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'Underground' de Kusturica volta a Cannes


Por Rodrigo Fonseca
Palma de Ouro de 1995, "Underground - Mentiras de Guerra" vai ter projeção em Cannes, no Cinéma de la Plage - Foto: @Kobal Collection

Rodrigo Fonseca Sem lançar longas-metragens inéditos desde 2018, quando exibiu em Veneza o documentário , "El Pepe, uma vida suprema", o sérvio Emir Kusturica vai voltar ao Festival de Cannes este ano, onde já é de casa, para exibir uma versão restaurada do genial "Underground - Mentiras de guerra", que deu a ele sua segunda Palma de Ouro, em 1995. A primeira veio por "Quando papai saiu em viagem de negócios" (1985). Recentemente, o Estadão cruzou com ele no Egito, durante o Festival do Cairo de 2021, do qual ele foi presidente do júri, mesmo sem conceder entrevistas. Há tempos, o cineasta embarcou numa jornada latino-americana, iniciada com um .doc sobre Maradona, de 2008, e continuada com um segmento do longa em episódios "Words with Gods", idealizado pelo mexicano Guillermo Arriaga. Isso antes de ele fazer seu supracitado .doc sobre Mujica. Estima-se que sua ida a Cannes, que inicia sua maratona no dia 16, envolva preparativos para um novo longa de ficção. Há sete anos, o diretor encantou Veneza com sua última experiência ficional, "On the Milky Road", ficção estrelada por ele e Monica Bellucci que abriu o Festival Mimo, no Odeon, na Cinelândia, em 2017, mas nunca ganhou espaço em circuito comercial. Ele agora prepara um novo drama, "If not now, when?", baseado na prosa de Primo Levi, e um novo CD com sua banda de rock, The Non-Smocking Orchestra. Este depoimento dele ao Caderno Dois foi dada pouco antes de sua ida ao Cairo. "Aprendi com 'Taxi Driver' que é possível ser crítico, politizado e popular. Meu cinema é uma resposta ao mundo ao meu redor. Eu vivo em um ambiente complexo, de turbulências, e é desse turbilhão que posso falar. Cresci sobre a influência do cinema americano dos anos 1970, quando filmes como os de Scorsese me ensinaram que espetáculos populares podiam transgredir e, ainda assim, abrir uma ampla comunicação com plateias de todo o mundo. Filmo atrás desse efeito, buscando diálogo. Não sei dizer se isso é um gesto político. Mas sei que este mundo que me inspira está ficando cada vez mais perigoso", disse Kusturica. A projeção de "Underground" será no Cinéma de la Plage.

Palma de Ouro de 1995, "Underground - Mentiras de Guerra" vai ter projeção em Cannes, no Cinéma de la Plage - Foto: @Kobal Collection

Rodrigo Fonseca Sem lançar longas-metragens inéditos desde 2018, quando exibiu em Veneza o documentário , "El Pepe, uma vida suprema", o sérvio Emir Kusturica vai voltar ao Festival de Cannes este ano, onde já é de casa, para exibir uma versão restaurada do genial "Underground - Mentiras de guerra", que deu a ele sua segunda Palma de Ouro, em 1995. A primeira veio por "Quando papai saiu em viagem de negócios" (1985). Recentemente, o Estadão cruzou com ele no Egito, durante o Festival do Cairo de 2021, do qual ele foi presidente do júri, mesmo sem conceder entrevistas. Há tempos, o cineasta embarcou numa jornada latino-americana, iniciada com um .doc sobre Maradona, de 2008, e continuada com um segmento do longa em episódios "Words with Gods", idealizado pelo mexicano Guillermo Arriaga. Isso antes de ele fazer seu supracitado .doc sobre Mujica. Estima-se que sua ida a Cannes, que inicia sua maratona no dia 16, envolva preparativos para um novo longa de ficção. Há sete anos, o diretor encantou Veneza com sua última experiência ficional, "On the Milky Road", ficção estrelada por ele e Monica Bellucci que abriu o Festival Mimo, no Odeon, na Cinelândia, em 2017, mas nunca ganhou espaço em circuito comercial. Ele agora prepara um novo drama, "If not now, when?", baseado na prosa de Primo Levi, e um novo CD com sua banda de rock, The Non-Smocking Orchestra. Este depoimento dele ao Caderno Dois foi dada pouco antes de sua ida ao Cairo. "Aprendi com 'Taxi Driver' que é possível ser crítico, politizado e popular. Meu cinema é uma resposta ao mundo ao meu redor. Eu vivo em um ambiente complexo, de turbulências, e é desse turbilhão que posso falar. Cresci sobre a influência do cinema americano dos anos 1970, quando filmes como os de Scorsese me ensinaram que espetáculos populares podiam transgredir e, ainda assim, abrir uma ampla comunicação com plateias de todo o mundo. Filmo atrás desse efeito, buscando diálogo. Não sei dizer se isso é um gesto político. Mas sei que este mundo que me inspira está ficando cada vez mais perigoso", disse Kusturica. A projeção de "Underground" será no Cinéma de la Plage.

Palma de Ouro de 1995, "Underground - Mentiras de Guerra" vai ter projeção em Cannes, no Cinéma de la Plage - Foto: @Kobal Collection

Rodrigo Fonseca Sem lançar longas-metragens inéditos desde 2018, quando exibiu em Veneza o documentário , "El Pepe, uma vida suprema", o sérvio Emir Kusturica vai voltar ao Festival de Cannes este ano, onde já é de casa, para exibir uma versão restaurada do genial "Underground - Mentiras de guerra", que deu a ele sua segunda Palma de Ouro, em 1995. A primeira veio por "Quando papai saiu em viagem de negócios" (1985). Recentemente, o Estadão cruzou com ele no Egito, durante o Festival do Cairo de 2021, do qual ele foi presidente do júri, mesmo sem conceder entrevistas. Há tempos, o cineasta embarcou numa jornada latino-americana, iniciada com um .doc sobre Maradona, de 2008, e continuada com um segmento do longa em episódios "Words with Gods", idealizado pelo mexicano Guillermo Arriaga. Isso antes de ele fazer seu supracitado .doc sobre Mujica. Estima-se que sua ida a Cannes, que inicia sua maratona no dia 16, envolva preparativos para um novo longa de ficção. Há sete anos, o diretor encantou Veneza com sua última experiência ficional, "On the Milky Road", ficção estrelada por ele e Monica Bellucci que abriu o Festival Mimo, no Odeon, na Cinelândia, em 2017, mas nunca ganhou espaço em circuito comercial. Ele agora prepara um novo drama, "If not now, when?", baseado na prosa de Primo Levi, e um novo CD com sua banda de rock, The Non-Smocking Orchestra. Este depoimento dele ao Caderno Dois foi dada pouco antes de sua ida ao Cairo. "Aprendi com 'Taxi Driver' que é possível ser crítico, politizado e popular. Meu cinema é uma resposta ao mundo ao meu redor. Eu vivo em um ambiente complexo, de turbulências, e é desse turbilhão que posso falar. Cresci sobre a influência do cinema americano dos anos 1970, quando filmes como os de Scorsese me ensinaram que espetáculos populares podiam transgredir e, ainda assim, abrir uma ampla comunicação com plateias de todo o mundo. Filmo atrás desse efeito, buscando diálogo. Não sei dizer se isso é um gesto político. Mas sei que este mundo que me inspira está ficando cada vez mais perigoso", disse Kusturica. A projeção de "Underground" será no Cinéma de la Plage.

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