Pedro Venceslau e Simião Castro dão dicas sobre filmes, séries e músicas disponíveis nos serviços de streaming

‘Bridgerton’: mentiram para nós sobre a série da Netflix e foi ótimo


O roteiro até tenta fazer a temporada ser sobre Lord Anthony Bridgerton, mas é incapaz de superar sua falta de carisma - exceto quando tira a camisa, no caso

Por Simião Castro

Lady Whistledown me contou que Bridgerton voltou. E isso é ótimo, porque a série é um fenômeno não só de audiência como de qualidade. O negócio é que mentiram para nós. Tinham dito que a segunda temporada focaria em acompanhar Lord Anthony Bridgerton na busca por uma esposa.

E isso até recebe algum destaque, parece a intenção, mas esta temporada é mesmo, na real, sobre Kate Sharma. Simone Ashley, que interpreta a personagem, sequestra completamente a narrativa e coloca Anthony no papel de coadjuvante - que, convenhamos, é o lugar dele de direito.

O roteiro até tenta fazer a temporada ser sobre ele, mas é incapaz de superar a falta de carisma do lorde - exceto quando tira a camisa, no caso. 

continua após a publicidade
Golda Rosheuvel como Rainha Charlotte na segunda temporada de 'Bridgerton'. Foto: Liam Daniel/Netflix

Covardia

Assim como na primeira temporada de Bridgerton, Anthony veste novamente a capa do covarde que é, incapaz de encarar os supostos deveres que o amarram e dar a cara a tapa pela própria felicidade. Agora, vemos melhor as motivações que o fazem ser assim, mas não é suficiente para entender a demora dele em se colocar em primeiro lugar. 

continua após a publicidade

Ao contrário, os holofotes caem sobre Kate, que também cresceu à sombra de outras figuras, se rebaixando em prol de algo maior. Mas, como todas as personagens femininas da série, é muito mais profunda, instigante e divertida de acompanhar.

No fim, esta fase é sobre a trajetória dela em se autodescobrir e libertar. E essa é a grande vitória de Bridgerton neste momento.

Segundo plano

continua após a publicidade

Infelizmente, nesta temporada, parece que quem tempera a história, a Lady Whistledown, perdeu espaço. Não os contextos que a envolvem, mas a voz em si. E a relevância dela para a história.

Se na primeira fase ela vinha com grandes revelações e chacoalhava a trama, desta vez - talvez por ter tido a identidade revelada e podermos vê-la diretamente pelos olhos de quem lhe dá vida - a nobre fofoqueira não passa de uma observadora da história.

Traz no máximo insights de bastidores. Ela intervém de fato no curso dos acontecimentos por duas vezes apenas.

continua após a publicidade

Esquisito

Sem spoilers, o ator Regé-Jean Page nem sequer dá as caras nesta temporada. O ator, que fez o par principal ao lado de Phoebe Dynevor, não tem nem um mísero segundo de tela.

Daphne (personagem de Dynevor) está sempre presente e dá desculpas fracas para a ausência do esposo, o Duque de Hastings Simon Basset. Regé declarou em entrevista que a personagem foi, de fato, escrita para aparecer apenas na primeira temporada.

continua após a publicidade

Olhando para frente 

Ao contrário da primeira temporada, que focou quase estritamente no casal-líder, desta vez Bridgerton foi gradativamente plantando sementinhas do que pode mostrar nas sequências.

Os irmãos mais novos vão ganhando mais visibilidade e evidência sobre o que pode render arcos futuros. Minha aposta - não tão difícil de acertar assim - é de que a terceira temporada tenha Eloise como centro da história.

continua após a publicidade

A série já tem até a quarta parte garantida.

Sucesso 

A perspectiva não é por acaso. O investimento na produção encabeçada pela Shondaland, de Shonda Rhimes, foi um estouro em 2021, quando se tornou a série mais assistida da Netflix.

E agora, com menos de duas semanas da reestreia, já se tornou a mais vista em idioma inglês. Definitivamente, material para maratonar.

Lady Whistledown me contou que Bridgerton voltou. E isso é ótimo, porque a série é um fenômeno não só de audiência como de qualidade. O negócio é que mentiram para nós. Tinham dito que a segunda temporada focaria em acompanhar Lord Anthony Bridgerton na busca por uma esposa.

E isso até recebe algum destaque, parece a intenção, mas esta temporada é mesmo, na real, sobre Kate Sharma. Simone Ashley, que interpreta a personagem, sequestra completamente a narrativa e coloca Anthony no papel de coadjuvante - que, convenhamos, é o lugar dele de direito.

O roteiro até tenta fazer a temporada ser sobre ele, mas é incapaz de superar a falta de carisma do lorde - exceto quando tira a camisa, no caso. 

Golda Rosheuvel como Rainha Charlotte na segunda temporada de 'Bridgerton'. Foto: Liam Daniel/Netflix

Covardia

Assim como na primeira temporada de Bridgerton, Anthony veste novamente a capa do covarde que é, incapaz de encarar os supostos deveres que o amarram e dar a cara a tapa pela própria felicidade. Agora, vemos melhor as motivações que o fazem ser assim, mas não é suficiente para entender a demora dele em se colocar em primeiro lugar. 

Ao contrário, os holofotes caem sobre Kate, que também cresceu à sombra de outras figuras, se rebaixando em prol de algo maior. Mas, como todas as personagens femininas da série, é muito mais profunda, instigante e divertida de acompanhar.

No fim, esta fase é sobre a trajetória dela em se autodescobrir e libertar. E essa é a grande vitória de Bridgerton neste momento.

Segundo plano

Infelizmente, nesta temporada, parece que quem tempera a história, a Lady Whistledown, perdeu espaço. Não os contextos que a envolvem, mas a voz em si. E a relevância dela para a história.

Se na primeira fase ela vinha com grandes revelações e chacoalhava a trama, desta vez - talvez por ter tido a identidade revelada e podermos vê-la diretamente pelos olhos de quem lhe dá vida - a nobre fofoqueira não passa de uma observadora da história.

Traz no máximo insights de bastidores. Ela intervém de fato no curso dos acontecimentos por duas vezes apenas.

Esquisito

Sem spoilers, o ator Regé-Jean Page nem sequer dá as caras nesta temporada. O ator, que fez o par principal ao lado de Phoebe Dynevor, não tem nem um mísero segundo de tela.

Daphne (personagem de Dynevor) está sempre presente e dá desculpas fracas para a ausência do esposo, o Duque de Hastings Simon Basset. Regé declarou em entrevista que a personagem foi, de fato, escrita para aparecer apenas na primeira temporada.

Olhando para frente 

Ao contrário da primeira temporada, que focou quase estritamente no casal-líder, desta vez Bridgerton foi gradativamente plantando sementinhas do que pode mostrar nas sequências.

Os irmãos mais novos vão ganhando mais visibilidade e evidência sobre o que pode render arcos futuros. Minha aposta - não tão difícil de acertar assim - é de que a terceira temporada tenha Eloise como centro da história.

A série já tem até a quarta parte garantida.

Sucesso 

A perspectiva não é por acaso. O investimento na produção encabeçada pela Shondaland, de Shonda Rhimes, foi um estouro em 2021, quando se tornou a série mais assistida da Netflix.

E agora, com menos de duas semanas da reestreia, já se tornou a mais vista em idioma inglês. Definitivamente, material para maratonar.

Lady Whistledown me contou que Bridgerton voltou. E isso é ótimo, porque a série é um fenômeno não só de audiência como de qualidade. O negócio é que mentiram para nós. Tinham dito que a segunda temporada focaria em acompanhar Lord Anthony Bridgerton na busca por uma esposa.

E isso até recebe algum destaque, parece a intenção, mas esta temporada é mesmo, na real, sobre Kate Sharma. Simone Ashley, que interpreta a personagem, sequestra completamente a narrativa e coloca Anthony no papel de coadjuvante - que, convenhamos, é o lugar dele de direito.

O roteiro até tenta fazer a temporada ser sobre ele, mas é incapaz de superar a falta de carisma do lorde - exceto quando tira a camisa, no caso. 

Golda Rosheuvel como Rainha Charlotte na segunda temporada de 'Bridgerton'. Foto: Liam Daniel/Netflix

Covardia

Assim como na primeira temporada de Bridgerton, Anthony veste novamente a capa do covarde que é, incapaz de encarar os supostos deveres que o amarram e dar a cara a tapa pela própria felicidade. Agora, vemos melhor as motivações que o fazem ser assim, mas não é suficiente para entender a demora dele em se colocar em primeiro lugar. 

Ao contrário, os holofotes caem sobre Kate, que também cresceu à sombra de outras figuras, se rebaixando em prol de algo maior. Mas, como todas as personagens femininas da série, é muito mais profunda, instigante e divertida de acompanhar.

No fim, esta fase é sobre a trajetória dela em se autodescobrir e libertar. E essa é a grande vitória de Bridgerton neste momento.

Segundo plano

Infelizmente, nesta temporada, parece que quem tempera a história, a Lady Whistledown, perdeu espaço. Não os contextos que a envolvem, mas a voz em si. E a relevância dela para a história.

Se na primeira fase ela vinha com grandes revelações e chacoalhava a trama, desta vez - talvez por ter tido a identidade revelada e podermos vê-la diretamente pelos olhos de quem lhe dá vida - a nobre fofoqueira não passa de uma observadora da história.

Traz no máximo insights de bastidores. Ela intervém de fato no curso dos acontecimentos por duas vezes apenas.

Esquisito

Sem spoilers, o ator Regé-Jean Page nem sequer dá as caras nesta temporada. O ator, que fez o par principal ao lado de Phoebe Dynevor, não tem nem um mísero segundo de tela.

Daphne (personagem de Dynevor) está sempre presente e dá desculpas fracas para a ausência do esposo, o Duque de Hastings Simon Basset. Regé declarou em entrevista que a personagem foi, de fato, escrita para aparecer apenas na primeira temporada.

Olhando para frente 

Ao contrário da primeira temporada, que focou quase estritamente no casal-líder, desta vez Bridgerton foi gradativamente plantando sementinhas do que pode mostrar nas sequências.

Os irmãos mais novos vão ganhando mais visibilidade e evidência sobre o que pode render arcos futuros. Minha aposta - não tão difícil de acertar assim - é de que a terceira temporada tenha Eloise como centro da história.

A série já tem até a quarta parte garantida.

Sucesso 

A perspectiva não é por acaso. O investimento na produção encabeçada pela Shondaland, de Shonda Rhimes, foi um estouro em 2021, quando se tornou a série mais assistida da Netflix.

E agora, com menos de duas semanas da reestreia, já se tornou a mais vista em idioma inglês. Definitivamente, material para maratonar.

Lady Whistledown me contou que Bridgerton voltou. E isso é ótimo, porque a série é um fenômeno não só de audiência como de qualidade. O negócio é que mentiram para nós. Tinham dito que a segunda temporada focaria em acompanhar Lord Anthony Bridgerton na busca por uma esposa.

E isso até recebe algum destaque, parece a intenção, mas esta temporada é mesmo, na real, sobre Kate Sharma. Simone Ashley, que interpreta a personagem, sequestra completamente a narrativa e coloca Anthony no papel de coadjuvante - que, convenhamos, é o lugar dele de direito.

O roteiro até tenta fazer a temporada ser sobre ele, mas é incapaz de superar a falta de carisma do lorde - exceto quando tira a camisa, no caso. 

Golda Rosheuvel como Rainha Charlotte na segunda temporada de 'Bridgerton'. Foto: Liam Daniel/Netflix

Covardia

Assim como na primeira temporada de Bridgerton, Anthony veste novamente a capa do covarde que é, incapaz de encarar os supostos deveres que o amarram e dar a cara a tapa pela própria felicidade. Agora, vemos melhor as motivações que o fazem ser assim, mas não é suficiente para entender a demora dele em se colocar em primeiro lugar. 

Ao contrário, os holofotes caem sobre Kate, que também cresceu à sombra de outras figuras, se rebaixando em prol de algo maior. Mas, como todas as personagens femininas da série, é muito mais profunda, instigante e divertida de acompanhar.

No fim, esta fase é sobre a trajetória dela em se autodescobrir e libertar. E essa é a grande vitória de Bridgerton neste momento.

Segundo plano

Infelizmente, nesta temporada, parece que quem tempera a história, a Lady Whistledown, perdeu espaço. Não os contextos que a envolvem, mas a voz em si. E a relevância dela para a história.

Se na primeira fase ela vinha com grandes revelações e chacoalhava a trama, desta vez - talvez por ter tido a identidade revelada e podermos vê-la diretamente pelos olhos de quem lhe dá vida - a nobre fofoqueira não passa de uma observadora da história.

Traz no máximo insights de bastidores. Ela intervém de fato no curso dos acontecimentos por duas vezes apenas.

Esquisito

Sem spoilers, o ator Regé-Jean Page nem sequer dá as caras nesta temporada. O ator, que fez o par principal ao lado de Phoebe Dynevor, não tem nem um mísero segundo de tela.

Daphne (personagem de Dynevor) está sempre presente e dá desculpas fracas para a ausência do esposo, o Duque de Hastings Simon Basset. Regé declarou em entrevista que a personagem foi, de fato, escrita para aparecer apenas na primeira temporada.

Olhando para frente 

Ao contrário da primeira temporada, que focou quase estritamente no casal-líder, desta vez Bridgerton foi gradativamente plantando sementinhas do que pode mostrar nas sequências.

Os irmãos mais novos vão ganhando mais visibilidade e evidência sobre o que pode render arcos futuros. Minha aposta - não tão difícil de acertar assim - é de que a terceira temporada tenha Eloise como centro da história.

A série já tem até a quarta parte garantida.

Sucesso 

A perspectiva não é por acaso. O investimento na produção encabeçada pela Shondaland, de Shonda Rhimes, foi um estouro em 2021, quando se tornou a série mais assistida da Netflix.

E agora, com menos de duas semanas da reestreia, já se tornou a mais vista em idioma inglês. Definitivamente, material para maratonar.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.