De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

PéPequeno abre a semana de réveillon na Sessão da Tarde com animação


Por Rodrigo Fonseca
Choque de cultuas mobiliza "PéPequeno", que faturou US$ 214 milhões nas bilheterias  Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Não haverá "Tela Quente" nesta segunda-feira, mas, pelo menos, a "Sessão da Tarde" vai ser das boas: "PéPequeno" ("Smallfoot"), uma animação cuja receita internacional foi de US$ 214 milhões. É um bom arranque, na grade da TV aberta, para uma semana de preparação pro réveillon, lotada de retrospectivas. Semana em que o "Corujão" da Globo vai estar repleto de filmes quentes (como "Solo: Uma História Star Wars", a ser exibido à 1h55 deste 27 de dezembro) e de cults como "A Vida É Bela" (de Roberto Benigni, agendado pra madrugada de quinta) e "A Outra Face" (de John Woo, com sessão às 2h de sexta). Calçado em diálogos bem-humorados, que soam ainda mais engraçados nas cópias dubladas, por conta da inteligente adaptação das gags para a língua portuguesa, "PéPequeno" executa com eficiência espartana o papel de comédia, cumprindo bem sua essência de family film, sem deixar de entreter bem as plateias mirins. Releitura animada em computação gráfica do livro "Yeti tracks", de Sergio Pablos, esta produção estimada em US$ 80 milhões é focada no choque entre culturas e nas inadequações do amadurecimento. A direção é assinada por Karey Kirkpatrick, que lançou em Cannes o genial "Os Sem Floresta", em 2006. Ele delineia o longa em com codireção de Jason Reisig. Os dois dão um visual pop e um tom existencialista a uma tribo de iétis - nome dado ao Abominável Homem das Neves, ao Pé Grande. Essa população humanoide vive blindada das demais civilizações, assombrada por lendas de monstros de pés pequenos. O clima de paranoia lembra "A Vila" (2004), de Shyamalan. Mas quando um rapaz esbarra com um iéti chamado Migo, tradições serão desafiadas. Há um quinhão de Brasil no filme, cuja direção de arte trata as cores com suavidade: a música do longa foi composta por Heitor Pereira, que já tocou com Simply Red e criou arranjos para Sting. Lá fora, Migo fala com voz de Channing Tatum. Aqui, ele ganha o gogó de Marcelo Garcia, que dubla muito bem o Relâmpago McQueen, na franquia "Carros". Ainda da dublagem, o brilhante Luiz Carlos Persy dá um show emprestando o vozeirão ao Guardião da Pedra, o líder dos iétis.

p.s.: Astro do fenômeno de bilheteria "Nosso Lar" (2010), que ganha uma parte dois em 2023, o ator Renato Prieto vai fazer uma análise da literatura espírita nesta segunda, às 20h, em seu instagran. No @renatoprietoator, ele fala dos ensinamentos de Kardec.

Choque de cultuas mobiliza "PéPequeno", que faturou US$ 214 milhões nas bilheterias  Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Não haverá "Tela Quente" nesta segunda-feira, mas, pelo menos, a "Sessão da Tarde" vai ser das boas: "PéPequeno" ("Smallfoot"), uma animação cuja receita internacional foi de US$ 214 milhões. É um bom arranque, na grade da TV aberta, para uma semana de preparação pro réveillon, lotada de retrospectivas. Semana em que o "Corujão" da Globo vai estar repleto de filmes quentes (como "Solo: Uma História Star Wars", a ser exibido à 1h55 deste 27 de dezembro) e de cults como "A Vida É Bela" (de Roberto Benigni, agendado pra madrugada de quinta) e "A Outra Face" (de John Woo, com sessão às 2h de sexta). Calçado em diálogos bem-humorados, que soam ainda mais engraçados nas cópias dubladas, por conta da inteligente adaptação das gags para a língua portuguesa, "PéPequeno" executa com eficiência espartana o papel de comédia, cumprindo bem sua essência de family film, sem deixar de entreter bem as plateias mirins. Releitura animada em computação gráfica do livro "Yeti tracks", de Sergio Pablos, esta produção estimada em US$ 80 milhões é focada no choque entre culturas e nas inadequações do amadurecimento. A direção é assinada por Karey Kirkpatrick, que lançou em Cannes o genial "Os Sem Floresta", em 2006. Ele delineia o longa em com codireção de Jason Reisig. Os dois dão um visual pop e um tom existencialista a uma tribo de iétis - nome dado ao Abominável Homem das Neves, ao Pé Grande. Essa população humanoide vive blindada das demais civilizações, assombrada por lendas de monstros de pés pequenos. O clima de paranoia lembra "A Vila" (2004), de Shyamalan. Mas quando um rapaz esbarra com um iéti chamado Migo, tradições serão desafiadas. Há um quinhão de Brasil no filme, cuja direção de arte trata as cores com suavidade: a música do longa foi composta por Heitor Pereira, que já tocou com Simply Red e criou arranjos para Sting. Lá fora, Migo fala com voz de Channing Tatum. Aqui, ele ganha o gogó de Marcelo Garcia, que dubla muito bem o Relâmpago McQueen, na franquia "Carros". Ainda da dublagem, o brilhante Luiz Carlos Persy dá um show emprestando o vozeirão ao Guardião da Pedra, o líder dos iétis.

p.s.: Astro do fenômeno de bilheteria "Nosso Lar" (2010), que ganha uma parte dois em 2023, o ator Renato Prieto vai fazer uma análise da literatura espírita nesta segunda, às 20h, em seu instagran. No @renatoprietoator, ele fala dos ensinamentos de Kardec.

Choque de cultuas mobiliza "PéPequeno", que faturou US$ 214 milhões nas bilheterias  Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca Não haverá "Tela Quente" nesta segunda-feira, mas, pelo menos, a "Sessão da Tarde" vai ser das boas: "PéPequeno" ("Smallfoot"), uma animação cuja receita internacional foi de US$ 214 milhões. É um bom arranque, na grade da TV aberta, para uma semana de preparação pro réveillon, lotada de retrospectivas. Semana em que o "Corujão" da Globo vai estar repleto de filmes quentes (como "Solo: Uma História Star Wars", a ser exibido à 1h55 deste 27 de dezembro) e de cults como "A Vida É Bela" (de Roberto Benigni, agendado pra madrugada de quinta) e "A Outra Face" (de John Woo, com sessão às 2h de sexta). Calçado em diálogos bem-humorados, que soam ainda mais engraçados nas cópias dubladas, por conta da inteligente adaptação das gags para a língua portuguesa, "PéPequeno" executa com eficiência espartana o papel de comédia, cumprindo bem sua essência de family film, sem deixar de entreter bem as plateias mirins. Releitura animada em computação gráfica do livro "Yeti tracks", de Sergio Pablos, esta produção estimada em US$ 80 milhões é focada no choque entre culturas e nas inadequações do amadurecimento. A direção é assinada por Karey Kirkpatrick, que lançou em Cannes o genial "Os Sem Floresta", em 2006. Ele delineia o longa em com codireção de Jason Reisig. Os dois dão um visual pop e um tom existencialista a uma tribo de iétis - nome dado ao Abominável Homem das Neves, ao Pé Grande. Essa população humanoide vive blindada das demais civilizações, assombrada por lendas de monstros de pés pequenos. O clima de paranoia lembra "A Vila" (2004), de Shyamalan. Mas quando um rapaz esbarra com um iéti chamado Migo, tradições serão desafiadas. Há um quinhão de Brasil no filme, cuja direção de arte trata as cores com suavidade: a música do longa foi composta por Heitor Pereira, que já tocou com Simply Red e criou arranjos para Sting. Lá fora, Migo fala com voz de Channing Tatum. Aqui, ele ganha o gogó de Marcelo Garcia, que dubla muito bem o Relâmpago McQueen, na franquia "Carros". Ainda da dublagem, o brilhante Luiz Carlos Persy dá um show emprestando o vozeirão ao Guardião da Pedra, o líder dos iétis.

p.s.: Astro do fenômeno de bilheteria "Nosso Lar" (2010), que ganha uma parte dois em 2023, o ator Renato Prieto vai fazer uma análise da literatura espírita nesta segunda, às 20h, em seu instagran. No @renatoprietoator, ele fala dos ensinamentos de Kardec.

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