e, amanhã, entra na www.mubi.com  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA Tem "Édipo Rei" (1967) no Festival de Bérgamo, na Itália, nesta segunda-feira, e a partir desta terça esta joia de Pier Paolo Pasolini (1922-1975) entra na grade da MUBI, para engrossar os festejos dos cem anos do realizador, poeta e dramaturgo que fez do moralismo e do fascismo seus maiores inimigos. Baseado na peça homônima de Sófocles que serve de pilar à tragédia grega o filme foi indicado ao Leão de Ouro de Veneza e ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival da Ilha de Faro. Franco Citti (1935-2016) é Édipo, herói de Tebas, que desafia e vence a Esfinge mas é amaldiçoado com uma praga ligado ao desejo que norteia sua vida. A seu lado está a rainha Giocasta, encarnada por uma inspiradíssima Silvana Mangano (1930-1989). Ao investigar o que se passa com o povo tebano, Édipo sente o peso da Moira cair sobre seus ombros. A projeção em Bérgamo faz parte do caráter revisionista do evento, que presta tributos ainda ao franco-grego Constantin Costa-Gavras, com uma retrospectiva invejável, e ao bósnio Danis Tanovic (de "Terra de Ninguém").

Pasolini em cena Foto: Estadão

Acerca da entrada de "Édipo Rei" no www.mubi.com, a plataforma já disponibilizou o belíssimo "Accattone - Desajuste Social", longa de estreia do cineasta, de 1961), no dia 5 de março, e "O Evangelho Segundo São Mateus" (Prêmio Espacial do Júri no Festival de Veneza, em 1964), no último dia 14. Usina de projetos, como realizador e poeta, Luiz Carlos Lacerda, o Bigode, entra em sintonia fina com o centenário desse revolucionário e prepara um longa sobre um momento particular da história dele, que mistura cinebiografia e experimentação narrativa. Batizado de "Celebrazione, O Filme", esse projeto conta a passagem do cineasta bolonhês que nos deu cults como "Os Contos de Canterbury" (Urso de Ouro de 1972) pelo Rio de Janeiro, na década de 1970, ao lado da cantora lírica Maria Callas (1923-1977). Zulma Mercadante vai viver Callas e Erom Cordeiro será Pasolini, numa produção de Cavi Borges, feita na guerrilha absoluta, calcada num crowdfunding (financiamento coletivo de doações espontâneas). As colaborações estão sendo feitas no PIX da Cavideo (o celular: 21-980130885) ou a conta bancaria (Bradesco - Agência: 1745-0 - Conta corrente: 0021495-7 - CAVIDEO PRODUÇÕES - CNPJ: 016663260001-15). O projeto de Bigode, que tem no currículo documentários ("Casa9") e ficções ("For All - O Trampolim da Vitória"), é uma forma de apresentar a potência estética de Pasolini às novas gerações, com suas narrativas que transgrediam padrões morais desafiando a opressão e o fascismo, numa obra (como cineasta) que vai de 1961 a 1975 - data em que foi assassinado. Multiartista, ele se apresentava como "escritor", tendo escrito poemas e peças e publicado livros seminais como "Amado Meu".

Franco Citti é Édipo na versão de Pasolini para a tragédia grega que concorreu ao Leão de Ouro de Veneza em 1967 e, amanhã, entra na www.mubi.com  Foto: Estadão

RODRIGO FONSECA Tem "Édipo Rei" (1967) no Festival de Bérgamo, na Itália, nesta segunda-feira, e a partir desta terça esta joia de Pier Paolo Pasolini (1922-1975) entra na grade da MUBI, para engrossar os festejos dos cem anos do realizador, poeta e dramaturgo que fez do moralismo e do fascismo seus maiores inimigos. Baseado na peça homônima de Sófocles que serve de pilar à tragédia grega o filme foi indicado ao Leão de Ouro de Veneza e ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival da Ilha de Faro. Franco Citti (1935-2016) é Édipo, herói de Tebas, que desafia e vence a Esfinge mas é amaldiçoado com uma praga ligado ao desejo que norteia sua vida. A seu lado está a rainha Giocasta, encarnada por uma inspiradíssima Silvana Mangano (1930-1989). Ao investigar o que se passa com o povo tebano, Édipo sente o peso da Moira cair sobre seus ombros. A projeção em Bérgamo faz parte do caráter revisionista do evento, que presta tributos ainda ao franco-grego Constantin Costa-Gavras, com uma retrospectiva invejável, e ao bósnio Danis Tanovic (de "Terra de Ninguém").

Pasolini em cena Foto: Estadão

Acerca da entrada de "Édipo Rei" no www.mubi.com, a plataforma já disponibilizou o belíssimo "Accattone - Desajuste Social", longa de estreia do cineasta, de 1961), no dia 5 de março, e "O Evangelho Segundo São Mateus" (Prêmio Espacial do Júri no Festival de Veneza, em 1964), no último dia 14. Usina de projetos, como realizador e poeta, Luiz Carlos Lacerda, o Bigode, entra em sintonia fina com o centenário desse revolucionário e prepara um longa sobre um momento particular da história dele, que mistura cinebiografia e experimentação narrativa. Batizado de "Celebrazione, O Filme", esse projeto conta a passagem do cineasta bolonhês que nos deu cults como "Os Contos de Canterbury" (Urso de Ouro de 1972) pelo Rio de Janeiro, na década de 1970, ao lado da cantora lírica Maria Callas (1923-1977). Zulma Mercadante vai viver Callas e Erom Cordeiro será Pasolini, numa produção de Cavi Borges, feita na guerrilha absoluta, calcada num crowdfunding (financiamento coletivo de doações espontâneas). As colaborações estão sendo feitas no PIX da Cavideo (o celular: 21-980130885) ou a conta bancaria (Bradesco - Agência: 1745-0 - Conta corrente: 0021495-7 - CAVIDEO PRODUÇÕES - CNPJ: 016663260001-15). O projeto de Bigode, que tem no currículo documentários ("Casa9") e ficções ("For All - O Trampolim da Vitória"), é uma forma de apresentar a potência estética de Pasolini às novas gerações, com suas narrativas que transgrediam padrões morais desafiando a opressão e o fascismo, numa obra (como cineasta) que vai de 1961 a 1975 - data em que foi assassinado. Multiartista, ele se apresentava como "escritor", tendo escrito poemas e peças e publicado livros seminais como "Amado Meu".

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