Lançada com estardalhaço pela HBO, The Last of Us é uma versão repaginada e bem menos interessante da bem sucedida franquia The Walking Dead, mas mesmo assim acumula recordes de audiência. Só vejo uma explicação: trata-se da adaptação do jogo eletrônico homônimo que é um tremendo sucesso entre gamers. Quem não é desse mundo certamente esperava mais depois da intensa campanha publicitária da plataforma. Na estreia, The Last of Us atingiu a segunda maior audiência da década da HBO, só perdendo para House of Dragon. Estão lá os zumbis, o cenário pós apocalíptico, o fim de todas as regras de civilidade entre os sobreviventes, além, é claro, de uma pandemia devastadora. Tudo isso apresentado durante um road trip repleta de sustos e sobressaltos.
Fungo
A série acompanha a jornada de Joel (papel do rabugento Pedro Pascal), um contrabandista que assume a missão de escoltar a adolescente Ellie (Bella Ramsey) pelas estradas dos EUA em ruínas, em um futuro distópico. Como era de se esperar, a garota é imune ao tal fungo devastador e pode ser a chave para a cura. Até aí, nada de novo.
Fim do túnel
A luz no fim do túnel (ou melhor, no meio dele) foi o terceiro episódio, sem dúvida o melhor de todos até agora. Nele o roteiro faz um flash back que conta uma história bonita e delicada que foge dos clichês. Não desista antes de chegar até lá.
Platitude
Assim como Walking Dead, The Last of Us aplica a platitude de que tão feroz quanto a luta contra os zumbis nojentos com cabeça de fungo é a sobrevivência em mundo sem estrutura social. A maioria dos humanos não infectados perdeu completamente o senso de certo e errado e vive sob regras em áreas de quarentena com milícias e regras extremas.
Presidente acidental
A série Presidente por Acidente é uma sátira da Netflix que tira uma onda do cinismo na política. Apesar de ser uma produção modesta, tem sacadas desconcertantes e atira de forma ecumênica na direita e na esquerda francesa, e também na mídia, na classe média, nos extremistas, influenciadores e todos os demais personagens que compõem a cena eleitoral.
Carisma
O protagonista é um assistente social carismático do subúrbio parisiense que fica famoso depois de emplacar um vídeo lacrador nas redes no qual humilha o prefeito de esquerda da cidade, que também é presidenciável.
Celebridade
O jovem se torna uma celebridade instantânea das redes sociais e passa a ser assediado pelo meio político, que vê nele como um possível presidente negro da França.
Cara de doc bem feito
Em Todo Dia a Mesma Noite, a Netflix conta a história da tragédia da Boate Kiss em uma ficção com cara de documentário bem feito. A série é baseada no livro homônimo de Daniela Arbex, jornalista com vários prêmios de direitos humanos no currículo por obras como Holocausto Brasileiro e Cova 312.
O Orfanato
A Star+ incluiu em seu cardápio o aclamado filme O Menu, mistura de suspense, terror e comédia que faz uma sátira com as afetações dos milionários e as megalomanias de alta gastronomia. Com um elenco conhecido, o longa é comandado pelo bom e velho Ralph Fiennes, ótimo na pele de um chef de cozinha consagrado e que se revela um psicopata da cozinha.