Pablo Picasso e Coco Chanel dialogam em nova mostra


Obras do pintor espanhol e da estilista francesa estão em exposição no Museu Thyssen de Madri

Por Diego Urdaneta
Atualização:

A arte de Pablo Picasso e a moda atemporal de Coco Chanel, grandes figuras do século 20 que se inspiraram mutuamente, são postas frente a frente em uma exposição que inaugura nesta terça-feira (11) no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madri.

A mostra Picasso/Chanel é parte da celebração do 50º aniversário do artista espanhol, preparada em conjunto pela França e pela Espanha e que inclui mais de 40 retrospectivas em todo o mundo. Picasso nasceu em Málaga, na Espanha, em 1981, e morreu na cidade francesa de Mougins, em 1973.

A exposição no Thyssen-Bornemisza, aberta ao público de 11 de outubro até 15 de janeiro de 2023, intercala cerca de 50 peças de roupa da estilista francesa com pinturas e desenhos de Picasso, para evidenciar semelhanças.

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Uma visitante aprecia a escultura do pintor espanhol Pablo Picasso, intitulada 'Mulher no Jardim', em exposição em Madrid, em setembro Foto: THOMAS COEX / AFP

Nas salas “acontecem diálogos estimulantes entre as obras vanguardistas de Pablo Picasso e os designs inovadores da Chanel”, explicou Paula Luengo, curadora da exposição, durante uma coletiva de imprensa.

Organizada em ordem cronológica, uma primeira parte reúne pinturas e vestidos das primeiras décadas do século 20 que mostram “a influência que Picasso exerceu sobre a criação de moda da Chanel”, apontou Guillermo Solana, diretor artístico do Thyssen.

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Ali, um casaco Chanel confeccionado entre 1918 e 1919 emula os tons pretos e marrons e as linhas sinuosas de Cabeça de Homem, pintura cubista de Picasso de 1913.

Mais à frente, o tecido de um conjunto de dia da Chanel de 1928 parece copiar o padrão das asas de uma pomba que descansa no centro de Natureza Morta com Pomba, pintada por Picasso em 1919.

A exposição 'Picasso/Chanel' explora a relação dos grandes artiastas do século 20, no Museu Nacional Thyssen-Bornemisza de Madrid  Foto: Luis Millan/EFE
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Mas se até então é Chanel quem se inspira no artista espanhol, a partir da segunda parte da exposição, centrada em Olga Khokhlova, primeira esposa de Picasso, “a direção da influência muda”, disse Solana.

Nos quadros que Picasso pinta de sua musa Olga, que era uma cliente assídua da estilista francesa e frequentemente usava suas criações, “está enfrentando o problema das linhas retas de Chanel (...) Está trabalhando para recriar o que Chanel criou e está propondo o diálogo entre criador e criatura”, acrescentou Solana.

Nesta seção está, por exemplo, um vestido de dia Chanel 1922, cinza com pelo branco na gola e punhos, muito semelhante ao usado pela personagem do quadro Arlequim com Espelho, de 1923.

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As duas últimas partes da exposição concentram-se em ocasiões em que Chanel e Picasso, que se conheceram em 1917 e tinham muitos amigos em comum, colaboraram diretamente.

A estilista francesa Coco Chanel em 1920 Foto: Acervo Estadão

A primeira delas foi na peça “Antígona”, estreada no teatro L’Atelier de Montmarte em dezembro de 1922, na qual Picasso ficou encarregado do cenário e Chanel dos figurinos.

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E a segunda, para o balé “O Trem Azul”, do dramaturgo e romancista francês Jean Cocteau, que, apresentado em 1924, trazia figurinos Chanel e uma cortina decorada com a obra Duas Mulheres Correndo na Praia, de Picasso.

Estas últimas colaborações mostram “este diálogo entre moda e pintura, (...) teatro, dança e artes que está no centro das inventivas cenas culturais experimentais do período entre guerras e que constituem o próprio objeto desta exposição”, estima Cécile Debray, presidente do Museu Picasso de Paris, que doou várias peças para a exposição.

© Agence France-Presse

A arte de Pablo Picasso e a moda atemporal de Coco Chanel, grandes figuras do século 20 que se inspiraram mutuamente, são postas frente a frente em uma exposição que inaugura nesta terça-feira (11) no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madri.

A mostra Picasso/Chanel é parte da celebração do 50º aniversário do artista espanhol, preparada em conjunto pela França e pela Espanha e que inclui mais de 40 retrospectivas em todo o mundo. Picasso nasceu em Málaga, na Espanha, em 1981, e morreu na cidade francesa de Mougins, em 1973.

A exposição no Thyssen-Bornemisza, aberta ao público de 11 de outubro até 15 de janeiro de 2023, intercala cerca de 50 peças de roupa da estilista francesa com pinturas e desenhos de Picasso, para evidenciar semelhanças.

Uma visitante aprecia a escultura do pintor espanhol Pablo Picasso, intitulada 'Mulher no Jardim', em exposição em Madrid, em setembro Foto: THOMAS COEX / AFP

Nas salas “acontecem diálogos estimulantes entre as obras vanguardistas de Pablo Picasso e os designs inovadores da Chanel”, explicou Paula Luengo, curadora da exposição, durante uma coletiva de imprensa.

Organizada em ordem cronológica, uma primeira parte reúne pinturas e vestidos das primeiras décadas do século 20 que mostram “a influência que Picasso exerceu sobre a criação de moda da Chanel”, apontou Guillermo Solana, diretor artístico do Thyssen.

Ali, um casaco Chanel confeccionado entre 1918 e 1919 emula os tons pretos e marrons e as linhas sinuosas de Cabeça de Homem, pintura cubista de Picasso de 1913.

Mais à frente, o tecido de um conjunto de dia da Chanel de 1928 parece copiar o padrão das asas de uma pomba que descansa no centro de Natureza Morta com Pomba, pintada por Picasso em 1919.

A exposição 'Picasso/Chanel' explora a relação dos grandes artiastas do século 20, no Museu Nacional Thyssen-Bornemisza de Madrid  Foto: Luis Millan/EFE

Mas se até então é Chanel quem se inspira no artista espanhol, a partir da segunda parte da exposição, centrada em Olga Khokhlova, primeira esposa de Picasso, “a direção da influência muda”, disse Solana.

Nos quadros que Picasso pinta de sua musa Olga, que era uma cliente assídua da estilista francesa e frequentemente usava suas criações, “está enfrentando o problema das linhas retas de Chanel (...) Está trabalhando para recriar o que Chanel criou e está propondo o diálogo entre criador e criatura”, acrescentou Solana.

Nesta seção está, por exemplo, um vestido de dia Chanel 1922, cinza com pelo branco na gola e punhos, muito semelhante ao usado pela personagem do quadro Arlequim com Espelho, de 1923.

As duas últimas partes da exposição concentram-se em ocasiões em que Chanel e Picasso, que se conheceram em 1917 e tinham muitos amigos em comum, colaboraram diretamente.

A estilista francesa Coco Chanel em 1920 Foto: Acervo Estadão

A primeira delas foi na peça “Antígona”, estreada no teatro L’Atelier de Montmarte em dezembro de 1922, na qual Picasso ficou encarregado do cenário e Chanel dos figurinos.

E a segunda, para o balé “O Trem Azul”, do dramaturgo e romancista francês Jean Cocteau, que, apresentado em 1924, trazia figurinos Chanel e uma cortina decorada com a obra Duas Mulheres Correndo na Praia, de Picasso.

Estas últimas colaborações mostram “este diálogo entre moda e pintura, (...) teatro, dança e artes que está no centro das inventivas cenas culturais experimentais do período entre guerras e que constituem o próprio objeto desta exposição”, estima Cécile Debray, presidente do Museu Picasso de Paris, que doou várias peças para a exposição.

© Agence France-Presse

A arte de Pablo Picasso e a moda atemporal de Coco Chanel, grandes figuras do século 20 que se inspiraram mutuamente, são postas frente a frente em uma exposição que inaugura nesta terça-feira (11) no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madri.

A mostra Picasso/Chanel é parte da celebração do 50º aniversário do artista espanhol, preparada em conjunto pela França e pela Espanha e que inclui mais de 40 retrospectivas em todo o mundo. Picasso nasceu em Málaga, na Espanha, em 1981, e morreu na cidade francesa de Mougins, em 1973.

A exposição no Thyssen-Bornemisza, aberta ao público de 11 de outubro até 15 de janeiro de 2023, intercala cerca de 50 peças de roupa da estilista francesa com pinturas e desenhos de Picasso, para evidenciar semelhanças.

Uma visitante aprecia a escultura do pintor espanhol Pablo Picasso, intitulada 'Mulher no Jardim', em exposição em Madrid, em setembro Foto: THOMAS COEX / AFP

Nas salas “acontecem diálogos estimulantes entre as obras vanguardistas de Pablo Picasso e os designs inovadores da Chanel”, explicou Paula Luengo, curadora da exposição, durante uma coletiva de imprensa.

Organizada em ordem cronológica, uma primeira parte reúne pinturas e vestidos das primeiras décadas do século 20 que mostram “a influência que Picasso exerceu sobre a criação de moda da Chanel”, apontou Guillermo Solana, diretor artístico do Thyssen.

Ali, um casaco Chanel confeccionado entre 1918 e 1919 emula os tons pretos e marrons e as linhas sinuosas de Cabeça de Homem, pintura cubista de Picasso de 1913.

Mais à frente, o tecido de um conjunto de dia da Chanel de 1928 parece copiar o padrão das asas de uma pomba que descansa no centro de Natureza Morta com Pomba, pintada por Picasso em 1919.

A exposição 'Picasso/Chanel' explora a relação dos grandes artiastas do século 20, no Museu Nacional Thyssen-Bornemisza de Madrid  Foto: Luis Millan/EFE

Mas se até então é Chanel quem se inspira no artista espanhol, a partir da segunda parte da exposição, centrada em Olga Khokhlova, primeira esposa de Picasso, “a direção da influência muda”, disse Solana.

Nos quadros que Picasso pinta de sua musa Olga, que era uma cliente assídua da estilista francesa e frequentemente usava suas criações, “está enfrentando o problema das linhas retas de Chanel (...) Está trabalhando para recriar o que Chanel criou e está propondo o diálogo entre criador e criatura”, acrescentou Solana.

Nesta seção está, por exemplo, um vestido de dia Chanel 1922, cinza com pelo branco na gola e punhos, muito semelhante ao usado pela personagem do quadro Arlequim com Espelho, de 1923.

As duas últimas partes da exposição concentram-se em ocasiões em que Chanel e Picasso, que se conheceram em 1917 e tinham muitos amigos em comum, colaboraram diretamente.

A estilista francesa Coco Chanel em 1920 Foto: Acervo Estadão

A primeira delas foi na peça “Antígona”, estreada no teatro L’Atelier de Montmarte em dezembro de 1922, na qual Picasso ficou encarregado do cenário e Chanel dos figurinos.

E a segunda, para o balé “O Trem Azul”, do dramaturgo e romancista francês Jean Cocteau, que, apresentado em 1924, trazia figurinos Chanel e uma cortina decorada com a obra Duas Mulheres Correndo na Praia, de Picasso.

Estas últimas colaborações mostram “este diálogo entre moda e pintura, (...) teatro, dança e artes que está no centro das inventivas cenas culturais experimentais do período entre guerras e que constituem o próprio objeto desta exposição”, estima Cécile Debray, presidente do Museu Picasso de Paris, que doou várias peças para a exposição.

© Agence France-Presse

A arte de Pablo Picasso e a moda atemporal de Coco Chanel, grandes figuras do século 20 que se inspiraram mutuamente, são postas frente a frente em uma exposição que inaugura nesta terça-feira (11) no Museu Thyssen-Bornemisza, em Madri.

A mostra Picasso/Chanel é parte da celebração do 50º aniversário do artista espanhol, preparada em conjunto pela França e pela Espanha e que inclui mais de 40 retrospectivas em todo o mundo. Picasso nasceu em Málaga, na Espanha, em 1981, e morreu na cidade francesa de Mougins, em 1973.

A exposição no Thyssen-Bornemisza, aberta ao público de 11 de outubro até 15 de janeiro de 2023, intercala cerca de 50 peças de roupa da estilista francesa com pinturas e desenhos de Picasso, para evidenciar semelhanças.

Uma visitante aprecia a escultura do pintor espanhol Pablo Picasso, intitulada 'Mulher no Jardim', em exposição em Madrid, em setembro Foto: THOMAS COEX / AFP

Nas salas “acontecem diálogos estimulantes entre as obras vanguardistas de Pablo Picasso e os designs inovadores da Chanel”, explicou Paula Luengo, curadora da exposição, durante uma coletiva de imprensa.

Organizada em ordem cronológica, uma primeira parte reúne pinturas e vestidos das primeiras décadas do século 20 que mostram “a influência que Picasso exerceu sobre a criação de moda da Chanel”, apontou Guillermo Solana, diretor artístico do Thyssen.

Ali, um casaco Chanel confeccionado entre 1918 e 1919 emula os tons pretos e marrons e as linhas sinuosas de Cabeça de Homem, pintura cubista de Picasso de 1913.

Mais à frente, o tecido de um conjunto de dia da Chanel de 1928 parece copiar o padrão das asas de uma pomba que descansa no centro de Natureza Morta com Pomba, pintada por Picasso em 1919.

A exposição 'Picasso/Chanel' explora a relação dos grandes artiastas do século 20, no Museu Nacional Thyssen-Bornemisza de Madrid  Foto: Luis Millan/EFE

Mas se até então é Chanel quem se inspira no artista espanhol, a partir da segunda parte da exposição, centrada em Olga Khokhlova, primeira esposa de Picasso, “a direção da influência muda”, disse Solana.

Nos quadros que Picasso pinta de sua musa Olga, que era uma cliente assídua da estilista francesa e frequentemente usava suas criações, “está enfrentando o problema das linhas retas de Chanel (...) Está trabalhando para recriar o que Chanel criou e está propondo o diálogo entre criador e criatura”, acrescentou Solana.

Nesta seção está, por exemplo, um vestido de dia Chanel 1922, cinza com pelo branco na gola e punhos, muito semelhante ao usado pela personagem do quadro Arlequim com Espelho, de 1923.

As duas últimas partes da exposição concentram-se em ocasiões em que Chanel e Picasso, que se conheceram em 1917 e tinham muitos amigos em comum, colaboraram diretamente.

A estilista francesa Coco Chanel em 1920 Foto: Acervo Estadão

A primeira delas foi na peça “Antígona”, estreada no teatro L’Atelier de Montmarte em dezembro de 1922, na qual Picasso ficou encarregado do cenário e Chanel dos figurinos.

E a segunda, para o balé “O Trem Azul”, do dramaturgo e romancista francês Jean Cocteau, que, apresentado em 1924, trazia figurinos Chanel e uma cortina decorada com a obra Duas Mulheres Correndo na Praia, de Picasso.

Estas últimas colaborações mostram “este diálogo entre moda e pintura, (...) teatro, dança e artes que está no centro das inventivas cenas culturais experimentais do período entre guerras e que constituem o próprio objeto desta exposição”, estima Cécile Debray, presidente do Museu Picasso de Paris, que doou várias peças para a exposição.

© Agence France-Presse

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