De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

Sábado de FLUP com fé em Lima Barreto


Por Rodrigo Fonseca
O escritor Lima Barreto é tema de um livro de contos que reinventa sua obra - Reprodução: Biblioteca Nacional  

RODRIGO FONSECA Sábado é dia de Flup, a Festa Literária das Periferias, que sobe a Ladeira do Livramento, para celebrar a força criativa de qual Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922) e sua prosa indignada contra a exclusão e o racismo. Irradiador das vozes autorais das lutas identitárias, o evento criado por Julio Ludemir e Ecio Sales (1969-2019) promete uma série de celebrações das culturas literárias periféricas e da potência criadora das favelas. A concentração é na Rua Costa Barros, 34, no Centro, onde fica a Ladeira. As atrações acontecem das 10h às 22h, com direito a uma participação da Casa da Palha, um centro de acolhimento de artistas comandado por Mãe Janayna Lázaro. Na abertura, as Pretinhas Leitoras, Duda e Helena Ferreira, mais um grupo de treze autoras negras de livros infantis, sobem a rua em que Machado de Assis (1839-1908) nasceu, a fim de ler suas histórias. Tem o Bloco Prata Preta ali pelas 11h. No início da tarde, às 14h, a jornalista Flávia Oliveira e cerca de vinte Iyalorixás celebram o legado de Mãe Beata de Iemanjá. Lá pelo fim do dia, vai ter mesa de debate com Eliane Alvez Cruz, Gilberto Gil e Haroldo Costa (às 17h). À noite rola samba. Mas o ponto alto desta nova modalidade da maratona artística criada por Julio Ludemir e Ecio Sales (1969-2019) tece loas ao autor de "Triste Fim de Policarpo Quaresma" (1911) a partir do lançamento do livro "Quilombo do Lima" (ed. Malê), às 13h40. É uma antologia de contos produzidos por 22 expoentes da prosa, negras e negros, inspirados na obra de L. Barreto. "É o 30. livro que a Flup prepara e dá espaço a uma geração que foi encarada como improvável e que, na perseverança e na resiliência, está cada vez mais madura", diz Ludemir ao Estadão.

 
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Sua publicação nasceu do empenho de incluir Lima Barreto nas celebrações do Centenário da Semana de Arte Moderna, que aconteceram em 2022. A premissa dele: recontextualizar a obra imortal de Lima, capaz de resistir aos incontáveis esforços de apagamento, a começar por aquele engendrado pelos artistas que fizeram a Semana de Arte Moderna. O projeto consumiu três meses de encontros durante o período eleitoral que mudou a história do Brasil, com o auxílio de Beatriz Resende, Fernanda Felisberto, Fred Coelho, Henrique Rodrigues, Maurício Barros de Castro, Rôssi Alves e Wagner Amaro. A curadoria dos textos une Angélica Ferrarez e Heloísa Buarque de Hollanda. O resultado: pérolas como "A Suposta Intelectualidade Quase Branca na Bruzundanga", de Sueka; "Amanhã, Amanhã e Amanhã", de Juliana Berlim; "Queixa de um Defunto", de Estevão Ribeiro; "Passatempo da Viagem", de Natara Ney; "Bicentenário Brochado", de Raphael Ruvenal; "O Homem Que Não Estava Para a Rede", de Alana Francisca; "Través", de Luciano Nascimento, e mais uma série de gemas.

"A base da literatura que carrega a força da brasilidade é negra: é Machado, é Lima Barreto. Esses autores foram apropriados por uma classe média burguesa que nunca explicou como fenômenos como esse surgiram no Brasil do século XIX e se mantiveram no início do século XX", avalia Ludemir.

O escritor Lima Barreto é tema de um livro de contos que reinventa sua obra - Reprodução: Biblioteca Nacional  

RODRIGO FONSECA Sábado é dia de Flup, a Festa Literária das Periferias, que sobe a Ladeira do Livramento, para celebrar a força criativa de qual Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922) e sua prosa indignada contra a exclusão e o racismo. Irradiador das vozes autorais das lutas identitárias, o evento criado por Julio Ludemir e Ecio Sales (1969-2019) promete uma série de celebrações das culturas literárias periféricas e da potência criadora das favelas. A concentração é na Rua Costa Barros, 34, no Centro, onde fica a Ladeira. As atrações acontecem das 10h às 22h, com direito a uma participação da Casa da Palha, um centro de acolhimento de artistas comandado por Mãe Janayna Lázaro. Na abertura, as Pretinhas Leitoras, Duda e Helena Ferreira, mais um grupo de treze autoras negras de livros infantis, sobem a rua em que Machado de Assis (1839-1908) nasceu, a fim de ler suas histórias. Tem o Bloco Prata Preta ali pelas 11h. No início da tarde, às 14h, a jornalista Flávia Oliveira e cerca de vinte Iyalorixás celebram o legado de Mãe Beata de Iemanjá. Lá pelo fim do dia, vai ter mesa de debate com Eliane Alvez Cruz, Gilberto Gil e Haroldo Costa (às 17h). À noite rola samba. Mas o ponto alto desta nova modalidade da maratona artística criada por Julio Ludemir e Ecio Sales (1969-2019) tece loas ao autor de "Triste Fim de Policarpo Quaresma" (1911) a partir do lançamento do livro "Quilombo do Lima" (ed. Malê), às 13h40. É uma antologia de contos produzidos por 22 expoentes da prosa, negras e negros, inspirados na obra de L. Barreto. "É o 30. livro que a Flup prepara e dá espaço a uma geração que foi encarada como improvável e que, na perseverança e na resiliência, está cada vez mais madura", diz Ludemir ao Estadão.

 

Sua publicação nasceu do empenho de incluir Lima Barreto nas celebrações do Centenário da Semana de Arte Moderna, que aconteceram em 2022. A premissa dele: recontextualizar a obra imortal de Lima, capaz de resistir aos incontáveis esforços de apagamento, a começar por aquele engendrado pelos artistas que fizeram a Semana de Arte Moderna. O projeto consumiu três meses de encontros durante o período eleitoral que mudou a história do Brasil, com o auxílio de Beatriz Resende, Fernanda Felisberto, Fred Coelho, Henrique Rodrigues, Maurício Barros de Castro, Rôssi Alves e Wagner Amaro. A curadoria dos textos une Angélica Ferrarez e Heloísa Buarque de Hollanda. O resultado: pérolas como "A Suposta Intelectualidade Quase Branca na Bruzundanga", de Sueka; "Amanhã, Amanhã e Amanhã", de Juliana Berlim; "Queixa de um Defunto", de Estevão Ribeiro; "Passatempo da Viagem", de Natara Ney; "Bicentenário Brochado", de Raphael Ruvenal; "O Homem Que Não Estava Para a Rede", de Alana Francisca; "Través", de Luciano Nascimento, e mais uma série de gemas.

"A base da literatura que carrega a força da brasilidade é negra: é Machado, é Lima Barreto. Esses autores foram apropriados por uma classe média burguesa que nunca explicou como fenômenos como esse surgiram no Brasil do século XIX e se mantiveram no início do século XX", avalia Ludemir.

O escritor Lima Barreto é tema de um livro de contos que reinventa sua obra - Reprodução: Biblioteca Nacional  

RODRIGO FONSECA Sábado é dia de Flup, a Festa Literária das Periferias, que sobe a Ladeira do Livramento, para celebrar a força criativa de qual Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922) e sua prosa indignada contra a exclusão e o racismo. Irradiador das vozes autorais das lutas identitárias, o evento criado por Julio Ludemir e Ecio Sales (1969-2019) promete uma série de celebrações das culturas literárias periféricas e da potência criadora das favelas. A concentração é na Rua Costa Barros, 34, no Centro, onde fica a Ladeira. As atrações acontecem das 10h às 22h, com direito a uma participação da Casa da Palha, um centro de acolhimento de artistas comandado por Mãe Janayna Lázaro. Na abertura, as Pretinhas Leitoras, Duda e Helena Ferreira, mais um grupo de treze autoras negras de livros infantis, sobem a rua em que Machado de Assis (1839-1908) nasceu, a fim de ler suas histórias. Tem o Bloco Prata Preta ali pelas 11h. No início da tarde, às 14h, a jornalista Flávia Oliveira e cerca de vinte Iyalorixás celebram o legado de Mãe Beata de Iemanjá. Lá pelo fim do dia, vai ter mesa de debate com Eliane Alvez Cruz, Gilberto Gil e Haroldo Costa (às 17h). À noite rola samba. Mas o ponto alto desta nova modalidade da maratona artística criada por Julio Ludemir e Ecio Sales (1969-2019) tece loas ao autor de "Triste Fim de Policarpo Quaresma" (1911) a partir do lançamento do livro "Quilombo do Lima" (ed. Malê), às 13h40. É uma antologia de contos produzidos por 22 expoentes da prosa, negras e negros, inspirados na obra de L. Barreto. "É o 30. livro que a Flup prepara e dá espaço a uma geração que foi encarada como improvável e que, na perseverança e na resiliência, está cada vez mais madura", diz Ludemir ao Estadão.

 

Sua publicação nasceu do empenho de incluir Lima Barreto nas celebrações do Centenário da Semana de Arte Moderna, que aconteceram em 2022. A premissa dele: recontextualizar a obra imortal de Lima, capaz de resistir aos incontáveis esforços de apagamento, a começar por aquele engendrado pelos artistas que fizeram a Semana de Arte Moderna. O projeto consumiu três meses de encontros durante o período eleitoral que mudou a história do Brasil, com o auxílio de Beatriz Resende, Fernanda Felisberto, Fred Coelho, Henrique Rodrigues, Maurício Barros de Castro, Rôssi Alves e Wagner Amaro. A curadoria dos textos une Angélica Ferrarez e Heloísa Buarque de Hollanda. O resultado: pérolas como "A Suposta Intelectualidade Quase Branca na Bruzundanga", de Sueka; "Amanhã, Amanhã e Amanhã", de Juliana Berlim; "Queixa de um Defunto", de Estevão Ribeiro; "Passatempo da Viagem", de Natara Ney; "Bicentenário Brochado", de Raphael Ruvenal; "O Homem Que Não Estava Para a Rede", de Alana Francisca; "Través", de Luciano Nascimento, e mais uma série de gemas.

"A base da literatura que carrega a força da brasilidade é negra: é Machado, é Lima Barreto. Esses autores foram apropriados por uma classe média burguesa que nunca explicou como fenômenos como esse surgiram no Brasil do século XIX e se mantiveram no início do século XX", avalia Ludemir.

O escritor Lima Barreto é tema de um livro de contos que reinventa sua obra - Reprodução: Biblioteca Nacional  

RODRIGO FONSECA Sábado é dia de Flup, a Festa Literária das Periferias, que sobe a Ladeira do Livramento, para celebrar a força criativa de qual Afonso Henriques de Lima Barreto (1881-1922) e sua prosa indignada contra a exclusão e o racismo. Irradiador das vozes autorais das lutas identitárias, o evento criado por Julio Ludemir e Ecio Sales (1969-2019) promete uma série de celebrações das culturas literárias periféricas e da potência criadora das favelas. A concentração é na Rua Costa Barros, 34, no Centro, onde fica a Ladeira. As atrações acontecem das 10h às 22h, com direito a uma participação da Casa da Palha, um centro de acolhimento de artistas comandado por Mãe Janayna Lázaro. Na abertura, as Pretinhas Leitoras, Duda e Helena Ferreira, mais um grupo de treze autoras negras de livros infantis, sobem a rua em que Machado de Assis (1839-1908) nasceu, a fim de ler suas histórias. Tem o Bloco Prata Preta ali pelas 11h. No início da tarde, às 14h, a jornalista Flávia Oliveira e cerca de vinte Iyalorixás celebram o legado de Mãe Beata de Iemanjá. Lá pelo fim do dia, vai ter mesa de debate com Eliane Alvez Cruz, Gilberto Gil e Haroldo Costa (às 17h). À noite rola samba. Mas o ponto alto desta nova modalidade da maratona artística criada por Julio Ludemir e Ecio Sales (1969-2019) tece loas ao autor de "Triste Fim de Policarpo Quaresma" (1911) a partir do lançamento do livro "Quilombo do Lima" (ed. Malê), às 13h40. É uma antologia de contos produzidos por 22 expoentes da prosa, negras e negros, inspirados na obra de L. Barreto. "É o 30. livro que a Flup prepara e dá espaço a uma geração que foi encarada como improvável e que, na perseverança e na resiliência, está cada vez mais madura", diz Ludemir ao Estadão.

 

Sua publicação nasceu do empenho de incluir Lima Barreto nas celebrações do Centenário da Semana de Arte Moderna, que aconteceram em 2022. A premissa dele: recontextualizar a obra imortal de Lima, capaz de resistir aos incontáveis esforços de apagamento, a começar por aquele engendrado pelos artistas que fizeram a Semana de Arte Moderna. O projeto consumiu três meses de encontros durante o período eleitoral que mudou a história do Brasil, com o auxílio de Beatriz Resende, Fernanda Felisberto, Fred Coelho, Henrique Rodrigues, Maurício Barros de Castro, Rôssi Alves e Wagner Amaro. A curadoria dos textos une Angélica Ferrarez e Heloísa Buarque de Hollanda. O resultado: pérolas como "A Suposta Intelectualidade Quase Branca na Bruzundanga", de Sueka; "Amanhã, Amanhã e Amanhã", de Juliana Berlim; "Queixa de um Defunto", de Estevão Ribeiro; "Passatempo da Viagem", de Natara Ney; "Bicentenário Brochado", de Raphael Ruvenal; "O Homem Que Não Estava Para a Rede", de Alana Francisca; "Través", de Luciano Nascimento, e mais uma série de gemas.

"A base da literatura que carrega a força da brasilidade é negra: é Machado, é Lima Barreto. Esses autores foram apropriados por uma classe média burguesa que nunca explicou como fenômenos como esse surgiram no Brasil do século XIX e se mantiveram no início do século XX", avalia Ludemir.

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