Pesquisa indica importância de pequenos gestos para autoestima dos amigos


Ligar e dizer um 'olá' pode ser iniciativa essencial em tempos de solidão, segundo estudo feito com quase 6 mil pessoas nos EUA

Por Catherine Pearson
Atualização:

Ligar, enviar mensagens de texto ou um e-mail para um amigo apenas para dizer “olá” pode parecer um gesto insignificante – uma obrigação, até mesmo, que não vale o esforço. Ou talvez você se preocupe porque um contato inesperado não foi bem-vindo, já que costumamos estar sempre ocupados. Mas uma nova pesquisa sugere que falar casualmente com as pessoas de nossos círculos significa mais do que imaginamos. “Mesmo enviar uma breve mensagem a alguém apenas para dizer ‘olá’ e perguntar como está pode ser mais valorizado do que as pessoas pensam”, avisa Peggy Liu, professora associada na Faculdade de Administração Katz da Universidade de Pittsburgh.

Leticia Alonso Matute e Tatiana Munoz Lopez, da Espanha, em competição do LG Mobile World CUp Texting Championship, em Nova York, em 14 de janeiro de 2010 Foto: Mike Segar/Reuters

A Dra. Liu é a principal autora de um novo estudo – publicado no Journal of Personality and Social Psychology na segunda-feira – que descobriu que as pessoas tendem a subestimar o quanto os amigos gostam de ser lembrados. Ela e sua equipe realizaram 13 experimentos envolvendo mais de 5.900 participantes, para ter uma ideia de como as pessoas imaginam o quanto os amigos valorizam os contatos e quais tipos de interações são os mais poderosos. Em alguns dos experimentos, os participantes procuraram alguém que consideravam um amigo; em outros, entraram em contato com alguém de quem eram amigos, mas com quem consideravam ter um vínculo fraco. Aqueles que entraram em contato foram solicitados a avaliar o quão agradecidos, felizes e satisfeitos eles imaginariam que o contato ficaria ao receber notícias deles – indo de nada a muito. Os pesquisadores então pediram aos destinatários do contato que avaliassem o quanto gostaram do contato. Em todos os 13 experimentos, aqueles que iniciaram o contato subestimaram significativamente o quanto isso seria apreciado. Os contatos mais surpreendentes (entre aqueles que não estavam em contato recentemente) tendiam a ser especialmente poderosos. A Dra. Liu e seus colegas pesquisadores mantiveram o grau para o que contava como contato intencionalmente baixo: uma breve ligação, mensagem de texto ou e-mail, ou um pequeno presente, como biscoitos ou uma planta. Os pesquisadores não se concentraram nas interações de mídia social no estudo, mas a Dra. Liu disse que não há razão para supor que entrar em contato com alguém pelo Facebook ou Instagram seria menos significativo.

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Mais contatos

E o fato de que esses contatos rápidos e simples foram significativos deve encorajar as pessoas a buscar seus contatos sociais com mais frequência “só por isso”, disseram os pesquisadores. A pesquisa deles não é o único estudo recente a enfatizar o poder dos pequenos momentos de conexão. Outro estudo, publicado no The American Journal of Geriatric Psychiatry, descobriu que ter interações sociais positivas está ligado a um senso de propósito em adultos mais velhos. Isso se soma ao crescente corpo de pesquisa que sugere que as pessoas com quem passamos tempo diariamente têm um “impacto muito grande” em nosso bem-estar, disse Gabrielle Pfund, pesquisadora de pós-doutorado da Faculdade de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern e uma das pesquisadoras desse estudo. (Na época do estudo, a Dra. Pfund estava trabalhando com uma equipe da Universidade de Washington em St. Louis.) No entanto, os novos estudos chegam em um momento desafiador para a amizade e a conexão nos Estados Unidos, que está no meio de uma crise de solidão que se tornou mais complicada – e mais aguda – durante a pandemia. As pessoas também tendem a assumir que nossos amigos e conhecidos não serão tão abertos a nós quanto gostaríamos, disse Marisa Franco, psicóloga e professora clínica assistente da Universidade de Maryland e autora do livro Platonic: How the Science of Attachment Can Help You Make – and Keep – Friends. Ela observou que muitas pessoas se sentem desconfortáveis em entrar em contato devido a um fenômeno conhecido como “lacuna de afeição”, ou a tendência de subestimar o quanto realmente somos queridos.

'Efeito bagunça'

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As pessoas também podem se conter por causa de um fenômeno semelhante conhecido como “efeito bela bagunça”, que sugere que, quando somos vulneráveis com os outros, nos preocupamos em ser julgados com severidade. Esse viés de negatividade tende a percorrer todos os aspectos da amizade, disse a Dra. Franco, e pode ter um impacto tangível em como nos comportamos e interagimos. Mas especialistas em amizade como a Dra. Franco dizem esperar que as descobertas enfatizem a necessidade de se conectar diariamente e encorajem as pessoas a ver a amizade como componente importante da saúde pessoal, mesmo que entrar em contato às vezes pareça estranho ou trabalhoso. “Para estar funcionando da melhor maneira possível, precisamos estar em um estado conectado”, ela disse. “Assim como você precisa comer, precisa beber, você precisa estar conectado para funcionar bem.” l TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

Ligar, enviar mensagens de texto ou um e-mail para um amigo apenas para dizer “olá” pode parecer um gesto insignificante – uma obrigação, até mesmo, que não vale o esforço. Ou talvez você se preocupe porque um contato inesperado não foi bem-vindo, já que costumamos estar sempre ocupados. Mas uma nova pesquisa sugere que falar casualmente com as pessoas de nossos círculos significa mais do que imaginamos. “Mesmo enviar uma breve mensagem a alguém apenas para dizer ‘olá’ e perguntar como está pode ser mais valorizado do que as pessoas pensam”, avisa Peggy Liu, professora associada na Faculdade de Administração Katz da Universidade de Pittsburgh.

Leticia Alonso Matute e Tatiana Munoz Lopez, da Espanha, em competição do LG Mobile World CUp Texting Championship, em Nova York, em 14 de janeiro de 2010 Foto: Mike Segar/Reuters

A Dra. Liu é a principal autora de um novo estudo – publicado no Journal of Personality and Social Psychology na segunda-feira – que descobriu que as pessoas tendem a subestimar o quanto os amigos gostam de ser lembrados. Ela e sua equipe realizaram 13 experimentos envolvendo mais de 5.900 participantes, para ter uma ideia de como as pessoas imaginam o quanto os amigos valorizam os contatos e quais tipos de interações são os mais poderosos. Em alguns dos experimentos, os participantes procuraram alguém que consideravam um amigo; em outros, entraram em contato com alguém de quem eram amigos, mas com quem consideravam ter um vínculo fraco. Aqueles que entraram em contato foram solicitados a avaliar o quão agradecidos, felizes e satisfeitos eles imaginariam que o contato ficaria ao receber notícias deles – indo de nada a muito. Os pesquisadores então pediram aos destinatários do contato que avaliassem o quanto gostaram do contato. Em todos os 13 experimentos, aqueles que iniciaram o contato subestimaram significativamente o quanto isso seria apreciado. Os contatos mais surpreendentes (entre aqueles que não estavam em contato recentemente) tendiam a ser especialmente poderosos. A Dra. Liu e seus colegas pesquisadores mantiveram o grau para o que contava como contato intencionalmente baixo: uma breve ligação, mensagem de texto ou e-mail, ou um pequeno presente, como biscoitos ou uma planta. Os pesquisadores não se concentraram nas interações de mídia social no estudo, mas a Dra. Liu disse que não há razão para supor que entrar em contato com alguém pelo Facebook ou Instagram seria menos significativo.

Mais contatos

E o fato de que esses contatos rápidos e simples foram significativos deve encorajar as pessoas a buscar seus contatos sociais com mais frequência “só por isso”, disseram os pesquisadores. A pesquisa deles não é o único estudo recente a enfatizar o poder dos pequenos momentos de conexão. Outro estudo, publicado no The American Journal of Geriatric Psychiatry, descobriu que ter interações sociais positivas está ligado a um senso de propósito em adultos mais velhos. Isso se soma ao crescente corpo de pesquisa que sugere que as pessoas com quem passamos tempo diariamente têm um “impacto muito grande” em nosso bem-estar, disse Gabrielle Pfund, pesquisadora de pós-doutorado da Faculdade de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern e uma das pesquisadoras desse estudo. (Na época do estudo, a Dra. Pfund estava trabalhando com uma equipe da Universidade de Washington em St. Louis.) No entanto, os novos estudos chegam em um momento desafiador para a amizade e a conexão nos Estados Unidos, que está no meio de uma crise de solidão que se tornou mais complicada – e mais aguda – durante a pandemia. As pessoas também tendem a assumir que nossos amigos e conhecidos não serão tão abertos a nós quanto gostaríamos, disse Marisa Franco, psicóloga e professora clínica assistente da Universidade de Maryland e autora do livro Platonic: How the Science of Attachment Can Help You Make – and Keep – Friends. Ela observou que muitas pessoas se sentem desconfortáveis em entrar em contato devido a um fenômeno conhecido como “lacuna de afeição”, ou a tendência de subestimar o quanto realmente somos queridos.

'Efeito bagunça'

As pessoas também podem se conter por causa de um fenômeno semelhante conhecido como “efeito bela bagunça”, que sugere que, quando somos vulneráveis com os outros, nos preocupamos em ser julgados com severidade. Esse viés de negatividade tende a percorrer todos os aspectos da amizade, disse a Dra. Franco, e pode ter um impacto tangível em como nos comportamos e interagimos. Mas especialistas em amizade como a Dra. Franco dizem esperar que as descobertas enfatizem a necessidade de se conectar diariamente e encorajem as pessoas a ver a amizade como componente importante da saúde pessoal, mesmo que entrar em contato às vezes pareça estranho ou trabalhoso. “Para estar funcionando da melhor maneira possível, precisamos estar em um estado conectado”, ela disse. “Assim como você precisa comer, precisa beber, você precisa estar conectado para funcionar bem.” l TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

Ligar, enviar mensagens de texto ou um e-mail para um amigo apenas para dizer “olá” pode parecer um gesto insignificante – uma obrigação, até mesmo, que não vale o esforço. Ou talvez você se preocupe porque um contato inesperado não foi bem-vindo, já que costumamos estar sempre ocupados. Mas uma nova pesquisa sugere que falar casualmente com as pessoas de nossos círculos significa mais do que imaginamos. “Mesmo enviar uma breve mensagem a alguém apenas para dizer ‘olá’ e perguntar como está pode ser mais valorizado do que as pessoas pensam”, avisa Peggy Liu, professora associada na Faculdade de Administração Katz da Universidade de Pittsburgh.

Leticia Alonso Matute e Tatiana Munoz Lopez, da Espanha, em competição do LG Mobile World CUp Texting Championship, em Nova York, em 14 de janeiro de 2010 Foto: Mike Segar/Reuters

A Dra. Liu é a principal autora de um novo estudo – publicado no Journal of Personality and Social Psychology na segunda-feira – que descobriu que as pessoas tendem a subestimar o quanto os amigos gostam de ser lembrados. Ela e sua equipe realizaram 13 experimentos envolvendo mais de 5.900 participantes, para ter uma ideia de como as pessoas imaginam o quanto os amigos valorizam os contatos e quais tipos de interações são os mais poderosos. Em alguns dos experimentos, os participantes procuraram alguém que consideravam um amigo; em outros, entraram em contato com alguém de quem eram amigos, mas com quem consideravam ter um vínculo fraco. Aqueles que entraram em contato foram solicitados a avaliar o quão agradecidos, felizes e satisfeitos eles imaginariam que o contato ficaria ao receber notícias deles – indo de nada a muito. Os pesquisadores então pediram aos destinatários do contato que avaliassem o quanto gostaram do contato. Em todos os 13 experimentos, aqueles que iniciaram o contato subestimaram significativamente o quanto isso seria apreciado. Os contatos mais surpreendentes (entre aqueles que não estavam em contato recentemente) tendiam a ser especialmente poderosos. A Dra. Liu e seus colegas pesquisadores mantiveram o grau para o que contava como contato intencionalmente baixo: uma breve ligação, mensagem de texto ou e-mail, ou um pequeno presente, como biscoitos ou uma planta. Os pesquisadores não se concentraram nas interações de mídia social no estudo, mas a Dra. Liu disse que não há razão para supor que entrar em contato com alguém pelo Facebook ou Instagram seria menos significativo.

Mais contatos

E o fato de que esses contatos rápidos e simples foram significativos deve encorajar as pessoas a buscar seus contatos sociais com mais frequência “só por isso”, disseram os pesquisadores. A pesquisa deles não é o único estudo recente a enfatizar o poder dos pequenos momentos de conexão. Outro estudo, publicado no The American Journal of Geriatric Psychiatry, descobriu que ter interações sociais positivas está ligado a um senso de propósito em adultos mais velhos. Isso se soma ao crescente corpo de pesquisa que sugere que as pessoas com quem passamos tempo diariamente têm um “impacto muito grande” em nosso bem-estar, disse Gabrielle Pfund, pesquisadora de pós-doutorado da Faculdade de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern e uma das pesquisadoras desse estudo. (Na época do estudo, a Dra. Pfund estava trabalhando com uma equipe da Universidade de Washington em St. Louis.) No entanto, os novos estudos chegam em um momento desafiador para a amizade e a conexão nos Estados Unidos, que está no meio de uma crise de solidão que se tornou mais complicada – e mais aguda – durante a pandemia. As pessoas também tendem a assumir que nossos amigos e conhecidos não serão tão abertos a nós quanto gostaríamos, disse Marisa Franco, psicóloga e professora clínica assistente da Universidade de Maryland e autora do livro Platonic: How the Science of Attachment Can Help You Make – and Keep – Friends. Ela observou que muitas pessoas se sentem desconfortáveis em entrar em contato devido a um fenômeno conhecido como “lacuna de afeição”, ou a tendência de subestimar o quanto realmente somos queridos.

'Efeito bagunça'

As pessoas também podem se conter por causa de um fenômeno semelhante conhecido como “efeito bela bagunça”, que sugere que, quando somos vulneráveis com os outros, nos preocupamos em ser julgados com severidade. Esse viés de negatividade tende a percorrer todos os aspectos da amizade, disse a Dra. Franco, e pode ter um impacto tangível em como nos comportamos e interagimos. Mas especialistas em amizade como a Dra. Franco dizem esperar que as descobertas enfatizem a necessidade de se conectar diariamente e encorajem as pessoas a ver a amizade como componente importante da saúde pessoal, mesmo que entrar em contato às vezes pareça estranho ou trabalhoso. “Para estar funcionando da melhor maneira possível, precisamos estar em um estado conectado”, ela disse. “Assim como você precisa comer, precisa beber, você precisa estar conectado para funcionar bem.” l TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

Ligar, enviar mensagens de texto ou um e-mail para um amigo apenas para dizer “olá” pode parecer um gesto insignificante – uma obrigação, até mesmo, que não vale o esforço. Ou talvez você se preocupe porque um contato inesperado não foi bem-vindo, já que costumamos estar sempre ocupados. Mas uma nova pesquisa sugere que falar casualmente com as pessoas de nossos círculos significa mais do que imaginamos. “Mesmo enviar uma breve mensagem a alguém apenas para dizer ‘olá’ e perguntar como está pode ser mais valorizado do que as pessoas pensam”, avisa Peggy Liu, professora associada na Faculdade de Administração Katz da Universidade de Pittsburgh.

Leticia Alonso Matute e Tatiana Munoz Lopez, da Espanha, em competição do LG Mobile World CUp Texting Championship, em Nova York, em 14 de janeiro de 2010 Foto: Mike Segar/Reuters

A Dra. Liu é a principal autora de um novo estudo – publicado no Journal of Personality and Social Psychology na segunda-feira – que descobriu que as pessoas tendem a subestimar o quanto os amigos gostam de ser lembrados. Ela e sua equipe realizaram 13 experimentos envolvendo mais de 5.900 participantes, para ter uma ideia de como as pessoas imaginam o quanto os amigos valorizam os contatos e quais tipos de interações são os mais poderosos. Em alguns dos experimentos, os participantes procuraram alguém que consideravam um amigo; em outros, entraram em contato com alguém de quem eram amigos, mas com quem consideravam ter um vínculo fraco. Aqueles que entraram em contato foram solicitados a avaliar o quão agradecidos, felizes e satisfeitos eles imaginariam que o contato ficaria ao receber notícias deles – indo de nada a muito. Os pesquisadores então pediram aos destinatários do contato que avaliassem o quanto gostaram do contato. Em todos os 13 experimentos, aqueles que iniciaram o contato subestimaram significativamente o quanto isso seria apreciado. Os contatos mais surpreendentes (entre aqueles que não estavam em contato recentemente) tendiam a ser especialmente poderosos. A Dra. Liu e seus colegas pesquisadores mantiveram o grau para o que contava como contato intencionalmente baixo: uma breve ligação, mensagem de texto ou e-mail, ou um pequeno presente, como biscoitos ou uma planta. Os pesquisadores não se concentraram nas interações de mídia social no estudo, mas a Dra. Liu disse que não há razão para supor que entrar em contato com alguém pelo Facebook ou Instagram seria menos significativo.

Mais contatos

E o fato de que esses contatos rápidos e simples foram significativos deve encorajar as pessoas a buscar seus contatos sociais com mais frequência “só por isso”, disseram os pesquisadores. A pesquisa deles não é o único estudo recente a enfatizar o poder dos pequenos momentos de conexão. Outro estudo, publicado no The American Journal of Geriatric Psychiatry, descobriu que ter interações sociais positivas está ligado a um senso de propósito em adultos mais velhos. Isso se soma ao crescente corpo de pesquisa que sugere que as pessoas com quem passamos tempo diariamente têm um “impacto muito grande” em nosso bem-estar, disse Gabrielle Pfund, pesquisadora de pós-doutorado da Faculdade de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern e uma das pesquisadoras desse estudo. (Na época do estudo, a Dra. Pfund estava trabalhando com uma equipe da Universidade de Washington em St. Louis.) No entanto, os novos estudos chegam em um momento desafiador para a amizade e a conexão nos Estados Unidos, que está no meio de uma crise de solidão que se tornou mais complicada – e mais aguda – durante a pandemia. As pessoas também tendem a assumir que nossos amigos e conhecidos não serão tão abertos a nós quanto gostaríamos, disse Marisa Franco, psicóloga e professora clínica assistente da Universidade de Maryland e autora do livro Platonic: How the Science of Attachment Can Help You Make – and Keep – Friends. Ela observou que muitas pessoas se sentem desconfortáveis em entrar em contato devido a um fenômeno conhecido como “lacuna de afeição”, ou a tendência de subestimar o quanto realmente somos queridos.

'Efeito bagunça'

As pessoas também podem se conter por causa de um fenômeno semelhante conhecido como “efeito bela bagunça”, que sugere que, quando somos vulneráveis com os outros, nos preocupamos em ser julgados com severidade. Esse viés de negatividade tende a percorrer todos os aspectos da amizade, disse a Dra. Franco, e pode ter um impacto tangível em como nos comportamos e interagimos. Mas especialistas em amizade como a Dra. Franco dizem esperar que as descobertas enfatizem a necessidade de se conectar diariamente e encorajem as pessoas a ver a amizade como componente importante da saúde pessoal, mesmo que entrar em contato às vezes pareça estranho ou trabalhoso. “Para estar funcionando da melhor maneira possível, precisamos estar em um estado conectado”, ela disse. “Assim como você precisa comer, precisa beber, você precisa estar conectado para funcionar bem.” l TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

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